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Em 150 aC, o pretor romano Sérvio Sulpício Galba aceita uma proposta de paz, em que se incluia o desarmamento dos lusitanos. No entanto, Galba não cumpriu a sua parte do acordo, procedendo ao massacre de cerca de 10 mil lusitanos, sendo outros 20 mil enviados para a Gália, onde foram vendidos como escravos.
Viriato foi, afortunadamente, um dos poucos sobreviventes a esta chacina.
Viriato aparece na História quando, em 147 aC, se opôe à rendição dos lusitanos a Caio Vetílio, que os tinha cercado no vale de Betis , na Turdetânia. Viriato lembra aos seus companheiro a traição anterior de Galba.
A fama de Viriato como guerreiro e estratega foi crescendo entre as várias tribos lusitanas, o que lhe permitiu vir a tornar-se o líder efectivo de uma coligação de tribos lusitanas, pela primeira vez na história unidas por um objectivo comum.
A luta lusitana pela independência continuaria ainda mais tarde, através do apoio a Sertório, e passando pela criação de um estado lusitano na zona oeste da península ibérica, no séc. I dC.
A identificação de Portugal com a Lusitania, e dos antecessores dos portugueses como sendo os lusitanos (ideia que está na origem do título dos “Lusíadas” de Camões) é hoje largamente ignorada, mas a criação da Lusitania terá certamente tido influência na formação de um reino independente chamado Portugal, vários séculos mais tarde.
Al-Ushbuna: Lisboa muçulmana
Após três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, Ulishbuna seria pouco mais que uma vila no início do século VII. É nesta altura que, aproveitando uma guerra civil do Reino Hispânico Visigótico, que os árabes liderados por Tariq invadem a Peninsula Ibérica com as suas tropas mouriscas, em 711. Olishbuna foi conquistada pelas tropas de Abdelaziz ibn Musa, um dos filhos de Tariq, assim como o resto do Ocidente.
A maioria dos habitantes converte-se à língua árabe e religião muçulmana da minoria invasora que se instala como elite. A população cristã , Moçárabe, com o seu próprio Bispo segue o rito moçarabe de tradições visigoticas, falantes do árabe ou de uma variedade de Latim vulgar,o moçárabe,
Enquanto se fragmentavam as Taifas islâmicas do Sul, no Norte secedia o Condado Portucalense do Reino de Leão, já em plena Reconquista da Península Ibérica.
Apesar de baseado em Guimarães, a força económica que permitia a autonomia do Condado Portucalense estava na cidade do Porto (Portucale ou porto da cidade de Cale, a actual Gaia). É interessante pensar como foi o novo Reino, centrado no dinamismo comercial da jovem cidade de mercadores do Porto, que usufruía de uma posição e importância semelhantes na foz do segundo maior rio da Peninsula Ibérica, o rio Douro, como Lisboa no rio Tejo, que acabaria por conquistar essa venerável cidade.

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Imagem: Império Romano: Lusitânia
Encontrada no Google em imperioroma.blogspot.com
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- Rogério Mimoso CorreiaForam esses 20 mil lusitanos, enviados para a Gália, vendidos como escravos, que deram também uma enorme dór de cabeça a César. A aldeia do Obélix e Astérix.
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- 8 h