usar máscaras protege do covid19

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INFORMAÇÕES SOBRE MÁSCARAS FACIAIS E O CORONAVÍRUS
Fontes: ver links no fim do post
RESUMO:
USAR MÁSCRAS PROTEGE E EVITA A PROPAGAÇÃO DO VIRÚS SIM
As máscaras FFP1 a N100 são capazes de filtrar o coronavírus, portando devem ser usadas como sugere a ECDC da União Europeia. Mesmo não filtrando a totalidade do vírus, o seu uso pode reduzir as infecções até 76% (estudo feito com o vírus influenza, comparação com não usar nada ver link abaixo).
EXPLICAÇÃO DA FILTRAGEM:
Os filtros mecânicos retêm partículas quando o ar passa através dele. Estes podem ser filtros limpáveis ou não. As máscaras descartáveis aqui referidas são do tipo NÃO LIMPÁVEL. Para cumprirem as normas elas têm de continuar a filtrar igual % mesmo quando “entupidas” com o material a filtral (cf. EN 149:2001+A1:2009), mas têm de ser descartadas pois já estão contaminadas internamente pelo toque do utilizador ou pelo “Inward Leakage”. É por este motivo serem de uso único (descartáveis a não ser que seja aplicada esterilização radiológica ou gasosa).
As máscaras apresentadas na figura são certificadas para filtrar partículas até 0,3 microns e são classificadas consoante a % filtrada de partículas acima de 0,3 microns. No entanto é estabelecido nas normas que as regulam, que as partículas inferiores a 0,3 microns também são filtradas, mas pelo efeito do “Movimento Browniano”. Essas partículas INFERIORES a 0,3 microns em vez de passar o filtro sem resistência como seria de esperar, devido à sua baixa massa interagem com as moléculas do ar (nitrogénio, oxigénio etc) causando com isso um movimento errático (Movimento Browniano) que as leva a ficar presas no filtro e não passar (filtragem por difusão e impacto) (para entender mais ler o estudo no link).
Documentos recentes apontam que o SARS-COV-2 pode ter um tamanho entre 0.06 e 0.14 microns (partículas de vírus individuais), levando a que sofra também o “Movimento Browniano” comportando-se assim como o ar e não como uma partícula em queda livre. Deste modo é filtrado por difusão e impacto.
Num estudo recente (link abaixo) com o vírus Influenza (tamanho entre 0,08 e 0,12 microns) verificou-se que a utilização de máscara N95 reduzia 76% o número de infectados comparando com NÃO USAR MÁSCARA ALGUMA (no mesmo estudo indica-se que usar máscara cirúrgica não homologada para filtrar também reduz a % de infectados). É verdade que não existe ainda estudo com o coronavírus, mas este além de ter dimensões semelhantes ao vírus influenza, também se comporta como uma partícula sujeita ao “Movimento Browniano”.
TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO EXISTENTE:
Para as máscaras não resistentes a óleo são utilizadas na União Europeia as normas EN149 e EN143; e nos Estados Unidos da América as normas contidas na parte 84 do título 42 do Código Federal de Regulamentos (42 CFR 84) que estabelece a classificação NIOSH.
Deste modo temos máscaras “Filtering Face Pieces” (FFP) (EN149 e EN143); e “Not resistant to oil” (NIOSH). Além disso é importante ter em conta não só o poder de filtração, mas também a quantidade de ar que passa entre a máscara e a cara (ar não filtrado), valor este denominado “Inward Leakage” (IL). Este IL é muito importante pois mesmo que o vírus seja filtrado, existe sempre vírus que vai no ar que não passa no filtro e entra pelo espaço entre a máscara e o filtro (este valor pode ser minimizado pelo aumento do contacto da máscara com a face).
Valor MÍNIMO da % de partículas filtradas:
FFP1 80% (IL de 22%)
FFP2 94% (IL de 8%)
N95 95%
N99 99%
FFP3 99.95% (IL de 2%)
N100 99.97%
Nota: por vezes o fabricante usa a mesma máscara para a vender cá na europa, deste modo mesmo tendo maior % de filtração, classifica-a como se fosse a % de filtração mais baixa para se enquadrar na categoria da norma EN. Exemplo: N95 (95%) é classificada como FFP2 (94%). Na realidade ela filtra 95%, mas só é classificada na europa como filtrando 94%.
PROPAGAÇÃO DO CORONAVÍRUS PELO AR:
Além do coronavírus sofrer o “Movimento Browniano” quando na atmosfera, como se relatou, existe também recomendação do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) indicando que para o SARS-COV-2 (coronavírus que gera a doença COVID-19) a “transmissão pode ocorrer por diferentes rotas: VÓMITOS, AÉREO, ou MATÉRIA FECAL.”. Além disso o ECDC alerta que “a transmissão Nosocomial [pelo nariz ou boca] tem sido descrita como um IMPORTANTE impulsionador na epidemia de SARS e MERS (o coronavírus é um tipo de SARS, o SARS-COV-2). Portanto proteger a entrada de vírus pelas vias nasais/oral é importante para diminuir o risco de contágio próprio. As máscaras, sem bem utilizadas, servem este propósito. Mas quanto é importante, qual valor numérico!? A Marinha dos Estados Unidos da América na sua publicação oficial MN 7984A 1954 “ABC warefare defense ashore” (ver link) indica que: 90% é entra via pulmões, 9% pelo sistema digestivo e só 1% por cortes e abrasões. Ou seja o mais importante é proteger a inalação por meio de máscara.
Fontes:
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