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Uma livraria na viagem da espera
Se dependesse da “elite” que nos governa, Vasco da Gama ainda estava parado a comer pastéis de Belém, à espera de autorização para içar velas e ir descobrir o caminho marítimo para a Índia.
Se dependesse da “elite” que nos governa, Vasco da Gama ainda estava parado a comer pastéis de Belém, à espera de autorização para içar velas e ir descobrir o caminho marítimo para a Índia, e Nuno Álvares Pereira reformado do exército antes de o governo ter decidido a melhor localização para a Batalha de Aljubarrota. Camões teria sido talvez um poeta satírico, em vez de lírico e épico, e ao menos para ler essa obra poderia valer a pena ter tido a má fortuna de viver nesta época.
Não acredito, é claro que já não acredito. A discussão sobre a necessidade de relocalizar o aeroporto de Lisboa começou em 1969, o ano em que a Humanidade chegou à Lua. E ainda vai chegar a Marte antes de haver novo aeroporto em/de/para Lisboa. Leram aqui primeiro. De modo que já só queria pedir uma coisa, uma coisa muito ambiciosa: quando fizerem o aeroporto, lá onde quiserem, será que podia ter uma livraria? Ou melhor, porque, nessa altura, pelo andar da carruagem, as dioptrias podem já não me permitir: enquanto esperamos, será que podia haver uma livraria neste aeroporto de Lisboa? E noutros pelo país, se não for muito extravagante pedir?
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