Um sinal negativo nas mortes Leonel Morgado

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Leonel Morgado

Um sinal negativo nas mortes. Para quem o escutar.

Já é tarde, mas vim dar a atualização dos meus gráficos.
Como se previa, foi a previsão otimista que teve de mudar (sigmóide simétrica, verde). Está tudo em linha com o crescimento atenuado da sigmóide assimétrica, azul. Mantém-se o ritmo de decréscimo lento em tudo… menos nas mortes.
As mortes deviam estar a ficar abaixo da sigmóide assimétrica delas (amarelo torrado). Até porque não a refiz há dias, como com a de casos. Ou seja, ainda reflete o ritmo de há 12 dias. Mas passada uma semana, seria de esperar que as mortes estivessem a seguir o ritmo dos casos. Que abrandassem em relação ao ritmo a que estavam. Não é isso que está a acontecer. Estão há 12 dias a afastar-se desse ritmo… para mais rápido. A taxa de mortalidade então estava nos 3%. Nunca deixou de aumentar. 3-3,2-3,2-3,3-3,3-3,5-3,5-3,5-3,5-3,6-3,6…;Agora está nos 3,7.
O destino de casos não mudou. Está estável. Espero que o aumento da nossa atividade na rua (é a olhos vistos!) seja compensado pelo aumento do uso de máscaras (é a olhos vistos!).
Mas a que se deve o aumento da taxa de mortalidade, quando as camas em cuidados intensivo diminuem? Mortes fora dos hospitais? Alguém sabe?

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    • Leonel Morgado Joana Canhoto Brás sim, mas porquê agora. Como indiquei acima ao Ricardo Bento: “Foi o que pensei. Mas mudou o padrão de % de mortes em lares nos últimos 12 dias? Ou passaram a testar esses óbitos e antes não eram testados para COVID-19 na autópsia? Realmente temos mais 600-700 mortes por explicar, bem acima da média do mês, entre março e início de abril, além das do COVID-19 oficiais.”
  • Alexandra Gomes Guedes Também aposto nos lares.
    • Leonel Morgado Alexandra Gomes Guedes mas o que mudou nos lares nos últimos 12 dias. Ou nas últimas três semanas, para se considerar o tempo de surgimento de sintomas? Morreram mais ou passaram a testar os óbitos nos lares?
    • Alexandra Gomes Guedes Leonel Morgado tenho uma tia avó que faleceu recentemente num lar e penso que, como assumiram que era não-COVID, não testaram. Confesso que não te sei responder… Acho que vamos ter de aguardar mais uns dias para se perceber melhor a causa. Eu volto ao trabalho em Maio. Talvez aí consiga perceber melhor o que se passa, já que vou voltar para o centro da ação (tenho o gabinete de crise regional ao lado do meu).
    • Leonel Morgado Alexandra Gomes Guedes sentimentos e boa sorte! Este tipo de pormenores são muito significativos.
    Write a reply…
  • Paula Catarino Muito obrigada pelas tuas análises.
tS12 pgonhrafasorensada

Já é tarde, mas vim dar a atualização dos meus gráficos.
Como se previa, foi a previsão otimista que teve de mudar (sigmóide simétrica, verde). Está tudo em linha com o crescimento atenuado da sigmóide assimétrica, azul. Mantém-se o ritmo de decréscimo lento em tudo… menos nas mortes.
As mortes deviam estar a ficar abaixo da sigmóide assimétrica delas (amarelo torrado). Até porque não a refiz há dias, como com a de casos. Ou seja, ainda reflete o ritmo de há 12 dias. Mas passada uma semana, seria de esperar que as mortes estivessem a seguir o ritmo dos casos. Que abrandassem em relação ao ritmo a que estavam. Não é isso que está a acontecer. Estão há 12 dias a afastar-se desse ritmo… para mais rápido. A taxa de mortalidade então estava nos 3%. Nunca deixou de aumentar. 3-3,2-3,2-3,3-3,3-3,5-3,5-3,5-3,5-3,6-3,6…;Agora está nos 3,7.
O destino de casos não mudou. Está estável. Espero que o aumento da nossa atividade na rua (é a olhos vistos!) seja compensado pelo aumento do uso de máscaras (é a olhos vistos!).
Mas a que se deve o aumento da taxa de mortalidade, quando as camas em cuidados intensivo diminuem? Mortes fora dos hospitais? Alguém sabe?

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Um sinal negativo nas mortes. Para quem
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    • Leonel Morgado Joana Canhoto Brás sim, mas porquê agora. Como indiquei acima ao Ricardo Bento: “Foi o que pensei. Mas mudou o padrão de % de mortes em lares nos últimos 12 dias? Ou passaram a testar esses óbitos e antes não eram testados para COVID-19 na autópsia? Realmente temos mais 600-700 mortes por explicar, bem acima da média do mês, entre março e início de abril, além das do COVID-19 oficiais.”
  • Alexandra Gomes Guedes Também aposto nos lares.
    • Leonel Morgado Alexandra Gomes Guedes mas o que mudou nos lares nos últimos 12 dias. Ou nas últimas três semanas, para se considerar o tempo de surgimento de sintomas? Morreram mais ou passaram a testar os óbitos nos lares?
    • Alexandra Gomes Guedes Leonel Morgado tenho uma tia avó que faleceu recentemente num lar e penso que, como assumiram que era não-COVID, não testaram. Confesso que não te sei responder… Acho que vamos ter de aguardar mais uns dias para se perceber melhor a causa. Eu volto ao trabalho em Maio. Talvez aí consiga perceber melhor o que se passa, já que vou voltar para o centro da ação (tenho o gabinete de crise regional ao lado do meu).
    • Leonel Morgado Alexandra Gomes Guedes sentimentos e boa sorte! Este tipo de pormenores são muito significativos.
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  • Paula Catarino Muito obrigada pelas tuas análises.