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Uma entrevista muito interessante. Valeria a pena analisar a citação que serve de título à luz do excerto que partilho aqui:
“Continuo a dizer que a arte contemporânea, que é aquela a que estou ligado, é muito elitista. A maneira como falam é para a barriga deles. Uma vez houve uma exposição numa galeria, e um curador de quem até sou amigo escreveu o texto. E eu olhei para aquilo e digo-lhe: ‘Desculpe, mas não consigo perceber aquilo que escreveu. Você está a escrever para a malta que vem cá ou está a escrever para os seus colegas?’. O que alguns curadores escrevem é tão intrincado que só eles é que percebem… quando percebem.”
É que o que se pede não é a “explicação”…. E não, nem todos os quadros falam por si, mas poderemos ficar fascinados com certas peças se tivermos contexto.
![José Lima: 'Um quadro não pode ser explicado. A gente olha e ou sente alguma coisa ou não sente'](https://external.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/safe_image.php?d=AQHcalU6IhAdAx_Q&w=500&h=261&url=https%3A%2F%2Fcdn1.newsplex.pt%2Ffotos%2F2021%2F11%2F7%2F798795.jpg%3Ftype%3DArtigo&cfs=1&ext=jpg&_nc_oe=6f002&_nc_sid=06c271&ccb=3-5&_nc_hash=AQGrSOpCh_n_zu-T)
SOL.SAPO.PT
José Lima: ‘Um quadro não pode ser explicado. A gente olha e ou sente alguma coisa ou não sente’
Considera-se um ‘colecionador invulgar’ porque não estudou e tudo o que aprendeu foi por si, lendo os livros, visitando museus, exposições e ateliês, falando com curadores, galeristas e artistas. Diz que o mundo da arte contemporânea é elitista e que há quem fale só para a sua barriga.