Um 25 de Abril no Estado

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Um 25 de Abril no Estado
Em vésperas do Dia da Liberdade, apetece gritar, como no 25 de Abril de 1974, que nos devíamos mobilizar contra a opressão do Estado.
Ela manifesta-se de várias formas, sempre presente nas nossas vidas e sempre pronta a oprimir a vida dos cidadãos.
O Estado mete-se em tudo, e nós, açorianos, sabemos o quanto custa levar com isto em duplicado: o Estado regional e o nacional.
Ainda se fosse para descomplicar as nossas vidas, era uma intromissão bem-vinda, mas, no geral, é apenas para nos sugar com impostos, taxas e taxinhas, ou para burocratizar as vidas de cada um.
O Estado português tem sido infiel para com o Estado regional, sobretudo nestes últimos anos, com um dos piores primeiros-ministros da história da nossa Autonomia, sob o beneplácito de um Presidente da República, que apenas distribui afectos e esquece as reais necessidades dos cidadãos insulares.
Esta semana assistimos a mais uma vergonha do Estado português nestas ilhas.
A PSP foi “mendigar” à Câmara Municipal do Nordeste para remodelar a esquadra do concelho, e o município lá concedeu a esmola.
É um absurdo os poderes regionais substituirem-se ao Estado português, à semelhança do que já acontece com a Região a subsidiar viaturas e computadores para as forças militarizadas nestas ilhas.
Daqui a pouco estamos a financiar os Tribunais, as Forças Armadas e, com jeitinho, os croquetes do Representante da República.
Esta cultura da pedinchice devia parar.
Nada melhor do que um novo 25 de Abril dentro do próprio Estado.
Mais um enterro do PCP
A cegueira dos últimos tempos do PCP até ofusca o 25 de Abril para o qual este partido contribuiu com o combate dos seus antepassados contra a ditadura.
Agora, o PCP é outra loiça, de gente sem memória, vergada ao ditador da Rússia, que apoia a extremadireita e se tornou no maior carniceiro da História contemporânea.
O PCP português já tinha morrido, mas continua a cavar a sua própria cova cada vez mais funda, tão funda como as profundezas dos mísseis que caem na martirizada Ucrânia.
“No pasarán!”
Se Marie Le Pen vencer hoje as eleições em França, é Putin e seus acólitos da extrema-direita que ganham na Europa. É uma vergonha a tradição antifascista dos comunistas estar aliada a gente desta estirpe, sem respeito pela vida e pelos valores do
povo europeu. A Europa saberá, certamente, acordar, contra a estupidez extremista.
“No pasarán!
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