turismo, estradas e eleições

 

Crónica 406 Turismo, Estradas E Eleições

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Crónica 406 turismo, estradas e eleições

Diz a sabedoria popular que em ano de eleições há piche a rodos e as ruas e estradas são alcatroadas com novos tapetes que terão de durar a legislatura.

Por causa da pandemia o turismo avassalador que catapultava estas ilhas para a estratosfera definhou, estagnou e quase ficou moribundo, tendo agora saído dos cuidados intensivos e mostrando boas percetivas no recobro. Ainda é cedo para darmos alta ao turismo doente, mas o que as entidades responsáveis se devem ter esquecido foi do estado calamitoso da estrada que vai do desvio da Maia / S. Brás para a Lagoa de São Brás em São Miguel, São 5 km de buracos, gravilha solta, pedras, e mais buracos e há muito que não aprecem lá as equipas de corte dos arbustos nas bermas.

Claro que ao chegar há o desapontamento por ver o lado direito da Lagoa com corte de máquina zero depois de desbastarem as criptomérias e outras que num pujante bosque orlavam as margens.

Já ouvi explicações sobre donos privados, públicos e outras razões para o corte e deixei passar uns meses na esperança de ao regressar lá hoje ver novas plantas onde cortaram as árvores que há décadas preenchiam a encosta norte. Engano ledo que nada foi plantado lá onde cortaram o bosque, ao contrário do que se passou nas Sete Cidades na Lagoa de Santiago onde as novas árvores brotaram cheias de vigor ao lado das antigas.

Nao sei a quem escrever, pedir, suplicar, que a natureza em toda a sua beleza seja reposta para bem do título de sustentável de que os Açores se orgulham e que enquanto as novas árvores não crescem não sujeitem os turistas, ou os locais àquela estrada que com umas pazadas de asfalto bem podia ser melhorada antes de vir outro inverno.

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