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//TRÁS OS MONTES: APANHADO GERAL//
Nos últimos dias visitei vários concelhos e freguesias de Trás os Montes, o que não fazia há mais de 13 anos (concelhos: Vila Flor, Mirandela, Murça, Régua, Bragança, Moncorvo, Alfândega e Mogadouro).
Dos que visitei, notei grandes contrastes. Vamos ao turismo:
Pessoalmente, faço parte do grupo dos turistas preguiçosos. Com exceção de viagens ao estrangeiro ou a grandes cidades (metrópoles), não costumo preparar nada antes de sair. Além da preguiça, também justifica esta atitude o facto de viver num país que ganha prémios internacionais de turismo e que está de tal forma organizado que me dispensa desse trabalho prévio. Funchal, Faro, Porto, Mafra, Cascais, Setúbal ou Mértola são exemplos de localidades onde não fiz qualquer trabalho de casa e tudo correu bem…
Dos concelhos que visitei, Mogadouro pareceu-me claramente o mais bem preparado para receber turismo. Fortemente atacado pelo despovoamento, nem por isso não tem abertas, permanentemente, as portas essenciais: museu, artesanato, arquivo, restaurantes, posto de turismo com exposições, etc..Também vence a “concorrência” na organização. Desconheço se fizeram estudos comparados, mas a orientação é igual à de outras localidades do resto do país…
Numa segunda linha está, na minha opinião, Moncorvo e Mirandela. Igualmente cuidadas, limpas, mas com menos portas abertas e uma orientação menos eficiente..
Numa terceira linha (recordo, das que visitei) está Vila Flor e Peso da Régua. A Régua apresenta graves problemas de preservação de património e também não me parece muito evidente para quem chega. Por exemplo, eu sei onde fica o Museu do Douro, mas, e perdoem-me se a culpa é minha, não vi placas para ele. Podia referir outras lacunas de orientação… Vila Flor peca claramente pelas portas fechadas e falta de identificação do património. Acho mesmo que Vila Flor apresenta muitas lacunas e que tem o caminho quase todo por percorrer, pese embora estar muito bonita, cuidada e apresentar um centro histórico de luxo…
De Bragança não falo porque as publicações anteriores custaram-me já mensagens desagradáveis, impropérios, remoções de amizade e chatices escusadas…Está como está, cada um que tire as suas conclusões…
No global, o distrito de Bragança apresenta boas acessibilidades, tem boa restauração, a bom preço, bem como hotelaria de referência. Está cuidado, tem vegetação autótone, ardeu pouco, tem excelentes paisagens, estradas nacionais muito bonitas…Também no geral, com exceção da zona mais a leste, que claramente me parece a que trabalhou melhor o turismo, quiçá por pressão do mercado espanhol que a visita com frequência, peca muito pela falta de levantamento histórico e exploração dessa vertente como atração turística…Não me parece razoável que uma Igreja com 600 anos, fechada, não tenha cá fora uma qualquer placa com meia dúzia de informações. E, por favor, amigos, não levem isto a peito…É por bem…
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