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Dar outro rumo ao regime vigente
Sou um democrata convicto, mas estou desiludido com a democracia portuguesa. Quando um regime não consegue julgar e punir os grandes ladrões deste país, principalmente na Banca e na Política, então não pode ser considerado de verdadeiramente democrático, porque não salvaguarda os interesses da maioria dos portugueses.
Mais uma vez, vão celebrar a data da revolução do 25 de Abril de 1974, que foi um momento de grande e justificada esperança, mas os dignitários nacionais não conseguem explicar a razão pela qual os grandes ladrões não são obrigados, pelo menos, a restituir o que roubaram. Um, que deve muitos milhões, até teve o desplante de dizer na Assembleia da República, com um largo sorriso de repugnante cinismo, que pessoalmente não deve nada, passando as responsabilidades para as suas empresas, o que vai dar no mesmo. E nada lhe aconteceu até hoje!
Só conseguirei celebrar com alegria o “25 de Abril” quando este estado de coisas mudar, o que certamente não vai acontecer, para infelicidade nossa.
Os lindos cravos vermelhos da esperança desapareceram do imaginário de muitos portugueses, perante muitas situações graves e negativas ocorridas durante estas décadas de democracia. Não desejo voltar para trás, como é evidente: o curso da História terá de ser sempre de avanços civilizacionais. Mas se querem celebrar a sério a efeméride da revolução, então têm que dar outro rumo ao regime vigente, de forma que o bom povo português sinta que há verdadeira justiça, não se permitindo “filhos” e “enteados”, em que uns vivem na impunidade, enquanto outros cumprem as regras, sendo, no entanto, enganados muitas vezes.
“O povo é quem mais ordena!” é uma expressão com evidentes sentido e valor teórico, mas na prática, muitas e muitas vezes, não passa de um “faz de conta”…É preciso, pois, recuperar a genuinidade e a generosidade do “25 de Abril”, que foi realizado para dar uma nova oportunidade de liberdade e de progresso ao povo português.
Concordo plenamente com o artigo de Tomas Quental !
Muito obrigada !