tiago lopes ex dir reg da saúde

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A vida humana vale mais do que politiquices!
O profissional de saúde Tiago Lopes não foi correto nem teve gratidão com os milhares de Açorianos!
Não entendo como é que uma pessoa da área da saúde procede desta forma!
A Ordem dos Enfermeiros deve investigar !
Subscrevo o seu Editorial – Paulo Simões!
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EDITORIAL
Terreno armadilhado
Aos governos e oposições pede-se responsabilidade em todas as decisões tomadas, em cada ato praticado, em cada diploma, decreto ou papelinho assinado. A todos se exige a máxima honestidade política, intelectual e humana e cabe à classe política em geral a responsabilidade da imagem que nós, o Povo, dela fazemos.
Não é justo catalogar todos pela mesma bitola que tende a ser, de há uns anos a esta parte, pouco abonatória para a classe, mas a verdade é que abundam os exemplos menos dignos que ajudam a desfocar a imagem que fazemos dos representantes do Povo nos vários palcos onde atuam.
Uma responsabilidade que se torna ainda maior no quadro da atual pandemia que não parece querer dar tréguas e todos os dias provoca mais vítimas e ameaça fazer ruir o modelo de sociedade que até ao começo deste ano dávamos por garantido.
Assim, seria expectável da parte do novo governo uma atitude mais célere na indigitação dos responsáveis pela área da Saúde – como agora veio a acontecer – tal como era expectável que Tiago Lopes, agora -ex-diretor regional da Saúde e ex-responsável máximo pela Autoridade Regional de Saúde se tivesse disponibilizado para permanecer em funções (mesmo tendo sido eleito deputado) até poder passar a pasta e ajudar na transição para os novos titulares. Ao pedir a demissão antes de haver uma transição de pasta o agora deputado regional esteve mal, talvez condicionado por outros que nos bastidores se movem para dificultar a vida ao novo governo. Do ponto de vista ético e moral o ex-diretor regional da Saúde tinha o dever de garantir todo o apoio aos novos titulares, mesmo estando desgastado como compreensivelmente estará.
Tiago Lopes, justiça lhe seja feita, fez um bom trabalho perante um cenário nunca antes enfrentado por ninguém. Foi ele que todos os dias falou aos açorianos, foi ele o rosto e a voz de referência durante os primeiros meses da pandemia. Cometeu erros, é certo, mas quem nunca os cometeu? Contudo, o erro maior foi o de ter querido sair à pressa no meio do caos instalado na Região que estará já em modo de transmissão comunitária.
O ex-responsável máximo pela Autoridade Regional de Saúde não deveria ter abandonado, como abandonou, o barco que durante todas estes meses capitaneou, sob pena de poder transmitir a ideia de querer deixar o “terreno armadilhado” para quem veio a seguir. Exigia-se um trabalho em parceria, sério e o mais exaustivo possível para que quem agora vai gerir a luta contra a pandemia tenha toda a informação disponível em tempo útil. Virar as costas nesta fase de transição é incompreensível do ponto de vista humano e vai contra de tudo o que os profissionais da saúde defendem e representam … uma classe da qual faz parte Tiago Lopes que antes de ser político é um profissional de Saúde.
A política deve estar sempre ao serviço do Povo e nunca ao serviço de interesses partidários e de lutas pelo poder.
(Paulo Simões)

in, Açoriano Oriental, 29 de Novembro / 2020