Templários

🇵🇹
ALCOBAÇA, O GRANDE PÓLO DE DESENVOLVIMENTO DO PORTUGAL TEMPLÁRIO
D. Afonso Henriques doou à Ordem de Cister ou a S. Bernardo extensos territórios na Estremadura (onde se inclui o mosteiro de Alcobaça), província que na altura estava deserta e constituía a fronteira entre cristãos e muçulmanos. Daí que S. Bernardo tratasse de encarregar Gualdim Pais de fazer uma cintura defensiva à volta dos bens da Ordem.
A Ordem de Cister foi fundamental para a colonização do território. A sua acção incidiu em:
• chamar, proteger e educar os colonos que formaram povoações;
• desbravar terras, abrir estradas e caminhos;
• construir pontes;
• comunicar com o mar que era uma forma de aproveitar a navegação;
• criar e aperfeiçoar as indústrias;
• explorar minas e os seus recursos;
• promover a criação de gado;
• lançar as bases de uma civilização.
Tarouca e Lafões contam-se entre os primeiros mosteiros cistercienses em Portugal. Seguiu-se-lhes Santa Maria de Alcobaça, que logo se tornou o mais importante mosteiro cisterciense no nosso território e um dos mais notáveis da Europa.
Aí os monges realizaram um trabalho muitíssimo importante, sem o qual os templários não teriam a necessária retaguarda para o desempenho da sua missão de monges-guerreiros ao serviço de uma nação e de um projecto global: a união do Ocidente e Oriente em torno de um império espiritual.
Em Alcobaça, para além da sua importantíssima biblioteca, existiu, de facto, o que, com propriedade, poderemos chamar de primeiro centro de estudos superiores em Portugal, ou seja, Alcobaça foi a legítima precursora da Universidade Portuguesa. Para além da oração e do estudo, os monges cistercienses desenvolveram extraordinariamente a agricultura, dentro do perfeito espírito monástico do Ora et Labora, oração e trabalho, contemplação e acção.
in “TEMPLÁRIOS, Vol. 2 – A Génese de Portugal no Plano Peninsular e Europeu”, Eduardo Amarante
Fotos: Maria Gabriel Ferreira
“Duas imagens. Duas realidades. O mosteiro de Alcobaça feito por mão humana. Uma floresta de Faias em plena natureza.
Uma e outra a mesma profundidade. A mesma espiritualidade.”
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