TAP REFORMULA PORTUGÁLIA

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Portugália vai mudar de nome para TAP Express
A Portugália vai ser uma peça central na estratégia da nova TAP. Com uma operação mais barata, a companhia vai assumir um novo protagonismo
A Portugália, até agora uma companhia secundária na estratégia da transportadora portuguesa, vai ser central na nova TAP. O ministro das Infraestruturas já o fez saber — a Portugália vai duplicar a frota, não vai despedir e vai contratar mais trabalhadores.
Com custos mais baixos, é a ela que a TAP tem recorrido nos últimos meses para sobreviver à escassez de passageiros e à necessidade de corte de despesas. Estima-se que o custo por quilómetro de voos feitos pela Portugália fique 25% abaixo do custo de um voo feito pela TAP. Não obstante, o custo por assento é, em média, 7% mais caro num Embraer da Portugália do que nos A320 Neo usados pela casa-mãe.
O objetivo do Governo, e que já consta, aliás, da proposta de plano de reestruturação entregue em Bruxelas, é transformar a Portugália numa companhia para o curto e médio curso. O que a levaria a posicionar-se, em termos de mercado, entre a TAP e as low cost. Muitas das concorrentes da TAP têm este modelo — a Iberia, por exemplo, tem a Vueling. O Expresso sabe, inclusive, que está a ser planeado mudar o nome de Portugália para TAP Express.
“A Portugália nunca atingirá o custo unitário de uma low cost, mas nós sabemos que entre as low cost e as companhias de bandeira há um segmento de mercado que pode ser explorado”, avançou o ministro das Infraestruturas a 11 de dezembro, quando apresentou o plano de reestruturação. E deixou uma mensagem clara. “Vamos reforçar a frota [da Portugália] para o dobro. Temos ATR [bimotores de médio porte] que vão acabar por ser descontinuados, ficaremos com 13 aeronaves da Embraer, ou seja, duplicaremos a frota de Embraer da Portugália para 26 aeronaves”, explicou então Pedro Nuno Santos. Não se sabe, no entanto, que aeronaves irão ser compradas.
A Portugália, companhia que se fundiu com a TAP em 2007, tem hoje um pouco menos de 200 pilotos e cerca de 400 tripulantes. O ministro já adiantou que não serão despedidos trabalhadores na Portugália, mas os cortes salariais serão transversais a todos, inclusive os da subsidiária da TAP, que têm salários mais baixos que a casa-mãe. Os pilotos da Portugália ganham cerca de 20% menos do que os da TAP. O sindicato dos pilotos da Portugália (SIPLA) tem defendido um acordo de empresa único para todo o grupo.
(Anabela Campos – Expresso de 18/12/2020)
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