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Este atoleimado, nunca aprova nada dos Açores
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1 replyAcho muito bem contatar diretamenteExiste autonomia, não?2
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1 replySe as vacinas forem certificadas pela EMA e pelo INFARMED. As vacinas são distribuías conforme à população pelo país todo. Todos somos iguais.-
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Este Santos Silva não gosta de nós Açorianos!2
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PAULO SIMÕES VENTOS UIVANTES

EDITORIAL
Ventos uivantes
TRUMP OFERECE O SAARÁ OCIDENTAL A MARROCOS


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açores, um submarino e o separatismo despertado


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José Soares A Terceira Autonomia
Peixe do meu quintal José Soares
A Terceira Autonomia
Espartilhada, com fortíssimas limitações e condicionalismos, algemada com a corrente constitucional controladora de medos infundados, a Autonomia açoriana irá começar o terceiro período político da sua existência.
Cerca de vinte anos com o Partido Social Democrata de Mota Amaral, passando para os vinte e quatro anos do Partido Socialista de Carlos César, ela vira-se agora ao PSD de José Manuel Bolieiro, no triunvirato açoriano PSD-CDS-PPM, acompanhados por aconchego parlamentar dos Liberais e do Chega.
Com as esperanças renovadas, o povo espera muito da nova chefia democrática que escolheu.
Se na Primeira Autonomia assistimos ao seu nascer e à sua infância, por vezes conturbada por sismos e abalos a que Mota Amaral, sem dinheiros da Europa se teve de confrontar – alguém se lembra do 1º de janeiro de 1980? – com tudo que havia na nova Era que abril trouxera, esta mesma Autonomia, com a idade de vinte anos decidiu sair de casa dos pais e ir à sua vida. Assim foi pela mão de Carlos César, que a desenvolveu e criou nela uma maturidade consciente, adulta e pensante.
Agora, essa Autonomia, ciente que já aprendeu o suficiente para saber o que faz, deixa o tutor de vinte e quatro anos e resolve entrar na grande aventura do desconhecido, com multiparceiros de diferentes ideias e opiniões, que certamente lhe irão continuar a desenvolver o seu grau autonómico num conceito de liberdade, democracia e progresso.
A escolha não foi fácil. Ela sentia-se bem com o regime de César, mas… outros lhe abanaram as ideias e fizeram-lhe crer que havia mundo para além do PS. E havia.
O triunvirato que vai governar os Açores, é o laboratório político que Lisboa espreita e espera, como quem, ansioso e plantado à porta da oficina, olha os cientistas a desenvolverem a vacina política que daqui sairá.
É agora uma Autonomia mais adulta, aquela que olha o seu futuro. Não teme ter escolhido vários componentes ideológicos para governar-lhe os destinos.
Dos Açores saem historicamente as soluções que o retângulo ibérico sempre buscou. E por isso a polémica está em brasa entre os sabichões do país, que agora comentam à esquerda e à direita, o quão amargo é bebermos o próprio veneno. É pior que fel.
Mas se essa Autonomia chegou até aqui, embora limitada, fraca, contorcida e controlada pelo dono colonialista, ela só foi capaz disso porque todos os que a acompanharam, lhe dedicaram trabalho e boa vontade. Com erros, certamente, ou não fôramos humanos! Mas o esforço de a fazer crescer, no meio de tantos adversários e até inimigos da sua existência, compensou inteiramente o olharmos para ela e pensar que valeu a pena. Podia ter sido melhor? Talvez. Mas na mesma proporção, poderia ter sido pior. Seja como for chegamos até aqui.
Já fizemos melhor do que a nossa querida América açoriana, comandada nos últimos quatro anos por um louco excêntrico, perigoso irresponsável, narcisista drogado, que perdendo eleições nega reconhecê-lo até à última.
A transição de poder nos Açores já começou. Os líderes reuniram, de ambos os lados, para que tudo corra normalmente. Assim manda Nossa Senhora Democracia.
Bem sabemos que as máquinas trituradoras de papel sobreaquecem nos vários departamentos públicos. Bem sabemos que concursos à última hora acontecem. O afã é enorme e as preocupações ainda maiores. Em tempos difíceis como o que vivemos, não é fácil arranjar empregos “tão saborosos”. É assim por todo o mundo no render da guarda.
O que interessa, verdadeiramente, é que os Açores possam sair sempre a ganhar. Que o seu Povo usufrua as escolhas que faz na transparência do sistema que ainda estamos a conquistar.
Iremos ter tantas Autonomias, quantas necessárias para sermos verdadeiramente AUTÓNOMOS.
O tempo está do nosso lado.
O importante é continuarmos a cuidar da nossa Autonomia, preparar-lhe o noivado e o seu casamento e depois… ela irá definitivamente à sua vida.
Elias Pereira · Autonomias Condicionadas – Parte II
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Autonomias Condicionadas, Elias Pereira
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Amigo, é de homens como tu que os Açores precisam!Nao tenho palavras para expressar a minha concordância com o que acabaste de publicar. Só há uma coisa que te quero lembrar. Existe gente nos Açores que defende a autodeterminação, e esses também devia…See more
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AUTONOMIA 44 ANOS DEPOIS JOSE GABRIEL AVILA
44 anos depois…
Foi há 44 anos que o primeiro Governo Regional dos Açores iniciou a administração autónoma do arquipélago.
No início, o processo não foi consensual, pois os habitantes destas ilhas tinham razões de queixa para duvidar de que os interesses e direitos das nove, seriam tratados com equidade.
Na mente do cidadão comum, persistia – e ainda subsiste – a dúvida de que os governantes sediados nas ex-capitais de distrito iriam, com o rodar dos anos, envolver as restantes seis na partilha administrativa do poder, disponibilizando aos quadros e técnicos entretanto formados, a possibilidade de integrarem os novos serviços públicos continuando a viver no torrão natal e promovendo a fixação das jovens gerações.
Tinham razão os que assim pensavam, pois em quatro décadas, a tripolaridade cimentou-se e afirmou-se nas três ex-capitais, todavia os serviços não foram distribuídos pelo arquipélago, como se esperava.
E não vale a pena apontar o dedo a esta ou àquela ilha e seus habitantes.
O poder político tem por missão a defesa da justiça, da equidade, do progresso e do bem-comum, cabendo-lhe satisfazer – o que não tem acontecido – as aspirações legítimas de ilhas cada vez menos povoadas e mais envelhecidas. Por falta de coragem, certamente, o que aumenta o desânimo dos lesados há décadas com esta estruturação administrativa.
O centralismo não existe apenas na mentalidade do poder de Lisboa. Ele manifesta-se, nos Açores, de formas diversas e atende sobremaneira à concentração do eleitorado em prejuízo das “insignificantes” ultraperiferias açorianas, cada vez mais carecidas do essencial.
A compreensão da singularidade e do querer de cada ilha e de cada localidade, a aceitação dos problemas por que passam os seus habitantes, é a única forma capaz de promover a necessária unidade das nossas ilhas e de alterar este estado de coisas.
Quem não entende as nossas especificidades insulares, normalmente designa por bairrismo, reclamações antigas, direitos não satisfeitos vindos de pequenas ilhas e de comunidades sem-voz, que mais não pretendem senão aceder a satisfatórias condições de vida existentes noutras localidades.
Assim promove-se a desunião, a fuga de jovens para os centros urbanos maiores, a emigração – clandestina ou não.
As ilhas pequenas ficam, normalmente, a perder no seu crescimento e tardam em aproximar-se dos lugares da frente, apesar das suas potencialidades.
Felizmente, os que nelas ficam, não desarmam e são resilientes. Agarram-se às suas tradições culturais e animam o seu viver, “enquanto Deus quiser”. Esta forma de estar tem preservado a identidade cultural – bem precioso -, o que é de louvar.
De entre as manifestações típicas de cada ilha, saliento o rejuvenescimento dos “balhos” de roda, nomeadamente a Chamarrita, as filarmónicas, cujo interesse pelas crianças e jovens é de louvar, a preservação do cerimonial das Festas do Espírito Santo, as confraternizações familiares nas matanças dos porcos e das vindimas, a produção de artefactos típicos, as manifestações da religiosidade popular e o desvelo na preservação do património cultural.
Se o processo autonómico não integrar a cultura e identidade própria de cada ilha e não responder ao viver e às necessidades das suas gentes, de pouco vale apelar à participação cívica nos atos eleitorais.
Quarenta e quatro anos após a entrada em funcionamento do primeiro Governo Constitucional Autónomo, importa que os agentes políticos – todos eles – se questionem sobre que respostas satisfatórias têm sido dadas ao mais humilde cidadão da ilha do Pico ou do Corvo, do Nordeste ou da Calheta de São Jorge – esse açoriano ou açoriana que luta pela vida no dia-a-dia e que estampa no rosto as agruras do mar e das invernias, o calor do sol, a rudeza do acesso a ravinas e campos de pão, a firmeza das convicções religiosas e o amor ao torrão natal.
Se a Autonomia não responder a estas contrariedades, toda a sua credibilidade, eficácia e devir estão em causa.
O poder político tem de preocupar-se em satisfazer não só os interesses de grupos sociais, como em atender aos direitos fundamentais dos sem-voz.
O desígnio da fraternidade humana é tratar todos por igual.
Essa deve ser também a prioridade da Autonomia açoriana.
José Gabriel Ávila
jornalista c.p. 239 A