sindrome de noé

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AINDA VALERÁ A PENA REFLECTIR?!

Vai-se tendo a impressão que já passa do meio-dia!
Naturalmente em cada assunto haverá algo que pode motivar passar a bola para canto!

SÍNDROME DE NOÉ

“É o nome que os psiquiatras lhe dão.
É a pandemia do século XXI. Em todas as latitudes.
Dormem com eles na cama, beijam-nos na boca e comem do mesmo prato.
O amor incondicional aos animais domésticos, dirigido quase exclusivamente a cães e gatos, está a alterar os comportamentos de tal forma que já levou o Papa Francisco a censurá-los com palavras ásperas.
As multinacionais do “bem-estar animal”, seja as que produzem as rações ou as que vendem os champôs e toda a parafernália condizente, esfregam as mãos de contentes com o tilintar das caixas registadoras.
Perdeu-se completamente a noção das prioridades.
Um velho caído no chão deixa-os completamente indiferentes. Um gato que subiu a uma árvore mobiliza uma multidão de recursos para o salvar.
Num bairro de barracas onde sobrevivem crianças com esgotos a céu aberto voltam a cara para lado. Um canil com más condições provoca manifestações de protesto com ameaças e agressões.
Um lar de idosos onde os velhos morrem de Covid é notícia de rodapé nas televisões e tem breves comentários nas redes sociais. Um cão perigoso que mata uma criança desperta no Facebook campanhas lancinantes e histéricas de solidariedade para o salvar do abate.
Em cada aldeia, vila ou cidade “nascem” associações de protecção de gatinhos e cãezinhos, na mesma proporção em que fecham lares de idosos, por não haver interessados para tratar dos avós.
E repetem até à exaustão as frases mais estúpidas:
– “Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos animais” …
– “Choro a morte do meu cão como não chorei a da minha família” …
– “Os velhos podem ir pedir ajuda à Segurança Social, os cães não” …
Ainda ontem as televisões mostraram os protestos e a recolha de “bens” em todo o país.
As multinacionais da alimentação animal “criam” e financiam partidos e associações, promovem campanhas, fazem publicidades milionárias, obtêm milhões de lucro, aproveitando-se da ingenuidade, da candura, da boa fé das pessoas e desta cultura animalista doentia.
O Facebook está inundado de “pedidos de ajuda” para cães e gatos, canis e gatis, que enchem os cofres das multinacionais, aproveitando-se da tontice destes incautos “amiguinhos dos animais”, mas muito distraídos em ajudar os humanos que lhes deram vida.
Grupos violentos, com nomes como “Ira”, propõem-se invadir propriedades e atacar pessoas, se os canis dos animais – que já não podem ser abatidos por cauda da lei estúpida da AR, de 2016 – não tiverem ar condicionado e paredes almofadadas…
Na actual legislação portuguesa um animal de companhia é considerado adoptado. Mas se um filho tomar conta do pai, da mãe, ou de ambos, por incapacidade destes, é considerado um cuidador informal dos mesmos.”
José Fernando Reis
18 de Outubro de 2020

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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
Esta entrada foi publicada em AICL Lusofonia Chrys Nini diversos. ligação permanente.