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Portugal | Surfar na segunda vaga com a contingência da treta
Posted: 11 Sep 2020 11:55 AM PDT
Expresso Curto pela lavra do Diretor de Informação da SIC, Ricardo Costa. Antes diretor do Expresso. Ricardo pegou a onda da Nazaré e refere a surfista dos desmaios, Maya, que entrou para o Guiness ao manter-se sobre a prancha mais de 20 metros. O operário das letras de hoje esclarece. Vamos na onda e estamos todos bem enquanto não ficar em todos mal. O quê? Já há gente a passar muito mal? Quem diria! Pois, mas em Portugal não é costume. Isto tem sido um paraíso à beira-mar plantado a norte e prantado a sul. Adiante.
Da onda vamos para a vaga. A segunda, do covid-19. Todos falam disso, diz Ricardo que em Portugal e no estrangeiro. E a vaga, a segunda, está mesmo a dar que falar e a “limpar o sebo” aos mais fragilizados, aos mais velhos principalmente. Então e não é que precisamente nesta dita segunda onda nem todos temos prancha para cavalgar a vaga? Pois é. E assim sendo, apesar de tantos andarem a “marchar” para o “forno” na “quinta das tabuletas”, vulgo cemitério, o governo toma o exemplo do Trump e de outros desses democratas e declara estado disto e daquilo (contingência) em vez de estado de vergonha por andarem a concorrer para as poupanças na Segurança Social com a velharia lusa, que usa os médicos de família e as carradas de medicamentos que os governos pagam… Pagam com o dinheiro de todos nós (mas disso esquecem-se, como convém). Sem ser muito declarado, percebemos que é imperativo poupar milhões para distribuir pelo Novo Banco, pelos banqueiros, pelos “empregadores” das grandes empresas (grandes empresários? É?), dar-lhes benesses e etc. Assim é que está certo, no economês dos governantes. A plebe sai muito dispendiosa… Não pode ser.
Vamos surfar na segunda vaga com o estado de contingência da treta. Mais velhos p’ró galheiro! Pois.
A técnica não é nova. Foi usada pelo nazi Hitler, mas não foi ele que a inventou. Outros, desde os primórdios, procuraram sempre apurar as raças, deixando os mais fragilizados “irem desta para melhor”. Mas como sabem que aquela (morte) é que é a melhor? Que haja notícia nunca nenhum dos que foi voltou de lá para contar… Ah, então o melhor é mesmo estarmos vivinhos da costa e lembrar aos decisores dos apuramentos das raças e das poupanças que os milhões que gastam à toa e o que os afilhados, amigos e enteados roubam, é dinheirinho que tem sido sonegado vilmente aos que agora estão velhos, e/ou aos que provavelmente estão mais vulneráveis…
Quais serão as previsões de quantos mais velhos irão finar-se na segunda vaga desta surfada? Alguém já fez o cálculo, a estimativa, a aposta. Chegará? E depois vem a festa? Pois.
Credo. É sempre uma grande chatice quando se fala nisto. É assim como fazer ‘bulingue’ aos governantes, a atirar-lhes à cara que estão a usar o que é de todos só para benefício de alguns… Pois.
Avante. Esta onda está a descambar e vai-se perder na espuma do costume, apanágio dos sem-vergonha.
Pronto. Hoje chega de surfar. Sequemos ao sol e sacudamos a areia. Esperemos que os velhos e os fragilizados, os sem saúde, morram na praia, como as ondas. E sem fazer ondas – que é o que aqui estamos a fazer – mas abordar temas que oxalá um dia não vejamos no Guiness: este ou aquele país foi o que bateu o recorde planetário de deixar morrer mais velhos e fragilizados, assim como de poupar mais milhões na Segurança Social…. Pois. Que coisa!
Bom dia, com peixe frito. Branco-velho, tinto e jeropiga… Com peixe frito, se o Banco da Fome nos proporcionar.
MM | PG
Bom dia, este é o seu Expresso Curto
Breve prefácio da segunda vaga
Ricardo Costa | Expresso
Ontem, o Guinness World of Records oficializou que Maya Gabeira bateu o seu próprio recorde do mundo, ao fazer uma onda de 22,4 metros no canhão da Nazaré. A surfista, que em 2013 ficou inconsciente num acidente no mesmo local conseguiu, assim, renovar o seu próprio recorde do mundo. Foi uma segunda vaga inesquecível.
Também ontem, o governo avançou para uma nova série de medidas que pretendem colocar Portugal longe de qualquer recorde, europeu, do mundo, do que seja que tenha a ver com a pandemia. Vamos ter linhas mais apertadas para o combate à Covid 19. Os números sobem, as férias acabaram, as escolas vão abrir… E o governo recusa a ideia de voltar a um confinamento geral numa segunda vaga.
A expressão segunda vaga está hoje em todos os jornais e sites de informação, portugueses e estrangeiros. Mas, infelizmente, não tem a “simplicidade” da vaga que colocou pela segunda vez Maya Gabeira na história. Há especialistas que defendem que a segunda vaga já chegou, outros que recusam essa ideia, outros ainda que acham que a expressão não devia ser usada.
A ideia de que a segunda vaga vai chegar, parece impossível de combater. Em Espanha os números subiram muito depressa e quase toda a Europa assiste a um crescimento acentuado, o que, na verdade, sempre se esperou para esta altura. Esse é o maior problema desta pandemia: o vírus está a percorrer o exato caminho que os mais sábios lhe traçaram em março.
Assim, a partir de dia 15, há uma série de medidas já conhecidas, mas que ainda exigem detalhe e, sobretudo, aplicação. O que nem sempre será fácil. Estas são as principais:
- Os ajuntamentos ficam limitados a 10 pessoas (incluindo na restauração);
Os estabelecimentos comerciais não podem abrir antes das 10h (com exceções);
O horário de encerramento dos estabelecimentos será determinado entre as 20h e as 23h, por decisão municipal;
Em áreas de restauração de centros comerciais, passa a haver um limite máximo de 4 pessoas por grupo;
Mantém-se proibição de venda de bebidas alcoólicas nas estações de serviço e, a partir das 20h, em todos os estabelecimentos (salvo refeições);
A proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública é total;
Nos restaurantes, cafés e pastelarias a 300 metros das escolas, passa a vigorar um limite máximo de 4 pessoas por grupo;
Recintos desportivos continuam sem público.
Nas áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, há medidas ainda mais complexas:
- As empresas terão de ter equipas a funcionar em espelho, com escalas de rotatividade entre teletrabalho e trabalho presencial;
Haverá um desfasamento de horários obrigatório, com horários diferenciados de entrada e saída e horários diferenciados de pausas
Na próxima semana arranca o ano escolar. Como tudo de novo em movimento, esse será o grande teste. A ver como aguentamos essa segunda vaga.