Views: 0
Luis Ferreira
shared a post.
COMPANHIA AÉREA CONTINUA A NÃO CUMPRIR AS OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO PÚBLICO SATA corta de novo voos entre Lisboa e o Pico
Como já aconteceu nos dias 5, 12 e 26 de dezembro, a Azores Airlines volta a suprimir um dos dois voos semanais diretos entre Pico e Lisboa, em janeiro de 2021. Contudo, desta vez, os cortes são aplicados a todas rotas abrangidas pelas OSP (Obrigações de Serviço Público) entre Lisboa, Santa Maria, Pico e Faial. Relativamente às ligações entre Lisboa e o Pico, a companhia aérea optou por cancelar as ligações diretas de segunda-feira (11, 18 e 25 de janeiro), com exceção de 4 de janeiro. Deste modo, o Pico ficará apenas com uma ligação semanal aos sábados.
Esta informação chegou-nos a partir de um dos passageiros afetados que recebeu, na tarde de 23 de dezembro um SMS com a seguinte informação: “SATA: informamos que foi transferido do voo S4141 LIS PIX de 18/jan/2021 às 08:00 para S4121 LIS PDL de 18/jan/2021 às 06:00 e SP454 PDL TER de 18/jan/2021 às 14:30 e SP626 TER PIX de 18/jan/2021 às 17:10”.
Deste modo, este passageiro que tinha uma ligação direta entre Lisboa e o Pico com duração de 2 horas e 45 minutos, irá agora levar mais de meio dia (12 horas e 45 minutos) para chegar ao seu destino final. Além de ter uma paragem em São Miguel de 7 horas e 5 minutos, terá ainda de parar na Terceira e esperar mais 2 horas.
Em relação ao percurso inverso entre o Pico e Lisboa, que antes durava 2 horas e 30 minutos, o mesmo tem agora uma duração total de 10 horas e 45 minutos. Tem início num voo de horário direto a São Miguel numa aeronave Dash Q200 com apenas 37 lugares, o que limita muito a oferta de lugares. Para além disso, a escala em São Miguel é de 7 horas e 35 minutos, chegando a Lisboa à noite.
Desta vez, a SATA não programou qualquer voo extraordinário para o Pico, e nem se preocupou em arranjar uma alternativa que causasse menor constrangimento aos passageiros afetados. Santa Maria viu adicionado um voo extra para São Miguel no período da manhã, para compensar o corte no voo de Lisboa.
Com estas supressões, a Azores Airlines continua a não cumprir as Obrigações de Serviço Público que obriga a um mínimo de duas frequências semanais com o Pico, de 5.a feira a 2.a feira, durante todo o ano, podendo ser combinadas com a rota Lisboa/Terceira/Lisboa.
PROPOSTAS DA SATA PREJUDICAM O PICO

O presidente da Associação Comercial e Industrial da ilha do Pico (ACIP) realçou que “uma vez que as Obrigações de Serviço Público não estão a ser cumpridas as alternativas propostas pela SATA não estão a servir devidamente o Pico, mas sim a prejudicar”.
Esta é a reação de Rui Lima aos novos cortes que irão ser feitos já no mês de janeiro nas ligações diretas Lisboa/Pico pela Azores Airlines.
O dirigente associativo referiu que a “minha crítica não é pelos cortes em si, compreendemos a situação atual e a menor procura de voos. A questão principal é a forma como são efetuados os cortes, sem qualquer ajuste dos voos interilhas mais concretamente as ligações a Ponta Delgada que resulta em dias sem ligação a Lisboa e outros com tempos de espera
de 12 horas”.
O líder dos empresários do Pico salientou que, neste caso específico, bastava o ajuste do voo da manhã Ponta Delgada/Pico que sai 35 minutos depois de aterrar o Lisboa/ Ponta Delgada. Diz ainda que às quartas-feiras a diferença é de 25 minutos e neste caso, defende, bastava colocar o voo que sai de Ponta Delgada às 07:50 a sair as 08h25, permitindo a ligação do Lisboa-Ponta Delgada ao Ponta Delgada-Pico.
Para Rui Lima é incompreensível a forma como a empresa atuou “revela desinteresse ou má vontade, e qualquer uma das duas razões é gravíssima e não deixa bons indícios para o futuro”, frisou.
Apesar do momento que se vive,o presidente da ACIP revelou que existe quem necessite dos voos e seria lógico um ajuste nos voos para Ponta Delgada como forma de amenizar toda a situação: “Logicamente se a porta de entrada no Pico for Ponta Delgada essa rota terá de ser a rota com maior preocupação, para não estrangular quem necessita dessa ligação como destino final ou para sair da região”.
Afirmou ainda que “as soluções existem, não existe é diálogo ou visão”, o que, a seu ver, resolveria a questão, sem qualquer controvérsia. Rui Lima sublinhou que a ACIP está a procurar “inteirar” o governo regional destas situações acrescentando que “tendo pouco tempo de governação é natural que desconheçam alguns pormenores deste serviço específico”.
André Silveira and 4 others
9 comments
1 share
Like
Comment
Share