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O de campo da estrela (referido ao topónimo Compostela) é mitologia criada pela igreja católica no sec xi ou xii, e isso vai ligado a uma espécie de milagre onde uma estrela descobre o enterramento do apóstolo.
O apóstolo Santiago foi executado na Palestina em tempos de Nero, e tradicionalmente se afirmou, e segue afirmando pela igreja ortodoxa armênia, que está na igreja armênia de seu nome em Jerusalém, o que tem todas as hipótese de ser plausível. O apóstolo Santiago nunca esteve na península ibérica, nem viu numa barca lendária de pedra.
Nas escavações feitas na Catedral, lá achou-se um cemitério priscilianista e uma igreja dessa mesma adscrição. Prisciliano foi o primeiro dos heterodoxos perseguidos e o primeiro que foi assassinado pelo poder secular, o do império ao serviço da igreja instituição, logo viriam milhares e milhares. Foi executado em Tréveris na atual Alemanha muito pegado a Luxemburgo e ao parecer os seus restos foram trasladados a Galiza pelos discípulos, até bem podia ser ele a pessoa que era objeto de veneração.
Na faculdade de Medicina de Compostela há um instituto dirigido pelo professor Angel Carracedo (de grande prestígio), quem se ofereceu na primeira década de este século ao bispo, para esclarecer de onde eram os restos que se veneram como de Santiago, mas a igreja com bom critério, rejeitou o oferecimento. Eles sabem bem o que é certo e o que não.
As hipóteses derivadas da pesquisa sobre como foi o aparecimento da tumba do apóstolo em Compostela, ligam-no com uma operação política da corte de Aquisgrão, um pouco ao norte de Tréveris, no tempo das intervenções de Carlos Magno na península e como fator de união frente a ameaça a cristandade dos muiñulmanos.
Na Galiza há seis aldeias além da famosa, que levam o nome de Compostela, melhor dito cinco, pois uma com igreja e casario bem formoso ficou sob as águas da barragem de Lindoso bem pegado a raia política. Acho que em Portugal há de haver alguma Compostela também, e nem todos iam ser campos de estrelas milagreiras.
O lusófono alemão Joseph Maria Piel, dedicou alguns esforços a desentranhar esse topónimo, publicando polo menos três artigos sobre o assunto, Um deles, magnífico está nos seus Estudos de Linguística Histórica Galego-Portuguesa, editado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda em 1989. Nesse livro na página 29 se reproduz um artigo de 1965, (Mas os estudos eram anteriores, pois já no congresso de onomástica de Florença de 1961, apresenta as suas conclusões (intitulado Origem Controversa de Compostela). Dá dados e plausíveis explicações para mostrar que é um diminutivo de Composita (masc. compostus) (Usado também como nome de mulher, e cita pessoas com esse nome por exemplo em Lorvão). Analisa o dito por Coromines e outros chega a conclusão, que acha que não tem volta de folha que vem da expressão.:Composite villae, é um lugar bem feito, lindo, e põe outros exemplos peninsulares com essa mesma fórmula. Compostela e a forma diminutiva Compos(i)ta, com o estilo galego(português), de engadir-lhe um elo/ela.
Numa crónica redigida em Compostela no século XII sobre outra anterior do rei Afonso III (século VIII), lê-se “Tunc Gallaecia in Compostella, id est bene composita, super corpus beati Iacobi Ecclesia…construixit”
Numa crónica redigida em Compostela no século XII sobre outra anterior do rei Afonso III (século VIII), lê-se “Tunc Gallaecia in Compostella, id est bene composita, super corpus beati Iacobi Ecclesia…construixit”
Lug/o era um deus celta, muito venerado em muitos lugares, e temos um Lugo na Galiza e pelo menos dous na França.
abraço, Abanhos
Em qua, 10 de fev de 2021 13:29, João Fernandes <joaomanfer@gmail.com> escreveu:
GALIZA DE COMPOSTELA OU DO CAMPO DA ESTRELA DO DEUS LUG, PROVÍNCIA DE LUGO OU LUGAR ONDE ALGURES ESTAMOS SEMPREA
