rumo a 300-400 mortos ao dia

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É preciso estômago, mas é preciso firmeza para poder olhar para um futuro e ver o que se pode fazer para o evitar.
Fiz este exercício: olhar para como se sairia ao longo dos últimos meses a previsão “daqui a 14 dias haverá de óbitos a média da letalidade da última semana aplicada aos casos de hoje”…
…considerei só as regiões com expressão de óbitos ao longo desse tempo: Norte, Centro e Lisboa. Ou seja, a previsão “total” não conta com os óbitos do Alentejo, do Algarve, nem das ilhas.
As previsões estão a tracejado. Os óbitos reais correspondentes a elas (ou seja, quinze dias depois) a linhas contínuas.
Em geral, a previsão é muito próxima da realidade que veio a verificar. Mas há momentos melhores: em novembro a previsão foi pessimista relativamente ao Norte. Só que em geral é até otimista.
Assim, creio que podemos contar com 300-400 mortos por dia no final deste mês. A menos que o Norte corra melhor do que o esperado, como em novembro.
E agora? Estas pessoas já estão contagiadas. As internadas já estão internadas. É possível evitar isto? Ou estaremos já numa fase de previsão pessimista como em novembro?
Repare-se que a letalidade média deu um grande salto. Com os esgotamento de meios, entramos no que em engenharia se chama “fase de resposta não linear”, ou seja, pequenas alterações originam grandes mudanças, quase imprevisíveis.
Antonio Dias Figueiredo and 50 others
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    • Alexandra Guedes

      espero estar errado. Em novembro o Norte conseguiu não ir aos picos da previsão correspondente. É possível evitá-la. O que preocupa é que estamos ainda em fase de sobrecarga dos hospitais.

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      • 1 h

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