RIBEIRO E CASTRO OS MAPAS COVID 14.4.20

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Com os dados ao final do dia de ontem, 14 de Abril, esta é a tabela que ordena os países 25+ em todo o mundo, no tocante à incidência “per capita” da doença e das mortes que provocou. Estes indicadores são calculados à razão de casos-Covid/1M hab. e mortes/1M hab., permitindo estabelecer um padrão de comparação entre países de dimensão populacional muito diferente.
O universo dos 25 países mantém-se estável, havendo apenas alterações pontuais de posições relativas. Desde dia 12, não entra um, nem sai nenhum. Os índices são calculados sobre valores acumulados, o que ajuda a explicar esta estabilidade. O outro factor que explica a estabilidade é que a pandemia está em desenvolvimento em todos eles, apenas em ritmos variáveis e, por vezes, diferentes. Os números sobem para um, mas sobem também para quase todos os outros.
Só não é assim, no caso dos países em que já se está de saída da pandemia: a China (e a sua província de Hubei) e Coreia do Sul. A China, que ainda há um mês e meio dominava este quadro, nem figura nos 25 e vai continuando a baixar na tabela: agora, está nos 68º e 61º lugares – há três dias, estava nos 65º e 58º. A Coreia do Sul estava nas 51ª e 48ª posições, no dia 12; hoje, cotou-se nas 52ª e 49ª.
Portugal manteve os lugares 10º (infectados) e 13º (mortes), a nível mundial. No primeiro caso, abaixo da média da UE, mas bastante acima do indicador médio do continente europeu. No segundo caso, respeitante à mortalidade “per capita”, bastante abaixo tanto da média da UE, como da média da Europa. Como previ, Portugal passou, ontem, totalmente para cima do que chamo o “paradigma de Hubei”, isto é, os indicadores fixados pela província mártir da China. Já estava à frente em número de casos por um milhão de habitantes (Hubei 1.134, Portugal 1.706) e adiantou-se também, ontem, quanto ao número de mortes (Hubei 53,9, Portugal 55,4).
Chamo a atenção para que, nos altos valores atingidos pela UE, pesam não só os casos de Espanha, Itália e França, que têm dominado os noticiários, mas também os de Bélgica e Holanda. Em contrapartida, os EUA, que estão a atravessar um momento muito crítico, estão longe das piores posições a nível mundial, em termos de incidência na população. Os EUA, nesta altura, estão apenas dois lugares (9º e 11º) acima dos ocupados por Portugal.
Outros grandes países que têm aparecido várias vezes em comentários, graças aos seus altos números absolutos e taxas de crescimento, não aparecem sequer nestes 25+, na ponderação do factor população: Turquia, Rússia, Peru, Brasil, Índia. A Turquia talvez entre em breve neste quadro; os outros parecem ainda muito longe de isso acontecer.

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