“Nunca abriu, nem vai abrir portas.

A decisão de não ativar a unidade de radioterapia na ilha Terceira é para manter.

Para a empresa Quadrantes, que detém os equipamentos no hospital, em Angra do Heroísmo, trata-se de um assunto encerrado.

Em causa, a justificação do último ano: a casuística.

Nas respostas às questões colocadas por e-mail, pela Antena 1/Açores, a empresa do grupo Joaquim Chaves detém-se na estatística – diz que a ilha não tem número de doentes oncológicos que justifique a abertura da unidade.

Certo é que o equipamento foi instalado em 2016 – num espaço preparado para o efeito, um investimento público de 1,5 milhões de euros – e ainda lá está.

O processo remonta a 2010, quando a radioterapia nos Açores começou a ser desenhada. Em 2015, o então secretário regional da Saúde, Luís Cabral, fez saber que a Terceira teria os mesmos tratamentos oncológicos que São Miguel para servir os grupos central e ocidental.

Ora, isso nunca aconteceu.

Empresa e Governo Regional alegam que não se confirmaram os números de doentes inicialmente previstos.

O tema tem merecido reparos em tempo de campanha – nomeadamente agora que se sabe haver uma médica especialista interessada no lugar.

Para a Quadrantes – empresa que ganhou o concurso público para a radioterapia nos Açores – o assunto está, por agora, encerrado.” (Oriana Barcelos)