Voltando ao tema que aqui já abordei, a Radiofrequência – RF EMF até porque já ouví teorias de que é tudo ficção e que a RF não afecta assim tanto…

As estações base são necessárias para permitir a comunicação do telefone móvel, incluindo chamadas e transferência de dados. Eles consistem em diferentes componentes eletrônicos e antenas e podem estar localizados em mastros, telhados ou na parte externa ou interna de edifícios. As estações base emitem campos eletromagnéticos de radiofrequência (RF EMF) na faixa de várias centenas de MHz a vários GHz. As bandas de frequência exatas usadas diferem entre as tecnologias (GSM, UMTS, CDMA2000, 4G, 5G) e entre os países.

Os campos RF EMF permitem o transporte de grandes volumes de dados através do vácuo e do ar e, até certo ponto, através da matéria sólida, a uma taxa muito rápida (até a velocidade da luz). Em grandes distâncias, os sinais devem ser retransmitidos por uma rede de comunicação composta por estações base e, muitas vezes, suportada por uma rede com fio.

A potência de uma estação base varia (normalmente entre 10 e 50 watts) dependendo da área que precisa ser coberta e do número de chamadas processadas. Isso é baixo em comparação com outros transmissores, como rádio e televisão, que geralmente funcionam em níveis de potência que variam de vários quilowatts a vários megawatts. Em geral, a intensidade do campo diminui muito rapidamente com a distância da fonte e pode ser calculada (como o inverso do quadrado da distância). A exposição pessoal a campos RF EMF de estações base é diferente daquela dos telemóveis. A exposição a RF EMF de telemóveis é limitada no tempo e é maior na cabeça ou nas partes do corpo próximas de onde o telefone é segurado. Em contraste, as estações base são uma fonte de exposição contínua de todo o corpo. Essa exposição é menos intensa do que a de um telemóvel em estado de comunicação para uma chamada para o exterior, diferente de uma recepção, já que no 1º caso, grande parte do perigo consiste na utilização da potência do equipamento para sua utilização como meio emissor.

As avaliações dos níveis de exposição pessoal são realizadas com mais precisão por meio de medições de campo no local. Cálculos teóricos também são comuns, mas são complicados pelos muitos factores que influenciam a exposição real, como a altura, inclinação e direção da antena, absorção de árvores e plantas ou reflexos de edifícios, bem como distância. A distância por si só não é um indicador confiável para a exposição de uma estação base.

Os campos de radiofrequência têm a capacidade de penetrar no corpo humano (embora quanto maior a frequência, menor a profundidade de penetração), sendo o principal efeito disso um aumento da temperatura no tecido exposto. O corpo humano pode se ajustar a pequenos aumentos de temperatura da mesma forma que o faz ao realizar exercícios e actividades desportivas. Isso ocorre porque o corpo pode regular sua temperatura interna. No entanto, acima de um determinado nível (denominado limite), dependendo da duração, a exposição à alta frequência e o aumento de temperatura que a acompanha pode provocar efeitos graves à saúde, como insolação e danos aos tecidos (queimaduras).

Um grande número de estudos foi realizado sobre os efeitos agudos e de longo prazo da exposição a RF EMF típica de estações base. Pesquisas nesses níveis de exposição não forneceram evidências conclusivas de quaisquer efeitos adversos à saúde relacionados.

As diretrizes da ICNIRP fornecem recomendações gerais sobre a exposição a RF EMF. Eles fornecem limitações, expressas em termos de Taxa de Absorção Específica (SAR), para a absorção de energia de campos RF EMF. Valores de SAR distintos se aplicam à exposição de corpo inteiro, que é típica de estações base, e para a cabeça, que é relevante para exposições de telefones móveis.

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