queixas da junta de freguesia da Maia

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Açoriano Oriental 03.01.2022, por Paulo Faustino
Suzana Ferreira Presidente da Junta da Maia alerta que esta freguesia enfrenta, cada vez mais, problemas de isolamento que estão a “provocar prejuízos irreparáveis”. Pede melhor mobilidade e acessibilidade, além de investimento sustentável, de modo a criar condições de fixação à população e tornar a localidade mais atrativa.
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Nesse momento, uma das minhas maiores ambições, enquanto presidente da Junta de Freguesia da Maia, é criar condições que possibilitem promover o desenvolvimento sustentável da minha freguesia, que se encontra a atravessar uma fase difícil, decorrente em grande parte do fecho, por motivo de obras, do ramal que liga a Maia à Lombinha. Ambiciono, de igual forma, chegar ao fim do mandato com o sentimento de missão cumprida, com a certeza que trabalhei sempre em prol da minha freguesia e lutei pelo bem-estar da minha população.
Tenho como preocupação não defraudar as expectativas das pessoas que votaram em mim e que confiaram no projeto da minha equipa para a Maia.
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Infelizmente, não noto que a situação se tenha alterado para melhor. Acho que o relacionamento entre a Junta e a Câmara, para bem da nossa comunidade, tem de ser melhorado. Muito se ouve e proclama, que é urgente darmos as mãos, trabalharmos em conjunto, para que todas as 14 freguesias sejam contempladas e tenham um desenvolvimento harmonioso. É também, na minha opinião, função da câmara e do governo regional lutar pela igualdade e pelo desenvolvimento das freguesias mais desfavorecidas. Mas é urgente passarmos das palavras às ações, senão deixamos de ter credibilidade junto das nossas comunidades e, consequentemente, teremos cada vez mais as pessoas a deixaram de acreditar nos méritos da Democracia, demitindo-se do seu dever cívico de votar porque acham que os partidos são todos iguais!
Queremos promover um bom relacionamento com todas as instituições, de modo que possamos alcançar resultados realmente profícuos. Estou convicta que estes resultados mais facilmente serão alcançados por via da colaboração, do diálogo e da parceria entre a Câmara e a Junta. Como digo sempre, não é a promoção de uma junta de freguesia que está em causa, mas sim de uma comunidade.
Constato que há um longo caminho a percorrer e quero acreditar que a Câmara será capaz de estar à altura desse desafio, trabalhando em parceria com a junta, tendo como objetivo último o bem da comunidade.
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Em primeiro lugar, não poderia deixar de enaltecer a Câmara da Ribeira Grande pelo facto de ter procedido ao tão ambicionado melhoramento desse caminho. Contudo, desde cedo as coisas não correram bem.
Para nossa enorme consternação e preocupação, essa obra ainda se encontra longe de estar concluída. Uma obra que aparentava ser rápida e relativamente fácil, prolonga-se por demasiado tempo, devido a imponderáveis de vária ordem.
Não é por capricho ou apenas por comodidade que necessitamos, urgentemente, de ver essa obra concluída. Trata-se de uma necessidade premente, porquanto os nossos comerciantes estão a atravessar um período de dificuldades de tal ordem, que me atrevo a dizer que estão em risco de colapso! Segundo alguns dos nossos comerciantes, o prejuízo causado por esta obra é muito superior ao provocado pela pandemia.
Está mais difícil a acessibilidade à Maia, através do caminho da Lombinha e até mesmo de São Brás, assim como é um facto que a freguesia está a perder serviços – já perdeu uma padaria e duas agências bancárias, o mesmo se perspetiva a nível de caixa multibanco.
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Constato que estamos a ficar cada vez mais isolados. Estamos estrangulados em termos de acessos à freguesia, por um lado, temos o caminho da Lombinha que se encontra encerrado, impossibilitando a circulação nesse ramal, há mais de um ano, e por outro lado temos o caminho de São Brás que não tem acesso direto à Maia.
A nossa freguesia perdeu o serviço dos dois bancos, que aqui estavam sediados há longa data, de uma forma inesperada e sem preocupação no prejuízo provocado à população da Maia e arredores, para além disso estamos na iminência de vermos retirado o último ATM (Caixa multibanco) que nos resta.
A Junta de Freguesia repudiou, de imediato, esta atitude, bem como tentou solucionar esse problema que acarreta um enorme prejuízo para os cidadãos da nossa freguesia.
No sentido de minorar as dificuldades criadas à nossa população, estamos a tentar conseguir a instalação de uma ATM na Maia, em prol dos direitos e bem-estar da nossa comunidade.
Para mim, é evidente que a perda das nossas duas instituições bancárias e da nossa padaria centenária, tornam a nossa freguesia mais pobre e menos atrativa.
Creio que esta realidade torna tudo mais difícil no que concerne à fixação das pessoas na nossa freguesia.
É urgente que as entidades governamentais tomem medidas não só para mitigar os efeitos negativos dos constrangimentos anteriormente referidos, mas também para tornar a Maia mais atrativa para a sua população. Caso contrário, verificar-se-á um abandono cada vez maior por parte da população mais jovem que não encontrará razões para aqui se fixar.
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Os comerciantes da Maia precisam de apoios urgentes, pois estão a atravessar um momento verdadeiramente difícil, não só devido à situação pandémica, mas principalmente devido à falta de acessos em condições que possibilitem uma fácil deslocação à freguesia. Presentemente é muito mais cómodo, por exemplo, as pessoas da Lombinha da Maia se deslocarem à Ribeira Grande do que ao centro da própria freguesia!
O nosso comércio está, a muito custo e por resiliência dos empresários, a tentar sobreviver a toda esta situação.
Tal realidade já é do conhecimento da Câmara, tendo esta Junta já apelado a uma intervenção mais musculada por parte da mesma, por forma a que os comerciantes consigam algum apoio.
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A meu ver, a Maia não está bem servida em termos de transportes públicos, porquanto há longa data que os horários desses transportes se mantêm inalterados.
É fundamental delinear estratégias no sentido de dotar as freguesias com transportes adequados aos nossos cidadãos, de forma a possibilitar a sua deslocação, por exemplo, ao local de trabalho.
Embora não sendo uma tarefa fácil, é necessário proceder a algumas melhorias graduais, pois a mobilidade constitui um fator determinante para a fixação das populações.
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A Maia, não obstante o muito que alcançou nos últimos anos, parece que está a retroceder e a perder prestígio e atratividade. Atrevo-me a dizer, sem dramatismos, que estamos a morrer aos poucos! Como já foi referido, perdemos a nossa padaria, um serviço que estava nessa freguesia há mais de um século, perdemos o serviço dos nossos dois bancos, muito necessários aos habitantes desta freguesia e arredores. O nosso receio é que se nada for feito a situação se torne ainda mais grave!
O isolamento a que estamos a ser sujeitos é de tal gravidade que está a provocar prejuízos irreparáveis! Não há margem para dúvidas, que as questões da mobilidade e da acessibilidade são críticas para a competitividade e o desenvolvimento socioeconómico de qualquer localidade, bem como para a coesão territorial.
Precisamos de nos tornar acessíveis! Onde estão os acessos que possibilitem as pessoas, que assim o desejam, de visitar a nossa freguesia? Onde está o investimento sustentável que nos permita criar condições para fixar os nossos jovens?
Perante o exposto precisamos de soluções urgentes e de investimento sustentável, por parte da Câmara, em parceria com a junta de freguesia, para mitigar os efeitos nefastos provocados pelas situações anteriormente referidas.
Essa junta está empenhada e comprometida e, dentro das suas possibilidades e competências, de tudo vai fazer, lutando até ao limite, para reverter esta situação.
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  • Fernando Cardoso

    Anos a fio com governos do partido socialista no poder nunca se queixaram , mamaram até dizer chega, a MAIA FOI A FREGUESIA QUE EM MUITOS ANOS DE SOCIALISMO, TEVE MAIORES ORÇAMENTOS E MUITO DINHEIRO COM PROTOCOLOS , SABE DEUS COMO E PARA QUE SERVIU , ALGUM PARA O PARTIDO AGORA É SÓ RECLAMAR, ENQUANTO FOI SERVINDO DE SACO AZUL AOS GOVERNOS SOCIALISTAS E AO PARTIDO SOCIALISTA ANDAVAM CALADOS , ENQUANTO OUTRAS FREGUESIAS DA RIBEIRA GRANDE OLHA COMO A MINHA FREGUESIA DA CONCEIÇÃO , QUE DO GOVERNO SENDO DO MESMO PARTIDO VIA-SE AZUL PARA TER APOIOS , MAS ESTA FREGUESIA DA MAIA ANDAVA EM BICOS DE PÉS , AGORA É4 ISSO ESPERAR PORQUE Á OUTRAS FREGUESIAS COMO MUITO MAIS NECESSIDADES DO QUE A MAIA , TENHO DITO ,
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