que bela citação…

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“Língua Portuguesa – é casta para os castos, como pode ser torpe para os torpes”
Certo dia me perguntaram: Filipe que negócio é esse de Lusofonias. Conheço Lusofonia, mas Lusofonias, nunca ouvi falar.
Encontrei a melhor resposta. Vejam:
A Lusofonia é uma capela sistina inacabada; é comer vatapá e goiabada, um pastel de bacalhau ou cachupa, regados com a timorense tuaka ao ritmo do samba ou marrabenta; voltar a Goa com Paulo Varela Gomes, andar descalço no Bilene com as Vozes anoitecidas de Mia Couto, ler No país de Tchiloli da Olinda Beja, rever os musseques da Luuanda com Luandino Vieira, curtir a morabeza cabo-verdiana ao som De boca a barlavento de Corsino Fontes, ouvir patuá no Teatro D. Pedro IV na obra de Henrique de Senna-Fernandes e na poesia de Camilo Pessanha; saborear a bebinca timorense em plena Areia Branca ao som das palavras de Francisco Borja da Costa e Fernando Sylvan, atravessar a açoriana Atlântida com mil e um autores telúricos, reencontrar em Salvador da Bahia a ginga africana, os sabores do mufete de especiarias da Amazónia, aprender candomblé e venerar Iemanjá, visitar as igrejas e casas coloridas de Ouro Preto, Olinda, Mariana, Paraty, Diamantina, e sentir algo que não se explica em Malaca, nos burghers do Sri Lanka, em Korlai ou no bairro dos Tugus em Jacarta. É esta a nossa lusofonia. (Chrys Chrystello abril 2019)
E é isto que eu entendo por Lusofonias. Essa mistura de cores, gostos, palavras e sabores que formam esta maravilhosa Comunidade dos Países que tem a Língua Portuguesa como Língua oficial, mas que muito além disso têm raízes na cultura herdada dos portugueses que por algum tempo frequentaram seus Estados.
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