pobreza nos açores

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Esta autonomia continua a seguir um modelo que cada vez mais nos empurra para a posição de lanterna vermelha nas áreas económicas, de bem estar, de crescimento, de sustentabilidade, da criação de emprego, da criação de mecanismos de fixação das populações, etc.
Numa primeira fase, os dirigentes políticos tinham um ódio de estimação por quem investia, principalmente se não era da sua família política. Como resultado, muitos dos investidores foram empobrecendo e sentido-se desmotivados. Agora não temos grupos económicos nem investidores. Nivelou-se por baixo.
Por outro lado, iniciou-se o investimento em infraestruturas, que de facto eram necessárias. Acabadas as infraestruturas (escolas, estradas, portos, aeroportos, saneamento básico, hospitais, centros de saúde), deveriam ter orientado a ação política para a criação de riqueza, mas não o fizeram. Estavam viciados em cimento e a entreter o povo com obras e “obritas” para assim garantir a permanência no poder. Então começou a Era dos portinhos, das marinas, dos centros culturais, dos museus, dos centros interpretativos, das escolas de necessidade duvidosa, dos centros recreativos, das piscinas (algumas ainda estão fechadas), e de uma série de obras não prioritárias, para além das festas e festinhas para entreter os pobres (que somos nós todos). Convém ter em consideração que muitas das obras efetuadas foram sobredimensionadas havendo investimentos que não estão a ser usados na sua totalidade.
Entretanto, a nossa sustentabilidade caíu no esquecimento e a criação de riqueza e consequentemente de postos de trabalho foi dando lugar a uma cultura subsidiária.
Em desespero alguns setores começaram a apontar o dedo a outros e o divisionismo instalou-se, entrando-se numa fase de completo descontrolo.
Sem saber o que fazer os autonomistas vão vendendo aos poucos aquilo que foi arrancado a ferros e, assim, vão alimentando o poder. O debate político é uma autêntica anedota. Perdeu-se completamente a noção do essencial o disparate institucionalizou-se, verificando-se que a condição de “moços de recados” passou a ser normal. No meio desta confusão toda os “paraquedistas” aproveitaram a oportunidade e é vê-los de garras afiadas a garantir o seu futuro. Como resultado as populações estão viciadas em obras e passam a vida a reivindicar mais betão, muitas vezes convencidos que assim vão resolver os problemas que os atingem. Mas os políticos de uma forma oportunista vão alimentando esta ilusão enganando as populações. Quando vejo um investimento em duplicado, ser efetuado numa ilha qualquer que está a desertificar e vejo as populações acreditarem que aquele investimento vai contribuir para o seu desenvolvimento, tenho pena das pessoas que estão a ser enganadas. Os anos passaram e o betão continua a não gerar riqueza e o pior é que, como não há uma cultura de avaliação, as obras são feitas e os objectivos que dizem ir ser atingidos nunca são atingidos, não havendo uma reflexão sobre as causas de tal, passando-se à obra seguinte.
O resultado está à vista: continuamos pobres e somos cada vez menos.
May be an image of text that says "Correio Açores, ulho 2021 5 regional/publicidade Nacional mero "A pobreza atinge na Região cerca de 30% da população com bolsas gritantes", diz Gualter Furtado alerta aumento Resiliência combater não e desigualdade DR segundo privada Doutrina Social valorizaçă chamados" Institu- pessoas pandemia, muito Subli- vidade Fundação afirmando pol motivou região. ver gri- estrutura económica recuperar; dela que fica, como herança o.m jovens", não deixar inguem ara estado (excertos)"
Lê-se e não se quer acreditar.
46 anos de Autonomia deram nisto?
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