patinar no Campo de S Francisco em PDL

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Estando de férias pela Bélgica, estava na altura de regressarmos. Sendo a partida pelo aeroporto de Charleroi, uma cidade 50 Km ao sul de Bruxelas e tendo os objetivos das férias já sido alcançados, teve-se a ideia de porque não ir umas horas mais cedo e conhecer aquela cidade. Não será um destino turístico e sendo Domingo, tudo estava fechado, até a nível de restauração muita coisa estava fechada, pouco havia que fazer. Fomos andando por ali e chegamos a uma praça onde num canto uma barraquinha vendia bebidas e snacks, ao lado outra vendia churros, em outro canto um DJ animava a tarde, DJ’s a animar espaços públicos, a que achei particular graça pelo ambiente que criavam, encontrei em três locais distintos de Antuérpia. Em outro extremo da praça um quiosque alugava patins e numa pista em frente pessoas patinavam.
Eu que há 40 anos não punha uns patins nos pés, não resisti. Não digo que fui um ás da patinagem, mas dominava bem aquilo, fazia alguns malabarismos com patins nos pés. Quis reviver esses tempos. Infelizmente apercebi-me que aquilo não é, como se costuma dizer, como andar de bicicleta, nunca esquece, o melhor que consegui fazer foi andar em círculos contornando a pista, sempre perto das proteções laterais para ter onde me segurar a cada desequilíbrio. Á medida que praticava, comecei a sentir que a coisa melhorava e devia tentar algo mais arrojado, mas vi-me a arranjar um sarilho a poucas horas do avião e achei melhor continuar às voltas.
Mas isto para, não foi a primeira vez, não, não foi preciso ir à Bélgica para ter este pensamento e fazer o comentário, mas ali, naquele espaço, naquele ambiente, o pensamento voltou. Lembrei-me do nosso Campo de São Francisco em Ponta Delgada, onde se gastou não sei quanto dinheiro a renovar, remodelar aquilo e onde nada acontece, onde nada se faz. Tirando o aglomerado de gente que ali se vê aquando das festas do Sr. Santo Cristo e uma pista de gelo que nos últimos anos tem ali sido montada pelo Natal, aquele espaço está o resto do ano no completo abandono, abandono ou mal frequentado.
Ali até há um coreto, na nossa ilha não faltam ranchos folclóricos, não faltam bandas filarmónicas, DJs cada vez há mais, agrupamento musicais há uns quantos.
Porque não dar ambiente, dar movimento, dar vida aquele espaço, levar as pessoas a frequentarem aquele espaço.
Ó santa tisteza!!!!