PANDEMIA AGRAVA DESEMPREGO

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Pandemia agravou a perda de empregos nos Açores
O inquérito ao Emprego relativo ao 3º trimestre do corrente ano, recentemente divulgado pelo SREA, mostra que a população empregada, em alguns setores, já tinha começado a diminuir no final do ano passado, situação que se agravou com a pandemia.
O emprego no sector do Comércio e Serviços, onde se inclui o turismo, por exemplo, começou a diminuir no final do 3º trimestre de 2019, depois manteve a curva descendente com os efeitos da COVID, resultando numa quebra total de 7,1%.
Se se analisar, em separado, o caso particular do turismo, verifica-se que esta atividade empregava cerca 9600 funcionários no final do verão passado, porém, esse número começou a descer face à acentuada sazonalidade do setor e continuou a diminuir em resultado das medidas implementadas para fazer face à COVID , fazendo com que o sector perdesse mais de mais de dois mil funcionários, o que corresponde a um decréscimo de aproximadamente 17%.
Agricultura diminui oferta de trabalho
Com alguma surpresa, pior neste período, foi a agricultura que perdeu 16% dos postos de trabalhos, desde Setembro de 2019, um setor que habitualmente funcionava como “tampão” das crises, dando empregos a pessoas saídas de outros atividades que enfrentam dificuldades económicas.
Foi um setor que muitas vezes que teve muitas vezes no passado uma função social, mas que, agora, face a diversas causas deixou de o ser.
Hoje é, em muitos casos, uma atividade familiar, facilitada com a ajuda de equipamentos mecânicos.
A Indústria e a construção no conjunto do último ano também registaram quebras na população empregada, todavia, nos dois últimos trimestres, registaram significativos aumentos.
Foram, de resto, sectores que se mantiveram sempre em atividade e apesar da pandemia registaram crescimentos de emprego de 3% na construção e 6% na indústria.
No caso da construção este valor é visível, de igual modo, no aumento de venda de cimento que cresceu cerca de 10 % de Janeiro a Outubro.
O sector com maior crescimento foi o da Administração Pública, que já registado crescimentos no 3º trimestre de 2019 e manteve a curva ascendente nos dois últimos trimestres, no forte da pandemia, em particular o sector da saúde com uma subida de 15,5%.
Texto e Gráfico de Rafael Cota
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