convite lançamento de 3 livros a 5 abril 21.00 Lajes do Pico(50 ANOS DE VIDA LITERÁRIA)

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Na próxima quarta-feira, 5 de Abril, às 21:00h, serão lançados os mais recentes livros, e mais pessoais que nunca, de Chrys Chrystello: “Crónica do Quotidiano Inútil: 50 Anos de Vida Literária”, “Liames e Epifanias Autobiográficas: ChrónicaAçores V (1949-2005) – Uma Circunavegação” e “Alumbrame

 

 

José Soares, Sacos de gatos

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Transparência José Soares, jornalista

 

Sacos de gatos

(Cats)

 

 

Foi nisto que se transformou a atual política por todo o país. Sacos de gatos departamentais. Todos os ministérios os têm. Todas as Direções, Secretarias, Belém, São Bento, todos. Assanhados como jamais. Gatos insulares ou nacionais. É só ver quem consegue deixar crescer mais as unhas para melhor arranhar o próximo. Autêntico rally unhal.

Aqui por estas Ilhas, veja-se o caso do Chega, da Iliberal e dos Monárquicos. Os primeiros foram encontrados na rua e recolhidos. Bem tratados, comidos e bebidos, logo de seguida zangam-se e separam-se. Mas não abandonam o saco e as unhas crescem…

O segundo entra no saco sem contar, quase por engano ou distraidamente. Quando se viu lá dentro, começou logo a ‘partir louça’. Presunçoso e narcisista, convencido que a democracia o meteu no saco por desígnio divino, está sozinho mas faz-se acompanhar de grande alarido, grita e ameaça cortar o cordão umbilical de todos os gatos. É assanhado por natureza, com tiques de gato de raça, anti rafeiro e de soberba com excessos de arrogância. A minha gata siamesa faria melhor.

Quanto ao terceiro deste saco em particular, continua com o pensamento e atitude sebastianista, à espera da coroa penhorada pelos republicanos nos inícios do século XX. Soberano-sem-coroa, refugia-se numa pequena ilha onde se concentram os respetivos e únicos apoiantes de todo o reino, através dos quais entrou para o saco.

E há ainda outro saco com gatos que, a nível nacional, desapareceram do grande saco parlamentar mas que, nos Açores, conseguiram sobreviver e até cogovernam e são parte executiva. Estes estão calmos, mudos e surdos e fazem tudo para irem até ao fim do contrato eleitoral. Lá vão indo por entre os pingos da chuva.

A nível nacional, os gatos continuam numa interminável arranhadura entre gatos-mandões absolutos e gatos-povo. Um desses gatos é o que distribui as promessas financeiras. Derrotado nas autárquicas em Lisboa, imediatamente resgatado para o saco financeiro pelo gato-chefe. Foram entretanto criadas as mais variadas distrações, propositadamente controversas algumas delas, para desviar as atenções e os assuntos das polémicas criadas na Câmara Municipal da capital dos gatos, pelo então presidente daquele município e agora ministro financeiro do principal saco-de-gatos que governa os restantes.

Outro gato assanhado, é o que fala mentindo com a máscara da verdade e se dá pelo nome de gato-galamba. Basta que abra a boca e todos sabem que mente ou vai mentir (diante das câmaras ou em público). Se houvesse um óscar para a mentira verdadeira, este gato-galamba não teria rival. José Sócrates teria ciúmes… e até são parecidos. Simpáticos, articulosos, expressivos e com a dialética em dia. Argumentação engenhosa e subtil. Este é um gato cheio de flores de retórica e pode ser concorrencial para a chefia dos gatos socialistas. Tem muito para arranhar, mas chega lá.

Esta casta de gatos cada vez mais assanhados virou moda na política e pondera mesmo arranhar cada vez mais.

De fedorentos e vira-latas, passaram à sofisticação das unhas afiadas por tudo e por nada.

Os eleitores, a seu tempo, vão ter que lhes cortar as unhas rente…

 

 

Inês Sá · Estranho silêncio este…

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Estranho silêncio este…
Os últimos tempos têm sido pródigos em episódios que nos deviam, no mínimo, fazer parar, pensar, indagar, questionar, conversar, transtornar, ou se preferirem, numa palavra só, preocupar.
De forma aleatória, começo por abordar a estranha e surpreendente exoneração do Conselho de Administração da Lotaçor (relembro ser esta uma empresa pública), um ano após a sua nomeação, presidida pela Dra. Catarina Martins, unanimemente considerada uma das técnicas mais competente na Lotaçor, com décadas de experiência no setor, reconhecida pelo seu enorme profissionalismo e dedicação. Mais difícil fica de perceber, pelo facto de, até à presente data, não serem conhecidas razões plausíveis e credíveis que nos levem a nós, comuns cidadãos e cidadãs, a perceber a decisão do atual Sr. Secretário Regional do Mar e das Pescas, bem como a fuga de informação que levou a que a notícia tenha saído da esfera da tutela, antes mesmo de ter sido oficializada. Mas, perante tanta estranheza, um silêncio ensurdecedor.
Passando das pescas para a educação, parece que a empresa que fornece diversas cantinas escolares denominada EUROESSEN RESTAURAÇAO SERVIÇOS LDA, fornecida, por sua vez, por diversas empresas locais, vem somando dívidas para com estas, fragilizando e comprometendo de forma inaceitável o comércio local, alegadamente por não receber atempadamente, por parte do Governo Regional, aquilo que lhe é devido pelo serviço prestado. Parece que há até fornecedores locais que, já em desespero, enviaram para a Presidência e Vice-Presidência do GRA um email a alertar para a situação, mas, do lado de lá, até ao momento, nem confirmam, nem desmentem. Sobre o assunto, um silêncio ensurdecedor.
Ainda na educação, não consigo deixar de partilhar, uma vez mais (e eventualmente até à exaustão!), a minha perplexidade com o encerramento do auditório da Escola Secundária Manuel de Arriaga, desde março de 2020. Seria injusto, se aqui não fizesse um agradecimento, em nome da Associação de Pais e Encarregados de Educação da ESMA, à pronta disponibilidade da Sra. Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Dra. Sofia Ribeiro, para reunir com esta associação, sobre as imensas intervenções de que este estabelecimento escolar necessita, bem como da sinceridade e honestidade com que todos os assuntos foram abordados. Bem-haja! Não obstante, custa-me de facto perceber como se continuam a construir na nossa Região enormes edifícios, com recurso a fundos europeus, sem que fique desde logo garantida a existência de verbas no erário público, para a manutenção de que, naturalmente, e à semelhança das nossas casas, estes carecem. Esta garantia, deveria ser um dos principais requisitos para se recorrer a estes fundos, porque sem esse compromisso, o resultado está à vista de todos, bastando para tal que se atente ao estado de conservação do Parque Escolar da Região.
E depois das pescas e da educação, não resisto a dar uma olhadela na Solidariedade Social… Pois é, também parece que, durante a legislatura anterior, promessas não faltaram por parte do maior partido da oposição (PSD) para com a Residência Sénior – HP, uma empresa privada, sediada na freguesia dos Cedros, ilha do Faial, devidamente licenciada para acolher 12 pessoas idosas. Dizem por aí que, à época, a celebração de um Protocolo com a Segurança Social era coisa que mereceria todo o apoio e prioridade, não fosse o executivo do Partido Socialista, mas sim do Partido Social Democrata. E não é que o dia finalmente chegou? Não foi fácil, é certo, entre acordos e desacordos, coligações ou boa-fé, a verdade é que a empresa endereçou, há quase 1 ano, um ofício à Secretaria Regional da Solidariedade Social, ao qual (7 meses depois), a sua Chefe de Gabinete respondeu: “não está prevista a formalização de contratos de financiamento com empresas privadas (apenas com instituições privadas sem fins lucrativos)”. Dúvidas não hajam de que não estou, de todo, a expressar a minha concordância ou não com o teor desta troca de correspondência, apenas não posso deixar de constatar que o tempo transforma, e só não muda de opinião quem não vive, ou não pensa, por isso é que o povo diz e bem “Promessas engodos são”, mas sobre o assunto…um silêncio ensurdecedor.
Haja saúde, e já agora, algum ruído! Ou será que já enterramos a democracia?
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De Oeste não sopra bom vento

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EDITORIAL
De Oeste não sopra bom vento
O Governo da República, a braços com a privatização da TAP e com a instabilidade que tem originado sucessivas demissões na companhia aérea, está-se pouco importando em ser solidário com os Açores e, sobretudo, em fazer o que é da sua competência. A não ser que haja segundas intenções de criar problemas para “ajudar” o Governo Regional em horas atribuladas. O caso mais recente prende-se com o facto de ainda não ter lançado o concurso para as obrigações de serviço público (OSP) de transporte aéreo, para as rotas não liberalizadas do Faial, Pico, Santa Maria e Madeira. A SATA (e o Governo Regional) já veio dizer que, apesar de caducar proximamente o contrato ainda em vigor, a SATA Internacional vai continuar a assegurar as ligações aéreas aquelas ilhas, mesmo correndo o risco de Bruxelas não achar piada porque uma das condições que impôs à reestruturação da transportadora regional, permitindo que o Governo lá injetasse mais de 400 milhões de Euros, foi que a Azores Airlines ficava inibida de operar rotas deficitárias. Ora, as rotas do Faial, Pico e Santa Maria, no atual estado da arte, darão prejuízo se não forem compensadas por indemnizações compensatórias do Estado. Uma coisa é certa, sem concurso público, não há indemnizações. Daí o repto lançado ontem pelo Governo Regional, pela boca do secretário regional das Finanças e da secretária da Mobilidade que defendem a celebração, entretanto, de um ajuste direto para compensar a SATA Internacional/Azores Airlines dos défices da operação. Na quarta-feira, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, tinha avançado que o concurso para as Obrigações de Serviço Público das rotas não liberalizadas só vai ser lançado após o trabalho que está a ser elaborado pela Agência Nacional de Aviação Civil. Na mesma reunião da Comissão Parlamentar de Economia, o ministro terá garantido que a prestação do serviço público não está em causa porque as rotas que ligam o Faial, Pico e Santa Maria ao continente vão continuar a ser asseguradas pela Azores Airlines, mas não terá dito como. O que também resulta espantoso nesta matéria foi a informação circulante de que a SATA, já desde 2015, que voa aquelas rotas sem qualquer indemnização e que, finalmente, estão inscritos 9,5 milhões no Orçamento de Estado para aquele fim, mas sem concurso não podem ser atribuídos. Num momento em que, na Região, o dinheiro é coisa muito procurada, verbas destas e mais as reclamadas, em falta, do Furacão Lorenzo ajudavam à governança das ilhas. Mas de Oeste não sopra bom vento e muito menos bom casamento.
  • in, Diário Insular, 24 de Março / 2023