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  • Lei dos Serviços Digitais entrou em vigor. O que muda nas redes sociais

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    A União Europeia (UE) torna-se desde hoje, após um período de adaptação, a primeira jurisdição do mundo com regras para plataformas digitais como X (anterior Twitter) e Facebook, que passarão a ser obrigadas a remover conteúdos ilegais.

    Source: Lei dos Serviços Digitais entrou em vigor. O que muda nas redes sociais

  • Cinco palavras catalãs que fazem cócegas

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    Cinco palavras catalãs que fazem cócegas

    Marco Neves

    Aug 25

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    Quando olhamos para as línguas próximas, são as pequenas diferenças que nos deixam com um sorriso na boca, como se nos fizessem cócegas. Façamos a experiência com cinco palavras catalãs. É uma forma de viajar neste mês de férias.

    Fotos de Lucas Gallone em Unsplash

    1. Nit

    Dizer «bona nit!» é simpático, mas para um português o estranho é ouvir um «bon dia» assim de chofre, sem nada que desmanche a ilusão de estarmos a ouvir a nossa língua. Não estamos. Mas, durante aqueles segundos, parece.

    Avancemos no dia. «Boa tarde» é «bona tarda». A noite é «nit». Sim, estamos a caminhar até à «nuit» francesa, mas não temos nenhum «u» e estamos longe da «noite» portuguesa ou da «noche» castelhana, sempre com o «O» a lembrar-nos uma certa escuridão.

    Sim, isto sou eu a delirar. A escuridão da noite não está nas palavras e sim no céu, mas o que querem? Quando oiço «nit» lembro-me de um qualquer grito nocturno.

    2. Tardor

    Não sei se me soa a Terra Média («e os cavaleiros puseram-se a caminho das negras terras de Tardor») ou a qualquer coisa de tardio, ainda um pouco quente — ou talvez me soe ao aspecto ardido das folhas castanhas no chão. Não faço ideia, mas sei que soa bem. É «outono» em catalão, mas lembra-me também o entardecer e uma certa mansidão. As outras línguas são assim: às vezes põem-nos a ver as coisas pela primeira vez.

    3. Cap

    Esta é uma estranha palavra que tanto quer dizer «cabeça», como «chefe» e ainda «cabo», «nenhum» — ou «em direcção a». E olhem que não fica por aqui.

    Ou seja, «cap al cap» será algo como «em direcção ao cabo». «No tinc cap pressa» é «não tenho nenhuma pressa». «El cap del meu cap» — «a cabeça do meu chefe». Uma palavra bem cheia… (E espero não ter metido os pés pelas mãos com o atrevimento de escrever umas frases em catalão.)

    4. Seny

    Como nós, que temos sempre a saudade na boca quando nos falam do que é ser português, também os catalães tentam definir o seu carácter com uma ou duas palavras. Neste caso, duas: «seny» (bom senso) e «rauxa» (loucura) — uma estranha mistura que há uns anos li descrita (não sei bem onde) como alguém a tratar de negócios à varanda do hotel, mas todo nu. E se calhar com um bigode à Dali. Como sempre, estas caracterizações são perigosas, redutoras, ilusórias — o que quiserem. Mas aqui fica a tal «seny» nem que seja para vos dizer que o «ny» se lê «nh». Sim, em catalão, Catalunha escreve-se «Catalunya» (mas lê-se como cá).

    5. Dinar

    Não me fico pelas cinco palavras… Acho curiosas palavras próximas de forma peculiar, como «dona» (mulher) ou «germà» (irmão) ou «menjar» (comer) ou «parlar» (falar). E estranho, estranho é dizer «dinar» para o «almoço». Já o jantar é «sopar». E o pequeno-almoço? «Esmorzar». Temos ainda isto: «dona» no plural dá «dones» (mas o «e» lê-se quase como o nosso «a»). «Irmã» é «germana» e, assim, irmãs são «germanes».

    Para terminar, aponto para a palavra «novel·la» (romance). Tem aquele símbolo estranho, exclusivamente catalão: assinala que os dois LL não se devem ler como o nosso «lh», mas antes como dois LL separados, um em cada sílaba. «Una novel·la excel·lent» é, por exemplo, La plaça del diamant, de Mercè Rodoreda (o «ç» em «plaça» mostra que a cedilha também existe em catalão).

    As outras línguas latinas são assim: vão revelando os seus segredos devagar, enquanto nos fazem cócegas.

    Fins demà!

    Texto publicado anteriormente. Proponho, já agora, que oiça o episódio «Ler as línguas nas placas das estradas de Espanha».

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    Aqui fica o mais recente episódio da Pilha de Livros:

    Pilha de Livros

    Marco Neves

    22 episodes

    Oiça também os outros programas em que participo:

    Pode encomendar os meus livros nesta página.

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    © 2023 Marco Neves
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  • Lisboa no futuro sob água

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    【A CAUSA DAS COISAS】
    Os efeitos do aquecimento global serão devastadores e vão, sem dúvida, afetar Lisboa. E isso é demonstrado por vários estudos publicados nos últimos anos, a partir do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) até revistas científicas como a Climate Atmospheric Science, que indicam que o mundo científico concorda que o degelo, mais cedo ou mais tarde, vai ter os seus custos.
    Para já, as únicas dúvidas são saber a que velocidade e qual o nível de devastação que estes eventos irão proporcionar, que em tudo dependem das ações de todos nas próximas décadas, e se o conjunto plano no Acordo de Paris é respeitado ou se o aquecimento global aumenta drasticamente.
    Os dados do IPPC de 2019 prevêem um aumento do nível do mar para 43 centímetros para 2100, mesmo se o Acordo de Paris for cumprido, num cenário mais otimista. No pior dos casos, crescerá entre 84 centímetros e 1 metro até esta data.
    Em 2020, um painel de 100 especialistas da Climate Atmospheric Science publicou novas projeções. De acordo com este estudo, os oceanos poderiam aumentar o seu nível de 1,3 metros em 2100 se a superfície da terra aquecer mais 3,5 graus e até cinco metros para o ano de 2300, o que causaria um degelo total dos polos.
    Graças à Climate Central conseguimos fazer uma simulação de vários cenários. Testámos com Lisboa e os resultados, com foco na Praça do Comércio.
    O mar iria “entrar” em várias partes das zonas ribeirinhas da cidade, desde Belém até ao Parque das Nações, mas sem dúvida que as áreas mais problemáticas seriam na margem sul, no Barreiro, na Baixa da Banheira, em Corroios, no Samouco e em praticamente todas as áreas a Norte da Reserva Natural do Estuário do Tejo.
    A Climate Central publicou uma ferramenta que simula a magnitude destes efeitos em diferentes cenários. Vejam como ficaria Lisboa
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    Madalena Bessa

    Assustador!
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  • míssil não foi

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    Nada indica que míssil terra-ar tenha abatido avião de Prigozhin – Pentágono
    Washington, 24 ago 2023 (Lusa) – O Pentágono afirmou hoje que nada indica que um míssil terra-ar tenha abatido o avião que transportava o líder do grupo de mercenários russo Wagner, Yevgueny Prigozhin.
    O avião privado Embraer, pertencente ao grupo Wagner, despenhou-se na quarta-feira a norte de Moscovo, matando as dez pessoas que se encontravam a bordo.
    O exército norte-americano não dispõe “de qualquer informação que indique que um míssil terra-ar” esteve envolvido na queda do avião que presumivelmente vitimou Yevgueny Prigozhin, declarou o porta-voz do Departamento da Defesa norte-americano Pat Ryder, classificando como “inexatas” as informações dando conta da utilização de tal armamento.
    ANC // PDF
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    Morreu Prigozhin.
    Agora só falta o kabronzhin, o nojenthin e o filhdaputin.
  • Moises Lemos Martins

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    Moises Lemos Martins shared a memory.

    O real, todo o real, começa por ser um sonho na cultura, e só depois se torna uma concretização cultural. E é deste modo que é possível imaginar as identidades lusófona e ibero-americana – sonhos em travessias a fazer com a língua portuguesa e a língua espanhola.
    Em 2018, referi algumas das travessias a que estive particularmente ligado:
    – Comunicação e Lusofonia – Para uma Abordagem Crítica da Cultura e dos Média (2007, 2017) https://hdl.handle.net/1822/30019

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    “Os subalternos podem falar?” – Os países lusófonos e o desafio de uma circum-navegação tecnológica
    A globalização é uma realidade de cariz predominantemente económico-financeiro, comandada pelas tecnologias da informação. Para todos os povos, a globalização apresenta-se, hoje, como um destino inexorável, de mobilização para o mercado global, sendo única e definitiva a identidade dos indivíduos de todas as nações, doravante móveis e flexíveis (sem direitos sociais), mobilizáveis (respondendo às necessidades do mercado), competitivos (adotando a lógica da produção) e performantes (realizadores de sucesso).
    Nestas circunstâncias, o espaço transnacional e transcultural dos povos que falam o Português não pode deixar de se confrontar com um desafio estratégico.
    Os países lusófonos encontram-se, hoje, do mesmo lado da barricada, de países dominados, subalternos, e em permanência empurrados para a periferia da globalização hegemónica, um espaço falado numa única língua, o inglês. Por essa razão, a Lusofonia pode ser encarada como uma circum-navegação tecnológica, uma travessia, a ser realizada por todos os povos lusófonos, no sentido do interconhecimento, da cooperação, cultural, científica, social, política e económica, e também de afirmação da diversidade no mundo, uma circum-navegação que abra os confins do desenvolvimento humano.
    A circum-navegação assinala, classicamente, a experiência da travessia de oceanos e a ultrapassagem do limite estabelecido, de mares, terras e conhecimentos. A circum-navegação pode constituir, pois, uma boa metáfora para caracterizar a travessia lusófona a realizar, uma travessia não apenas da cultura da diversidade e do diálogo intercultural, mas também da ciência a produzir em português.
    A circum-navegação tecnológica a empreender far-se-á através de sites, portais, redes sociais, repositórios e arquivos digitais, e ainda, museus virtuais, na convicção de que uma grande língua de culturas e de pensamento, como é a língua portuguesa, não pode deixar de ser, igualmente, uma grande língua de conhecimento científico.
    Foi este o sentido que foi dado à criação do Museu Virtual da Lusofonia, na Universidade do Minho, em 2017: http://www.museuvirtualdalusofonia.com/
    E, de igual modo, à criação da Revista Lusófona de Estudos Culturais, em 2013: http://www.rlec.pt/index.php/rlec
    E a publicações como:
    – A Internacionalização das Comunidades Lusófonas e Ibero-americanas de Ciências Sociais e Humanas – O Caso das Ciências da Comunicação (Húmus, 2017): http://hdl.handle.net/1822/49365
    – Lusofonia e Interculturalidade – Promessa e Travessia (Húmus, 2015):
    – Comunicação e Lusofonia – Para uma abordagem crítica da cultura e dos média no espaço lusófono (Grácio, 2006):
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  • Lançada em breve ligação terrestre directa entre Macau e Aeroporto de Hong Kong – PONTO FINAL

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    Vai ser lançado em breve o novo serviço de transporte que liga o posto fronteiriço de Macau da Ponte do Delta até à área restrita de partidas do Aeroporto Internacional de Hong Kong. O serviço vai permitir que os passageiros façam os procedimentos de emissão de cartões de embarque, de check-in ou transferência de bagagem […]

    Source: Lançada em breve ligação terrestre directa entre Macau e Aeroporto de Hong Kong – PONTO FINAL

  • Países da Ásia protestam contra liberação de água radioativa no mar pelo Japão – 24/08/2023 | Diário do Grande ABC

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    Países da Ásia protestam contra liberação de água radioativa no mar pelo Japão

    Source: Países da Ásia protestam contra liberação de água radioativa no mar pelo Japão – 24/08/2023 | Diário do Grande ABC

  • Quake Info: Weak Mag. 2.6 Earthquake – North Atlantic Ocean, 88 km Southeast of Ponta Delgada, Azores, Portugal, on Thursday, Aug 24, 2023 at 8:32 am (GMT +0) – 1 User Experience Report

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    Detailed info, map, data, reports, updates about this earthquake: Weak mag. 2.6 earthquake – North Atlantic Ocean, 88 km southeast of Ponta Delgada, Azores, Portugal, on Thursday, Aug 24, 2023 at 8:32 am (GMT +0) – 1 user experience report

    Source: Quake Info: Weak Mag. 2.6 Earthquake – North Atlantic Ocean, 88 km Southeast of Ponta Delgada, Azores, Portugal, on Thursday, Aug 24, 2023 at 8:32 am (GMT +0) – 1 User Experience Report