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2025 PROFISSOES EM FALTA NA AUSTRALIA From electricians to bakers: The jobs that made Australia’s skills shortage list
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The Core Skills Occupation List outlines those jobs deemed necessary to address Australia’s skill shortages. Here’s what made the list — and what didn’t.
Source: From electricians to bakers: The jobs that made Australia’s skills shortage list
a antologia da HelenaChrystello (e Anibal) na RTP Açores
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https://acores.rtp.pt/programa/cultura-acores-t5/
https://www.rtp.pt/play/p13316/e813857/cultura-acores-t5
crónica 450,SANTA MARIA DOS AÇORES – O NOVO TRIÂNGULO DAS BERMUDAS 28.4.2022 _____________________________________
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SANTA MARIA DOS AÇORES – O NOVO TRIÂNGULO DAS BERMUDAS 28.4.2022 crónica 450,
Gosto imenso da ilha de Santa Maria que fui conhecer em 2006 depois de me radicar em São Miguel (2005) e antes de descobrir as restantes. Tem gente capaz, bons escritores, e uma história riquíssima, além de caraterísticas únicas da Vila do Porto. O autor Pedro Almeida Maia esteve lá a lançar o seu livro IlhAmérica que narra uma epopeia de fuga da ilha, em tempos idos, e encontrou o cinema, reconstruído há dois anos, vazio, a aguardar equipamentos e reinauguração. Não encontrou o porto espacial da Malbusca que devia ter entrado em funcionamento em 2021, nem o recife artificial por afundamento do antigo navio da Marinha Portuguesa, NRP Schultz Xavier, nem a velha Torre de Controlo do aeroporto restaurada a rigor, nem reabilitadas as casas prefabricadas (do bairro do aeroporto) dos norte-americanos, nem um museu da segunda grande guerra, nem as estradas recuperadas e asfaltadas como todos clamam há anos. Entrementes continua a não se aproveitar o potencial do enorme aeroporto que a tantos tem servido de salvação, agora que o Concorde não existe e a navegação transatlântica ali não reabastece exceto em emergências. Encontrou as belezas naturais, que essas o homem ainda não destruiu, e os sedimentos fossilizados que pontilham a ilha, nem todos de fácil acesso e daí ainda se manterem preservados. Vem isto a propósito de nestes anos todos que levo dos Açores, pensar que a ilha mais parece um novo Triângulo das Bermudas, onde as inovações (salvo o novo largo em frente à Câmara Municipal) tendem a desaparecer antes de se concretizarem, ou raramente se concretizam, seja por má vontade política, incompetência governamental, inoperância e burocracia ou outra razão que a todos escapa. Existe gente ativa com blogues e publicações a alertar para isto mas as queixas mergulham nas profundezas abissais sem rasto. Recordo as minhas impressões da ilha em 2006 esperando que estas não caiam na fossa das Bermudas…
A primeira coisa que nos chamou a atenção foi a falta de gente na ilha. Em especial à noite, vista do Hotel, Vila do Porto só mostrava os postes de iluminação pública acesos, as casas estavam (na maioria) às escuras. Para perceberem porque é nos sentimos numa ilha temos de perceber a dimensão e a sua pequena população… A capital, Vila do Porto é a mais antiga das vilas açorianas, onde se podem ainda observar vestígios de velhas casas, do Capitão Donatário com janelas do séc. XV. Santa Maria foi a primeira a ser descoberta. Alegadamente foi Diogo Silves em 1427.
É a única com grandes proporções de terra de origem sedimentar, onde se podem encontrar fósseis marinhos. As casas estão espalhadas e as chaminés lembram o Algarve. As terras são muito férteis e a paisagem rural é de grande beleza. Foi a primeira a ser povoada, vê desembarcar das caravelas em 1439, o punhado de pioneiros que se fixaram na Praia dos Lobos, na ribeira do Capitão. João Soares de Albergaria, sobrinho do primeiro Capitão Donatário e seu herdeiro, deu novo impulso ao povoamento trazendo famílias, sobretudo algarvias. Até final do séc. XV, Santa Maria regista grande desenvolvimento, e o primeiro foral de vila nos Açores foi concedido à localidade desde então denominada Vila do Porto. A prosperidade da ilha assentou, até final do séc. XVIII, no pastel, considerado o melhor do Arquipélago e em abundância, e na urzela, exportados para as tinturarias da Flandres, além da cultura do trigo, que tinha procura no Continente e abastecia as praças-fortes portuguesas do norte de África. Dedica-se à agricultura, vinhedos, trigo, milho, batata, inhame, pomares, à pecuária e laticínios, Santa Maria atravessou, sem sobressaltos, os sécs. XVIII e XIX, se excetuarmos a presença de um contingente de jovens entre as tropas que participam no desembarque do Mindelo em plenas guerras liberais. O séc. XX traz dinâmica e progresso, com a construção do Aeroporto em 1944, de grande valor estratégico durante a Segunda Guerra e ponto de escala obrigatório nas travessias atlânticas, até finais da década de 60. Quando estive pela primeira vez em Santa Maria, viajei de volta à minha adolescência tendo fascinado prédios e instalações antigas, em especial as instalações do enorme aeroporto, da Vila do Porto. Tudo me encanta e remete ao passado azafamado da Segunda Guerra, quase coetâneo do meu nascimento. Até pensei em tentar fazer um projeto de recuperação das instalações. Nessa data – e já lá vão uns anos – ainda não era a Câmara Municipal responsável por muitos desses equipamentos urbanos. Imaginem só, se fosse possível das instalações desativadas construir um verdadeiro museu vivo em homenagem ao esforço da Segunda Guerra, seria possível reproduzir artesanalmente dentro daquele espaço incrível a vida no tempo da guerra. Haveria lugar para o artesanato que os visitantes poderiam levar de lembrança, criando oportunidades e revitalizando a Vila do Porto. Até agora deixaram acabar quase tudo o que era importante preservar. Assim se reporia a verdade sobre um povo maravilhoso que merecia maior respeito pela história e património, uma pena… falta converter tudo num Museu vivo e recolher exemplares de relíquias da guerra.
426, E SE NADA FOSSE REAL 27.11.2021
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426, E SE NADA FOSSE REAL 27.11.2021
Hoje, acordei particularmente tarde mas bem-disposto. Ao abrir a caixa de Pandora do mundo da ciência descobri o título que me fascinou: E SE NADA FOSSE REAL (nova hipótese argumenta que o universo simula a sua própria existência). Trata-se de artigo do Quantum Gravity Research Institute que visa unificar as mecânicas quânticas com uma perspetiva não-materialista. Seremos reais? E se tudo que cremos ser real, as pessoas, e os eventos da nossa vida não existissem, mas fossem uma simulação complexa? Já, em tempos, o filósofo Nick Bostrum se interrogava “Estamos a viver numa simulação de computador?” Tratar-se-ia de simulações deveras complexas criadas por seres muito evoluídos. Contudo, a nova teoria exclui os seres evoluídos e indaga “Será uma autossimulação que é gerada pelo próprio pensamento?” Não disponho de conhecimentos suficientes, e de física quântica nada sei, para tentar seguir a argumentação dos autores desses artigos. Penso ou sinto, que seria mais agradável se nada fosse real, e fosse simulado ou imaginado. Seria benéfico, se pudéssemos apagar da memória coletiva, a chamada história da humanidade, a maioria dos acontecimentos de que há memória: confrontos violentos, guerras, destruição arbitrária e aleatória, a própria maldade humana inerente a todos os seres que simulam tal realidade? Seria possível ao pensamento evoluir para uma realidade menos destrutiva, menos desigual, menos escravocrata? A simulação que temos vivido nestes milhões de anos de existência simulada de humanoides narra uma história de uma minoria a dominar a maioria dos seres sencientes, meros escravos cuja única razão de ser é a permitir a existência dessa minoria dominadora. Até agora o grande ponto fraco da IA (inteligência artificial) tem sido o de ser concebida e criada por humanoides, pelo que resta saber se um dia se independentiza e consegue conceber-se sem as falhas humanas que lhe deram origem. Será então capaz de criar uma autossimulação da realidade totalmente distinta da atual e pode então decidir que o melhor destino dos “homo sapiens sapiens” é o de serem escravos dessa mesma inteligência artificial, bem menos imperfeita do que aquilo que vemos na atual ordem mundial. Ou alternativamente, pode decidir que não precisa dos humanos para nada. E é por isto que, às vezes, apetece pensar que nada do que experienciamos é real.
somos todos culpados
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A FIFA continua o contorcionismo para levar o Mundial de 2034 para a Arábia Saudita. E isso é tão mau como acharmos que é a única que está mal na relação com quem desrespeita direitos humanos.
dez 4
LER NA APP Cristiano Ronaldo, o ministro do desporto, Gianni Infantino, presidente da FIFA, e Mohammed bin Salman, o príncipe herdeiro saudita, ideólogo maior do sportswashing com que pretende abrir caminho à diversificação da economia do país
Palavras: 1317. Tempo de leitura: 7 minutos (áudio no meu Telegram).
No Verão passado, fui convidado pelo Carlos Vaz Marques para apresentar, na Feira do Livro, a edição portuguesa de Jogos de Poder, uma obra de Jules Boykoff que a Zigurate lançou por cá e que percorre as relações quase sempre perigosas estabelecidas ao longo dos tempos entre o olimpismo e a exploração do homem pelo homem. Ainda tentei desmarcar-me, pois não percebo nada de Jogos Olímpicos, mas em boa hora lá fui, porque isso foi um pretexto para reencontrar o meu bom amigo Luís Lopes, ex-companheiro de redação no Público e a maior enciclopédia viva do desporto em Portugal, que dividiu comigo o palco. E para ler o livro – que vale bem a pena, quanto mais não seja porque nos explica que há sempre camadas em tudo o que é a tentação maniqueísta de dividir o Mundo entre bons e maus. Nestas coisas, como é bem exemplo neste momento a polémica em torno da atribuição do Mundial de 2034 ao regime autocrático e desrespeitador de tudo o que são os mais básicos direitos humanos da Arábia Saudita, é sempre bom relativizar. Mas relativizar não significa compactuar. Nem com um Mundial como forma de lavagem de imagem pelo desporto nem com a hipocrisia dos que acusam a FIFA mas depois vão todos contentes atrás do dinheiro que vem dos mesmos sítios com máscaras legitimadoras.
O Último Passe é a minha crónica diária, acessível a todos e entregue por Mail a qualquer subscritor. Para a ler antes da hora de almoço, aceder a outros conteúdos, receber os textos em audio, participar em tertúlias com a comunidade e apoiar o meu trabalho, avalie a hipótese de se tornar subscritor Premium.
A questão do Mundial de 2034 voltou à ordem do dia por causa de um relatório comprado, perdão, encomendado, perdão, pedido pela organização saudita ao escritório de Riad da firma londrina AS&H Clifford Chance, onde eram avaliadas as condições para que o regime de Riade recebesse um Mundial de futebol. A Amnistia Internacional e a Human Rights Watch já tinham denunciado “graves deficiências” no dito relatório. “Se não se fizerem reformas amplas, serão detidos todos os que tiverem atitudes críticas, discriminar-se-ão mulheres e pessoas LGBTI e explorar-se-ão trabalhadores numa escala massiva”, disse então Steve Cockburn, subdiretor da Amnistia Internacional. Esta semana viu a luz do dia um estudo da Play The Game, uma Organização Não Governamental dinamarquesa criada com a ideia de “fortalecer a base ética e promover a democracia, a transparência e a liberdade de expressão no desporto”, no qual se identifica a vastidão da operação de lavagem conduzida por Mohammed bin Salman – e vale muito a pena ouvirem o episódio de Heroes & Humans of Football que lhe é consagrado – da qual fazem parte “pelo menos 910 contratos com profissionais ou entidades desportivas”. A visão do poderoso MbS na tentativa de diversificação da economia saudita, para a tornar menos dependente do petróleo, passa muito pelo desporto e pela capacidade de atração que ele potencia, mas será um erro olhar para Zurique e para a FIFA e apontar-lhes o dedo de uma forma exclusiva. Porque a verdade é bem mais dolorosa: nestas coisa não há inocentes. Somos todos culpados. Incluindo a FIFA, mas não excluindo quase tudo o que é responsável da nossa tão querida Europa Ocidental dos valores.
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Se comecei por vos falar do livro de Boykoff foi precisamente para reforçar a hipocrisia que está sempre associada a estas coisas e que isso não acontece só no futebol e por causa da sua transformação em indústria dos milhões. O olimpismo, afinal de contas, é o quê? O que era a obsessão do barão Pierre de Coubertin pelo amadorismo, ainda hoje apontada por muitos como a defesa da pureza do desporto, senão a exclusão classista dos desfavorecidos, que ele defendia de uma forma descarada? O desporto, na visão de Coubertin, era para aristocratas, para os que não precisavam de trabalhar para comer. Aos atletas que, não possuindo outras fontes de rendimento, se faziam pagar para o praticar era vedada a participação nos Jogos. O que era o impedimento da participação de mulheres nas primeiras edições dos Jogos da era moderna, onde elas apareciam só para enfeitar as cerimónias de entrega de medalhas, senão a mesma discriminação que lhes vedava o direito de voto e que por essa altura era combatida pelas sufragistas? Era ou não verdade que tanto Coubertin como Juan Antonio Samaranch, presidente do COI até 2001 – e depois presidente honorário vitalício – eram simpatizantes da ideologia nazi? Os Jogos Olímpicos foram ou não, tal como os Mundiais de futebol, exemplos de lavagem e promoção de regimes desrespeitadores dos mais básicos direitos humanos ao longo das eras? Tivemos o Mundial de futebol de Mussolini em 1934 e os Jogos Olímpicos de Hitler em 1936… Era o espírito da época? Mas o que dizer da atribuição dos Jogos de 1968 e do Mundial de 1970 ao México do PRI e da corrupção? Da cedência aos blocos dominantes e abertura aos boicotes nos Jogos de 1980 em Moscovo e 1984 em Los Angeles, tornando o desporto uma arma de peso na Guerra Fria? Da atribuição do Mundial de 1978 à Argentina do general Videla e do de 1982 à Espanha que, à data da votação, ainda vivia debaixo do jugo do general Franco? Da entrega, aparentemente por ingenuidade de Blatter, do Mundial de 2018 à Rússia de Putin? Ou, depois, por clara e já provada interferência do presidente francês Nicolas Sarkozy na inversão de tendência de voto europeu, do Mundial de 2022 ao Qatar do emir Al Thani?
Instale a App. É gratuita e em 2025 vai dar jeito:
Obtenha mais de António Tadeia na app Substack Disponível para iOS e Android É o dinheiro a falar, sim. Muitas vezes se ouve esta justificação, num misto de resignação com esperteza saloia. Há quem diga que que esta cedência a quem pode pagar permite que os desportistas sejam cada vez mais bem recompensados, como há quem prefira ver o outro lado da coisa e reconheça que, sim, houve uma exploração indecente de mão de obra imigrante na construção dos estádios onde se jogou o Mundial do Qatar, levando a inúmeras mortes, mas que as coisas teriam sido muito piores se não tivesse havido Mundial e supervisão da FIFA. E por um lado, sim, talvez isso seja verdade. Há uma parte de nós que quer achar que só porque aparece sempre a afagar um gato, Blofeld, o mau do 007, se calhar até tinha um fundo bom e que tudo o que precisaria era de um impulso – o impulso que nós vamos dando a autocratas ao permitir-lhes organizar estas grandes competições. Hoje, porém, estou convencido de que essa não é a motivação maior. Blatter pode ter sido ingénuo na sua relação com Putin até ao dia em que, tendo a Rússia alargado a intervenção original na Crimeia ao resto da Ucrânia, nem os assessores do déspota russo lhe atenderam o telefone ou responderam aos e-mails, assim lhe frustrando o sonho de receber um Nobel da Paz por acabar com a guerra. Mas há cada vez menos espaço para essas ingenuidades. Se Sarkozy pressionou Michel Platini a mudar os votos da UEFA a troco de uma injeção de capital qatari em setores fragilizados da economia francesa, se o governo britânico de Boris Johnson pressionou a Premier League a aprovar a compra do Newcastle United pelo fundo soberano do reino saudita para não perder outros negócios, por exemplo do setor dos automóveis de luxo, se os sauditas estão a comprar tudo o que é desporto, do golfe ao ténis, agora com ameaça de entrada no rugby, a conclusão a tirar não é a de que a FIFA está a ceder. A FIFA sempre cedeu, como o COI sempre cedeu. E, o que é mais grave, os nossos governos também sempre cederam. Nós é que tardamos em reconhecer que somos todos culpados e que é preciso fazer um risco no chão, porque há coisas que deviam ser inegociáveis. E a dignidade humana é a maior de todas elas.
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