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  • O CAVALEIRO DA ILHA DO CORVO

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    OPINIÃO DE UMA BLOGER BRASILEIRA
    SOBRE O ROMANCE “O CAVALEIRO DA ILHA DO CORVO”
    Em 2011 tive oportunidade de editar no Brasil, na Editora Bússola, o meu primeiro romance histórico, “O Cavaleiro da Ilha do Corvo” baseado nas prováveis viagens e descobertas atlânticas pré-portuguesas das ilhas da chamada Macaronésia, sobretudo dos Açores. Na ocasião, o livro mereceu uma leitura crítica encomiástica por parte de Mariana Russo, no seu blog Blablabla Aleatório e que mereceu uma gratificante distinção de 5 estrelas. Pela atualidade do tema em termos históricos evoco aqui o comentário da referida crítica, que passou naturalmente em branco entre nós e que até certo ponto mantive sob prudente reserva a “marinar” na gaveta face ao que poderia ser entendido como imodéstia do autor, sobretudo quando se compara com…. Dan Brown. Passado este tempo e como penso que a generalidade dos leitores ignora o essencial da obra, permito-me deixar aqui o texto para atestar uma leitura provinda de uma cultura e língua irmã distanciada no espaço:
    O Cavaleiro da Ilha do Corvo – Joaquim Fernandes
    No mês passado, a Editora Bússola entrou em contato com o blog divulgando o lançamento do primeiro livro do seu catálogo: O Cavaleiro da Ilha do Corvo, do lusitano Joaquim Fernandes. Eu li o release (clique aqui para ler também!) e, apaixonada por romances históricos como sou, perguntei se a editora poderia me encaminhar um exemplar. Para a minha sorte, recebi o livro alguns dias depois. Que leitura!
    A narrativa começa de forma bastante despretensiosa, com o autor afirmando que o livro é de ficção, apesar de “…nela se incorporam e entretecem acontecimentos, fatos e personagens reais…”. Somos logo introduzidos ao Cavaleiro da Ilha do Corvo, que nada mais é do que uma estátua antiga com a qual os portugueses que chegaram à ilha no século XV se depararam. Com traços característicos do norte da África, a estátua representa cavaleiro que aponta a América.
    O autor passa então a narrar a descoberta da estátua, como ela foi descrita ao rei de Portugal e como este ordenou que a estátua fosse levada a ele. Conta também da placa que foi descoberta próxima à estátua, com caracteres antigos que nem mesmo o mais letrado presente conseguia desvendar.
    Eis que entra a personagem principal: professor de uma renomada universidade americana, esportista, fiel usuário de casacos de tweed. Michael Serpa poderia ser Robert Langdon, o herói dos livros de Dan Brown, mas este americano tem um pé na terrinha*, e seu sobrenome lusitano é apenas mais um dos elementos que o diferenciam do personagem de Brown.
    Ao se deparar com a existência de um amuleto árabe com caracteres antiquíssimos encontrado nos Açores, mais uma possível prova de que os espanhóis e portugueses não foram os primeiros a explorar os mares e oceanos do mundo e descobrir a América, Michael decide estudar as “lendas” de navegações pré-Colombo mais a fundo. Isso leva o professor a uma conferência da Universidade dos Açores, na qual conhece Lúcia Lacroix, historiadora portuguesa que enxerga em Michael alguém que tem a mesma paixão pelos mistérios das ilhas.
    A dupla passa a procurar por provas do povoamento das ilhas dos Açores por outros povos anteriores à chegada dos portugueses, e esbarra na história da estátua da Ilha do Corvo, e em várias outras pistas. Eventualmente incluem na equipe Sara e Daniel, colegas de Lúcia, e Martin, seu tio, um ex-bibliotecário que possui uma coleção de livros antigos digna da profissão. Os diálogos dos investigadores são sempre munidos de referências a personagens antigos, o que, junto às várias “lendas” que eles perseguem, pode confundir o leitor, mas nada que torne a leitura menos prazerosa.
    O tempo todo o autor nos revela que os esforços de Michael e Lúcia estão sendo observados. Alguém não quer que os fatos que eles estão descobrindo venham à tona e esse alguém não poupará esforços para impedí-los.
    Quem leu qualquer um dos livros de Dan Brown poderá achar que este é apenas mais um livro que se aproveita da fórmula do americano. Não vou negar que a dinâmica é semelhante, mas comparar Joaquim Fernandes a Dan Brown é praticamente ofensivo. Além de envolver a trama com muito mais mistério, o português escreve melhor, mais concisamente e revela no fim do livro as muitas fontes que usou para escrever o livro.
    Como se isso não bastasse, o autor trabalha as passagens do livro com muito mais carinho. Várias vezes eu me via parando de ler o livro para admirar uma ou outra construção que ele usou para descrever os acontecimentos.
    “Nesse jardim terreno, o Éden glorioso cantado por Lord Byron nos primórdios do século XIX, das janelas do Lawrence’s Hotel, os rochedos parecem gigantes num observatório que alcança as praias a seus pés, e as águas irrompem da montanha para fecundar as brumas que a habitam. Lá no alto, coroando a espinha de granito, vigilante e sobranceiro ao vilarejo, situa-se o que o compositor Richard Strauss chamou de Castelo do Santo Graal.”
    Joaquim recheia a narrativa de metáforas que ilustram o texto e o tornam mais bonito e gostoso de ler. Dá a sensação de que ele não escreveu apenas porque queria publicar um livro, mas pelo prazer de formar frases elegantes:
    “Lúcia Lacroix poderia se sentir na pele de Ifigénia, fiha de Agamenon, no tempo da Guerra de Tróia, trocando a fúria dos deuses pelos ventos amenos e a saída da armada grega para o mar. Como a personagem de Eurípedes, a jovem parecia ter sido designada pelos oráculos para subir ao altar da imolação…”
    O Cavaleiro da Ilha do Corvo foi um livro que me surpreendeu do início ao fim. Esperava um Bernard Cornwell, e encontrei um Dan Brown melhorado. O livro é bem escrito, as personagens são cativantes e o tema é fascinante. Uma excelente pedida para todos os fãs de história por aí .
    “A História é um rio de múltiplos afluentes e meandros, navegado na medida de cada um”
    Gostaria de agradecer, novamente, à Editora Bússola por ter me cedido o exemplar. A leitura foi uma das mais agradáveis que eu tive no ano. Espero ter a oportunidade de ler mais livros da editora no futuro.
    Mariana Russo – do Blog Blablabla Aleatório
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    Joca Levy
    5.0 out of 5 stars Excelente leitura!
    June 24, 2011
    Format: Kindle Edition
    Gostei muito desse livro. Um “thriller” histórico lusitano muito bem escrito.O Cavaleiro da Ilha do Corvo (Portuguese Edition)
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    Pode ser uma imagem de texto
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  • exercício contra a obesidade

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    Fotoğraf açıklaması yok.

    A barragem chama-se barragem do Rio Varosa e fica no lugar de Balsemão Concelho de Lamego, Portugal! E sim realmente tem essa escadaria fantástica, mas a escadaria é só de uso exclusivo dos funcionários! E entrou em funcionamento em1976!

  • poema de eduardo bettencourt pinto

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    Ouvir aqui, no podcast “O Poema Ensina a cair”, lido por Raquel Marinho, o meu poema HOMEM CONSIGO PRÓPRIO.
    – Obrigado Raquel Marinho
    – Obrigado Nuno Costa Santos.
    May be an image of 1 person and text that says 'Homem consigo próprio EDUARDO BET TENCOURT PINTO'
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  • Regulamentação “trava” avanço do cultivo de cânhamo e canábis nos Açores – TVI Notícias

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    Os Açores pretendem avançar para a produção experimental de cânhamo industrial e canabis medicinal já no próximo ano. Produtores e especialistas defendem, para isso, uma melhor adaptação da regulamentação nacional à realidade do arquipélago.

    Source: Regulamentação “trava” avanço do cultivo de cânhamo e canábis nos Açores – TVI Notícias

  • Pais de jogador Luis Diaz raptados na Colômbia – Mundo – Correio da Manhã

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    Polícia colombiana resgatou a mãe do ex-futebolista do FC Porto na cidade de Barrancas, no departamento de La Guajir.

    Source: Pais de jogador Luis Diaz raptados na Colômbia – Mundo – Correio da Manhã

  • MATTHEW PERRY MORREU

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  • “House of the rising sun”

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    “House of the rising sun”
    É um “disco pedido” com muitos anos e que foi sempre se arrastando. Os dias têm sido atarefados, mas segue em versão simplificada e andamento lento.
    “”The House of the Rising Sun” is a traditional folk song, sometimes called “Rising Sun Blues”. It tells of a person’s life gone wrong in the city of New Orleans. Many versions also urge a sibling or parents and children to avoid the same fate. The most successful commercial version, recorded in 1964 by the British rock band The Animals, was a number one hit on the UK Singles Chart and in the US and Canada”. Wikipedia
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    You, Rafael Carvalho, Francisco Rosas and 37 others

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