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  • Nova cápsula do tempo geológica explica a extinção dos dinossauros – ZAP Notícias

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    Está cada vez mais claro – apenas metaforicamente falando – que foi a ausência de luz, devido às poeiras resultantes do asteroide caído no Golfo do México, há 66 milhões de anos, que provocou a extinção dos dinossauros. Um estudo publicado, esta segunda-feira, na Nature Geoscience, sugere que as partículas finas de poeira na atmosfera contribuíram significativamente para a extinção dos dinossauros, há aproximadamente 66 milhões de anos. A teoria vulgarmente conhecida e aceite diz que um asteroide Chicxulub atingiu a Terra perto da costa do México, causando catástrofes massivas e exterminando três quartos da vida na Terra. No entanto, os

    Source: Nova cápsula do tempo geológica explica a extinção dos dinossauros – ZAP Notícias

  • 1755, 1 nov nos açores

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    António Couto
    16 minutes ago
    ·
    *** TERRAMOTO DE 1 DE NOVEMBRO DE 1755 ***
    Às 10 horas da manhã desse dia de luto para a cidade de Lisboa, todas as ilhas Açorianas sofreram consequências dessa grande catástrofe. Todas foram atingidas por formidáveis enchentes de mar que invadiram a terra, subindo a grandes alturas.
    Na ilha de São Miguel o mar subiu pelas ruas de Ponta Delgada, estragando muitos edifícios.
    Na do Faial a enchente atingiu os moinhos de água da ribeira da Conceição, cobrindo-os numa altura de oito palmos, vazando tanto a baía que os navios quase tocavam com as quilhas no fundo.
    Na ilha Terceira entrou pela terra, lançando muito peixe de várias qualidades, em Angra, o que deu nome à rua da «Garoupinha».
    Na freguesia do Porto Judeu subiu a água à altura de dez palmos sobre a rocha mais elevada. Na cidade atingiu a Praça Velha, ficando, na baía, os navios em seco, por se afastarem dali as águas que, no seu recuo, levaram as muralhas da alfandega.
    Na Vila da Praia, desde o seu porto, perto do paúl, até o lugar da Ribeira Seca, extramuros da vila, penetraram as águas de forma que demoliram quinze casas, derrubaram paredes, mataram sete pessoas.
    Dissemos, numa conferência sobre a Vila da Praia que, as sete pessoas mortas, simbolizavam as sete letras da palavra «pêsames» que a vila enviava em amplo cartão, branco como as espumas do mar, impresso a sangue das vítimas desse dia de luto.
    Tão intimamente ligávamos nosso destino ao da mãe pátria em todos os tempos e por todas as formas.
    As ilhas partilharam na dor e no luto.
    In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 329, Angra do Heroísmo, Tip. Editora
    Aureliano Vasconcelos
    É a primeira vez que leio uma referência ao impacto do terramoto nos Açores.
    1 m
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    Edited

  • apelidos (sobrenomes) portugueses

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    Aqui trago uma publicação com cerca de um ano mas creio que será interessante recordar….
    Esta é uma lista dos 97 apelidos mais frequentes em Portugal segundo a Sociedade Portuguesa de Informação Económica.
    Ordem Apelido Frequência
    percentual Frequência
    (em milhares)
    1 Silva 9,44% 999
    2 Santos 5,96% 628
    3 Ferreira 5,25% 553
    4 Pereira 4,88% 514
    5 Oliveira 3,71% 391
    6 Costa 3,68% 387
    7 Rodrigues 3,57% 376
    8 Martins 3,23% 340
    9 Jesus 2,99% 315
    10 Sousa 2,95% 311
    11 Fernandes 2,82% 297
    12 Gonçalves 2,76% 291
    13 Gomes 2,57% 271
    14 Lopes 2,52% 265
    15 Marques 2,51% 265
    16 Alves 2,37% 250
    17 Almeida 2,27% 239
    18 Ribeiro 2,27% 239
    19 Pinto 2,09% 220
    20 Carvalho 1,97% 208
    21 Teixeira 1,69% 178
    22 Moreira 1,54% 162
    23 Correia 1,53% 161
    24 Mendes 1,39% 146
    25 Nunes 1,32% 139
    26 Soares 1,28% 135
    27 Vieira 1,2% 127
    28 Monteiro 1,11% 117
    29 Cardoso 1,07% 113
    30 Rocha 1,04% 110
    31 Raposo 0,97 % 106
    32 Neves 0,98% 103
    33 Coelho 0,97% 102
    34 Cruz 0,94% 99
    35 Cunha 0,93% 98
    36 Pires 0,92% 97
    37 Ramos 0,86% 91
    38 Reis 0,85% 90
    39 Simões 0,85% 90
    40 Antunes 0,82% 86
    41 Matos 0,82% 86
    42 Fonseca 0,81% 86
    43 Machado 0,76% 80
    44 Araújo 0,69% 73
    45 Barbosa 0,69% 72
    46 Tavares 0,67% 71
    47 Lourenço 0,65% 68
    48 Castro 0,62% 66
    49 Figueiredo 0,62% 65
    50 Azevedo 0,60% 64
    51 Freitas 0,60% 63
    52 Magalhães 0,58% 61
    53 Henriques 0,56% 59
    54 Lima 0,54% 57
    55 Guerreiro 0,51% 54
    56 Batista 0,51% 53
    57 Pinheiro 0,49% 51
    58 Faria 0,47% 50
    59 Miranda 0,47% 50
    60 Barros 0,46% 49
    61 Morais 0,46% 49
    62 Nogueira 0,46% 49
    63 Esteves 0,45% 47
    64 Anjos 0,43% 45
    65 Baptista 0,43% 45
    66 Campos 0,43% 45
    67 Mota 0,43% 45
    68 Andrade 0,41% 43
    69 Brito 0,40% 42
    70 Sá 0,40% 42
    71 Nascimento 0,39% 41
    72 Leite 0,38% 40
    73 Abreu 0,36% 38
    74 Borges 0,36% 38
    75 Melo 0,34% 36
    76 Vaz 0,34% 36
    77 Pinho 0,33% 35
    78 Vicente 0,33% 35
    79 Gaspar 0,33% 34
    80 Assunção 0,32% 34
    81 Maia 0,32% 34
    82 Moura 0,32% 34
    83 Valente 0,32% 34
    84 Domingues 0,32% 33
    85 Garcia 0,32% 33
    86 Carneiro 0,31% 33
    87 Loureiro 0,30% 32
    88 Neto 0,30% 32
    89 Amaral 0,30% 31
    90 Branco 0,29% 31
    91 Leal 0,26% 28
    92 Pacheco 0,26% 27
    93 Macedo 0,25% 26
    94 Paiva 0,25% 26
    95 Matias 0,24% 26
    96 Amorim 0,24% 25
    97 Torres 0,24% 25
    Segundo Gilberto de Abreu Sodré Carvalho; ” Quanto aos sobrenomes tomados por pessoas comuns do povo, nada ou pouco é tratado na literatura especializada…A tomada de sobrenomes era livre. Os Fidalgos não se sentiam diminuídos ou prejudicados pela assunção , por populares, de seus apelidos. Aparentemente, a força do prestígio do nobre estava na comprovação inconteste da sua estirpe ou linhagem, e não no sobrenome. De início, ao que parece, a adoção do sobrenome prestigioso se dá pelas pessoas da criadagem, da família extensa ou de algum modo dependentes ou relacionadas a uma Casa Nobre.”
    Em Portugal, há oscilações mas são sempre os Silvas, os Santos e os Pereiras os apelidos mais comuns.
    Os apelidos que se impunham na cidade de Lisboa estavam também nas listas de mais frequentes das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil. Silva (20.882.120), Santos (13.433.982) e Sousa/Souza (9.810.832) ocupam os três primeiros lugares da tabela. Pereira, o terceiro mais comum em Portugal, surge em quinto lugar (5.892.937). Fruto natural da colonização, mais de 500 anos depois da independência do país, ainda se mantém. É a prova do conservadorismo dos apelidos, cuja tendência se mantém desde o Renascimento e se têm mantido de geração em geração. É algo que muda lentamente.
    Até à Idade Média, as pessoas eram apenas conhecidas pelo nome próprio. O povo, em especial o que morava nas zonas urbanas, só tem direito a tal depois do século XVI. É altura em que se vão buscar as referências mais óbvias, como o nome da terra ou de elementos da natureza (topónimos); o nome próprio do pai (patronímia); os epítetos, alcunhas e profissões; e à religião. Nascem, então, os Silvas, dos campos de silvas, os Ferreiras, de um lugar ferroso, os Costas, devido à localização geográfica. Dos nomes dos pais veem os Henriques, filhos de Henrique, os Fernandes, filhos de Fernando, os Mendonças, filhos de Mendo, os Enes, filhos de João. Às profissões vão buscar o Ferreiro, o Ferrador, ou Tecedeiro.
    Estas origens podem extrapolar, pelo menos, para o resto do continente europeu. Smith tem origem naquele que trabalhava o metal, Martin significa o filho de Martinus, assim como Johansson e Hansen, filhos de Johann e de Hans. Já os Tremblya canadianos provêm de Pierre Tremblay, um dos primeiros colonos franceses que se estima terem deixado 150 mil descendentes. Em cada apelido, séculos de história.
    Um nome tipicamente pertencente à onomástica da língua portuguesa é composto por um ou dois prenomes, um nome próprio, ou nome de baptismo e dois Apelidos ou Nomes de família. Sendo que o último apelido geralmente é o paterno; e o primeiro é o materno, embora essa não seja uma regra geral oficial, mas sim uma questão de costume usual. Esta ordem é inversa ao dos apelidos dos países de língua espanhola. Por questão de costume, geralmente apenas o último apelido é utilizado em cumprimentos formais ou na indexação de artigos científicos, mas numa lista de nomes, o primeiro nome próprio, e não o apelido é usado para a classificação em ordem alfabética.
    Mulheres casadas podem acrescentar o sobrenome do marido no fim do seu próprio nome, ou optar por excluir seu sobrenome de família passando a assinar com apenas o sobrenome do marido, mas tal praxe não é obrigatória. O mesmo pode acontecer com os homens, embora isso seja extremamente raro. Geralmente é a esposa quem assume os apelidos de família do marido. Esta “tradição” varia enormemente de acordo com a época e o lugar onde residem os noivos. O nome da esposa antes do casamento é chamado de nome de solteira e após o matrimónio nome de casada. A mudança de nome é um outro fator que provoca o abandono do nome de baptismo, sendo – contudo – muito menos comum. Tanto no Brasil como em Portugal a mudança (ou troca) de nomes e sobrenomes (apelidos de família) é muito complexa e somente em casos raros e bem fundamentados é permitida pela Justiça hoje em dia, pois antigamente a mulher retirava o sobrenome do pai ou da mãe e colocava o do marido, e ficava com o nome de baptismo e um sobrenome do marido.
    Desde 1977 (Portugal) e 2012 (Brasil), o marido também pode adoptar o apelido da esposa. Quando isso acontece, geralmente ambos os cônjuges mudam de sobrenome após o casamento. O costume de uma mulher mudando seu nome após o casamento é recente. Espalhou-se no final do Século XIX nas classes superiores, sob a influência francesa, e, no Século XX, especialmente durante os anos 1930 e 1940, tornou-se socialmente quase obrigatório. Até o final do Século XIX e meados do Século XX, era comum que as mulheres, especialmente as de famílias muito pobres, não receberem o apelido do pai e assim serem conhecidas apenas pelo seu nome próprio. Geralmente recebiam como sobrenome um nome genérico ou devocional como Maria de Jesus, Maria das Graças, Maria da Conceição, Maria do Rosário, Maria Auxiliadora, Maria de Assunção ou Rosa de Jesus. Ela, então, adoptava o apelido completo de seu marido depois do casamento.
    No Mundo de língua portuguesa é comum haver pessoas com até quatro apelidos, sobrenomes, ou mais (dois de cada progenitor), ou até mesmo famílias que por questão de simplicidade optaram por utilizar apenas um sobrenome único como nome de família, fazendo o uso de um nome composto (ver: nome do meio), na ordem do nome completo.
    A maioria dos apelidos portugueses têm origem patronímica, toponímica ou religiosa. Para melhor perceber recorro à Wikipédia.
    Os patronímicos são nomes derivados do nome próprio do pai ou de algum ascendente masculino que, há muitos séculos atrás, começou a ser utilizado como apelido. São os mais comuns nos locais onde o português é falado. Apelidos como Henriques, Rodrigues, Lopes, Gomes, Nunes, Mendes, Fernandes, Gonçalves, Esteves, Peres, Simões e Álvares, onde a terminação – es significa “filho de”. O significado é o mesmo do sufixo – ez utilizado na língua castelhana.
    Alguns sobrenomes patronímicos não terminam em es. Ao invés disso, terminam em iz, como Muniz (filho de Monio) e Ruiz (filho de Ruy), ou ins, como Martins (filho de Martim).
    Embora a maioria dos sobrenomes portugueses terminados em – es sejam patronímicos, alguns nomes de família terminados em es não são patronímicos, mas toponímicos, como Tavares, Cortês, Guimarães e Chaves.
    Alguns patronímicos antigos não são facilmente reconhecidos, por duas razões principais. Às vezes, o nome próprio que originou o patronímico tornou-se antiquado, como Lopo (que originou Lopes), Mendo ou Mem (Mendes), Vasco (Vasques), Soeiro (Soares), Munio (Muniz), Sancho (filho de Sanches). Além disso, muitas vezes os nomes dados ou os patronímicos relacionados modificaram-se através dos séculos, embora sempre possa ser notada algumas semelhanças – como Antunes (filho de Antão, ou Antônio), Peres (filho de Pero, forma arcaica de Pedro), Alves (de Álvares, filho de Álvaro) e Eanes (do medieval Iohannes, filho de João).
    Um número considerável de sobrenomes é de origem toponímica, supostamente para descrever a origem geográfica de um indivíduo, como o nome de uma aldeia, vila, cidade, região ou rio. Encaixam-se nessa regra sobrenomes como Almeida, Andrada ou Andrade, Barcelos, Barros, Bastos, Castelo Branco, Belmonte (de Belmonte) Cintra (de Sintra), Coimbra, Faria, Gouveia, Guimarães, Lima (nome de um rio, não a fruta), Lisboa, Pacheco (da vila de Pacheca), Porto, Portugal, Brasil, Serpa etc.
    Alguns nomes especificam a localização da casa de uma família dentro de uma aldeia: Fonte (junto à fonte), Azenha (pela azenha, moinho d’água), Eira (pelo eira), Fundo (parte mais baixa da vila), Cimo/Cima (na parte superior da cidade), Cabo (na extremidade da aldeia), Cabral (próximo ao campo onde as cabras pastam). Em alguns casos, o nome de família pode não ser toponímico, mas uma indicação de posse.
    Alguns termos geológicos ou geográficos também foram utilizados na nomeação, como Pedroso (pedregoso ou cheios de terra), Rocha, Souza/Sousa (do latim saxa, um lugar com seixos, ou o nome de um rio português), Vale, Ribeiro (pequeno rio, córrego, riacho), Siqueira ou Sequeira (terra não irrigada), Castro (castelo ou ruínas de construções antigas), Dantas (de d’Antas, um local com antas, ou seja, monumentos de pedra pré-históricos ou dólmens), Costa (litoral), Pedreira, Barreira (pedreira de argila). Ferreira é um sobrenome toponímico, utilizado pela primeira vez por pessoas que viveram em muitas cidades e aldeias chamadas Ferreira, ou seja, um lugar onde era possível encontrar minério de ferro.
    Nomes de árvores e plantações também são nomes toponímicos, supostos inicialmente para identificar um ancestral que viveu perto ou dentro de alguma fazenda, pomar ou um local com um tipo característico de vegetação. Sobrenomes como Silveira (local coberto por silvas), Matos (bosques, florestas), Campos (campos de relva, pradarias), , Queirós (um tipo de erva), Cardoso (local coberto por cardos, ou seja, alcachofra-brava ou espinhos), Correia (local coberto por corriolas ou correas, um tipo de planta), Macedo (um jardim de macieiras) e Azevedo (uma floresta de azevinho, ou seja, madeira de azevinho) encaixam-se neste padrão.
    Nomes de árvores são sobrenomes toponímicos bastante comuns: Oliveira, Carvalho, Lima, Salgueiro, Pinheiro, Pereira, Moreira (de amoreira), Macieira, Figueira. Estes nem sempre são apelidos judaico-portugueses antigos. Aliás, essa teoria já está ultrapassada.
    Os judeus portugueses que viveram em Portugal até 1497 tinham nomes próprios que poderiam distingui-los da população cristã. A maioria desses nomes são traduções em português dos antigos nomes semíticos (árabe, hebraico, aramaico) como Abenazo, Abencobra, Aboab, Abravanel, Albarrux, Azenha, Benafull, Benafaçom, Benazo, Caçez, Cachado, Çaçom/Saçom, Carraf, Carilho, Cide/Cid, Çoleima, Faquim, Faracho, Faravom, Fayham/Fayam, Focem, Çacam/Sacam, Famiz, Gadim, Gedelha, Labymda, Latam/Latão, Loquem, Lozora, Maalom, Maçon, Maconde, Mocatel, Molaão, Montam, Motaal, Rondim, Rosall, Samaia/Çamaya, Sanamel, Saraya, Tarraz, Tavy/Tovy, Toby, Varmar, Zaaboca, Zabocas, Zaquim, Zaquem, Zarco. Alguns nomes são toponímicos, como Catelaão/Catalão, Castelão/Castelhão (castelhano), Crescente (da Turquia), Medina, Romano, Romão, Romeiro, Tolledam/Toledano (de Toledo), Valencia e Vascos (Basco). Alguns eram patronímicos de nomes bíblicos, como Abraão, Lázaro, Barnabé, Benjamim, Gabriel, Muça (Moisés) e Natam (Natã). Alguns são nomes oriundos de profissões, como Caldeirão, Martelo, Peixeiro, Chaveirol (serralheiro) e Prateiro (ourives). Alguns são apelidos, como Calvo (careca), Dourado (ouro, como o alemão Goldfarb), Ruivo (cabeça vermelha), Crespo, Querido e Parente (parente da família). Poucos nomes não são diferentes dos antigos sobrenomes portugueses, como Camarinha, Castro, Crespim etc.
    Outro nome de família geralmente apontado como indicador de ascendência judaica é o Espírito Santo.
    Sobrenomes com significados religiosos são comuns. É possível que alguns destes originaram-se de um ancestral que se converteu ao catolicismo e necessitou mostrar a sua nova fé. Outra possível origem para os nomes religiosos era de que órfãos foram abandonados em igrejas e criados em orfanatos católicos por padres e freiras, geralmente baptizados com um nome relacionado à data mais próxima do dia que eles foram encontrados ou baptizados. Outra fonte possível é de nomes próprios religiosos (que mostram devoção especial por parte dos pais ou dos padrinhos, ou a data de nascimento da criança) foram adoptados como nomes de família, como Cruz, Chagas, Ramos, Pascoal, Nascimento, Visitação, Patrocínio, Santos etc.
    Alguns sobrenomes são possíveis descrições de uma característica peculiar de um ancestral, originada a partir de uma alcunha.
    Estes incluem nomes como Peixoto (“peixe pequeno”, dado a um nobre que utilizava peixes para enganar seus inimigos durante uma citação), Peixe (o nadador, ou também pescador ), Veloso (lanoso, de lã, ou seja, peludo), Ramalho (cheio de galhos de árvores; espesso, ou seja, barba espessa ), Barroso (coberto de barro, ou seja, espinhas), Forte, Lobo (ou seja, selvagem, feroz), Lobato (lobo pequeno, filhote de lobo), Raposo (raposa, ou seja, inteligente), Pinto (pintainho, ou seja gentil e bondoso), Tourinho (touro pequeno, ou seja, robusto, forte), Vergueiro (que se dobra, ou seja, fraco), Medrado (crescido, ou seja, alto), Tinoco (curto, pequeno), Porciúncula (pequena parte, um pedaço pequeno), Magro, Magriço (muito magro), Gago, Galhardo (galante, cavalheiro), Terrível, Penteado (apelido de uma linhagem da família alemã Werneck, cujos membros usavam perucas), Romero (de romeiro, peregrino, ou seja, alguém que fez uma viagem religiosa para Roma, Santiago de Compostela ou Jerusalém).
    São poucos os apelidos portugueses que se originaram de profissões ou ocupações, como Serrador, Monteiro (caçador de montes ou guarda-madeira), Guerreiro, Caldeira (de caldeirão, por exemplo), Cubas (barris de madeira, ou seja, fabricantes de barris e tanoeiros), Carneiro (para um pastor), Peixe (para um pescador ou dono de peixaria).
    Um erro comum é dizer que o apelido Ferreira significa ferreiro, uma vez que existem apelidos similares em muitas línguas com este significado (Smith em inglês, Schmidt em alemão, Bittar em árabe, etc.). Ferreira é o nome de um rio e de muitas aldeias e vilas de Portugal.
    A maioria dos nomes estrangeiros em Portugal é espanhola, como Toledo (uma cidade da Espanha), Ávila ou Dávila (cidade da Espanha), Camargo, Castilhos, Vargas, Garcia, Torres e Padilha. Outros nomes “estrangeiros” comuns são Bettencourt ou Bittencourt (de Béthencourt, francês, família francesa radicada nos Açores e mais tarde também no Brasil), Goulart (Van Govaert, flamengo, família flamenga, radicada nos Açores e mais tarde também no Brasil, tendo a grafia afrancesada para Goulart), Goulard ou Gullar (francês, significando originalmente glutão), da Rosa (Van der Roos ou De Rouzé, flamengo, família flamenga descendente do colonizador flamengo Pieter Van der Roos que passou a ser Pedro da Rosa nos Açores e que se radicou nos Açores e mais tarde no Brasil, outro ramo provem do colonizador Guillaume De Rouzé nascido em Arras) da Silveira (Van der Haegen, flamengo, família flamenga que se radicou nos Açores e mais tarde no Brasil, proveniente do colonizador Willehm Van der Haegen, passando a ser Guilherme da Silveira nos Açores) Fontenele ou Fontenelle (francês, de fonte), Rubim (de Robin, francês), Alencastro, Lencastre (de Lancaster, inglês), Drummond (escocês), Werneck, Vernek ou Berneque (sul da Alemanha; nome da cidade bávara de Werneck), Bingre (do germânico Huebinger), Brandão (do germânico Brand), Wanderley (de van der Ley, flamengo), Dutra (de Ultra, um nome latino que significa “do além”, adoptado pela família flamenga Van Hurtere), Brum (de Bruyn, flamengo), Bulcão (de Bulcamp, flamengo), Dulmo (de van Olm, flamengo), Espíndola (Spinolla, italiano, família radicada nos Açores e depois no Brasil) Acioli (italiano), Doria (italiano), Cavalcanti (italiano), Motta (italiano), Netto (italiano; não confundir com o sufixo “Neto”, que é utilizado para distinguir neto e avô que possuem o mesmo nome), Peçanha ou Pessanha (italiano, família descendente do navegador genovês Emanuele Pessagno).
    Na foto vemos o meu bisavô Guilherme Cândido Pinheiro, ainda jovem, magro e com uma farta cabeleira.
    Pesquisei e documentei toda a sua Genealogia que passa por Melgaço mas cuja origem seria em Amares.
    O primeiro ascendente do Guilherme , um certo Pedro Pinheiro, nascido em São Martinho, Amares , em 1565 e durante cinco séculos a família manteve o apelido Pinheiro sem uma única interrupção ou alteração até o mais jovem membro, meu filho, curiosamente também chamado Pedro Pinheiro, embora nascido em 1994.
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  • festa da Cabra e do Canhoto,

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    Vinhais, Bragança, 31 out 2023 (Lusa) – A aldeia de Cidões, no concelho de Vinhais, prepara-se para uma enchente no sábado, na Festa da Cabra e do Canhoto, disse hoje à Lusa um dos membros da organização, Luís Castanheira.
    A localidade do distrito de Bragança, que tem ao longo do ano 20 moradores, na maioria idosos, espera “três a quatro mil pessoas”, adiantou Luís Castanheira: “As pessoas querem ir a essa festa porque sabem que ‘quem da cabra comer e ao canhoto se aquecer, um ano de sorte irá ter’. É esse o lema. E sentem que têm um ano diferente, melhor”.
    “A aldeia tem 20 habitantes. Na organização somos 30. Temos muita gente que nos ajuda. Não é nada profissional, é tudo com base na amizade e do amadorismo”, referiu.
    A tradição é de origem celta. Aos visitantes, é servida cabra confecionada no pote. Faz-se ainda uma fogueira, com um ‘canhoto’, que em Trás-os-Montes é um pau torto e grosso, mas que também é um nome para o diabo.
    “Os celtas comemoravam o Samahain, que era a passagem da estação clara para a escura. Era a forma de dizer adeus ao bom tempo, ao sol. E passar para a estação escura que aí vem, com o inverno e as noites frias”, explicou Luís Castanheira.
    “À volta de uma fogueira gigante, queimavam todo o azar e má sorte, porque só os mais fortes, e com sorte, iriam sobreviver ao inverno europeu sem as condições que temos hoje”, relembrou ainda Luís Castanheira.
    Em Cidões, festeja-se ainda “na forma mais pura”, comendo a cabra como símbolo “da mulher do demónio” e queimando a figura do bode, que representa o diabo.
    “Queimámos o bode e comemos a cabra. Diabo só há um. Não teve descendentes. Por isso, a mulher dele é a cabra machorra [infértil]”, acrescentou Luís Castanheira, revelando que a figura do diabo “com 2 ou 3 metros de altura”, foi feita pelos estudantes do agrupamento de escolas de Vinhais.
    A festa do Samahain pertence à noite de 31 de outubro.
    “Toda a vida se fez nessa data, mas ninguém se interrogava porquê. O Dia das Bruxas é uma tradição europeia, celta, que se espalhou para o mundo. Os irlandeses levaram para a América e espalhou-se por todo o lado”, elucidou Luís Castanheira.
    Este ano, a data passou para o fim de semana mais próximo. “Não gostamos de mudar a data, mas as exigências do público-alvo assim o fez”, afirmou, destacando que a tradição antigamente era só para os locais por não haver “muita comunicação para fora do distrito”.
    “Era uma noite muito caseira, feita pelas pessoas da aldeia”, disse Luís Castanheira
    Tudo mudou a partir dos anos 90, quando “a comunicação social descobriu o ritual”. E a partir daí, a cada ano, mais gente tem viajado até Cidões, “também de Espanha”.
    “Tivemos que mudar a data para um sábado, para conseguir organizar toda a logística. Num dia normal da semana, não seria possível porque todos nós da organização trabalhamos”, justificou Luís Castanheira.
    Este ano, e para facilitar o transporte “sem preocupação com estacionamento”, há um autocarro que de Bragança às 17:00.
    TYR // MSP
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  • novos radares

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    https://www.facebook.com/reel/1327230817895130

  • a colonização europeia pelos EUA

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    DIA DE TODOS OS SANTOS – DIA DE FINADOS – HALLOWEEN
    Colonização americana da Cultura Europeia
    Cada cultura tem os seus costumes e ritos e seus eventos para expressar as suas alegrias e tristezas, medos e esperanças numa de festejar a vida. Nas sociedades de caracter mais religioso abundam os ritos e eventos de cunho religioso. A sociedade secularizada em que domina o material e o utilitário imediato, procura substituir os ritos religiosos por eventos paralelos, mas com outro espírito (comércio e consumo) que se impõe cada vez mais devido à colonização cultural dos Estados Unidos e ao materialismo cultural em voga.
    A Igreja Católica celebra e homenageia no dia 1 de novembro o dia de Todos os Santos (1) e no dia dois o Dia de Finados em que recorda todas as almas falecidas (2). Os Celtas (Irlandeses) festejavam no Hallowin 😊 “Véspera do Dia de Todos os Santos”) os ritos da morte.
    Hoje, o Halloween – noite das bruxas ou dos fantasmas (3) – serve-se do imaginário humano para transformar o original religioso Dia de Todos os Santos, e de todas as almas em um evento de espírito comercial como oportunidade para gerar lucro.
    Não trato aqui de expulsar o diabo do Halloween com o Belzebu das tradições cristãs, mas sim de pensar como os ritos culturais vão sendo transformados no espírito da ideologia predominante e actualmente se encontram em transformação mais ao serviço da economia e do consumo (americanização). A festa é uma expressão humana integral e como tal legítima. Importante é descortinar o que se encontra por trás de cada festa, rito ou costume para nos tornarmos mais conscientes de nós mesmos, do que nos serve e do que nos influencia.
    O nome “Halloween” vem do inglês e é uma abreviatura de “All Hallows’ Evening”. Traduzido significa: “na noite anterior ao Dia de Todos os Santos”, altura em que, segundo tradições antigas, os espíritos dos mortos visitavam a terra. Na verdade, o Halloween vem da Irlanda (celtas).
    Principalmente nos países de influência anglo-saxónica, ao entardecer (31.10) multidões de crianças vestidas com fantasias assustadoras (bruxinhas, fantasmas e monstros) vão de porta em porta dizendo „Doçuras ou Travessuras” (4) . Supõe-se que católicos irlandeses assumiram costumes celtas de se fantasiaram na noite anterior ao Dia de Todos os Santos para se protegerem dos espíritos malignos, que assombravam aquela noite.
    A tradição das caras assustadoras das abóboras esvaziadas e iluminadas com velas com a finalidade de afastar os fantasmas terá a sua origem na Irlanda.
    Também há referências a Halloween como o início de um novo ano satânico e uma espécie de “aniversário do diabo”.
    António CD Justo
    Notas em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=8818
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