estrelinha de Sta Maria (Açores)

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rota dos corsários em santa maria

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SANTA MARIA INAUGUROU A “ROTA DOS CORSÁRIOS”
NB este é o desenvolvimento de várias ideias sobre roteiros do turismo surgidas e constantes das conclusões do 16º colóquio da lusofonia em outubro 2011 na vila do porto, sta maria…
Trata-se de uma iniciativa histórico-cultural que junta Câmara Municipal de Vila do Porto e Associação Juvenil da Ilha de Santa Maria.
O antropólogo Paulo Ramalho é o responsável pela investigação temática que coloca em painéis, e em zonas estratégicas da ilha uma história que cativa miudos e graúdos.
Este percurso interpretativo começa no Forte de São Brás onde serão colocados dois painéis; o terceiro painel informativo vai residir junto ao edificio da Câmara Municipal de Vila do Porto; o quarto painel envolve os Anjos; a quinta estrutura do género será instalada no lugar das Covas, e termina este percurso interpretativo no Forte São João Batista, na Praia Formosa.
A inauguração teve lugar ontem, dia 18 de Maio.

NB este é o desenvolvimento de várias ideias sobre roteiros do turismo surgidas e constantes das conclusões do 16º colóquio da lusofonia em outubro 2011 na vila do porto, sta maria…
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Chrys Chrystello, An Aussie in the Azores /Um Australiano nos Açores,
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Rota dos Corsários
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conto timorense As tres filhas mais lindas de Timor Leste! Mau Dick

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By Carlos Batista

Conto – As três filhas mais lindas de Timor Leste!

Na terra do crocodilo havia um casal Bui Bere e Mau Bere que queriam formar família própria. Durante muitos anos tentaram sem contudo terem sucesso.
Sofreram na pele a amargura pois os anos passavam-se e cada vez mais se tornava difícil desejo tão do seu peito.
Um dia dois peritos regionais, o senhor How Hard e o senhor Ha Bibi decidiram dar uma mãozinha a Bui Bere e Mau Bere.
Passados uns anos, a 20 de Maio, tiveram três filhas gémeas muito bonitas, a que deram o nome de Independência, Democracia e Liberdade.
Independência, Democracia e Liberdade, hoje já crescidinhas, 12 anos frequentam a Escola Portuguesa de Díli, onde são alunas com distinção.
Independência não se quer casar e o seu maior receio e de que o pai lhe arranje uma madrasta ou mesmo que a mãe decida por um padrasto.
Democracia e Liberdade sonham em casarem-se um dia e terem muitos filhinhos.
Democracia até já tem um pretendente o Respeito, um rapagão que não lhe tira os olhos de cima.
Liberdade diz que também tem já alguém debaixo do olho, e o Direito um puto muito apreciado nestas paragens da saia.
Bui Bere e Maubere não escondem o seu contentamento e amanha vão dar uma festança e já convidaram toda a família e amigos do estrangeiro para assistirem a mais um aniversário. De salientar o aspeto muito positivo de este ano terem sido convidados os familiares das petizes, pois que em anos anteriores têm apenas espreitado pelo buraco da fechadura.
Esperemos que vivam felizes para sempre naquela terra onde o sol nascendo vê primeiro.

Mau Dick
(Poeta, escritor e contador de historias de Timor Leste na Austrália

o papel dos galegos Angelo Cristóvão

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O papel dos galegos na lusofonia como elo de ligação entre África, Portugal e o Brasil

Ângelo Cristóvão, da Associação Galega da Língua Portuguesa, escreve para uma amiga galega.

Sim, há gente à nossa espera, sempre estiveram mais ou menos à nossa espera, só que talvez os reintegracionistas não acertávamos com a apresentação e o discurso adequados. Também poderia dizer-se que todos os passos anteriores foram necessários. E deve assinalar-se como data significativa o 7 de abril de 2008. A partir desse dia há uma mudança importante na perceção da língua, especialmente em Portugal. Aquela Conferência Internacional sobre o Acordo Ortográfico foi uma espécie de parlamento da língua, em que falaram representantes mais ou menos autorizados de toda a geografia da língua, mesmo os galegos, convidados pela Assembleia da República. O Acordo Ortográfico cria o contexto, a oportunidade ou a escusa para a integração do português da Galiza. Isto já o tenho dito em muitos lugares. O maior valor do AO’90 não é a ortografia unificada, é a mudança de paradigma, algo que os velhos do restelo não conseguem perceber. O nosso acerto é vermos isto com antecedência, em 1986 e 1990. Vê-lo agora, depois de feito, já não tem tanto mérito.

A AGLP é um grupo de pessoas que decidem assumir uma responsabilidade que ninguém lhes atribuiu. A legitimação está a produzir-se a posteriori, em função das ações, do resultado. Simplesmente fazemos o que nunca iriam fazer as “autoridades competentes”.

O primeiro que insinuou publicamente (e depois disse claramente em reunião privada) o papel que os galegos podíamos ter na lusofonia, como elo de ligação privilegiado entre África, Portugal e o Brasil, foi João Craveirinha, sobrinho do conhecido escritor moçambicano, durante a sua presença em Santiago, na altura da sessão inaugural da AGLP (outubro de 2008). Ele dizia aproximadamente isso, que os galegos temos a vantagem de sermos um país pequeno (=não podemos ser ameaça para ninguém), onde nasceu a língua portuguesa (=pode atribuir-se-lhe a origem e legitimidade histórica da língua), que não tem passado colonialista (=isto facilita um diálogo fluído e em igualdade), que se situa na Europa (=associado a prestígio e margem de manobra), mas dependente politicamente da Espanha (= logo é percebido pelos africanos e facilita a empatia e a solidariedade). Tudo isto são chaves que nós, sócios da Pró e da Academia, guardamos e nunca devemos dizer em público. Percebermos os discursos não implica a necessidade de torná-los explícitos. Mais bem, sabê-lo, obriga-nos a mantermos a humildade que se nos pressupõe. O que nunca nos perdoariam é irmos com a “chulería” castelhana de “sabermos mais que ninguém”.

Por outro lado acho que Portugal tem de fazer as contas com o seu passado. Ainda hoje resulta impensável para o governo português uma política de promoção do português em África, em termos normais. E ainda uma parte das classes dirigentes de Angola e Moçambique anda à procura de retaliação pelas feridas da guerra colonial, que acabou em 1974. Tenho observado isto ocasionalmente em declarações sobre a língua portuguesa. Para exemplo só uma anedota: Contaram-nos que houve uma reunião o ano passado, convocada pela CPLP em Lisboa, da que não se produziu notícia pública, em que a maior discussão e esforço foi dedicado à procura de perífrases (eufemismos) para contentarem a certo país africano, cujos representantes não aceitavam num texto comum a todos os países da CPLP a palavra “lusofonia”. Fique entre nós.

Finalmente, o facto de a Galiza não ser um país soberano significa para mim que é preciso um esforço suplementar; que temos de abrir o caminho por que outros irão vindo depois; que a AGLP só pode ter sucesso trabalhando muito e fazendo tudo bem à primeira vez; que se falharmos ninguém nos dará uma segunda oportunidade; que não há garantia de que, finalmente, sejam outros os que tirem proveito do nosso esforço.

Fico por aqui. Grande abraço.

Ângelo Cristóvão

toujours Piaf la vie en rose

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vocabulário micaelense ( S Miguel, Açores)

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Dicionário Micaelense

Corisco mal-amanhado = Safado; traquinas
Gama = Pastilha elástica (do inglês Bubble Gum)
Braçado = Companheiro de boa aparência
Pelo eu! = Ai de ti!
Atoleimado = Tolo
Naião = Homossexual
Pau-de-filete = Poste de luz
Poderios = Muito
Requinho = bonito; engraçado
Abençoado = Querido
Fogue t’abrase = Fogo te abrase (injúria)
Vento encanado = Corrente de ar
Gueixa = vaca nova
Pana = Alguidar
Fonte = Torneira
Papo-seco = Carcaça
Gadanhos = Dedos
Apoquentação = Inquietação
Aboiar = Atirar
Tás muito mal enganado = Enganas-te redondamente
Foge diante = Sai da frente
Tás vesgueta = Estás cego
Tás co olho!? = Para onde estás a olhar!?
Enlameirados = Enlameados; caminhos com lama
Peúgos/peúgas = Meias
Meias = Collants
Rabichel = Rabo
Amanda = Manda
Clame = cuspo
Mesmo deveras = A sério
Estás bem amanhado = Estás lixado
Asno = Burro
Vais apanhar nas ventas = Vais levar na cara
Ilhó = olho do cu
Carro de praça = Táxi
Arressaca (deturpação de Ressaca) = Briga
O chofer da fragonete = Chauffeur da Furgoneta
Fominha negra = Muita fome
Testos = cacos
Olhos arregalados = Olhos em bico
Penca = Nariz
Macaquinhos = Desenhos animados
Cramalheira = Queixo
Petcheno = Pequeno; Rapazola
Nisca de gente = Rapazinho
Queijada = Pastel
Fogareiro/Fogão = Mulher feia
Grande padaria = Grande rabo
Chofer = Motorista; Taxista
Paranhos = teias de aranha
Gadelhas = Cabelos
Que peste = Que pivete
Alvarozes = Jardineiras

Já se sabe = Pois claro

Punhado = Uma porção

Punhada = soco

Suera – Camisola de malha

É de arder! = que causa grande trabalho ou apoquentação

Prisões = ganchos de cabelo

Nica/nisca/niquinha/nisquinha = pedacinho

Pois alevá!= O que é que se há de fazer?

Negaças = Provocações

Estás cegando = Estás a aborrecer-me

Teso de marreta = Difícil, duro de roer

Grande espoleta = Grande rombo na carteira

Pinarreta = Criança atrevida

Estarraçar = Estragar

Destarelado = Insensato

Tarelo = Tino

Paranhos = Teias de aranha

Canada = Beco de terra

Enrediadeira = Cusca

Cisqueira = Pá do lixo

Bueiro = Valeta, esgoto

Pana = Alguidar

Mapa = Esfregona

Correr roupa = Passar roupa a ferro

Escarolar = Partir, quebrar

Friza = Congelador

Falsa = Sótão

Malina = Má

Calor = Bebedeira

Ferveleta = Pessoa inquieta

Pisar = Aleijar

Tem medo que se pela = Tem muito medo

Escabelado = Muito limpo

Esgadelhado= Despenteado

A comida que cresceu = A comida que sobrou

Ceidiço = Diz-se de comida estragada

Pau de virar tripas = Pessoa muito magras

Canhão = Mulher da vida

Largueza = Quero é distância

Botar = Pôr, colocar

Insonso/a = Pessoa falsa

Atarrachador = Chave de fendas

Música = Instrumento musical de sopro (Ex. «Bateu-lhe com a música na cabeça»)

Testo = Mulher da vida

Embusiado = Chateado, macambúzio

Fera = Ordenado

Vou-me arranjar = Vou evacuar

Escaparate = Mesa de cabeceira

Psiché/psichel = Toucador

Falsa = Sótão

Ondagora = Há pouco tempo

Grande impôla = Grande chato

Bicha = Fila

Roqueira = Foguete

Bombão = Foguete

Bagou = Tonto, pataroco

Murganho = Ratito