Views: 0
Blog
POEMAS À MINHA GALIZA LUSÓFONA
Views: 0
ao celebrar 40 anos de vida literária criei um capítulo GALIZÓFONA501 partir ii (a uma galiza lusófona)
partir!cortar amarrascomo se ficar fosse já um naufrágioficarcomo quem parte nuncapartircomo quem fica nas asas do tempopartir!cortar grilhetascomo se viver fosse uma morte adiadavencer ameiascortar amarrasvelas ao ventoolhar o mundodescobrir liberdadesesta a mensagemlevar o desesperoao limiaraté erguer a vozsem medosaté rasgar as pedrase o ventre úberesemear desencantosorrirà grande utopianascerde novodar o saltotranspor a fronteiraentre o ter e o serimaginarcomo só os loucos sabeme então chegastecom primaveras nos dedose liberdade por nomeloucas promessas insinuavasdespontastecomo quem acorda horizontes perdidosdemos as mãossabor de início do mundopendão das palavras por dizeresta a revoluçãominha bandeira por desfraldar525. Galiza como Hiroshima mon amour
acordaste e ouviste o teu hinobandeira desfraldada ao ventoao intrépido som
das armas de breogánamor da terra verde,
da verde terra nossa,à nobre lusitânia
os braços estende amigos,desperta do teu sonopega nos irmãoscaminha pelas estradasergue bem alto a tua vozdiz a quem te ouvir quem ésorgulhosa, vetusta e altivaindomada criaturanenhum poder te subjugaránenhum exército te conquistaránenhuma lei te amiquilaráés a Galiza mon amour528. ah como eu gostava 16/11/2011
portugal lembra o filho ingratoque sai de casa levando as malascresce como um sem-abrigovivendo de expedientessujo, maltrapilho e destituídomas orgulhosamente só e independentealtivo olha a galiza do tempo dos aguadeirosda pobreza, fome e sofrimentoe sente-se superiornão reconhece pai ou mãenem partilha um cobertorcomporta-se como assaltantealiado ao invasoresqueceu a história e perdeu os genesah como eu gostava de ser galego530. pesadelo zoológico 3 dezembro 2011 à concha rousia
sonhei estar num circoera um leão amestradoo domador espanholsenti-me galegoeles não sabemque não há leões domadosvivem anestesiadosum dia acordamsem ronronar em castrapovou esperar pelo chicotedesobedienteaguardo que ele erga a cadeiraestreleje o látegoe me mande falaraí direi ao castelhanojá chega de circoo palhaço és tu.acordei e não vi bandeiras de castela531. lendas da minha galiza 11 dez 2011
Galiza és tão especialquando sorrispor que não sorris sempre?és tão belaquando ris com gargalhadas cristalinaspor que não ris sempre?és tão amorosaquando falas e ciciaspor que não falas sempre?no meu quintal tenho um poçosempre cheio de palavrasonde vou buscar inspiraçãoé lá que busco amorescomo se fora o monte das Ánimasna era dos Templáriosquando os cervos eram livres e não havia lobosfoi lá que aprendi a tua históriadepois de Ith filho de Breogánir à Torre de Hérculesdivisar Eirin a Verdemorto Ith, perdidas as Cassitéridesaprisionados os Ártabrosresta visitar Santo Andrés de Teixidoduas vezes de mortoque não o visitei uma de vivoe esta história queda silentenos livros e na memória dos velhospor que não a aprendem os nenos?agora que o rio Minho passa caladinhopara não despertar os meninoshoje quando fui ao poçoencontrei-o seco e mirradosem um fio de água sequernão havia pardais nas árvoresnem flores no jardimsenti o coração trespassadoas lágrimas secaram-meafincado no chãoatopei umas Meigasa dançar com o Dianhofoi então que o vi, o Chupacabrasestandarte de Castelanão mais haveria fadas ou sereiascronópios e polinópiosvou juntar ferraduras, alho e salcolares de conchas e tesouras abertasesconjuro-vos ó meigas castelhanasque me salve o burro farinheirovou ao banho santo em Lanzada (sansenxo)hei de te encontrar minha moura encantadanão tenho medo de travessuras de Trasgosnem Marimanta ou Dama de Castrosem temor da Santa Companhanem do Nubeiro vagueandoentre tempestades e tormentashei de te encontrar minha moura encantadae brotará áuga do meu poçoescreverei os versos e serão mágicoserguerei a tua flâmulano poste mais alto e cantareiGaliza livre sempre532. genevieve 13 dez 2011
genevieve era nome de mulherum restaurante japonêsno meio de chinatownsorrisos largos e astutosmansos como o rio minhoolhos profundos amendoadoscomo o canon do silprometia ribeiras sacrasseios amplos acolhedorescomo as rias baixasgenoveva da galizaamazonaem sidneyum pai na argentinauma mãe em pariscom saudades de arousapromovia sushi com sakéloucas bebedeiras em galego533. concha é nome de guerra 13 dezembro 2011
para ti não há música nem dançaapenas as artes marciaisguerrilheira de montes e valesurdidora de emboscadassob a copa das amplas árvoresbrandes teu gládio de palavras suavesnão usas as falas do inimigovingas a dor de seres galegaa montanha que herdaste sozinhaprenhada de mar na ilha dos nossoso povo desaparecido da Rousia aldeiaesse recanto insuspeito ao virar da raiaonde fui a férias em 2005 sem te sabereu que nasci galego do sulsendo galego de Celanovaapartado de meus irmãos e irmãsséculos de história ao desbaratodistavam mares que nunca navegámosmontes que nunca escalámosestrelas que jamais enxergámosaté um dia em que surgistevestias azul e branco orlada a ouroestandarte do nosso reinociciavas liberdades por atingirsonhos por realizarbrandias a tua utopianuma mesma lusofonia536. elegia à AGLP 16 dez 2011viver numa ilha é prisãosair dela é impossívelnem com a velocidade da chitanem com a força do elefantenem com o mergulho do cachalotede nada servem passaportesnem vistos consularessó água nos rodeiapreciso saber nadarviver na Galiza é prisãosair dela é possívelmas não elimina os carcereirosnão abate as grades do cárcerenão liberta do cativeiromas nas árvores de NottinGalizahá sempre uma Concha dos Bosquesou um Ângelo Merlimum Joám Pequeno Evans Pimum frei Tuck Montero Santalhae seu bando de lusofalantesmanejando o arcoinvencível besta da lusofoniaOnésimo Almeida na antologia bilingue
Views: 0
interessante texto sobre Onésimo de Almeida e a antologia bilingue de autores açorianos contemporâneos na sua apresentação na universidade do minho (Braga) dia 6 de dezembrohttp://www.lusofonias.eu/cat_view/91-iniciativas-e-apoios/58-apoios/115-antologias.html?view=docman
Almedina-Braga, 6 de Dezembro de 2011Apresentação do livro Antologia Bilingue de Autores Açorianos ContemporâneosOnésimo e a questão da Literatura AçorianaEm vez de oferecer uma visão geral sobre esta Antologia Bilingue de Autores Açorianos Contemporâneos, optei por destacar um autor que nela figura: o Professor Onésimo Teotónio de Almeida. Confesso, desde já, o meu gosto pessoal pela prosa de Onésimo, pela sua limpidez, pelo seu humor (vd. “Que nome é esse, ó Nézimo?”, integralmente nesta antologia). Porém, a minha escolha, hoje, recai sobre um trecho não ficcional que extraí de A questão da literatura açoriana e que também consta da presente antologia:Embora haja quem suponha estéril o debate sobre a existência ou não de uma literatura açoriana, pessoalmente vejo nele uma riquíssima mina de elementos – dados, ideias perspetivas, conceitos, especulações, interpretações, explicações, análises – que refletem mundividências, posições teóricas sobre estética, pontos de vista sobre uma realidade humana num espaço geográfico específico (os Açores) de muitos dos melhores nomes das letras dos Açores. […] os textos de intervenção n[esse] debate […] representam a consciencialização teórica, uma explicitação de pontos de vista, intenções, demarcação e distanciamento de posições da parte exatamente de quem se tem preocupado por conjugar os Açores como tema, ou utilizá-los como espaço ou pano de fundo dentro do qual se move a realidade por eles criada ou recriada nos seus textos.Com certeza não será este o local, nem esta a hora, de debater a existência ou não da Literatura Açoriana. Questão apriorística, paradoxal, porquanto a sua formulação já expressa a identidade que está a questionar. Da mesma forma, esta antologia também não pretende dar nenhuma resposta a esta questão. Por outro lado, de maneira bem eloquente, a seleção de textos antologiados apresentam-nos as tais conjugações (a que Onésimo se referia) dos Açores como tema, as tais utilizações dos Açores como espaço ou pano de fundo, enfim, a tal realidade de formatação açoriana. Pode, então, o leitor conhecer, ainda que de forma fragmentária, os temas, os motivos, as histórias, as particularidades da língua e os demais recursos retórico-literários que fornecem os argumentos àqueles que defendem a existência de uma Literatura Açoriana. Claro que não se dispensa a leitura integral das obras — De resto, uma antologia é sempre um convite à procura da obra integral – e só assim se poderá formular uma opinião informada. Pela minha parte, reconheço obras que falam da experiência humana. Sem dúvida, obras que resultam de vivências próprias e estilos pessoais. Mas obras que espelham o mundo, os homens e as mulheres que nele vivem. Utilizando palavras de Claudio Guillén obras “entre o Uno e o Diverso”.A presente antologia acentua a universalidade das obras antologiadas. Promove-as e facilita que elas cumpram um propósito supranacional, de certa forma, enunciado por Goethe quando anunciava a chegada de uma Weltliteratur: cada literatura local tem um papel a desempenhar na grande sinfonia da Literatura Mundial. E, não abandonando a metáfora, esta antologia desempenha este papel a dois instrumentos: a Língua Portuguesa e a Língua Inglesa.Diz Onésimo no fim do mesmo artigo que “quem lucrará com isso [o reconhecimento da Literatura Açoriana] será a Literatura Portuguesa. Ficará menos monocórdica. E monótona.”. Depois desta antologia bilingue, independentemente de reconhecermos ou não a existência de uma Literatura Açoriana, quem lucra é a Literatura do Mundo: fica ainda mais polifónica e acessível a um maior número de leitores.João Peixe
Doutorando da Fundação para a Ciência e Tecnologia
Centro de Estudos Humanísticos
Instituto de Letras e Ciências Humanas
Universidade do MinhoO valor económico da língua portuguesa pode ser potenciado
Views: 0
O valor económico da língua portuguesa pode ser potenciado
A Língua Portuguesa é um património muito acima da sua actual valorização (José Paulo Esperança). É fundamental que Portugal aposte, economicamente, nos países lusófonos (Sousa de Macedo).
09-12-2011
«O Valor Económico da Língua Portuguesa» foi o tema de uma conferência organizada pelo Observatório da Língua Portuguesa e que teve como conferencistas o professor universitário José Paulo Esperança e o ex-secretário de Estado das Comunidades Luís Sousa de Macedo. E se para o docente a Língua Portuguesa é um património muito acima da sua actual valorização, para Sousa de Macedo é fundamental que Portugal aposte, economicamente, nos países lusófonos. “Uma língua é tanto mais valiosa quanto mais parceiros de utilização tiver, porque quanto mais pessoas a conhecerem, maior será esse valor”, lembrou o professor José Paulo Esperança, na abertura da conferência, realizada no passado dia 29 de Novembro, na Fundação Cidade de Lisboa.
Falada actualmente por mais de 240 milhões de pessoas em todo o mundo – 3,7 por cento da população mundial – a língua portuguesa representa, em termos económicos 4 por cento do valor mundial, sublinhou o professor José Paulo Esperança.
O docente universitário – que integrou a equipa que realizou o estudo «O Valor Económico da Língua Portuguesa», encomendado pelo Instituto Camões (IC) e desenvolvido por 10 investigadores do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) – defendeu que “a proximidade linguística é um fator importante” nas relações económicas de Portugal, já que “países com uma língua comum têm maior facilidade em fazer negócios”.
Apesar de apenas 6 por cento das exportações nacionais se destinarem a países de expressão portuguesa, o saldo comercial é favorável, já que Portugal importa desses mesmos países, apenas 3 por cento do total do volume de importações, referiu José Paulo Esperança.
O professor afirmou ainda haver um aumento do interesse na língua falada por oito países – Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste – dando como exemplo a sua presença ma internet. Segundo o Barômetro Calvet das línguas no mundo, é de 34,4509 o índice de penetração da língua portuguesa na Internet (dados de Novembro de 2009). O português é já o oitavo idioma em número de artigos divulgados na Wikipédia e ocupa o 15º lugar no índice «traduções de língua de origem». “Num período de dez anos, o português foi a língua que mais cresceu em termos de acesso na internet”, afirmou o docente.
José Paulo Esperança revelou ainda que a sua procura como língua estrangeira está a crescer exponencialmente em países de língua espanhola “como a Argentina e o Uruguai” onde, acrescentou “já é um idioma mais procurado do que o inglês”.
Mesmo assim, o investigador defende que é importante a definição de estratégias para a sua dinamização. “O Português é um património superior à sua atual valorização”, defendeu, acrescentando que este valor abaixo das potencialidades da língua ocorre “muito por uma inércia e indefinição tanto a nível de entidades públicas como privadas”.
“A língua promove relações e o seu valor para as empresas e para os países pode ser potenciado, já que o estudo («O Valor Económico da Língua Portuguesa») revelou que as indústrias e os serviços em que ela é um elemento chave, representam 17 por cento do Produto Interno Bruto de Portugal”, alertou.
Já Luis Sousa de Macedo recordou que a língua portuguesa é o veículo de comunicação de milhões de lusófonos na diáspora, com destaque para os 4,5 milhões de portugueses e luso-descendentes. Nesse sentido, foi ainda mais longe ao afirmar que “já que língua e cultura são factores de aproximação”, falar português “é tão importante” que as empresas portuguesas elegeram como mercados fundamentais “a África lusófona e o Brasil”.
“Neste momento de crise económica, é crucial apostar nos países onde ao longo de séculos criamos uma ligação de proximidade, com destaque para o Brasil e Angola”, defendeu o ex-secretário de Estado das Comunidades e actual administrador da Fundação PT.
Inserida no 1º Ciclo de Conferências do Observatório da Língua Portuguesa – que teve como temáticas anteriores «Que Política para a Língua Portuguesa?» e «A Internacionalização da Língua Portuguesa» – a palestra reuniu vários estudiosos da língua portuguesa. As três conferências tiveram por objetivo ser um espaço de reflexão e debate de ideias sobre questões relevantes da língua de Camões e ainda motivar a sociedade civil para a importância da II Conferência Internacional sobre Língua Portuguesa no Sistema Mundial que será realizada em Portugal no próximo ano.
17 por cento do PIB de Portugal
O estudo «O Valor Económico da Língua Portuguesa», focado na realidade portuguesa, avaliou o impacto da proximidade linguística em quatro dimensões: comércio externo, investimento directo estrangeiro em Portugal, fluxos de turismo e fluxos migratórios. Os dados iniciais permitiram perceber que as indústrias e os serviços em que a língua portuguesa é um elemento chave, representam 17 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal.
Encomendado pelo Instituto Camões (IC) em Setembro de 2007, e desenvolvido por uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), o estudo confirmou o elevado peso da proximidade linguística nas relações de Portugal com o exterior. “O papel da língua é um facilitador significativo nas dimensões de intercâmbio analisadas”, lê-se nas conclusões do estudo que apontam a área das migrações e a do Investimento Directo de Portugal no Estrangeiro (IDPE) como aquelas onde neste momento, a língua portuguesa tem mais peso.
Nesta área, revelou que Brasil e Angola representaram “19 por cento do total da saída de investimento directo a partir de Portugal, no período de 1996-2007”. No mesmo período, embora menos significativa, “também à entrada se verifica um peso superior ao «natural» do investimento directo oriundo principalmente do Brasil e de Angola, representando 13% do total”, refere o documento.
Idioma oficial em oito países, o português é uma das seis línguas mais faladas no mundo.Ana Grácio PintoFONTE: Mundo PortuguêsDO IBERISMO AO 1º DEZEMBRO in ChrónicAçores vol.2
Views: 0
16.5. Do Iberismo ao 1º de dezembroGostava JC de ter algumas réstias do sempiterno otimismo mas adesoladamente, a sua reserva, está no nível mínimo desde há déca-das. Mas quando, ano após ano, a chuva cai dentro de casa e alaga o chão ou móveis como se não houvesse teto, tem de assumir a péssi-ma qualidade das casas e que os ”mestres” de construção não passam de biscateiros incapazes de fazerem a obra como deve ser. Mas se vai a um restaurante o resultado é similar com um serviço deficiente a preços de luxo, se vai a um mecânico automóvel idem aspas. E o mesmo se passa na saúde, na justiça, na ignorância santa dos novos professores, na incompetência dos que governam e dos que são man-dados. É esta a tradição. Não é de hoje, vem de longe como consta-tou hoje ao traduzir este parágrafoEnquanto a Terceira e as ilhas próximas resistiam ao assalto dos espanhóis à Coroa portuguesa, S. Miguel franqueou-lhes a entrada. Esta diferença deveu-se ao facto de o Corregedor Ciprião de Figueiredo estar sedeado em Angra. Fiel apoiante do Prior de Crato, terá proferido a frase “antes morrer livres que em paz sujeitos”. Por outro lado, a capitania de S. Miguel estava na mão da influente família Gonçalves da Câmara. Além disso, residia nessa altura em São Miguel o Bispo dos Açores, D. Pedro de Castilho, fiel a Filipe II. Viria a ser Vice-Rei de Portugal em paga da sua fidelidade à causa castelhana. Mais tarde, o Capitão do Donatário de São Miguel receberia o título de Conde de Vila Franca.Abundam assim os que esquecem o terror do domínio castelhano epressurosos querem entregar o país ao vizinho ibérico.Miguel Urbano Rodrigues escrevia em 2006:151J. Chrys ChrystelloOs iberistas, ao esboçarem uma Espanha pletórica de energias, deprogresso e criatividade, simulam esquecer que o país exibe a maisalta taxa de desemprego da UE. Não aludem ao racismo e à xenofobia…onde os imigrantes, sobretudo os magrebinos, equatorianos e colom-bianos são mais discriminados.Há três décadas a Espanha não existia como parceiro comercial. Hojeocupa o primeiro lugar nas importações portuguesas. A banca espanho-la conquistou uma parcela importante. O mesmo ocorre com a hotelariae grandes transnacionais como El Corte Inglês e Zara. As imobiliáriasespanholas invadem as cidades. … no Alentejo capitalistas espanhóiscompraram já as melhores terras no Alqueva. Adquiriram milhares dehectares para criação de porcos, lagares e plantação de oliveiras e vinhas. Essa invasão é festejada pelo Governo de Sócrates e pela grande burguesia. … Agradecem. Com a espontaneidade da nobrezade 1383 a saudar D João De Castela e a nobreza de 1580 a alinharcom Filipe II. Essa forma de dominação económica encobre uma moda-lidade de intervenção imperial. “Alentejo Popular”(Beja) 02-11-06Portugal atingiu tal irrelevância que ninguém se surpreenderia sepassasse a dependência espanhola, como se de banco se tratasse.Como se estivéssemos a falar de abrir um escritório no litoral já queo interior está desertificado de gentes e de economias de mercado viáveis. Por outro lado, despontam a nível governamental, iniciativas de união ibérica, nem sempre dissimuladas, que causam engulhos. Por ser um estudioso do assunto que condensou o que JC pensa, sigamos Carlos Fontes em LusotopiasO iberismo é um fenómeno do séc. XIX como resposta à teoria dasgrandes nações então em voga. …as pequenas estariam condenadasa serem absorvidas pelas grandes, tal como teria acontecido entre osanimais onde os mais fortes extinguiram os mais fracos (darwinismo).Sempre que a situação é melhor no outro lado da fronteira, a integra-ção de Portugal em Espanha surge aos olhos dos iberistas como asolução para resolver a crise, sem trabalho… as mortes de dois ibe-ristas assumiram enorme carga simbólica na história portuguesa, sendocontinuamente evocadas. A morte do Conde de Andeiro, fidalgo galego,foi assumida como o símbolo de liberdade de um povo que recusa asingerências externas. Acabou por ascender a elevada posição na corte,tendo recebido de D. Fernando o título de Conde de Ourém, pondo-se152ChrónicAçores:.na crise de 1383-85, ao serviço de Castela. Foi assassinado, em 1383, por D. João, mestre de Avis e futuro rei de Portugal. A sua nefasta ação traduziu-se numa violenta guerra civil.Já a morte de Miguel de Vascon-celos exprime simbolicamente a afir-mação da identidade cultural de um povo, após a opressão de 60 anos. Após a morte deste esbirro, o povo português travou com a Espanha, durante 28 anos, uma sangrenta guerra na Europa e na América do Sul pela defesa da sua liberdade e dignidade.…E como já ninguém estuda História, estes episódios perdema força, não são transmitidos de geração para geração, perde-se amemória coletiva do povo. Continuemos com Carlos Fontes:Nas últimas décadas, órgãos de comunicação social usando daliberdade de expressão, têm procurado abrir fraturas na sociedade.O seu objetivo é simples:1. Mostrar através de “sondagens” encomendadas ou “discussões”públicas que na sociedade portuguesa existe um grupo cujo objetivo é adissolução do Estado português;2. Dar “voz” à hipotética minoria iberista portuguesa. Ao mesmotempo, a imprensa espanhola mostra aceitação à possível integração.3. Os supostos iberistas não constituem uma corrente de opinião nemum movimento organizado.A imprensa trabalha no terreno das hipóteses…introduzindo elementos de discórdia e desmoralização coletiva.Oliveira Martins (1845-1894) é o melhor exemplo dos esbirros iberistas.É difícil de determinar a causa do profundo ódio que manifestava pelosseus concidadãos e o país. Foi um típico vira-casaca: anarquista, socia-lista, republicano, monárquico, liberal, antiliberal. Defendeu a liberdade,mas também a ditadura. Atacou os ditadores, mas apoiou João Franco,Muitas das suas ideias foram aplicadas por ditadores (Sidónio Pais ouOliveira Salazar).Antero de Quental (1869) era um confesso iberista, dois anos depois já nem fala no assunto, e mais tarde abomina a ideia. Algo idêntico ocorreu com Teófilo Braga. …Durante as legislativas de setembro 2009 – a TVI -, canal de TV controlado por espanhóis interferiu diretamente na campanha eleitoral, e…afastou a “jornalista” (Manuela Moura Guedes) que promovia uma campanha de propaganda contra o governo socialista… e a comuni-icação social espanhola procurava lançar nova campanha em defesa das teses iberistas, apoiada numa “sondagem” da Universidade de Salamanca, com a colaboração de alienados no ISCTE (Lisboa).153J. Chrys ChrystelloA razão por que se escolheu este tema e as citações supra para estacrónica é a data que ora se celebra, o dia da Restauração da Indepen-dência de 1 de dezembro de 1640. Para que os mais jovens nunca oesqueçam e deixem de a tratar como um dia sem aulas. Infelizmente,é para a maioria, um dia como qualquer outro nos Açores, sem queo povo se dê conta do seu significado:“…arrebatados do generoso impulso, saíram todos das carroças eavançaram ao paço. .. D. Miguel de Almeida, venerável e brioso, com aespada na mão grita: Liberdade, portugueses! Viva El-Rei D. João IV”A ideia de nacionalidade esteve por trás da restauração da inde-pendência plena de Portugal após 60 anos de monarquia dualista.Cinco séculos de governo próprio haviam forjado a nação, fortalecen-do a rejeição da união com o vizinho. A independência fora sempre umdesafio a Castela. Foram sucessivas e acerbas as guerras, as únicasque Portugal travou na Europa. Para a maioria, os Habsburgo eramusurpadores, os Espanhóis inimigos e os seus partidários, traidores.Culturalmente, avançara depressa a castelhanização de 1580 a 1640.Autores e artistas gravitavam na corte espanhola, aceitavam padrõesespanhóis e escreviam cada vez mais em castelhano, contribuindo paraa riqueza espanhola. Dão a impressão errada de decadência culturalapós 1580. A perda da individualidade cultural era sentida por muitosportugueses, com reações diversas a favor da língua pátria e da suaexpressão em prosa e poesia. Contudo, os intelectuais sabiam perfei-tamente que os seus esforços seriam vãos sem a recuperação daindependência política. O Império Português atravessava uma crisecom a entrada em jogo de holandeses e ingleses. Perdera o mono-pólio comercial (Ásia, África e Brasil) e a Coroa, a nobreza, o cleroe a burguesia haviam sofrido severos cortes de receitas.Os Espanhóis reagiam contra a presença portuguesa nos seus ter-ritórios, mediante vários processos, entre os quais a Inquisição. Issosuscitou grande animosidade nacionalista em Portugal aprofundan-do o fosso entre os dois países.Margarida, duquesa de Mântua, neta de Filipe II, exerceu o governode Portugal, de 1634 a 1640, como vice-rei e capitão-general. Econo-micamente, a situação piorara desde 1620 ou até antes. Os produtoressofriam com a queda dos preços do trigo, azeite e carvão. A criseafetava as classes baixas, cuja pobreza aumentou sem disfarces. Oagravamento dos impostos tornava a situação pior. A solução apre-sentava-se fácil e óbvia: a Espanha, causa de todos os males.154J. Chrys ChrystelloA conspiração independentista congregava um grupo heterogé-neo [nobres, funcionários da Casa de Bragança e elementos do clero(alto e baixo)]. Em novembro de 1640 conseguiram o apoio formaldo duque de Bragança. Na manhã do 1º de dezembro, um grupo denobres atacou a sede do governo (Paço da Ribeira), prendeu a du-quesa de Mântua, matou e feriu membros da guarnição militar efuncionários, como o Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos.Dizia Camões: “Também dos Portugueses alguns traidores houve,algumas vezes…” (Os Lusíadas, C. IV, 33). Seguidamente, os re-voltosos percorreram a cidade, aclamando o novo estado, secun-dados pelo entusiasmo popular. Em todo o Portugal, metropolitanoe ultramarino, a notícia da mudança do regime foi recebida e obe-decida sem qualquer dúvida. Só Ceuta permaneceu fiel a Filipe IV.D. João IV entrou em Lisboa a 6 de dezembro. Proclamar a separa-ção fora fácil. Mais difícil seria mantê-la. Tal como em 1580, em 1640 osportugueses estavam longe de unidos. As classes inferiores mantinhama fé nacionalista em D. João IV, mas o clero e a nobreza, com laços emEspanha, hesitava e a medo alinhava com o duque de Bragança.O novo monarca estava numa posição pouco invejável. Tornava-senecessário justificar a secessão não como usurpador, mas a reaver oque por direito legítimo lhe pertencia. Abundante bibliografia (emPortugal e fora dele) procurou demonstrar direitos reais do duquede Bragança. Se o trono jamais estivera vago de direito, em 1580ou 1640, não havia razões para eleição em cortes, o que retiravaao povo a importância que teria, fosse o trono declarado vago.Todo o reinado (1640-56) foi orientado por prioridades. Primeiro, a re-organização do aparelho militar, reparação de fortalezas das linhasdefensivas fronteiriças, fortalecimento das guarnições e obtenção dereforços no estrangeiro. Paralelamente, a intensa atividade diplomáticanas cortes da Europa, para obter apoio militar e financeiro, negociartratados de paz ou de tréguas, o reconhecimento da Restauração, e areconquista do império ultramarino. A nível interno, a estabilidade de-pendeu, do aniquilamento de toda a dissensão a favor de Espanha.A guerra da Restauração mobilizou todos os esforços e absorveuenormes somas. Pior, impediu o governo de conceder ajuda às ata-cadas possessões ultramarinas. Mas, se o cerne do Império, na Ásia,foi sacrificado, salvou a Metrópole da ocupação espanhola.155ChrónicAçores:Portugal não dispunha de exército moderno, as forças terrestresescassas na fronteira, as coudelarias extintas e os melhores generaislutavam pela Espanha na Europa. Isto explica por que motivo a guerra se limitou a operações fronteiriças de pouca envergadura.Do lado espanhol, a Guerra dos Trinta Anos (até 1659) e a questãoda Catalunha (até 1652) atrasavam ofensivas de vulto. A guerra, que seprolongou por 28 anos, teve altos e baixos até se assinar o Tratado deLisboa,1668, entre Afonso VI de Portugal e Carlos II de Espanha, emque este reconhece a independência do nosso País. (Adaptado deOliveira Marques, “A Restauração e suas Consequências”, in História dePortugal, vol. II, Lisboa, ed. Presença, 1998, pp. 176-201).Hoje anda muita gente com passaporte português a celebrar o 1ºde dezembro como desastre ou deplorável evento. Esquecem que setratou da reconquista da liberdade do povo e da nação subjugadapelo poder dinástico dos Filipes de Castela. Mais vale um povopobre e livre do que rico na gaiola dourada com as cores do reinode Espanha. Assim o dizem os galegos que se acercam das origensportuguesas preservando a língua e cultura comuns. A memória doshomens é curta e ninguém sabe nem evoca o jovem Miguel da Paz(n. 1499) que seria Rei de Portugal e de Espanha se não morresseaos dois anos. Infelizmente morreu e este “se” é desconhecido dosportugueses, clamem ou não pelo regresso ao trono espanhol.São deveras interessantes os “pequenos detalhes” que determinamo curso da História e que vieram legalizar de pleno direito a sucessão deFilipe II ao trono de Portugal em 1580, por morte sem descendência doherdeiro varão, cardeal D. Henrique (68 anos), 9º filho do rei D. Manuel IA candidatura de Filipe era fortíssima e indiscutível e resultava do ca-samento da filha terceira de D. Manuel I, com Carlos V (I de Espanha),pais de Filipe I de Portugal (II de Espanha). Paradoxalmente, antes dacandidatura de Filipe ao trono, a situação poderia ter sido invertida,unificando as coroas ibéricas “para o lado português”. Em 1499, foraproclamado herdeiro das coroas de Portugal e de Espanha, Miguel daPaz, primeiro filho de D. Manuel I com Isabel, filha dos Reis Católicos.Azar dos portugueses ou conspiração castelhana, morreu com 2 anos.Por estas e outras razões os portugueses serão sempre saudosistas,dos espanhóis, de Salazar e do sonho chamado 25 de abril.in CHRÓNICAÇORES UMA CIRCUM-NAVEGAÇÃO POR J CHRYS CHRYSTELLO ED CALENDÁRIO DE LETRAS 2011156J. Chrys Chrystello— Quem garante que Portugal estaria melhor como província espa-nhola do que independente? (Os galegos dizem que não)— Quem garante que não seria Portugal uma célula independentista,tipo ETA, (aliada ou não à Galiza)?E se fosse ao contrário e o Reino de Espanha fosse uma provínciade Portugal? Que aconteceria aos Bourbon? Só tinham utilidade nosEUA. Lá emborcam todos os Bourbon que encontram. Infelizmente,aqui ao lado, entronizam-nos e chamam-lhes Reis.Malaca povos cruzados
Views: 0
NOTICIA PUBLICADA PELO CLUBE RAIZES
Malaca 500 anos – Portugal ao longe | Clube Raízes
Malaca 500 anos – Portugal ao longe
Posted on Novembro 20, 2011 by clube11raizes(Photography by: Antony D’Cruz)
Comemoram-se este ano os 500 anos da conquista da cidade – entreposto comercial – de Malaca,na Malásia, pelas forças portuguesas, comandadas por Afonso de Albuquerque.Malaca, do outro lado do mundo, no continente asiático, apesar da grande distância a que se encontra de Portugal,mantém uma comunidade de origem portuguesa que tenta manter vivas as raízes lá deixadas desde o século XVI.É grande o amor que esta comunidade nutre por Portugal, traduzido na manutenção dos nomes portugueses,comuns na maior parte destas famílias, e de mostrar aos outros, através das canções e das danças de influência lusa,da prática do catolicismo, da transmissão familiar da língua portuguesa localmente falada, preservada desde o tempode Albuquerque. A origem portuguesa é, para esta comunidade, um orgulho que pretendem manter. Ascomemorações tiveram o seu ponto alto nos finais de Outubro, com atividades diversas onde prevaleceu a ligaçãohistórica, cultural e religiosa a Portugal. Nelas esteve presente o Cónego António Rego, que além de participar namissa, ofereceu à comunidade uma imagem da padroeira de Portugal, Nossa Senhora da Conceição. Reproduzimosaqui as palavras de António Rego sobre a sua participação nas comemorações em Malaca, publicadas no site da AgênciaEcclesia e também no semanário figueirense ”O Dever”, de 10 de novembro.Portugal ao longe
Mesmo sem se entender a língua, ou falando um português do tempo de Afonso de Albuquerque, há
um povo que aí encontra a sua identidade, a venera, reza e ama com um enternecimento comovedor
solavancos, chegar a um lugar, ver uma pequena fortaleza, dois barquinhos a percorrer a cidade como se fossem duasimagens de santos, os jovens numa correria para os acompanharem, alguns mais tisnados, junto ao mar a cantar melodiasportuguesas tão distantes do original nas palavras como nas melodias, as casas marcadas por uma cruz, o bairro conhecidotanto como português, como cristão, faz, a quem chega, ainda que não seja pela primeira vez, estremecer de emoção poro povo a que pertence ser o mesmo que ali vive naquele bairro simples de pescadores. Não sabem o nome do presidenteda República nem do Cardeal-Patriarca de Lisboa, mas sentem-se transportados a uma origem que sendo, para umrecém-chegado igual ao resto do povo de Malaca, traz um registo indefinido de fé e portugalidade próximos e naturais sema mais pequena discussão sobre o laicismo, separação de poderes, profano e sagrado, passado e presente. Sabe-se que,mesmo sem se entender a língua, ou falando um português do tempo de Afonso de Albuquerque, há um povo que aíencontra a sua identidade, a venera, reza e ama com um enternecimento comovedor. Expliquei que a imagem de NossaSenhora de Fátima é a mais conhecida do mundo. Mas a que os portugueses agora lhes ofereceram é de Nossa Senhorada Conceição, foi coroada por um rei português e é a nossa padroeira. Foi um grupo de quinze jovens portugueses doensino superior que levou o bandolim, a guitarra, o traje, a voz, um sorriso doce com um imenso respeito e dignidade,que acordou no coração dos presentes não apenas uma casa portuguesa, mas um povo lá dentro, com uma identidadepara além do fado. “Aqui sou mais do que eu”, diria Pessoa. E nada disto foi de organização burocrática. Aconteceu pelasensibilidade de quem cá passou e se apercebeu que por vezes, quanto mais longe se está mais se ama Portugal. E a féque o integrou e integra, mudados os tempos e as vontades.António Rego
Para ver no original clique em:
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=87964e veja também:
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=87938Sobre clube11raizes
Clube de Divulgação e Defesa do Património
OLIVENÇA
Views: 0
CARLOS LUNA JÁ ESTEVE NOS COLÓQUIOS D ALUSOFONIA“Como é possível o caso de Olivença ser tão ignorado em Portugal? Como é possível que os sucessivos governos do País, desde o princípio do século XIX, nunca tenham reivindicado de forma categórica um território que à luz do Direito Internacional, lhe pertence?
OLIVENÇA 1801
Views: 0
O Jornal espanhol publicou, em 21.11.11, a matéria OLIVENZA CELEBRA DERROTAS
de J. R. ALONSO DE LA TORRE
No artigo o articulista critica o fato de Olivença estar a comemorar a Guerra das Laranjas de 1801com uma grande representação do acontecimento, celebrando uma guerra que os derrotou e uma conquista que acabou com tantos de seus antepasados…..Lembrando esta data cito um livro:OLIVENÇA, 1801.
Portugal em Guerra do Guadiana ao Paraguaide Manuel AmaralLisboa, Tribuna («Batalhas de Portugal»), 2004.112 págs.Preço: 25€A guerra de 1801 entre Portugal e a Espanha aliada à França, é conhecida sobretudo por ser o momento em que se perdeu o território de Olivença. Mas este conflito, conhecido por “Guerra das Laranjas”, esteve longe de ter como preocupação fundamental aquela antiga vila Alentejana. Na realidade, as operações desenrolaram-se tanto ao longo das fronteiras de Portugal, como das do Brasil e no Oceano Atlântico. Esta obra apresenta uma visão nova do desenrolar das hostilidades no território europeu, não só abordando os teatros de operações em que o exército português se confrontou com o espanhol, em Trás-os-Montes, no Algarve e no Alto Alentejo, mas também abordando a estratégia desenvolvida á época face ao que já se via como uma possivel primeira invasão francesa do território nacional. Aborda-se o desenrolar da Guerra na América do Sul, onde Portugal conquistou um imenso território, tanto no estado do Rio Grande do Sul como no de Mato Grosso, delimitando quase definitivamente as actuais fronteiras do Brasil.Se Portugal perdeu Olivença logo no início das hostilidades, conseguiu no entanto realizar os seus objectivos estratégicos neste conflito. Foi esta a última guerra travada por Portugal com a vizinha Espanha.http://www.arqnet.pt/portal/agenda/col_batalhas.html
— On Wed, 11/23/11, AMarqueswrote: From: AMarques
Subject: OLIVENZA CELEBRA DERROTAS? (ver la foto adjunta)
To: margaridadsc@yahoo.com
Date: Wednesday, November 23, 2011, 1:36 AMNO!“HOY”, 21-Novembro-2011
OLIVENZA CELEBRA DERROTAS
21.11.11 –
J. R. ALONSO DE LA TORRE
Olivenza van a celebrar la Guerra de las Naranjas con una gran representación del acontecimiento. Supongo que habrá soldados españoles que ataquen la fortaleza, ciudadanos oliventinos que la defiendan, sean soldados, sean civiles, y al final habrá conquista española, quizás algún saqueo si se quiere ser fieles a las guerras de antaño y después se celebrará algún evento gastronómico para festejar la fecha. La celebración se las trae. Los oliventinos celebran que fueron conquistados y derrotados, algo impensable en otras ciudades, que suelen celebrar sus victorias y triunfos, nunca sus derrotas. Esta ‘Macrorrepresentación de la Guerra de las Naranjas’ está levantando muchas ampollas en Portugal, aunque lo más destacable es la esquizofrenia que supone celebrar que a tus antepasados se los cargó un ejército enemigo, aunque tú ahora formes parte del país que te conquistó y estés encantado de ello. Solo conozco un caso parecido en Extremadura, se trata de la llamada Torre de Bujaco de Cáceres, nombrada así en honor del caudillo árabe Abu Jacob, que se cargó en esa torre a los últimos caballeros cacereños en una de las varias reconquistas de la ciudad. Aunque en ese caso pudiera haber truco y llamarse de Bujaco en honor a un ‘muñeco’ que en ella había. Sería más lógico pues a nadie se le ocurre ponerle a una torre el nombre del caudillo que mató a los tuyos. A nadie salvo a los oliventinos, que han tenido la idea de festejar la guerra que los derrotó y celebrar la conquista que acabó con tantos de sus antepasados.
(J.R. Alonso de la Torre)MARCAS DA GALIZA NOS AÇORES
Views: 0
Algumas marcas de Galiza nos Açores e BrasilDesde 1475 o arquipélago dos Açores recebeu povoadores vindos inicialmente de PortugalContinental que trouxeram consigo alguns escravos de África e depois, em menor quantidade,de Flandres, Galiza, Inglaterra, França e Estados Unidos.Naquela época em Castela ocorria uma disputa para a sucessão do trono entre D. Joana (aBeltraneja) e Isabel, irmã do rei Henrique IV de Castela. D. Joana, filha de Joana de Portugale talvez do rei, era considerada ilegítima pelos nobres espanhóis, uma vez que Henrique IVera considerado impotente. Mas Portugal e Galiza apoiavam-na. Os partidários de Joana,perseguidos, abrigaram-se em Portugal. Quando a paz foi restabelecida esses refugiadostornaram-se incômodos ao reino português, que não sabendo o que fazer deles, resolveuencaminhá-los para as ilhas atlânticas recentemente descobertas e que precisavam serpovoadas.Nas ilhas açorianas do Faial e Pico instalaram-se as famílias galegas ABARCA, ANDRADE,GARCIA, ORTIZ, PORRAS, LEDESMA, TROJILLO. Quando apareceram as dificuldades desobrevivência, trazidas pelos desastres naturais que acometiam o arquipélago de tempos emtempos, a emigração para o Brasil surgiu como a solução. E assim muitos dessas famílias setransferiram para o Brasil à procura de uma nova vida. Dizem que João Garcia Pereira deuorigem aos “Garcia” faialenses e João Luís Garcia aos picoenses.A partir do século XVIII, consideráveis e repetidas levas de açorianos chegaram ao sul esudeste do Brasil. Alguns se deslocaram para as regiões auríferas e de criação de gado, ondehavia mais oportunidades de ganhar terras e riquezas. Destes oriundos dos Açores, de raízesgalegas, a história relata um tal de Antônio Garcia Rosa, que emigrou para o Brasil em 1741 eque juntou forte cabedal em Minas Gerais, como vigário (Paróquia de Nossa Senhora daGlória). Voltou para os Açores rico. É conhecido também um imigrante João Garcia quechegou ao Rio de Janeiro em 1773, parece que se tornou fazendeiro. Outro faialense denascimento foi Diogo Garcia. Este casou em terras brasileiras com uma das três irmãs, que delá também vieram em 1723 e que eram conhecidas como as três ilhoas (Antónia da Graça,Júlia Maria da Caridade, Helena Maria de Jesus). Eram as três filhas de Manuel GonçalvesCorrea e de Maria Nunes.Antônia da Graça veio já casada com Manuel Gonçalves da Fonseca e com duas filhasCatarina e Maria Tereza.Júlia Maria da Caridade casou-se em São João del Rei com o conterrâneo Diogo Garcia.Helena Maria de Jesus casou com o também açoriano, natural de Santa Maria, João Rezendeda Costa.Essas três irmãs tiveram muitos filhos e deixaram larga descendência que se espalhou porMinas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Mato Grosso, dando origem a grande parte dasfamílias tradicionais desses estados brasileiros.Ref. BibliográficaFAMILIAS FAIALENSES (Marcelino Lima)As três Ilhoas ( pesquisa dos genealogistas Marta Amato e José Guimarães)Maria Eduarda FagundesUberaba, 10/11/07AICL REPUDIA EXCLUSÃO DA AGLP NA CPLP
Views: 0
CONCLUSÕES DO XVI COLÓQUIO DA LUSOFONIA OUTUBRO 2011 SANTA MARIA
…4. Foi emitido um comunicado sobre a vergonhosa exclusão da AGLP após a CPLP ter aprovado em comunicado a sua inclusão com o estatuto de observadora. (anexo).AICL REPUDIA EXCLUSÃO DA AGLP NA CPLP1. BREVE HISTORIALEXTRATO DAS CONCLUSÕES – XIII COLÓQUIO ANUAL DA LUSOFONIA “AÇORIANÓPOLIS” EM FLORIANÓPOLIS, SANTA CATARINA, BRASIL 26 março a 11 de abril 2010Os Colóquios da Lusofonia lançaram o repto à Academia Brasileira de Letras, à Academia das Ciências de Lisboa e a todas as entidades que apoiem a imediata inclusão da AGLP – ACADEMIA GALEGA DA LÍNGUA PORTUGUESA – com o estatuto de observador na CPLP, e comprometeram-se a envidar todos os esforços para a consecução de tal desiderato.Concha Rousia comprometeu-se a enviar à CPLP os objetivos da Academia Galega para fundamentar o seu pedido de adesão com o apoio da sociedade civil aqui representada pelos Colóquios da Lusofonia, salientando que Goa e Galiza fazem falta à CPLP e que seria profícuo vir a criar um canal de televisão lusófono abrangendo todos os países, mas que seria necessária muita vontade política para tal se concretizar.ESTE PONTO FOI REITERADO NAS CONCLUSÕES DO XIV COLÓQUIO ANUAL DA LUSOFONIA DE Bragança EM OUTUBRO 2010.Pareciam bem encaminhadas as negociações resultantes do repto que os Colóquios da Lusofonia lançaram à Academia Brasileira de Letras e a todas as outras entidades para apoiarem a imediata inclusão da ACADEMIA GALEGA DA LÍNGUA PORTUGUESA com o estatuto de observador na CPLP até dia 22 de julho quando a CPLP anunciou a admissão da AGLP sob proposta do país anfitrião (Angola). A mesma admissão surpreendentemente foi retirada da página oficial da CPLP umas horas depois sem qualquer explicação, pelo que as celebrações de júbilo na Galiza e no resto do mundo duraram apenas oito horas. Veio, posteriormente a saber-se que fora Portugal que sempre apoiara esta proposta da AGLP integrar a CPLP com o estatuto de observador fora vetada no último momento por Portugal. A AICL em concertação com o MIL Movimento Internacional Lusófono de que faz parte tomou algumas medidas sendo a mais visível a da Petição ao Ministro dos Estrangeiros de Portugal Dr Paulo Portas:Preâmbulo:Temos apreciado a importância que tem dado às relações com os restantes países lusófonos, numa aparente reorientação estratégica de Portugal que o MIL sempre defendeu, dado o seu Horizonte ser, precisamente, o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço da lusofonia – no plano cultural, mas também social, económico e político.Esta carta prende-se, tão-só, com a posição de Portugal relativamente à Galiza, a nosso ver uma dessas regiões integrantes do espaço lusófono – daí a nossa reiterada defesa da sua especificidade linguística e cultural. Com efeito, no Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, na sua XVI reunião, realizada em Luanda no passado dia 22 de Julho, soubemos que Portugal foi o único país a não apoiar a concessão da categoria de Observador Consultivo à Fundação Academia Galega da Língua Portuguesa, entidade que, como sabe, tem já um histórico muito apreciável, tendo sido por isso reconhecida para nossa Academia das Ciências, sendo ainda membro do Conselho das Academias de Língua Portuguesa.Petição:Ainda mais recentemente, também soubemos que o novo Governo Português tem expressado as suas dúvidas sobre a presença de observadores da Galiza no Instituto Internacional de Língua Portuguesa, assim como pela inclusão do seu Léxico no Vocabulário Ortográfico Comum que está a ser preparado por essa instituição, quando é sabido que uma Delegação de Observadores da Galiza participou nesse processo desde o princípio.Face a isto, perguntamos apenas até que ponto houve uma inflexão da posição do Estado Português relativamente à Galiza, já que, desde que foi apresentada a candidatura da Fundação Academia Galega da Língua Portuguesa, Portugal sempre deu o seu apoio expresso a essa candidatura nos diversos órgãos da CPLP. Muito cordialmenteMIL: Movimento Internacional Lusófono www.movimentolusofono.org****3. AICL REPUDIA EXCLUSÃO DA AGLPNa ilha de Santa Maria, em Vila do Porto entre 30 de setembro e 5 de outubro, o XVI Colóquio da Lusofonia aprovou uma declaração de repúdio pela atitude de PORTUGAL OLVIDANDO SÉCULOS DE HISTÓRIA COMUM DA LÍNGUA, AO EXCLUIR A GALIZA – REPRESENTADA PELA AGLP – DO SEIO DAS COMUNIDADES DE FALA LUSÓFONA.A GALIZA ESTEVE SEMPRE REPRESENTADA DESDE 1986 EM TODAS AS REUNIÕES RELATIVAS AO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO E O SEU LÉXICO ESTÁ JÁ INTEGRADO EM VÁRIOS DICIONÁRIOS E CORRETORES ORTOGRÁFICOS.A SUA EXCLUSÃO À ÚLTIMA HORA DO SEIO DA CPLP REPRESENTA UM GRAVE ERRO HISTÓRICO, POLÍTICO E LINGUÍSTICO QUE URGE CORRIGIR URGENTEMENTE.A AICL entende que não faz sentido aceitar como observadores países sem afinidades diretas ou indiretas à Lusofonia, a Portugal e sua língua e deixar de fora a região onde nasceu a língua portuguesa há mais de dez séculos.É um crime de lesa língua de todos nós.A Língua que se fala na Galiza é uma variante do Português como a do Brasil, Angola, Moçambique e tantas outras, com a peculiaridade de ter sido o berço da mesma língua comum, e jamais houve exclusão por parte da CPLP das regiões lusofalantes do mundo.Trata-se de uma medida obviamente ditada por preconceitos políticos e contra a qual a AICL se manifesta veementemente não só apoiando a subscrição da Petição como encorajando todos os seus associados e participantes nas suas iniciativas a protestarem publicamente contra esta injustiça feita à língua portuguesa e à AGLP.Iremos manifestar o nosso desacordo de todas as formas possíveis e ao nosso alcance até ver reposta a equidade da proposta de admissão da Galiza através da AGLP no seio da CPLP.ass. Chrys Chrystello, Presidente da Direção da AICLVILA DO PORTO, 5 DE OUTUBRO 2011J. CHRYS CHRYSTELLO, Presidente da Direção,COLÓQUIOS DA LUSOFONIA (AICL, Associação [Internacional] Colóquios da Lusofonia) – NIPC 509663133