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  • poema – ao Luiz Fagundes Duarte

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    http://folhinhapoetica.blogspot.com.br/2013/05/25mai13-chrys-chrystello.html

     

    POEMA AO LUIZ FAGUNDES DUARTE HOJE NA Folhinha

    557. (ao luiz fagundes Duarte), açores 16 ago 2012

    estar numa ilha é um modo de vida

    por vezes sinto-a prisão sem grades

    rodeado de mar, céu e vacas

    aves e peixes que não me falam

    pessoas com passados heroicos

    gestas de povo sofrido e resignado

    de basalto e pedra-pomes também

    gente que veio no mar e a ele se condenou

    em terra e nas ondas dos baleeiros

    quando a terra não tremia

    e os vulcões estavam silentes

    mares de mil e uma cores

    do azul ao negro e ao vermelho do sangue

    cheio de monstros e poucas sereias

    gente que veio com sonhos e fomes

    sofreu a escravatura infame dos senhores

    feudalismos tardios e encobertos

    a coberto do manto da igreja

    em troco de promessas etéreas

    suor, lágrimas e sacrifícios

    povo que dominou fajãs

    gente que criou maroiços

    construiu ambições e voou

    para outros países sem deixar este

    à roda do qual o mundo gira

    e regressam sempre e sempre

    superando os que ficaram

    e construíram estas nove ilhas

    do enorme orgulho pátria

    ser açoriano é ser único

    em nove identidades afins

    não sei descrever os sons

    os cheiros, as cores, os paladares

    todos iguais, todos diferentes

    todos açorianos

    aceito este destino estrangeiro

    moldo-me e adapto-me

    ao clima e ao ritmo

    a esta velocidade lenta

    de início de mundo

    a este fatalismo ingente

    a estas devoções salvadoras

    às promessas com que se enganam

    romagens de comprar perdões

    folclores e tradições recriadas

    alheios ao que roda lá fora

    toleram a autonomia que não têm

    e no meio destas gentes

    surgem escritores, poetas, autores

    neles me encontro e observo

    imagem refratada doutro espelho

    o lado de lá do eu

    até quando?

  • inédito joana félix O BALEEIRO (Para Lourenço da Silva)

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    • Image may contain: coffee cup and drink
    • O BALEEIRO
      (Para Lourenço da Silva)

      Naquele largo que diziam
      ser tão grande quanto o oceano,
      nasceu uma ilha azul.
      O vento emergiu do Norte,
      veio dos navios e das névoas
      e a lava esculpiu o Penedo Negro.
      A praga do oídio secou
      os figos e as uvas com cheiro a mar,
      repleto de flores brancas.
      Foi então que nasceu o baleeiro
      que veio com as gaivotas
      para ser capitão das nuvens
      no mar imenso que é o céu
      onde permanece
      erguido como o arpão.

      Joana Félix

      ____
    Joana Félix shared < Bellissime Immagini >‘s photo.
    BILHETEO teu sorriso
    é um poema e basta,Não precisa de palavras.Porém, se não existisseseria eu a inventá-lo.J.F.

    ___
    diz chrys:
    o teu poema
    é um sorriso
    e basta
    tu também não precisas de palavras e se não existisses não seria eu a inventar-te pois não tenho dons de perfeição, agradece aos teus pais a sorte que nós temos em ter-te hoje aqui
    gosto de ti, da tua poesia, das verdades que ainda não conseguiste escrever, das prisões que manténs encarceradas na tua alma…tu também não precisas de palavras e se não existisses não seria eu a inventar-te pois não tenho dons de perfeição, agradece aos teus pais a sorte que nós temos em ter-te hoje aqui
    ********************************************
    MAIS UM POEMA DA JOANA
    A DANÇA DOS PEIXES

    Neste cais de pedra cinza
    olho o mar em silêncio.
    Deixados nos sonhos
    há peixes de prata
    que serpenteiam,
    parecem pássaros sem medo
    que não se casam.
    Agitam as barbatanas
    e cantam com frequência,
    deslizam no infinito
    em direção ao escuro.
    Desaparecem
    talvez para dormir…

    Joana Félix

    ''Your Worst enemy cannot harm you as much as your own unguarded thoughts. '' Buddha
  • estrelinha de Sta Maria (Açores)

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  • POESIA A 2 MÃOS COM JOANA FÉLIX

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                    QUIETUDE

    Já não tenho tempo
    para tristezas,
    fiz as contas
    e tenho a agenda
    cheia de sorrisos !

    Joana Félix

    QUIETUDE 2 para a joana félix

    Já não tenho agenda
    para contas,
    fiz as tristezas todas
    e tenho o tempo
    cheio de sorrisos !

  • rota dos corsários em santa maria

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    SANTA MARIA INAUGUROU A “ROTA DOS CORSÁRIOS”
    NB este é o desenvolvimento de várias ideias sobre roteiros do turismo surgidas e constantes das conclusões do 16º colóquio da lusofonia em outubro 2011 na vila do porto, sta maria…
    Trata-se de uma iniciativa histórico-cultural que junta Câmara Municipal de Vila do Porto e Associação Juvenil da Ilha de Santa Maria.
    O antropólogo Paulo Ramalho é o responsável pela investigação temática que coloca em painéis, e em zonas estratégicas da ilha uma história que cativa miudos e graúdos.
    Este percurso interpretativo começa no Forte de São Brás onde serão colocados dois painéis; o terceiro painel informativo vai residir junto ao edificio da Câmara Municipal de Vila do Porto; o quarto painel envolve os Anjos; a quinta estrutura do género será instalada no lugar das Covas, e termina este percurso interpretativo no Forte São João Batista, na Praia Formosa.
    A inauguração teve lugar ontem, dia 18 de Maio.

    NB este é o desenvolvimento de várias ideias sobre roteiros do turismo surgidas e constantes das conclusões do 16º colóquio da lusofonia em outubro 2011 na vila do porto, sta maria…
    -- 
    Chrys Chrystello, An Aussie in the Azores /Um Australiano nos Açores,
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    Rota dos Corsários
    • Rota dos Corsários
  • conto timorense As tres filhas mais lindas de Timor Leste! Mau Dick

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    Status Update
    By Carlos Batista

    Conto – As três filhas mais lindas de Timor Leste!

    Na terra do crocodilo havia um casal Bui Bere e Mau Bere que queriam formar família própria. Durante muitos anos tentaram sem contudo terem sucesso.
    Sofreram na pele a amargura pois os anos passavam-se e cada vez mais se tornava difícil desejo tão do seu peito.
    Um dia dois peritos regionais, o senhor How Hard e o senhor Ha Bibi decidiram dar uma mãozinha a Bui Bere e Mau Bere.
    Passados uns anos, a 20 de Maio, tiveram três filhas gémeas muito bonitas, a que deram o nome de Independência, Democracia e Liberdade.
    Independência, Democracia e Liberdade, hoje já crescidinhas, 12 anos frequentam a Escola Portuguesa de Díli, onde são alunas com distinção.
    Independência não se quer casar e o seu maior receio e de que o pai lhe arranje uma madrasta ou mesmo que a mãe decida por um padrasto.
    Democracia e Liberdade sonham em casarem-se um dia e terem muitos filhinhos.
    Democracia até já tem um pretendente o Respeito, um rapagão que não lhe tira os olhos de cima.
    Liberdade diz que também tem já alguém debaixo do olho, e o Direito um puto muito apreciado nestas paragens da saia.
    Bui Bere e Maubere não escondem o seu contentamento e amanha vão dar uma festança e já convidaram toda a família e amigos do estrangeiro para assistirem a mais um aniversário. De salientar o aspeto muito positivo de este ano terem sido convidados os familiares das petizes, pois que em anos anteriores têm apenas espreitado pelo buraco da fechadura.
    Esperemos que vivam felizes para sempre naquela terra onde o sol nascendo vê primeiro.

    Mau Dick
    (Poeta, escritor e contador de historias de Timor Leste na Austrália

  • s. miguel no início do séc xx

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    São Miguel, Açores – YouTube
    This video is essentially a travel in time to Saint Michael’s Azores at the beginning of the 20th
    www.youtube.com/watch?v=53uZFHNyPPw

     

  • recordando a minha austrália doutros tempos

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    veja um diaporama da austrália onde mato as saudades da terrinha…
    https://www.lusofonias.net/australasia/179-pedra-de-dighton/1156-australia-diaporama-chrys.html

  • poema a duas mãos de Joana Félix e Chrys

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    QUIETUDE

    Já não tenho tempo
    para tristezas,
    fiz as contas
    e tenho a agenda
    cheia de sorrisos !

    Joana Félix

    QUIETUDE 2 para a joana félix

    Já não tenho agenda
    para contas,
    fiz as tristezas todas
    e tenho o tempo
    cheio de sorrisos !

  • o papel dos galegos Angelo Cristóvão

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    O papel dos galegos na lusofonia como elo de ligação entre África, Portugal e o Brasil

    Ângelo Cristóvão, da Associação Galega da Língua Portuguesa, escreve para uma amiga galega.

    Sim, há gente à nossa espera, sempre estiveram mais ou menos à nossa espera, só que talvez os reintegracionistas não acertávamos com a apresentação e o discurso adequados. Também poderia dizer-se que todos os passos anteriores foram necessários. E deve assinalar-se como data significativa o 7 de abril de 2008. A partir desse dia há uma mudança importante na perceção da língua, especialmente em Portugal. Aquela Conferência Internacional sobre o Acordo Ortográfico foi uma espécie de parlamento da língua, em que falaram representantes mais ou menos autorizados de toda a geografia da língua, mesmo os galegos, convidados pela Assembleia da República. O Acordo Ortográfico cria o contexto, a oportunidade ou a escusa para a integração do português da Galiza. Isto já o tenho dito em muitos lugares. O maior valor do AO’90 não é a ortografia unificada, é a mudança de paradigma, algo que os velhos do restelo não conseguem perceber. O nosso acerto é vermos isto com antecedência, em 1986 e 1990. Vê-lo agora, depois de feito, já não tem tanto mérito.

    A AGLP é um grupo de pessoas que decidem assumir uma responsabilidade que ninguém lhes atribuiu. A legitimação está a produzir-se a posteriori, em função das ações, do resultado. Simplesmente fazemos o que nunca iriam fazer as “autoridades competentes”.

    O primeiro que insinuou publicamente (e depois disse claramente em reunião privada) o papel que os galegos podíamos ter na lusofonia, como elo de ligação privilegiado entre África, Portugal e o Brasil, foi João Craveirinha, sobrinho do conhecido escritor moçambicano, durante a sua presença em Santiago, na altura da sessão inaugural da AGLP (outubro de 2008). Ele dizia aproximadamente isso, que os galegos temos a vantagem de sermos um país pequeno (=não podemos ser ameaça para ninguém), onde nasceu a língua portuguesa (=pode atribuir-se-lhe a origem e legitimidade histórica da língua), que não tem passado colonialista (=isto facilita um diálogo fluído e em igualdade), que se situa na Europa (=associado a prestígio e margem de manobra), mas dependente politicamente da Espanha (= logo é percebido pelos africanos e facilita a empatia e a solidariedade). Tudo isto são chaves que nós, sócios da Pró e da Academia, guardamos e nunca devemos dizer em público. Percebermos os discursos não implica a necessidade de torná-los explícitos. Mais bem, sabê-lo, obriga-nos a mantermos a humildade que se nos pressupõe. O que nunca nos perdoariam é irmos com a “chulería” castelhana de “sabermos mais que ninguém”.

    Por outro lado acho que Portugal tem de fazer as contas com o seu passado. Ainda hoje resulta impensável para o governo português uma política de promoção do português em África, em termos normais. E ainda uma parte das classes dirigentes de Angola e Moçambique anda à procura de retaliação pelas feridas da guerra colonial, que acabou em 1974. Tenho observado isto ocasionalmente em declarações sobre a língua portuguesa. Para exemplo só uma anedota: Contaram-nos que houve uma reunião o ano passado, convocada pela CPLP em Lisboa, da que não se produziu notícia pública, em que a maior discussão e esforço foi dedicado à procura de perífrases (eufemismos) para contentarem a certo país africano, cujos representantes não aceitavam num texto comum a todos os países da CPLP a palavra “lusofonia”. Fique entre nós.

    Finalmente, o facto de a Galiza não ser um país soberano significa para mim que é preciso um esforço suplementar; que temos de abrir o caminho por que outros irão vindo depois; que a AGLP só pode ter sucesso trabalhando muito e fazendo tudo bem à primeira vez; que se falharmos ninguém nos dará uma segunda oportunidade; que não há garantia de que, finalmente, sejam outros os que tirem proveito do nosso esforço.

    Fico por aqui. Grande abraço.

    Ângelo Cristóvão