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  • TIMOR LESTE SOB FOGO 1999 (o filme)

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    Timor Leste Debaixo de Fogo
    https://www.youtube.com/watch?v=RBiBXGfS6K8

     

    Em 1999 a Indonésia aceitou a realização de um referendo sobre o futuro de Timor-Leste, uma antiga colónia portuguesa que tinha ocupado em 1975.
    https://www.youtube.com/watch?v=RBiBXGfS6K8
  • BALIBÓ, o filme (Timor)

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    este filme está também em

     

    BALIBÓ – THE MOVIE

    Em 1975, a pequena nação de Timor-Leste declarou a independência depois de 400 anos de domínio colonial português. Nove dias depois, a
  • fósseis Açores(aves) SÉRGIO ÁVILA

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    Sérgio Ávila uploaded a file.
    Para quem esteja interessado no artigo acerca das aves fósseis nos Açores, abaixo deixo o artigo.
  • INÉDITO DE MARIA JOÃO RUIVO 2013

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    Maria João Ruivo

    Junho 2012

    Quando passeio pela ilha e a vejo em toda a sua beleza pura, não posso deixar de me admirar por ainda me causar espanto, ao fim de tanto tempo. Penso que já foi tão fotografada que corre o risco de se estragar, como uma mulher bonita.
    Fomos para as bandas do Faial da Terra. Ali, entre o Mar e a encosta escarpada, vislumbrei o equilíbrio perfeito entre a Terra e o Mar. Vidas paradas… Suspensas…Terra fecunda que se oferece ao Homem numa eterna dádiva. Homens que vivem tão perto do Mar! Tão perto do Céu!
    Da Terra ao mar é um passo que condensa tudo: sonho e infinito; busca e incerteza.
    Uma luz mística surge ali, por detrás da escarpa, a criar ilusões e a envolver Terra e Mar em raios de fantasia.
    A Terra é a âncora, o porto de abrigo, o ancoradouro de sonhos. Dela vimos. A ela regressamos.
    O mar é a passagem.
    Então pensei que o que a Natureza tem de mais belo é a sua inconsciência. É ser fantástica, mágica e misteriosa sem se aperceber. É maravilhar-nos com a sua beleza, apenas porque está ali, para regalo dos olhos.
    Seguindo o curso da ribeira, subimos pela mata até à cascata do Salto do Prego. O caminho pedregoso não é fácil, principalmente porque vamos após uma noite de forte chuvada. A lama não facilita a vida aos caminheiros, mas lá vamos, sem querer dar o braço a torcer ao cansaço.
    Fecho os olhos e inspiro aquela mistura perfeita de frescura e de vida que brota da mata de criptomérias, conteiras e incenseiros. De repente lembro-me de que subi aqui a primeira vez há 17 anos, com a família toda, mais o Onésimo e a Leonor, que fazem parte da família. Trazia o Afonso na barriga.
    A partir de certa altura, em cada curva do caminho, julgamos já estar muito próximos, porque o barulho da cascata vai-se intensificando, brincando connosco ao esconde-esconde pelo meio das árvores. Subitamente, na pequena descida enlameada, olhamos à nossa esquerda e lá está ela, garbosa! Cascata feita de nuvens, rasgando a rocha num brotar constante. Num gesto abusivo de invasão, a água a medir forças com a Terra. A pureza da água no mito da origem brota do basalto negro e a ele regressa num ciclo de eterno retorno tão anterior a nós e que irá perdurar tão depois de nós…
    É frágil a vida. Mas esta água e esta rocha não.
    O Céu, que mal se vislumbra nesta luxúria de verdes, mantém-se imperturbável e sereno, pelo tanto que já viu.
    Água abençoada, vinda do alto! Imagem duplicada de beleza, emoldurada pela silhueta das árvores que velam em silêncio…

    Maria João Ruivo

    como é filha de Fernando Aires….quem sai aos seus…