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  • Morreu o violista Fernando Alvim (1935-2015)

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    de diálogos lusofonos se transcreve

     

    Em memória Morreu o violista Fernando Alvim (1935-2015)

    O violista, que acompanhou durante mais de 25 anos Carlos Paredes, tinha 80 anos.

    O músico Fernando Alvim durante mais de 50 anos ajudou a que outros brilhassem. No meio da música era, aliás, conhecido como “o sombra”, pelo facto de acompanhar discretamente grandes vultos da música portuguesa, com destaque para Carlos Paredes.

    Fernando Alvim foi convidado por Amália Rodrigues para gravar o tema “Formiga Bossa Nova”, de Alexandre O’Neil e Alain Oulman.
    O músico editou em 2011 um duplo CD “O fado e as canções do Alvim”, constituído exclusivamente por composições suas interpretadas, entre outros, por Camané, Ana Moura, Ricardo Ribeiro, Cristina Branco, Rui Veloso, Fafá de Belém, Vitorino e Carlos do Carmo.
    Fernando Alvim, entre outros, acompanhou e gravou com António Chaínho, Pedro Jóia e José Afonso.
    Em 2012 o músico recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores, que referiu na ocasião que era uma “forma de reconhecimento pelo trabalho de décadas ao serviço da dignificação da música portuguesa”.

    Na década de 1970, o seu Conjunto de Guitarras de Fernando Alvim registou dois EP e um álbum, mas só a edição de Os Fados e as Canções do Alvim, lançado em 2011, revelou a excelência da sua composição plasmada em 35 autorias. Um dos guitarristas chamado a participar no disco seria Ricardo Parreira, que em 2007 assinara a sua própria homenagem ao violista com o álbum Nas Veias de Uma Guitarra – Tributo a Fernando Alvim. Mais recentemente, em 2013, também a jornalista Margarida Mercês de Mello deixaria o registo da sua admiração pelo músico com a autoria do documentário para a RTP Azul Alvim.

    Fado Alvim (Dedicado a Fernando Alvim)

    Fado Alvim (Dedicado A Fernando Alvim)

    Carlos Paredes e Fernando Alvim

    Dança da Aldeia – Carlos Paredes

    Na Primavera de 2011 o mestre Fernando Alvim esteve no programa Viva a Música naquela que seria a sua derradeira passagem pelo Palco da Rádio.

    O seu disco Azul Alvim tinha sido editado havia pouco tempo e nele se reuniam composições suas cantadas por diferentes intérpretes.
    E assim lá estiveram Amélia Muge, Cristina Branco, Pedro Moutinho e Marco Rodrigues, entre outros.
    Momentos antes, discreto como sempre, mestre Alvim sugeriu a Armando Carvalhêda que falasse preferencialmente com os cantores, já que o que ele tinha para dizer estava na sua música.
    Era apenas uma parte da sua verdade, onde discrição, dignidade e talento conviviam em cada momento.

     

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    Enviado por: Margarida Castro <margaridadsc@yahoo.com>

  • a partilha de África há 130 anos

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    CONFERÊNCIA DE BERLIM: PARTILHA DE ÁFRICA FOI HÁ 130 ANOS

    Posted: 27 Feb 2015 08:37 AM PST

     

    Há 130 anos, em 1885, terminava na Alemanha um encontro de líderes europeus que ficou conhecido como Conferência de Berlim. O objetivo era dividir África e definir arbitrariamente fronteiras, que existem até hoje.

    Tinha cinco metros o mapa que dominou o encontro em Berlim, que teve lugar na Chancelaria do Reich. Mostrava o continente africano, com rios, lagos, nomes de alguns locais e muitas manchas brancas.

    Quando a Conferência de Berlim chegou ao fim, a 26 de fevereiro de 1885, depois de mais de três meses de discussões, ainda havia grandes extensões de África onde nenhum europeu tinha posto os pés.

    Representantes de 13 países da Europa, dos Estados Unidos da América e do Império Otomano deslocaram-se a Berlim a convite do chanceler alemão Otto von Bismarck para dividirem África entre si, “em conformidade com o direito internacional”. Os africanos não foram convidados para a reunião.

    À excepção da Etiópia e da Libéria, todos os Estados que hoje compõem África foram divididos entre as potências coloniais poucos anos após o encontro. Muitos historiadores, como Olyaemi Akinwumi, da Universidade Estatal de Nasarawa, na Nigéria, consideram que a Conferência de Berlim foi o fundamento de futuros conflitos internos em África.

    “A divisão de África foi feita sem qualquer consideração pela história da sociedade, sem ter em conta as estruturas políticas, sociais e económicas existentes.” Segundo Akinwumi, a Conferência de Berlim causou danos irreparáveis e alguns países sofrem até hoje com isso.

    Novas fronteiras

    Foram definidas novas fronteiras e muitas rotas de comércio desapareceram porque já não era permitido fazer negócios com pessoas fora da sua própria colónia.

    Em muitos países, como foi o caso dos Camarões, os europeus desconsideraram completamente as comunidades locais e as suas necessidades, lembra o investigador alemão Michael Pesek, da Universidade de Erfurt.

    “Os africanos aprenderam a viver com fronteiras que muitas vezes só existiam no papel. As fronteiras são importantes para a interpretação do panorama geopolítico de África, mas para as populações locais têm pouco significado”, defende.

    Na década de 1960, quando as colónias em África começaram a tornar-se independentes, os políticos africanos tiveram a oportunidade de rever os limites coloniais. No entanto, não o fizeram.

    “Em 1960, grande parte dos políticos africanos disse: se fizermos isso, então vamos abrir a caixa de Pandora”, explica Michael Pesek. “E provavelmente tinham razão. Se olharmos para todos os problemas que África teve nos últimos 80 anos, vemos que houve muitos conflitos internos, mas muito poucos entre Estados por causa de fronteiras.”

    Compensações pelo colonialismo

    Em 2010, no 125º aniversário da Conferência de Berlim, representantes de muitos países africanos em Berlim exigiram compensações para reparar os danos do colonialismo. A divisão arbitrária do continente africano entre as potências europeias foi um crime contra a humanidade, disseram em comunicado.

    Defendiam, por exemplo, o financiamento de monumentos em locais históricos, a devolução de terra e outros recursos roubados e a restituição de bens culturais.

    Mas, até hoje, nada disso foi feito. O historiador Michael Pesek não se mostra surpreendido. “Fala-se muito em compensações por causa do comércio de escravos e do Holocausto. Mas pouco se fala dos crimes cometidos pelas potências coloniais europeias durante os anos que passaram em África.”

    O investigador nigeriano Olyaemi Akinwumi também não acredita que algum dia haverá qualquer tipo de indemnização.

    Hilke Fischer / Madalena Sampaio – Deutsche Welle

    (mais…)

  • em memória de Luísa Dacosta

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    Vale muito a pena ler também um texto de Luísa Dacosta, na primeira pessoa, publicado na revista “Única”, de 25 de Junho de 2005, do qual respiguei a seguinte passagem:

    A nossa língua é espantosa. Acho que temos uma língua privilegiada. É uma língua que tem dois tempos. Um para o tempo que se gasta, que é o estar, e um tempo para a eternidade, que é o ser. É das poucas línguas no mundo que tem isso. Depois temos uma coisa espantosa, miraculosa, que é poder conjugar pessoalmente o verbo no infinito. O infinito é o verbo fora do espaço e do tempo. Penso que é a única língua do mundo que consegue meter o tu dentro do eu. Quando digo “eu amar-te-ei”, mete o “tu” e depois é que fecha o verbo. Temos essa possibilidade espantosa. A nossa língua é mitológica.

    (http://expresso.sapo.pt/o-adeus-a-luisa-dacosta-que-subiu-as-arvores-ate-aos-50-anos=f911111)

    ———- Mensagem encaminhada ———-
    De: Margarida Castro <>
    Data: 26 de fevereiro de 2015 02:01
    Assunto: Em memória de Luisa Dacosta (1927-2015)
    Para:

    Em memória de Luisa Dacosta (1927-2015)

    “Uma livraria tem o seu quê de religioso e se não é só para iniciados, é pelo menos para amadores, para gente sem pressas, que sabe encontrar tempo para percorrer lombadas, acariciá-las, abrir um ou outro livro, um ritual de comunhão.”
    Luísa Dacosta: Um olhar Naufragado – Diário II,  in: “Papel a Mais” (221)

    Nota biográfica

    Luísa Dacosta nasceu em 1927, em Vila Real de Trás-os-Montes. Formou-se na Faculdade de Letras de Lisboa, em Histórico-Filosóficas. Mas as suas “Universidades” foram as mulheres de A-Ver-O-Mar, que murcham aos trinta anos, vivem e morrem na resignação de ter filhos e de os perder, na rotina de um trabalho escravo, sem remuneração, espancadas como animais de carga (-Ele não me bate muito, só o preciso) e que, mesmo afeitas, num treino de gerações,às vezes não aguentam e se suicidam (oh! Senhora das Neves! E tu permites!) depois de um parto, quando o mundo recomeça num vagido de criança! Às mulheres de A-Ver-O-Mar “Deve” a língua ao rés do coloquial. Foi professora do ciclo preparatório e alguma coisa deve também aos alunos: o ter ficado do lado do sonho. Isso a tem motivado a escrever para crianças.

    Nota bibliográfica

    (http://paginas.fe.up.pt/porto-ol/aaf/fotobiografia.html)
    A autora está representada nas seguintes antologias:

    Daqui Houve Nome de Portugal, Eugénio de Andrade, 1969.
    De Que São Feitos os Sonhos, Areal Editores, 1985.
    Portugal: A Terra e o Homem, Fundação Calouste Gulbenkian, II Vol., 3ª série, 1981.

    Escreveu:

    Província
    Aspectos do Burguesismo Literário
    Notas de Leituras
    Vóvó Ana,Bisavó Filomena e Eu
    De Mãos Dadas Estrada Fora…I
    O Príncipe que Guardava Ovelhas
    O Valor Pedagógicao da Sessão de Leitura
    De Mãos Dadas Estrada Fora…II
    O Elefante Cor-de-Rosa
    Teatrinho do Romão
    A Menina Coração de Pássaro
    De Mãos Dadas Estrada Fora…III
    A-Ver-O–Mar
    Nos Jardins do Mar
    Prefácio a Raul Brandão
    Corpo Recusado
    A Batalha de Aljubarrota
    História com Recadinho
    Os Magos Que Não Chegaram a Belém
    Morrer a Ocidente
    Sonhos Na Palma da Mão
    Na Água do Tempo
    Lá Vai Uma… Lá Vão Duas…

    Obras(http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADsa_Dacosta)

    • 1955– Província (ed. Minerva, 2a ed. Figueirinhas, 1984) desenhos de Carlos Botelho
    • 1959– Aspectos do Burguesismo Literário
    • 1960– Notas de Crítica Literária (ed. Divulgação)
    • 1969– Vóvó Ana,Bisavó Filomena e Eu (ed. Portugália; 2a ed. Figueirinhas, 1983, com um desenho de José Rodrigues)
    • 1974– O Valor Pedagógico da Sessão de Leitura (ed. Asa)
    • 1980– A-Ver-O-Mar (ed. Figueirinhas, desenho de Armando Alves; 2a ed. Asa, 2005, com desenhos de Armando Alves)
    • 1981– Nos Jardins do Mar (ed. Figueirinhas) desenhos de Jorge Pinheiro
    • 1985– Prefácio a Raul Brandão
    • 1985– Corpo Recusado (ed. Figueirinhas) desenho de José Rodrigues
    • 1986– A Batalha de Aljubarrota
    • 1989– Os Magos Que Não Chegaram a Belém (ed. Cooperativa Árvore]] desenhos de Maria Mendes
    • 1990– Morrer a Ocidente (ed. Figueirinhas, com desenho de Armando Alves; 2a ed. Asa, 2005, com desenhos de Jorge Pinheiro)
    • 1992– Na Água do Tempo – Diário (ed. Quimera; 2a ed. Asa, 2005) hors-texte de Maria Mendes
    • 1992– Aleluia, na Manhã
    • 1998– À Sombra do Mar (ed. Expo98)
    • 2000– O Planeta Desconhecido e Romance Da Que Fui Antes de Mim (ed. Quimera) desenhos de Jorge Pinheiro
    • 2005– Sargaços
    • 2008– Um olhar naufragado- Diário 2 (ed. Asa) hors-texte de Tiago Manuel
    • 2008– A Maresia e o Sargaço dos Dias (ed. Asa) desenho de Margarida Santos

    Livros Infantis

    • 1970– De Mãos Dadas Estrada Fora (ed. Figueirinhas) desenho de Jorge Pinheiro
    • 1971– O Príncipe que Guardava Ovelhas (ed. Figueirinhas)
    • 1974– O Elefante Cor-de-Rosa (ed. Figueirinhas)
    • 1977– Teatrinho do Romão (ed. Figueirinhas)
    • 1979– A Menina Coração de Pássaro (ed. Figueirinhas)
  • urbano bettencourt, a escrita e a história

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  • Os manezinhos da ilha Mª Eduarda Fagundes

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    Os manezinhos da ilha

     

     

     

    Foto: Santo Antonio de Lisboa ( Florianópolis). Arquivo pessoal da autora

     

     

    Uns dos primeiros colonos europeus a deitar raízes e marcar terreno no solo deste imenso país foram os açorianos. A principio individual e esparsamente, e mais tarde em levas migratórias colonizadoras, planeadas pelo reino, que se espalharam desde o norte (Maranhão, Amazonas) ao sul do país, mais notadamente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a presença açoriana foi mais numerosa e evidente.

     

    O colonos começaram a chegar a Santa Catarina a partir do ano de 1748. Eram grupos de casais e aparentados fugidos de desastres naturais ( em geral erupções vulcânicas) e da superpopulação que lhes traziam nas ilhas dos Açores crises de subsistência. As viagens e primeiras acomodações eram patrocinadas pelo Estado Português que precisava, por sua vez, ocupar o território e defender suas fronteiras americanas dos espanhóis. As promessas governamentais (D. João V) de lhes dar apoio financeiro, parcelas de terra, apetrechos agrícolas, umas poucas vacas e um asno, choupanas para abrigo e assistência no primeiro ano de Brasil, nem sempre foram cumpridas. Ao chegarem numa terra estranha, idealizada pelas quiméricas histórias de fartura e riqueza, de luxuriante beleza, mas ocupada por florestas cerradas e índios hostis, sem condições de habitação decente, seus ânimos, já abatidos pela crueza e insalubridade da viagem, arrefeciam. Ingênuos, rudes, crédulos, no entanto pressentiam que era uma viagem sem volta. Teriam pela frente uma nova epopéia, a da sobrevivência.

     

    Saíram dos Açores para Santa Catarina de 1748 a 1752 cerca de 6000 pessoas. Entre as viagens e as iniciais dificuldades na Terra, supõem-se que perto da metade tenha perecido. Esses primeiros colonos sobreviventes foram distribuídos no Desterro (antiga capital de Santa Catarina), Lagoa da Conceição, na enseada do Brito, São José e Laguna. Em Porto Alegre ( Porto de Dornelas) até 1752 estabeleceram-se 60 casais . Aí a terra foi favorável ao cultivo do trigo,feijão, milho, cevada, vinha, cânhamo,etc. Construíram moinhos e azenhas. Criaram gado, miscigenaram-se, formaram estâncias, fizeram-se tropeiros, abriram caminhos para outros lugares.

     

    Em Santa Catarina, a terra arenosa não favoreceu ao cultivo do trigo, aprenderam então com o índio a consumir a mandioca (mansa) no lugar desse cereal. Novas técnicas de artesanato, pesca e cultivo adquiriram. A vinha, o algodão, o linho tiveram algum sucesso apesar dos recrutamentos militares periódicos que desviavam os homens das atividades agrícolas. As lutas pela sobrevivência foram longas e intensas. Tiveram que se adaptar, superar dificuldades e deficiências, distâncias, faltas e doenças. Mesmo assim, quase esquecidos, colocaram em ação a tecnologia que trouxeram consigo. Construíram embarcações, engenhos e teares, abriram clareiras na mata, plantaram a vinha e os alimentos para subsistência. Levantaram casas, fabricaram louça, cestos e panos. Introduziram a renda de bilro, caçaram a onça que comia seu rebanho, tendo seus cães como fiéis companheiros ( daí a grande quantidade de cães que ainda vagueia pela ilha de Santa Catarina), e a baleia para produzir óleo usado nas construções e como combustível. Enfim, fundaram vilas, projetaram fronteiras, fizeram revoluções, quiseram até ser um outro país!

     

    Apesar do analfabetismo que nos primórdios medrava entre eles, passaram sua cultura, costumes e crenças , religiosidade, gastronomia e identidade para seus filhos. Apegados à família, ciumentos de suas mulheres, mesmo na pobreza e com as limitações que a terra e a política lhes impuseram, fizeram-se felizes e hospitaleiros.

     

    Os mais aventureiros partiram para o sudeste e centro-oeste onde o ouro e as pedras preciosas, atrativas, reluziam. Muitos sucumbiram nas picadas e nas contendas, pela vida e pela fortuna, em busca do El-dourado. Os bem sucedidos enriqueceram, transformaram-se em grandes fazendeiros, latifundiários, chamaram amigos e parentes, daqui e /ou de além-mar, e com aventureiros de outras plagas, fizeram no interior brasileiro uma nova casta de gente que por largo tempo dominou a política das terras sertanejas.

     

    Os que ficaram no Desterro agruparam-se, formaram famílias que se dispersaram em pequenos sítios e áreas. Isolados, agregados por natureza, as uniões entre essas famílias cada vez mais aparentadas deixavam a cada geração mais seqüelas. A consangüinidade determinava nascimentos de crianças com maior número de deficiências físicas e mentais.

    Mas os tempos rolaram, os séculos se sucederam, as contendas apaziguaram. Os caminhos melhoraram, por terra e por mar o espaço foi cada vez mais conhecido e pelo estrangeiro nacional (paulista, rio-grandense do sul e mineiro,…) e internacional visitado, (inglês, uruguaio, argentino,…). Santa Catarina viu os colonos imigrantes italianos, alemães, polacos, russos, chegarem e fazerem das suas terras focos de beleza e prosperidade.

     

    Hoje, os descendentes dos primeiros colonizadores açorianos, os manezinhos da ilha, podem ainda ser encontrados nas pequenas comunidades de Florianópolis e algumas regiões costeiras de Santa Catarina. Porém, essa pequena população de “nativos” já se encontra em vias de extinção pelas miscigenações genéticas e culturais atuais, e pela voraz expansão imobiliária que, apesar das leis ambientais, nem sempre respeitadas, vem desde 1960 assolando a capital do estado, expulsando o nativo de seu resguardado habitat, degradando impunemente a natureza e ocupando áreas que deveriam ser de preservação ambiental. Resultado da conhecida má política que só vê os ganhos pecuniários imediatos para um pequeno grupo de fortes proprietários, e que despreza o futuro de qualidade para o restante da comunidade ilhoa.

    Morros desbastados da sua natural cobertura verde, ocupados perigosamente por construções levantadas em áreas de risco, com a complacência irresponsável da autoridade pública, vias congestionadas por gente deseducada que joga lixo nas praias e estradas, poluindo o visual e o meio ambiente, violência urbana crescente, cada vez mais incontrolável, é o panorama que se vislumbra em Florianópolis atualmente. Urge que haja políticas inteligentes e políticos eficientes que promovam o desenvolvimento seguro e sustentável desse rico patrimônio da natureza. “Enquanto houver algum recanto paradisíaco guardado por um “manezinho” risonho e pescador, enquanto ainda sobrarem locais intocados pelo homem “civilizado” e” empreendedor” a Ilha de Santa Catarina merece ser apreciada.

     

    Maria Eduarda Fagundes

    Tupaciguara, 14/02/2015

     

     

     

  • poeta angolano JORGE ARRIMAR

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    Um belo programa sobre a poesia do poeta angolano JORGE ARRIMAR. Ver aqui:

    https://www.mixcloud.com/widget/iframe/…

    Listen to Hora da poesia 05/02/2015 by Rádiovizela
    MIXCLOUD.COM
  • Maior líder muçulmano da Arábia Saudita pede a destruição de todas as igrejas cristãs

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    Perseguição aos cristãos no Oriente Médio pode resultar em conflito global

    https://www.gospelprime.com.br/maior-lider-muculmano-da-arabia-saudita-pede-a-destruicao-de-todas-as-igrejas-cristas/

    Source: Maior líder muçulmano da Arábia Saudita pede a destruição de todas as igrejas cristãs