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  • frases idiomáticas

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    ERRO CRASSO

    Significado: Erro grosseiro.
    Origem: Na Roma antiga havia o Triunvirato: o poder dos generais era dividido por três pessoas. No Triunviratos, tínhamos: Caio Júlio, Pompeu e Crasso. Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as formações e técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um caminho estreito e de pouca visibilidade. Os partos, mesmo em menor número, conseguiram vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos primeiros a cair. Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos tratar-se de um “erro crasso”.

    LÁGRIMAS DE CROCODILO

    Significado: Choro fingido.
    Origem: O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu-da-boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.
    TER PARA OS ALFINETES

    Significado: Ter dinheiro para viver.
    Origem: Em outros tempos, os alfinetes eram objeto de adorno das mulheres e daí que, então, a frase significasse o dinheiro poupado para a sua compra porque os alfinetes eram um produto caro. Os anos passaram e eles tornaram-se utensílios, já não apenas de enfeite, mas utilitários e acessíveis. Todavia, a expressão chegou a ser acolhida em textos legais. Por exemplo, o Código Civil Português, aprovado por Carta de Lei de Julho de 1867, por D. Luís, dito da autoria do Visconde de Seabra, vigente em grande parte até ao Código Civil atual, incluía um artigo, o 1104, que dizia: «A mulher não pode privar o marido, por convenção antenupcial, da administração dos bens do casal; mas pode reservar para si o direito de receber, a título de alfinetes, uma parte do rendimento dos seus bens, e dispor dela livremente, contanto que não exceda a terça dos ditos rendimentos líquidos.»

     

    MEMÓRIA DE ELEFANTE

    Significado: Ter boa memória; recordar-se de tudo.
    Origem: O elefante fixa tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atrações do circo.

     

     

    DO TEMPO DA MARIA CACHUCHA

    Significado: Muito antigo.
    Origem: A cachucha era uma dança espanhola a três tempos, em que o dançarino, ao som das castanholas, começava a dança num movimento moderado, que ia acelerando, até terminar num vivo volteio. Esta dança teve uma certa voga em França, quando uma célebre dançarina, Fanny Elssler, a dançou na Ópera de Paris. Em Portugal, a popular cantiga Maria Cachucha (ao som da qual, no séc. XIX, era usual as pessoas do povo dançarem) era uma adaptação da cachucha espanhola, com uma letra bastante gracejadora, zombeteira.

    À GRANDE E À FRANCESA

    Significado: Viver com luxo e ostentação.
    Origem: Relativa aos modos luxuosos do general Jean Andoche Junot, auxiliar de Napoleão que chegou a Portugal na primeira invasão francesa, e dos seus acompanhantes, que se passeavam vestidos de gala pela capital.

     COISAS DO ARCO-DA-VELHA

    Significado: Coisas inacreditáveis, absurdas, espantosas, inverosímeis.
    Origem: A expressão tem origem no Antigo Testamento; arco-da-velha é o arco-íris, ou arco-celeste, e foi o sinal do pacto que Deus fez com Noé: “Estando o arco nas nuvens, Eu ao vê-lo recordar-Me-ei da aliança eterna concluída entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na Terra” (Génesis 9:16). Arco-da-velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à Lei Divina. Há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da existência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades “mágicas” do arco-íris – beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bere (beber).

    NÃO PODER COM UMA GATA PELO RABO

    Significado: Ser ou estar muito fraco; estar sem recursos.
    Origem: O feminino, neste caso, tem o objetivo de humilhar o impotente ou fraco a que se dirige a referência. Supõe-se que a gata é mais fraca, menos veloz e menos feroz em sua própria defesa do que o gato. Na realidade, não é fácil segurar uma gata pelo rabo, e não deveria ser tão humilhante a expressão como realmente é.

    DOSE PARA CAVALO

    Significado: Quantidade excessiva; demasiado.
    Origem: Dose para cavalo, dose para elefante ou dose para leão são algumas das variantes que circulam com o mesmo significado e atendem às preferências individuais dos falantes. Supõe-se que o cavalo, por ser forte; o elefante, por ser grande, e o leão, por ser valente, necessitam de doses exageradas de remédio para que este possa produzir o efeito desejado. Com a ampliação do sentido, dose para cavalo e suas variantes é o exagero na ampliação de qualquer coisa desagradável, ou mesmo aquelas que só se tornam desagradáveis com o exagero.

    JÁ A FORMIGA TEM CATARRO

    Significado: Diz-se a quem pretende ser mais do que é, sobretudo dirigido a crianças ou inexperientes.

    DAR UM LAMIRÉ

    Significado: Sinal para começar alguma coisa.
    Origem: Trata-se da forma aglutinada da expressão «lá, mi, ré», que designa o diapasão, instrumento usado na afinação de instrumentos ou vozes; a partir deste significado, a expressão foi-se fixando como palavra autónoma com significação própria, designando qualquer sinal que dê começo a uma atividade. Historicamente, a expressão «dar um lamiré» está, portanto, ligada à música (cf. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa). Nota: Escreve-se lamiré, com o r pronunciado como em caro.

     

    MAL E PORCAMENTE

    Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito.
    Origem: «Inicialmente, a expressão era “mal e parcamente”. Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e ineficientemente, com parcos (poucos) recursos. Como parcamente não era palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se pretendia dizer. E ficou “mal e porcamente”, sob protesto suíno.» (1) In A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta, vol. 1 (Editora Campus, Rio de Janeiro)
    FAZER TIJOLO

    Significado: Morrer.
    Origem: Segundo se diz, existiu um velho cemitério mouro para as bandas das Olarias, Bombarda e Forno do Tijolo. O almacávar, isto é, o cemitério mourisco, alastrava-se numa grande extensão por toda a encosta, lavado de ar e coberto de arvoredo. Após o terramoto de 1755, começando a re-edificação da cidade, o barro era pouco para as construções e daí aproveitar-se todo o que aparecesse. O cemitério árabe foi tão amplamente explorado que, de mistura com a excelente terra argilosa, iam também as ossadas para fazer tijolo. Assim, é frequente ouvir-se a expressão popular em frases como esta: ‘Daqui a dez anos já eu estou a fazer tijolo ‘. In ‘Dicionário de Expressões Correntes’ ; Orlando Neves.

    FILA INDIANA

    Significado: enfiada de pessoas ou coisas dispostas uma após outra.
    Origem: Forma de caminhar dos índios da América que, deste modo, tapavam as pegadas dos que iam na frente.

     

     

     
    EMBANDEIRAR EM ARCO

    Significado: Manifestação efusiva de alegria.
    Origem: Na Marinha, em dias de gala ou simplesmente festivos, os navios embandeiram em arco, isto é, içam pelas adriças ou cabos (vergueiros) de embandeiramento galhardetes, bandeiras e cometas quase até ao topo dos mastros, indo um dos seus extremos para a proa e outro para a popa. Assim são assinalados esses dias de regozijo ou se saúdam outros barcos que se manifestam da mesma forma.

    CAIR DA TRIPEÇA

    Significado: Qualquer coisa que, dada a sua velhice, se desconjunta facilmente.
    Origem: A tripeça é um banco de madeira de três pés, muito usado na província, sobretudo junto às lareiras. Uma pessoa de avançada idade aí sentada, com o calor do fogo, facilmente adormece e tomba.

     

    TER OUVIDOS DE TÍSICO
    Significado: Ouvir muito bem.
    Origem: Antes da II Guerra Mundial (l939 a l945), muitos jovens sofriam de uma doença denominada tísica, que corresponde à tuberculose. A forma mais mortífera era a tuberculose pulmonar. Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi possível combater esta doença com muito maior êxito. As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade auditiva. A expressão «ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ouvir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».

     

    FAZER TÁBUA RASA

    Significado: Esquecer completamente um assunto para recomeçar em novas bases.
    Origem: A tabula rasa, no latim, correspondia a uma tabuinha de cera onde nada estava escrito. A expressão foi tirada, pelos empiristas, de Aristóteles, para assim chamarem ao estado do espírito que, antes de qualquer experiência, estaria, em sua opinião, completamente vazio. Também John Locke (1632-1704), pensador inglês, em oposição a Leibniz e Descartes, partidários do inatismo, afirmava que o homem não tem nem ideias nem princípios inatos, mas sim que os extrai da vida, da experiência. «No começo», dizia Locke, «a nossa alma é como uma tábua rasa, limpa de qualquer letra e sem ideia nenhuma  (Tabula rasa in qua nihil scriptum). Como adquire, então, as ideias? Muito simplesmente pela experiência.»

     

    AVE DE MAU AGOURO

    Significado: Diz-se de pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia desgraças.
    Origem: O conhecimento do futuro é uma das preocupações inerentes ao ser humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter esse conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Para se saberem os bons ou maus auspícios (avis spicium) consultavam-se as aves. No tempo dos áugures Romanos, a predição dos bons ou maus acontecimentos era feita através da leitura do seu voo, canto ou entranhas. Os pássaros que mais atentamente eram seguidos no seu voo, ouvidos nos seus cantos e aos quais se analisavam as vísceras eram a águia, o abutre, o milhafre, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura, popularmente, a conotação funesta com qualquer destas aves.

    QUE MASSADA*!

    Significado: Exclamação usada para referir uma tragédia ou contratempo.
    Origem: É uma alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto dos Zelotes, onde permaneceram anos a resistir às forças Romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio coletivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.

    VERDADE DE LA PALISSE

    Significado: Uma verdade de La Palisse (ou lapalissada / lapaliçada) é evidência tão grande, que se torna ridícula.
    Origem: O guerreiro francês Jacques de Chabannes, senhor de La Palisse (1470-1525), nada fez para denominar hoje um truísmo. Fama tão negativa e multissecular deve-se a um erro de interpretação. Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os soldados que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção com versos ingénuos: “O Senhor de La Palisse / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia.” O autor queria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, “momentos antes da sua morte”, ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, uma evidência. Segundo a enciclopédia Lello, alguns historiadores consideram esta versão apócrifa. Só no século XVIII se atribuiu a La Palisse um estribilho que lhe não dizia respeito. Portanto, fosse qual fosse o intuito dos versos, Jacques de Chabannes não teve culpa.

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    COMER MUITO QUEIJO

    Significado: Ser esquecido; ter má memória.
    Origem: A origem desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que, em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de laticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória. A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes “Nova Floresta”, relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são laticínios, carnes salgadas, frutas verdes, e vinho sem muita moderação: e também o demasiado uso do tabaco». Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos importantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo à memória ficou cristalizada na expressão fixa «comer (muito) queijo».

    ANDAR À TOA

    Significado: Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.
    Origem: Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está “à toa” é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar.

     

    GATOS-PINGADOS

    Significado: Tem sentido depreciativo usando-se para referir uma suposta inferioridade (numérica ou institucional), insignificância ou irrelevância.
    Origem: Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo a ferver em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão “gatos-pingados” passou a denominar pequena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer evento.

     

    METER UMA LANÇA EM ÁFRICA
    Significado: Conseguir realizar um empreendimento que se afigurava difícil; levar a cabo uma empresa difícil.
    Origem: Expressão vulgarizada pelos exploradores europeus, principalmente portugueses, devido às enormes dificuldades encontradas ao penetrar o continente africano. A resistência dos nativos causava aos estranhos e indesejáveis visitantes baixas humanas. Muitas vezes retrocediam face às dificuldades e ao perigo de serem dizimados pelo inimigo que eles mal conheciam e, pior de tudo, conheciam mal o seu terreno. Por isso, todos aqueles que se dispusessem a fazer parte das chamadas “expedições em África”, eram considerados destemidos e valorosos militares, dispostos a mostrar a sua coragem, a guerrear enfrentando o incerto, o inimigo desconhecido. Portanto, estavam dispostos a ” meter uma lança em África”.

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    QUEIMAR AS PESTANAS

    Significado: Estudar muito.
    Origem: Usa-se ainda esta expressão, apesar de o facto real que a originou já não ser de uso. Foi, inicialmente, uma frase ligada aos estudantes, querendo significar aqueles que estudavam muito. Antes do aparecimento da eletricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar azo a “queimar as pestanas

    ACORDO LEONINO

    Significado: Um «acordo leonino» é aquele em que um dos contratantes aceita condições desvantajosas em relação a outro contratante que fica em grande vantagem.
    Origem: «Acordo leonino» é, pois, uma expressão retórica sugerida nomeadamente pelas fábulas em que o leão se revela como todo-poderoso.

    PASSAR A MÃO PELA CABEÇA

    Significado: perdoar ou acobertar erro cometido por algum protegido.
    Origem: Costume judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronunciava a bênção.

    dicionario regionalismos DRA

  • recordando – OS “JAPONESES” DE SÃO MIGUEL

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    recordando – OS “JAPONESES” DE SÃO MIGUEL

    18 junho 2008 [Opinião] (mais…)

  • As diferenças entre açorianas e lisboetas…

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    As diferenças entre açorianas e lisboetas…

    Regional
    Manuel Moniz
    27/12/2005 12:12:12

    (mais…)

  • Algumas marcas de Galiza nos Açores e Brasil

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    Algumas marcas de Galiza nos Açores e Brasil

     

     

    Desde 1475 o arquipélago dos Açores recebeu povoadores vindos inicialmente de Portugal Continental que trouxeram consigo alguns escravos de África e depois, em menor quantidade, de Flandres, Galiza, Inglaterra, França e Estados Unidos.

     

    Naquela época em Castela ocorria uma disputa para a sucessão do trono entre D. Joana (a Beltraneja) e Isabel, irmã do rei Henrique IV de Castela. D. Joana, filha de Joana de Portugal e talvez do rei, era considerada ilegítima pelos nobres espanhóis, uma vez que Henrique IV era considerado impotente. Mas Portugal e Galiza apoiavam-na. Os partidários de Joana, perseguidos, abrigaram-se em Portugal. Quando a paz foi restabelecida esses refugiados tornaram-se incômodos ao reino português, que não sabendo o que fazer deles, resolveu encaminhá-los para as ilhas atlânticas recentemente descobertas e que precisavam ser povoadas.

     

    Nas ilhas açorianas do Faial e Pico instalaram-se as famílias galegas ABARCA, ANDRADE, GARCIA, ORTIZ, PORRAS, LEDESMA, TROJILLO. Quando apareceram as dificuldades de sobrevivência, trazidas pelos desastres naturais que acometiam o arquipélago de tempos em tempos, a emigração para o Brasil surgiu como a solução. E assim muitos dessas famílias se transferiram para o Brasil à procura de uma nova vida. Dizem que João Garcia Pereira deu origem aos “Garcia” faialenses e João Luís Garcia aos picoenses.

     

    A partir do século XVIII, consideráveis e repetidas levas de açorianos chegaram ao sul e sudeste do Brasil. Alguns se deslocaram para as regiões auríferas e de criação de gado, onde havia mais oportunidades de ganhar terras e riquezas. Destes oriundos dos Açores, de raízes galegas, a história relata um tal de Antônio Garcia Rosa, que emigrou para o Brasil em 1741 e que juntou forte cabedal em Minas Gerais, como vigário (Paróquia de Nossa Senhora da Glória). Voltou para os Açores rico. É conhecido também um imigrante João Garcia que chegou ao Rio de Janeiro em 1773, parece que se tornou fazendeiro. Outro faialense de nascimento foi Diogo Garcia. Este casou em terras brasileiras com uma das três irmãs, que de lá também vieram em 1723 e que eram conhecidas como as três ilhoas (Antónia da Graça, Júlia Maria da Caridade, Helena Maria de Jesus). Eram as três filhas de Manuel Gonçalves Correa e de Maria Nunes.

     

    Antônia da Graça veio já casada com Manuel Gonçalves da Fonseca e com duas filhas Catarina e Maria Tereza.

     

    Júlia Maria da Caridade casou-se em São João del Rei com o conterrâneo Diogo Garcia.

    Helena Maria de Jesus casou com o também açoriano, natural de Santa Maria, João Rezende da Costa.

     

    Essas três irmãs tiveram muitos filhos e deixaram larga descendência que se espalhou por Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Mato Grosso, dando origem a grande parte das famílias tradicionais desses estados brasileiros.

     

    Ref. Bibliográfica

    FAMILIAS FAIALENSES (Marcelino Lima)

    As três Ilhoas ( pesquisa dos genealogistas Marta Amato e José Guimarães)

    Maria Eduarda Fagundes

    Uberaba, 10/11/07

  • A PAIXÃO SEGUNDO JOÃO MATEUS NORBERTO ÁVILA

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    “Livro sintomático da multividência açoriana, A PAIXÃO SEGUNDO JOÃO MATEUS vale por essa experiência linguística que há muito se não via na produção literária açoriana, e vale, sobretudo, pela profunda humanidade das suas personagens. Eis um grande livro para quem o souber ler.” (Victor Rui Dores, em “A Tribuna Portuguesa”).

    Saiba mais sobre este romance no site: http://norberto-avila.eu/?page_id=370

    Norberto Ávila's photo.
  • Graben da Rib.Grande — vistas de balão

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    IMG_7189 IMG_7190 IMG_7191 IMG_7192…..

    ———- Forwarded message ———-
    From: Luna Forjaz <tintinforjaz@gmail.com>
    Date: 2015-07-05 13:33 GMT+00:00…………………………………Sr Pedro Melo —
  • expressões idiomáticas utilizadas com regularidade pelos portugueses

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    “Isac Nunes
    Sent: Saturday, July 4, 2015 12:17 AM
    Subject: [dialogos_lusofonos] Expressões há muitas. Este livro reuniu-as e explicou-as
    Andreia Vale recolheu a origem de 271 expressões idiomáticas utilizadas com regularidade pelos portugueses como estas abaixo
    Autor: Milton Cappelletti
    Se sempre teve curiosidade em conhecer porque é que “A Maria que vai com as outras”, este livro é “Ouro sobre azul” para si. Andreia Vale sabia que, para que a sua existência tivesse significado, teria de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Começou pelo meio, seguiu para o último objetivo e talvez passe para a botânica em breve. Mas entretanto publicou o “Puxar a Brasa à Nossa Sardinha”.
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    “Puxar a Brasa à Nossa Sardinha” foi escrito por Andreia Vale e publicado pela editora Manuscrito. A ilustração da capa é da autoria de Sofia Ramos.
    Publicado pela editora Manuscrito, a jornalista do Correio da Manhã TV explica a origem de 271 expressões idiomáticas que a História e os estrangeiros puseram na boca dos portugueses. O livro pode ser adquirido a partir de 3 de julho por 13,99€: “É trigo limpo farinha Amparo”.
    Selecionámos oito das mais de 200 expressões idiomáticas utilizadas pelos portugueses à grande e à francesa selecionados pela autora. Ora leia que “Nunca é tarde para aprender”:
    Nem disse água vai nem água vem.
    É uma das expressões que entrou na boca dos portugueses depois do terramoto de 1755, explica Andreia Vale. Quando Sebastião José de Carvalho e Melo – o Marquês de Pombal – ficou responsável pela reconstrução da capital após o abalo, decidiu que ia implementar um sistema de esgotos.
    Na altura foi uma revolução… e uma esperança na higiene da cidade. É que até aquele momento, a água suja de casa (sim, essa que inclui até mesmo as da casa de banho) eram atiradas pela janela para a rua. Diziam as empregadas “Água vai!” e toda a gente sabia que o melhor era sair das proximidades.
    A expressão “Nem disse água vai, nem água vem” surgia sempre que alguém fazia algum desses despejos sem avisar. E ficou para exemplificar exatamente a ideia de que alguém não fez o devido alerta ou aviso do que devia.
    Há mar e mar, há ir e voltar.
    Há frases que todos usamos que nasceram da publicidade. Alguns dos anúncios têm que se lhe diga, pois foram criados por grandes poetas. Basta lembrar o “Primeiro estranha-se, depois entranha-se” que Fernando Pessoa criou para a Coca-Cola quando estava ao serviço da agência Hora nos finais dos anos 20.
    Já o “Há mar e mar, há ir e voltar”, segundo Andreia Vale, foi criada por Alexandre O’Neill, um dos autores que mais expressões criou para o mundo publicitário, nos anos 60. O Instituto de Socorros a Náufragos estava preocupado com os afogamentos nas praias e decidiu lançar uma campanha de segurança. O poeta português ajudou e lançou esta frase, que agora é usada como alerta para diversas situações.
    Mas a primeira ideia do poeta era outra, marcada pelo seu humor negro: “Passe um verão desafogado”, propôs ele, mas não foi aceite. Nem desta vez, nem com a proposta que mandou à marca de colchões LusoSpuma: “Com colchões LusoSpuma você dá duas que parecem uma”. E como não há duas sem três, a ironia de Alexandre O’Neill, que quase pôs em causa o seu trabalho no Jornal de Letras, ficou bem patente no slogan para o Metropolitano de Lisboa: “Vá de metro, Satanás”. Um criativo, como se vê.
    Deixámos isso em banho-maria.
    A expressão que usamos quando deixamos em suspenso ou adiamos um determinado assunto, cuja resolução ainda pode demorar a concretizar-se. Mas a verdade é que “deixar algo em banho-maria” remonta ao tempo da panelas de cobre e das velhas colheres de pau.
    Durante o banho-maria, cozinham-se os alimentos dentro de um recipiente colocado num outro cheio de água quente. O método saiu dos laboratórios químicos que produziam produtos para as farmacêuticas ou criavam cosméticos, processos extremamente lentos.
    Mas quem era Maria? Diz-se que era uma judia alquimista de Alexandria. Viveu trezentos anos antes do nascimento de Jesus de Nazaré e é a ela que se atribui a descoberta do “aquecimento lento e gradual através da água como alternativa à manipulação das substâncias diretamente no fogo”, escreve Andreia Vale no livro sobre expressões do dia a dia.
    Mas Marias há muitas que utilizaram – e utilizam ainda hoje – esta técnica.
    Quebrar o gelo.
    Fazer algo que quebre o gelo é sempre boa ideia numa “situação de impasse”, garante Andreia Vale, porque serve para “criar empatia” ou terminar com um silêncio tenso.
    A expressão está relacionada com os barcos que são utilizados para abrir caminho por entre o gelo polar, uma operação que custa 24 mil euros. O maior barco para esse fim é o NS 50 Let Pobedy, um navio russo movido a energia nuclear.
    É preciso um grande jogo de cintura.
    É preciso tê-lo em situações delicadas ou mais árduas. E onde é que pode haver confrontos mais complicados do que no pugilismo? Andreia Vale explica que “jogo de cintura” é o que todos os atletas desta modalidade precisam de ter para sobreviver no ringue.
    A parte de baixo do corpo é importante para o movimento, enquanto a parte de cima é essencial para escapar às investidas do adversário. A cintura tem de ter reflexos rápidos para evitar acidentes.
    Voltando à vaca fria…
    A raiz desta expressão parece estar no teatro francês. “A Farsa do Advogado Pathelin” é uma peça da Idade Média de autor desconhecido. É uma crítica satírica dos comerciantes e dos homens da lei, que faziam parte da alta sociedade em França naquela época.
    Pathelin é um advogado mentiroso que burla um comerciante chamado Guillaume Joceaulme. Entre uma fala e outra, descobre-se que um pastor roubou vacas a Guillaume. Mas quando vê que afinal é Pathelin que tem os animais, o comerciante acaba por misturar os dois assuntos – isto é, o roubo e a burla. Quando se quer concentrar no desaparecimentos dos animais, diz: “Voltemos às nossas vacas”.
    Outra teoria leva-nos de novo para a cozinha. No século XV, havia o hábito de comer bifes de vaca grelhados ao jantar. À ceia comia-se de novo bife, mas dessa vez devia estar frio.
    Isto não é a casa da Joana.
    Estar à vontade não é estar “à vontadinha”, já diz o bom português. E há pessoas que não entendem onde está o limite quando se relacionam com alguém.
    Joana foi uma mulher do século XIV, condessa da Provença e rainha de Nápoles. Em 1347, Joana tinha 21 anos e decidiu impor regras aos bordéis de Avignon, para onde fugiu quando se tornou suspeita da morte do marido ou – porque a história tem duas versões, alerta o livro – foi expulsa da igreja devido à vida boémia que levava.
    A regra da Joana: todos os estabelecimentos de prostituição tinham de ter uma porta (fechada) para bater antes de entrar.
    Sangue, suor e lágrimas.
    Como muitas outras, “sangue, suor e lágrimas” vem de uma declaração de guerra.
    A 13 de maio de 1940, Winston Churchill fez a primeira declaração enquanto primeiro-ministro. Estava-se a viver a II Guerra Mundial e o político mostrou uma vez mais a capacidade para fazer discursos marcantes. Em plena Câmara dos Comuns, afirmou: “Não tenho nada a oferecer além de sangue, suor ou lágrimas”. A frase ficou para a história.
    No entanto, a expressão seria do general italiano Giuseppe Garibaldi, que a proferira em 1849 e que voltou a ser usada por Georges Clemenceau, primeiro-ministro francês, em 1917. Ambos eram políticos de referência para Churchill.
    [Ilustração do autor – fonte: www.observador.pt]

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