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mais sobre a terríverl contaminação de solos na Terceira

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Partilha-se artigo do jornal Diário Insular com o título: “Site 2009, considerado extremamente perigoso, tapado com asfalto: Desconhecido paradeirondas terras contaminadas”.

É mais um local dito descontaminado.
O que é que diz a Lei dos EUA? O que consta da imagem.

Dsconhece-se, neste momento, o paradeiro das terras contaminadas da Base das Lajes. O alerta é do investigador Félix Rodrigues, que se pronuncia sobre o relatório de acompanhamento, produzido pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), aos trabalhos nos locais alegadamente já descontaminados na infraestrutura militar. É o caso do “site” 2009, considerado um dos mais preocupantes pelos norte-americanos.
“É estranho. Este é um local que os EUA consideravam extremamente perigoso e o próprio LNEC entendia que deveria ser interditado, por conter materiais muito preocupantes, como o PCB (bifenilospoliclorados), cancerígeno e altamente tóxico. Por outro lado, é um dos locais onde há contaminação cruzada, isto é, foram lá identificados, também, pesticidas – e não me venham dizer que a culpa é dos lavradores da ilha Terceira, que foram lá despejá-los”, atenta.
Ora, segundo o especialista em poluição, no “site” 2009 – também conhecido por “Transformer Yard”, onde durante mais de 35 anos foram armazenados e drenados transformadores – as terras contaminadas alcançavam uma profundidade de três metros. Isso significa, entende, que a ter havido alguma descontaminação, ela implicaria a remoção de um “volume enorme” de solos.
“Coloca-se aqui o mesmo problema que se colocava no ‘site’ 2008: o que foi feito aos solos, que destino lhes foi dado? Foi feita a incineração? Quando se retira terra de algum lado, ela tem de ir para outro lado qualquer e os EUA não a importaram, de certeza. Aliás, também é preciso que se diga que quando há uma contaminação desta natureza, é preciso fazer um trabalho de biorremediação. Não consta que isso tenha sido feito”, afirmou.
Os relatórios norte-americanos sobre a contaminação resultante da ação militar na Base das Lajes indicavam, no “Transformer Yard”, a existência de cerca de 12 mil miligramas de hidrocarbonetos totais de petróleo (HTP) por cada quilo de solo. Segundo Félix Rodrigues, sem as devidas ações de descontaminação (remoção e incineração de solos e biorremediação), não pode dizer-se que os contaminantes não possam passar, efetivamente, para os aquíferos e, assim, causar perigo à população.
“O LNEC não se preocupa em saber se a descontaminação foi feita como mandam as regras. É necessário, é obrigatório, saber para onde foram estas terras. Estes contaminantes, o PCB, são responsáveis por problemas oculares graves, por cancros do fígado, por deformações dos fetos”, sublinha.

SEM RECOMENDAÇÕES
No relatório de acompanhamento das alegadas ações de descontaminação, o LNEC refere que, no local, “terá sido realizada a remoção dos solos superficiais e cobertura com cascalho ou com asfalto, para além da construção de um novo edifício e um contentor em betão”.
O organismo lembra, ainda, que em 2010, os resultados dos ensaios de caracterização indicavam a contaminação dos solos superficiais com níquel, HTP e PCB, para além de pesticidas e de concentrações de compostos orgânicos voláteis elevadas, “mas ainda assim abaixo dos limites dos Níveis Aceitáveis para a Saúde Humana na Califórnia para áreas industriais, em dois locais”.
O LNEC refere, a propósito, que embora a análise de risco efetuada não tenha revelado “necessidade de precauções especiais”, foi recomendado que o terreno fosse selado com asfalto ou com betão.
Em 2018, no decurso da pavimentação do local, avança, foram contratadas novas análises de metais pesados e hidrocarbonetos. A síntese de resultados, refere o LNEC, demonstrou que a contaminação era inferior “aos limites estabelecidos na Holanda e na Califórnia”.
“Na visita efetuada em outubro de 2018 verificou-se que a pavimentação da área com asfalto já estava concluída e que o revestimento se encontrava em bom estado. Assim, tendo em atenção a sua presente utilização, não se apresentam recomendações adicionais em relação a este local”, pode ler-se no documento.
As ações em causa são questionadas por Félix Rodrigues, que diz que a contaminação no “site” 2009 não se resolve facilmente. Neste sentido, aliás, a leitura do Laboratório Nacional de Engenharia Civil também merece críticas por parte do especialista em poluição.
“O LNEC não faz qualquer análise – limita-se a fazer observações qualitativas e até, eventualmente, a emitir as opiniões de alguém que visitou o local”, concluiu.
Recorde-se que o relatório em causa, produzido a pedido do Ministério da Defesa, foi apresentado na última reunião da Comissão Bilateral entre Portugal e os EUA, a 40ª, que ocorreu em dezembro.

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Comments
  • Orlando Lima Note-se que os PCB´s assumem particular perigosidade não só pelo fato da sua toxicidade e características cancerígenas mas também pelo fato de sendo mutantes, terem a particularidade de provocar alterações genéticas, transmitidas de geração em geração. Para além de este composto ter sido fornecido em tempo pelos norte-americanos e trabalhadores dessa instituição a pacientes portugueses para o tratamento de alegadas patologias reumáticas, a sua presença no solo representou um risco significativo para os trabalhadores, algo que nunca foi avaliado nem tão pouco considerado. Por outro lado a estratégia de ocultação da contaminação por pavimentação, para além de não solucionar problemas de contaminação potenciais, relega para gerações vindouras o risco de contaminação futura em virtude de alteração do uso do solo que obviamente não permanecerá ade-eterno na condição actual. Esta última não é novidade, recorde-se o fiasco perpetrado pela Universidade dos Açores relativamente ao aterro de aditivo de chumbo no Pico Celeiro, que embora conhecido, não teve o tratamento adequado, com consequências potencialmente calamitosas para as populações vizinhas, intervenientes e suas famílias, e ainda receptadores desconhecidos.
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o abandono de património histórico nos Açores

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História dos Açores. Esta casa é uma das casas mais antigas de Lagoa Açores, que sempre morou gente nobre. O 1º Rui Gonçalves da Câmara, que tinha muitas terras, ( Terras de dentro ) e também assento nesta casa, Vila de Lagoa. Viveu na então Vila Franca do Campo, foi ele que comprou a João Soares de Albergaria ( Sobrinho de Gonçalo Velho ) a Capitania de São Miguel Açores. Depois da morte em 1534, foi um filho de nome de Vasco o herdeiro de Terras de dentro. Anos mais tarde, foi de um Diogo Afonso Cogumbreiro. Passou para a família João Guilherme da Câmara Fisher. A viúva Dona Engrácia de Fisher, por vontade de seu marido mandou construir a Ermida de Nossa Senhora das Mercedes, ( NAS terras de dentro ) no dia 10 de Julho de 1893 foi inaugurada com pompa e circunstância, sendo a 1ª missa registada no livro dos ofícios da ouvidoria , a 1ª pedra foi benzida pelo padre João Maria Vaz Pacheco. Anos depois viveu nesta casa o Morgado Clímaco Raposo, que casou com a Dona. Engrácia Fisher. O padre João José Tavares, que descreve a maior parte desta história, diz poucos anos antes da sua morte, em 1933, que a casa é de herdeiros de Drº João Luís de Botelho da Câmara.

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o 31º colóquio na Revista de Belmonte

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Envio o link de ” Belmonte Cultura” a página 27.

https://cm-belmonte.pt/flipbook/belmonte-cultura-fevereiro-marco-abril-2019/?fbclid=IwAR1jNiDt867KjV8dAwODsYcJzYWWnMOXEgTjHomP8BafY82rUGIabDaxLNs

TURISMO, ESTACIONAMENTO, SHUTTLE, LIXO, RATAZANAS E CORTESIA

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1. CRÓNICA 180 TURISMO, ESTACIONAMENTO, SHUTTLE, LIXO, RATAZANAS E CORTESIA 16 ago 2017

A qualquer ponto da ilha de São Miguel onde se vá, encontra-se lixo e mais lixo e contentores a abarrotar…então ninguém pensou em alterar o esquema de recolha de lixo face ao aumento de pessoas, na ilha, nas praias, nos locais e miradouros turísticos….? hoje num certo local o lixo amontoado servia de péssimo cartão de visita a quem nos visita…na ribeira ao lado havia ratazanas de tamanho bem nutrido a condizer com um anúncio que há anos anuncia uma desratização da ribeira (só se for no cartaz ..).

… estacionamento por toda a parte, os parques não chegam, não há transportes coletivos, e os caçadores de votos não veem isto???? … eu vi e continuarei a ver.…e a alertar.

… criem depressa um serviço de “shuttle” = minibus (de 10, 15 ou 20 lugares) da Ribeira Grande e de Ponta Delgada para os miradouros e locais de mais turismo como a Lagoa do Fogo, Vista do Rei, Caldeiras, Caldeira Velha, etc.…a um preço simbólico de 50 cêntimos. Façam viagens de 15 em 15 ou de 30 em 30 minutos nos meses de junho a setembro, e mais espaçados no resto do ano. Proíbam os grandes autocarros de irem a esses locais. Depois fiscalizem e implementem uma luta sem cartel ao estacionamento selvagem (não multem, reboquem os carros da estrada como se faz nos países mais civilizados), mas criem alternativas, sem aumentar o número de estacionamentos permitidos, sem criarem novas obras, sem estragar a paisagem. O investimento é pequeno e os resultados seriam excelentes.

Quanto ao lixo mudem a rotina que até pode funcionar nos meses mais calmos, mas nos de maior afluência de gente dão uma péssima imagem da ilha aos que nos visitam (e que queremos nos continuem a visitar). Façam recolhas diárias ou bidiárias nos locais de mais afluência, estabeleçam novos contratos mais flexíveis (isto não é ciência atómica, mero senso comum de quem nada sabe sobre o assunto). Intensifiquem as campanhas nas escolas e nas comunidades para não deitarem lixo para o chão, mas – simultaneamente – coloquem papeleiras e cinzeiros de 50 em 50 metros nas cidades, nas vilas e freguesias.

Nos vários Fóruns (Fora) sobre os Açores leio diariamente preocupações semelhantes e sugestões…o turismo das companhias aéreas de baixo custo já cá está há uns meses largos, já houve tempo mais do que suficiente para uma atitude do GRA (governo da região) encarar soluções para uma afluência para a qual nem a ilha, nem a restauração, nem demais estruturas estavam preparadas…. Não nomeiem comissões para estudar o problema, vejam o que se faz noutras cidades (lá fora) e como resolveram estes problemas e copiem (não precisam reinventar a roda) …

Uma última nota, mas esta muito urgente, gastem uns milhões a obrigar toda a gente na restauração a frequentar um curso (intensivo, mas essencial) de práticas de hotelaria, pois as pessoas (turistas) que atendem são as mesmas que garantem o seu salário no fim do mês. Os clientes são os seus verdadeiros patrões… mantenham as mesas limpas, esvaziem os cinzeiros e lavem-nos, nas zonas de fumadores. Não atendam as pessoas como se estivessem a fazer um frete, ajudem as pessoas a escolher os menus, sirvam a água com copos em vez de oferecerem garrafas sem copos ou perguntarem – na melhor das hipóteses “quer copo?”). Não precisam ser servis, mas corteses…educados… hospitaleiros…o resto a natureza já nos deu.

3 MEMÓRIAS DA RÁDIO ERM RÁDIO MACAU- 1977-1982 E OUTRA MEMORABILIA

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NÃO ENCONTREI OUTRAS, MAS TINHA ESTAS JÁ DIGITALIZADAS, AS NOTÍCIAS VÃO EM PDF ABAIXO…E A HISTÓRIA DE COMO TUDO COMEÇOU ESTÁ NA CRÓNICA

cronica 95 JORNALISMO

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