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PASSEANDO PELAS PÁGINAS DE UMA AMIGA ENCONTREI ESTE MIMO…
“Como seria noticiada hoje, em Portugal, a história do Capuchinho Vermelho…
TELEJORNAL – RTP1
“Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem… mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia”
JORNAL DA NOITE – SIC
“Vamos agora dar-lhe conta de uma notícia de última hora. Uma menina foi literalmente engolida por um lobo quando se dirigia para casa da sua avó! Esta é uma história aterradora mas com um final feliz… o Sr. telespetador não vai acreditar mas, esta linda criança foi retirada viva da barriga do lobo! Simplesmente genial!”
JORNAL NACIONAL – TVI
“… onde vamos parar, onde estão as autoridades deste país?! A menina ia sozinha para a casa da avó a pé! Não existe transporte público naquela zona? Onde está a família desta menina? E a Comissão de Proteção de Menores? Tragicamente esta criança foi devorada viva por um lobo. Em épocas de crise, até os lobos, animais em vias de extinção, resolvem aparecer?? Isto é uma lambada na cara da atual governação portuguesa.”
Entretanto manifeste a sua opinião e ligue para:
707696901 se acha que a culpa é do lobo
707696902 se acha que a culpa é do capuchinho
707696903 se acha que a culpa é do governo
CORREIO DA MANHÃ
“Governo envolvido no escândalo do Lobo”
JORNAL DE NOTICIAS
“Como chegar à casa da avozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho”
Revista MARIA
“Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama”
A BOLA
“Lobo será reforço de inverno no “DRAGÃO”
JOGO
“Mourinho quer Caçador no Man United”
LUX
“Na cama com o lobo e a avó”
EXPRESSO
Legenda da foto: “Capuchinho, à direita, aperta a mão do seu salvador”.
Na reportagem, caixa com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Capuchinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.
PÚBLICO
“Lobo que devorou Capuchinho Vermelho seria filiado no PS”
O PRIMEIRO DE JANEIRO
“Sangue e tragédia na casa da avozinha”
CARAS
Ensaio fotográfico com Capuchinho na semana seguinte:
Na banheira de hidromassagem, Capuchinho fala à CARAS: “Até ser
devorada, eu não dava valor à vida. Hoje sou outra pessoa.”
MAXMEN
Ensaio fotográfico no mês seguinte:
“Veja o que só o lobo viu”
SOL
“Gravações revelam que lobo foi assessor político de grande influência”
VOLTO A SER EU E ESPERO QUE
TENHAM UMA TARDE FELIZ SEM ENCONTROS INESPERADOS….AHAHAHAH
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LER EM https://blog.lusofonias.net/wp-content/uploads/2018/12/da-minha-janela-2018-12-16.pdf
O TEXTO ORIGINAL DE 2013
Das ameias do meu castelo, desta janela aberta sobre o mundo vi muita coisa e continuo a ver um planeta em permanente mudança. São os vaqueiros que passam a cavalo, em carroça ou em carrinha, rumo às suas vacas e aos depósitos de leite, logo pelas cinco e meia ou seis da manhã em rotinas que se repetem – duas ou três vezes ao longo do dia – até ao anoitecer quando regressam dos pastos pela última vez.
Vejo tratores mais apropriados ao celeiro do Oeste norte-americano, às pradarias, à amplidão dos campos australianos ou aos vastos terrenos da Extremadura espanhola do que ao minifúndio micaelense, depois há uns que são menos gigantescos, mas – mesmo assim – demasiado grandes para estas terras minúsculas, …, mas todos grandes, enormes para as pequenas parcelas de terra aqui na Lomba da Maia. Vejo as crianças barulhentas que voltam da escola primária ou da catequese, a correr, aos berros, à pancada umas com as outras, desobedecendo a mães e avós, a atirarem papéis para a rua, a comportarem-se como pequenas bestinhas que irão ser quando crescerem, saltando para o meio da rua impérvias ao trânsito e à vida que lhe podem roubar a cada momento.
Vejo anciãs de xaile ou lenço na cabeça lenta, mais parecem daguerreótipos do séc. XIX, enquanto vagarosamente sobem a rua rumo aos deveres eclesiásticos da fé, sejam missas, novenas, enterros ou procissões. Parecem viúvas a viver num mundo que já não existe e elas não compreendem a realidade em que estão inseridas… Imagens tiradas doutras eras falando de um passado ancestral imutável durante séculos e que ora deu um pulo para o espaço sideral. Vejo pela janela entreaberta da casa em frente, uma televisão sempre a debitar telenovelas e quejandos, entretendo os anos de vida que faltam à moradora citadina que aqui se desloca em feriados, férias e fins de semana…
Desta janela não vejo, na casa ao lado, o marido que bate na mulher, mas observo a mulher que bate nos filhos, (bem casada ou mal casada?) que não cessa de entrar e sair para falar com todos os homens da aldeia, mais os fornecedores do pão, da fruta, da carne, das roupas e todos os restantes fornecedores das carrinhas que aqui aportam diariamente para venderem os seus produtos. Ela aguarda, aperaltada, que o marido siga para as vacas e vai lampeira em busca de um homem que a ouça e à sua língua viperina, vivendo no quotidiano os sonhos imaginados das telenovelas que lhe enchem as noites. Há mais homens e mulheres assim, rua abaixo e em outras ruas, em freguesias perto e longe.
Da janela vejo aos domingos os homens com fatiotas melhoradas encostados à porta da Igreja ou a beberem uns copos na taberna mais próxima. São os mesmos que não entram na Igreja o ano todo, mas depois se fazem à estrada como romeiros, arrostando com frio, chuva e outras privações. Há ainda os que escapam sempre, sobre quem não impendem acusações de violência doméstica, de pedofilia, de abusos, de alcoolismo, mas que cumprem religiosamente tradições ancestrais que nem sabem explicar nem compreender.
Vejo enterros, procissões, casamentos, crismas e batismos (cada vez menos), vendedores (avulso) de cracas e lapas, vendedores de tudo e mais alguma coisa em carrinhas barulhentas na sua distribuição e aliciamento de clientes em tempo de crise. Vejo os montes ora verdes, ora verdes, ou, então verdes, consoante a estação do ano, e as culturas do que lá se planta, ora vazios, ora com vacas alpinistas todo o ano.
Mas o que nunca vi desta janela foi alguém a ler um livro…
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Trata-se de um dos maiores mistérios dos Açores. A estátua equestre da Ilha do Corvo parecia lenda mas são cada vez mais os que afirmam que existiu mesmo.
Source: A misteriosa estátua que existia na Ilha do Corvo antes da chegada dos Portugueses | VortexMag
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Já começámos a trabalhar no novo álbum, enquanto não há novidades aqui fica do álbum Aprendiz de Feiticeiro “Cançoneta do Forte Fraquinho”
Caros amigos!
Ai vai a “Cançoneta do Forte Fraquinho” com votos de Feliz Ano Novo!
Abraço para todos,
Zeca Medeiros
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a chrónicaçores uma circum-navegação vol. 2 e os 2 volumes da BGA (Bibliografia geral da açorianidade) estáo expostas no Museu dos Baleeiros…quem diria? e também estão à venda existem na livraria instalada na SIBIL nas Lajes do Pico….