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  • Salazar e o poema da merda

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    Image may contain: 7 people, textJoão Simas shared a post.

    10 hrs

    Já ouviram falar do “poema da Merda”???
    Uma delícia…
    Da autoria do poeta
    João Vasconcelos e Sá, foi lido durante um jantar, no Carnaval de 1934, na presença de um Ministro da Agricultura – Leovigildo Queimado Franco de Sousa.
    Ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Agricultura

    Exposição
    Porque julgamos digna de registo,
    a nossa exposição, Sr. Ministro,
    erguemos até vós humildemente,
    uma toada uníssona e plangente,
    em que evitámos o menor deslize,
    e em que damos razão da nossa crise.
    Senhor, em vão esta província inteira,
    desmoita, lavra, atalha a sementeira,
    suando até à fralda da camisa.
    Mas falta-nos a matéria orgânica precisa,
    na terra que é delgada e sempre fraca.
    A matéria em questão, chama-se caca.
    Precisamos de merda, senhor Soisa,
    e nunca precisamos de outra coisa…
    Se os membros desse ilustre Ministério
    querem tomar o nosso caso bem a sério;
    se é nobre o sentimento que os anima,
    mandem cagar-nos toda a gente em cima
    dos maninhos torrões de cada herdade,
    e mijem-nos também, por caridade…
    O Senhor Oliveira Salazar,
    quando tiver vontade de cagar,
    venha até nós, solicito, calado,
    busque um terreno que estiver lavrado,
    deite as calças abaixo, com sossego,
    ajeite o cu bem apontado ao rego,
    e como Presidente do Conselho,
    queira espremer-se até ficar vermelho.
    A nação confiou-lhe os seus destinos…
    Então comprima, aperte os intestinos.
    e ai..se lhe escapar um traque não se importe…
    quem sabe se o cheirá-lo não dará sorte…
    Quantos porão as suas esperanças
    num traque do Ministro das Finanças…
    e também, quem vive aflito e sem recursos,
    ja nao distingue os traques, dos discursos…
    Não pecisa falar, tenha a certeza,
    que a nossa maior fonte de riqueza,
    desde as grandes herdades às courelas,
    provem da merda que juntarmos nelas .
    Precisamos de merda, senhor Soisa,
    e nunca precisamos de outra coisa,
    adubos de potassa, cal, azote;
    tragam-nos merda pura do bispote,
    e de todos os penicos portugueses,
    durante pelo menos uns seis meses.
    Sobre o montado, sobre a terra campa,
    continuamente eles nos despejem trampa.
    Ah terras alentejanas, terras nuas,
    desesperos de arados e charruas
    quem as compra ou arrenda ou quem as herda
    sempre a paixão nostálgica da merda…
    Precisamos de merda senhor Soisa,
    e nunca precisamos de outra coisa…
    Ah, merda grossa e fina , merda boa,
    das inúteis retretes de Lisboa.
    Como é triste saber que todos vós
    andais cagando, sem pensar em nós…
    Se querem fomentar a agricultura,
    mandem vir muita gente com soltura…
    Nós daremos o trigo em larga escala,
    pois até nos faz conta a merda rala…
    Ah, venham todas as merdas à vontade,
    não faremos questão da qualidade,
    formas normais ou formas esquisitas.
    E desde o cagalhão às caganitas,
    desde a pequena poia, à grande bosta,
    tudo o que vier a gente gosta ,
    Precisamos de merda, Senhor Soisa ,
    e nunca precisamos de outra coisa…

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    Comments
    • Manuel Fernando Marques Inácio Não conhecia e gostei! Zé Maria, talvez não saibas, que este engenheiro agrónomo, natural de Évora, ministro da Agricultura, de Salazar em !933- 1934, LEOGIVILDO de SOUSA (1892 – 1968), foi cantor de Coimbra do tempo do Dr. Francisco Menano (1888 –

    cisamos de outra coisa…

  • Empresa aérea especializada em conversões embarca 30 ateus e desembarca 30 fiéis crentes

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    Mse Az shared a post.

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    Roberto Soares Maia

    Empresa aérea especializada em conversões embarca 30 ateus e desembarca 30 fiéis crentes em Deus.

  • DINOSSÁURIOS E A BATALHA DE CARENQUE.

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    João Filipe Gonçalves Tolentino and Pedro Manuel Gonçalves Tolentino shared a post.

    33 ANOS A LUTAR

    DINOSSÁURIOS E A BATALHA DE CARENQUE.
    é o título de um livro que dei a público na Editorial Notícias, em 1994, hoje esgotado.

    Leia aqui. num texto condensado, o que convém saber sobre este problema

    Leia porque precisamos da sua ajuda e pedimos-lhe que partilhe e se junte a nós nas acções que iremos promover na próxima semana, a anunciar nesta página.

    Este é um texto longo e todos sabemos que, via de regra, o número de leitores é inversamente proporcional à extensão das prosas. Mas é um grito de alerta e de revolta por algo de muito importante, em vias de se perder para sempre.

    MAS NADA SE FAZ SEM ESFORÇO.
    GANHÁMOS UMA LUTA MAS FALTA GANHAR A GUERRA.

    E a verdade é que precisamos da todos

    Para VERGONHA do “Instituto de Conservação da Natureza”, a jazida com pegadas de dinossáurios de Pego Longo (Carenque) que, há 22 anos, por solicitação minha, em nome do Museu Nacional de História Natural, classificou como MONUMENTO NATURAL (Dec. Nº 19/97, de 5 de Maio), encontra-se no mais confrangedor abandono, convertida, de novo, em vazadouro clandestino e densamente invadido pela vegetação autóctone, mais parecendo uma selva conspurcada por lixo.

    Diz o citado diploma legal que cabe a este Instituto (agora também, ilogicamente, dito “das Florestas”), zelar pela proteção e conservação dos Monumentos Naturais que oficialmente classifica.
    Uma vergonha!

    Esquecida também dos poderes local (a autarquia sintrense) e central, esta importante jazida, em fase acelerada de destruição, está bem viva na mente de todos os que, como eu, sabem do que estão a falar, ou seja, os geólogos, docentes e investigadores nacionais nesta área científica e todos os especialistas internacionais que aqui acorreram, das Américas à China e à Mongólia, sem esquecer, claro, os nossos vizinhos da Europa. Está, ainda, no coração de todos os que respeitam os valores da Natureza.

    A luta pela defesa desta jazida paleontológica, que ficou conhecida por “Batalha de Carenque”, remonta a 1986, (há 33 anos, portanto) quando dois finalistas da Licenciatura em Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa, Carlos Coke e Paulo Branquinho, meus ex-alunos, descobriram um vasto conjunto de pegadas de dinossáurios no fundo de uma pedreira abandonada, na altura a ser usada como vazadouro de entulhos e lixeira clandestina, em Pego Longo, concelho de Sintra, na vizinhança imediata de Carenque.

    Esta importante jazida paleontológica corresponde a uma superfície rochosa com cerca de duas centenas de pegadas, de onde sobressai, pela sua excepcional importância, um trilho com 132 metros de comprimento, no troço visível, formado por marcas subcirculares, com 50 a 60cm de diâmetro, atribuídas a um dinossáurio bípede.

    Além deste, considerado na altura o mais longo trilho contínuo da Europa, identificaram-se, na mesma superfície, pegadas tridáctilas atribuíveis a carnívoros (terópodes), parte delas igualmente organizadas em trilhos.

    O chão que suporta estas pegadas corresponde ao topo de uma delgada camada de calcário do Cretácico (com cerca de 92 milhões de anos), com 10 a 15cm de espessura, levemente basculada para Sul. Muito fracturada (à escala centimétrica), esta camada assenta sobre uma outra, bem mais espessa, de natureza argilosa, condições que dão grande fragilidade à dita camada de calcário e, portanto, a esta jazida.

    Para além das consequências inevitáveis de degradação decorrentes do uso deste enorme buraco como vazadouro, fui alertado, em Maio de 1992, para o facto de o traçado da então projectada Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL) vir a destruir a maior parte do trilho principal, precisamente no seu troço mais interessante. Louvavelmente, a Brisa, empresa interessada neste processo, apercebeu-se do valor patrimonial em causa, mantendo-se em consonância com o Museu Nacional de História Natural na procura de soluções que corrigissem uma tal situação, não desejável.

    Após uma longa batalha, de que a comunicação social de então deu ampla divulgação, a abertura dos túneis de Carenque foi, finalmente, a solução aceite pelo governo, representando para as finanças públicas um esforço acrescido, na ordem de um milhão e seiscentos mil contos (8 milhões de euros), merecedor de aplauso. Dois anos e meio depois, a 9 de Setembro de 1995, o então Primeiro-Ministro Cavaco Silva inaugurava a CREL, tendo tido a atenção de me incluir na comitiva que com ele percorreu os túneis de Carenque sob as pegadas de dinossáurios que tanta tinta têm feito correr. Terminava, assim, uma primeira batalha entre os cifrões e a cultura científica, de que esta, em boa hora, saiu vitoriosa.

    Mas a guerra não ficou ganha. Há, ainda, como todos sabemos, uma última batalha que é imperioso e urgente ganhar. Ganhá-la passa pela conveniente musealização do sítio, cujo projecto de arquitectura, “Museu e Centro de Interpretação de Pego Longo (Carenque)”, da autoria do Arqº. Mário Moutinho, aprovado pela Câmara de Sintra em 2001 (sob a presidência de Edite Estrela), aguarda há 17 (dezassete) anos o necessário cabimento de verba.

    Desde então, com a queda da presidência do PS para o PSD, nada mais foi feito. Simpático, acolhedor e, até amistoso no modo como sempre me recebeu, Fernando Seara nada fez pela salvaguarda deste importante geomonumento. Idêntico tratamento recebi, mais recentemente, de Basílio Horta, mas, infelizmente, tudo continua nos esquecimento. O desinteresse destes senhores pela cultura científica é evidente e lamentável.

    A concretização deste projecto não necessita ser encarada em bloco. Pode ser faseada no tempo, começando pelas peças mais urgentes e atractivas. Não é compreensível ter-se dispendido tanto dinheiro na abertura dos túneis, para salvaguarda da jazida, e não viabilizar, agora, o financiamento necessário à conclusão da obra prevista e tirar dela os dividendos culturais e pedagógicos que é lícito esperar como potencial pólo de atracção turística.

    Passados 33 anos sobre a sua descoberta, o trânsito automóvel flui normalmente sob um raro e valioso património, lamentavelmente deixado ao abandono. Entretanto, a jazida degrada-se sob a vigência de uma administração cega, surda e muda, indiferente aos milhões já ali investidos, não obstante a obra em falta representar muito pouco face à cifra já gasta com a abertura dos túneis.

    E quando, em nome dos euros, se argumenta contra este empreendimento, podemos responder com o enorme potencial turístico desta jazida. A topografia do terreno permite uma boa adaptação do local aos fins em vista, dispondo do lado SW de um pequeno relevo (residual da exploração da pedreira) adaptável, por excelência, a miradouro, de onde se pode observar, de um só golpe de vista e no conjunto, toda a camada – uma imensa laje pejada de pegadas – levemente basculada no sentido do local do observador, numa panorâmica de justificada e invulgar grandiosidade.

    Em acréscimo deste significativo potencial está o facto de a jazida se situar na vizinhança de uma grande metrópole e numa região de intensa procura turística (Sintra, Queluz, Belas) e, ainda, o de ser servida por duas importantes rodovias, a via rápida Lisboa-Sintra (IC-19), por Queluz, e a Circular Regional Externa de Lisboa (CREL-A9) que a torna acessível pelo nó de Belas e, no futuro, mais comodamente, pelo nó de Colaride.

    O reconhecimento desta jazida como valioso e excepcional relíquia geológica e paleontológica, à escala internacional, é hoje um dado adquirido. Assim e tendo em conta a condição privilegiada da região sintrense e a sua classificação, pela UNESCO, como Património Mundial, justifica-se todo o envolvimento que possa surgir, por parte das administrações local e central, nesta realização, que transcende não só as fronteiras da autarquia, como também as do País.

    Todos sabemos que os dinossáurios constituem um tema de enorme atracção entre o público e que qualquer iniciativa neste domínio da paleontologia está votada ao sucesso. Nesta realidade, a Jazida de Pego Longo, convenientemente adaptada a uma oferta de turismo da natureza, de grande qualidade e suficientemente bem equipada e promovida, garante total rentabilidade a todo o investimento que ali se queira fazer.

    Pela minha parte, continuo a oferecer, graciosamente (como sempre fiz), o meu trabalho na concretização deste projecto.

    Como cidadão profundamente envolvido nesta causa, sinto-me no dever e no direito de nela voltar a insistir.
    Esquecidas dos poderes local e central, as pegadas de dinossáurios de Carenque estão bem vivas na mente de todos os que, como eu, sabem do que estão a falar, ou seja, os geólogos, docentes e investigadores nacionais nesta área científica e todos os especialistas internacionais que aqui acorreram, das Américas à China e à Mongólia, sem esquecer, claro, os nossos vizinhos da Europa. Estão, ainda, no coração de todos os que respeitam os valores da Natureza.

    Lembrando a sessão de dia 11 de Fevereiro de 1993, no Parlamento, sob a presidência do, para mim, saudoso Prof. Barbosa de Melo, na qual foi votada, por unanimidade (coisa rara), a recomendação ao executivo, no sentido da salvaguarda desta jazida paleontológica, apelo, uma vez mais, ao governo e à autarquia sintrense que reúnam vontades e interesses a fim de que se não perca este valioso património tão antigo quanto cento e doze mil vezes a História de Portugal.
    A M Galopim de Carvalho

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  • fotos históricas 1975 chrys

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    nem sabia que existiam, descobri hoje por acaso os negativos, a última foto fardado e a primeira desfardado em maio 1975 rumo a Bali mais uma vez…com tudo o que isso representa

     

     

    os detalhes estão na trilogia da história de timor, em especial no vol. 1 o dossier secreto 1973-1975 https://www.lusofonias.net/arquivos/429/OBRAS-DO-AUTOR/1006/TRILOGIA-de-Timor-vol.-3-Historia-de-Timor.pdf

  • QUIÇÁ PICASSO escrita pré-histórica na ilha terceira

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    NOTA SATÍRICA DO EDITOR DESTE BLOGUE PELO DESENHO É VISÍVEL A INFLUÊNCIA PORTUGUESA DO TRAÇO BEM DISTINTO DO DE OUTRAS CIVILIZAÇÕES, penso mesmo ser possível distinguir a caligrafia de um dos escrivães a bordo da nau de gonçalo velho….ERGAMOS BEM ALTO ESSA GLÓRIA DOS PRIMEIROS POVOADORES (RSRSRSR…)

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    Quiçá, Picasso.

     

     

  • a pureza volta a Brunei, Alá é grande e pouco misericordioso

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    Brunei to impose death by stoning for gay sex and adultery

    KUALA LUMPUR (AFP) – Adultery and gay sex in Brunei will be subject to death by stoning from next week, authorities said, under a strict Syariah law that has been on hold for four years amid heavy criticism.

    Rights groups reacted in horror on Wednesday (March 27) to the latest hardline move from the resource-rich nation on Borneo, which practises a stricter brand of Islam than its neighbours Malaysia and Indonesia.

    The tiny sultanate will implement the harsh new penal code – which also prescribes amputation of a hand and foot for theft – next Wednesday.

    Homosexuality is already illegal in Brunei but it will now become a capital offence. The law applies to only Muslims.

    The new penalty for theft is amputation of the right hand for a first offence, and the left foot for a second offence.

    Amnesty International on Wednesday urged Brunei to “immediately halt” implementing the new penalties.

    “To legalise such cruel and inhuman penalties is appalling of itself,” Brunei researcher Rachel Chhoa-Howard said in a statement. “Some of the potential ‘offences’ should not even be deemed crimes at all, including consensual sex between adults of the same gender,” she said.

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    Ty Cobb, director of US-based gay rights group Human Rights Campaign, called the legislation “state-sponsored torture and murder of LGBTQ people,” adding it was “crucial” that the international community demand that the country “stop these barbaric changes that threaten the lives of Brunei citizens.”

    A notice on Brunei’s Attorney General’s Chambers dated Dec 29 last year said the provisions will take effect on April 3.

    Brunei first announced the measures in 2013 but implementation has been delayed as officials worked out the practical details and in the teeth of opposition by rights groups.

    Under a shift towards hardline Islamic law, Brunei in 2015 banned excessive Christmas celebrations for fear that Muslims could be led astray.

    https://www.straitstimes.com/asia/se-asia/brunei-to-impose-death-by-stoning-for-gay-sex-and-adultery?utm_medium=Social&utm_campaign=STFB&utm_source=Facebook&fbclid=IwAR2jAPRlw1jO7_Lsnk1HgUtQQ_KNlRIGXtSUN2Wisd8wQxfc0I3mpKYEKb0#Echobox=1553693894

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  • abacaxi come-se assim

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    Estou hoje nesta…

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    O Sabor da Vida

    Eu ia morrer sem saber que abacaxi é pra comer assim.