Lenda da Caldeira de Santo Cristo, ilha de S.Jorge.

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Lenda da Caldeira de Santo Cristo, ilha de S.Jorge.
Há muito tempo atrás, junto à Lagoa da Fajã de Santo Cristo, um homem desceu à Fajã da Caldeira de Santo Cristo,para trazer o gado a pastar. Era uma alternância anual entre as altas pastagens das serras e o clima ameno das fajãs.
Para muitas famílias, era nas fajãs que se encontrava o sustento diário: lapas, amêijoas, polvos, moreias, agriões, inhame e outros alimentos que a natureza dava e dá sem que o homem tenha de os cultivar. Para chegar às fajãs era preciso descer longos caminhos estreitos ao longo das altas falésias.
Tendo então o pastor deixado o gado a pastar, para ocupar o tempo livre, foi para a margem da lagoa, onde começou a apanhar lapas para o almoço. Junto da lagoa de águas salgadas, mornas e tranquilas encontrou também muitas amêijoas que aproveitou para apanhar.
Sentou-se um pouco a descansar junto da lagoa antes de ir pescar, sentindo as pernas a tremer com o esforço da descida da falésia. Ao passar o olhar pelas águas da lagoa, reparou num objecto a flutuar junto da margem mais afastada junto ao mar, que lhe pareceu ser de madeira trabalhada, esculpida.
Encontrou então uma imagem do Senhor Santo Cristo. Surpreendido com o achado, pegou na imagem, molhada e inchada de estar na água, e levou-a para terra seca. Ao fim do dia, quando voltou para casa fora da fajã, levou a imagem e colocou-a imagem em local de destaque numa das melhores salas da sua casa.
Na manhã seguinte, quando a família se levantou o Santo Cristo desaparecera. Depois de procurarem por toda a casa e de já terem dado as buscas por terminadas, ele foi de novo encontrado, dias depois, na mesma fajã e local onde tinha sido encontrado da primeira vez. Foi levado várias vezes para o povoado fora da rocha, e durante a noite a imagem voltava sempre a desaparecer, até que alguém disse: “O Santo Cristo quer estar lá em baixo na fajã à beira da caldeira, pois que assim seja”.
O povo decidiu então juntar-se para construir uma igreja. Começaram os preparativos para as obras, com o objectivo de levantar a igreja do outro lado da lagoa. No entanto, quando foram para pegar nas pedras estas não se mexiam, era como estivessem coladas ao chão. “O senhor Santo Cristo quer ficar onde foi encontrado”, disse alguém. Alguns meses depois e com muito sacrifício, a igreja estava terminada e a imagem colocada no seu altar. Aquela fajã passou a chamar-se Caldeira do Santo Cristo.
Conta ainda a lenda que o padre da aldeia que vivia fora da fajã e não se desejava deslocar a ela para rezar a missa, resolveu um dia que havia de levar a imagem novamente para fora da fajã. Tentou pegar na imagem para a tirar do altar e a levar, mas ficou com o pés colados ao chão e sem se conseguir mexer. O padre terá então dito ao sacristão:”Ajuda-me aqui que eu não posso andar”. O sacristão bem tentou, mas por fim confessou: “Ó senhor padre, eu também não consigo dar passada!” “Então deixa-se o santinho aqui” disse o padre.
Instantes depois do padre desistir de levar a imagem, os seus pés e pernas ficaram ágeis. Perante isto, o padre e todas as pessoas convenceram-se que era ali que santo Cristo tinha de ficar para todo o sempre.

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As perguntas mais absurdas sobre os Açores (e as respostas que elas merecem) – I Love Azores (SE A IGNORÂNCIA PAGASSE IMPOSTO NÃO HAVIA DÍVIDA PÚBLICA=

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OS PERIGOS ESCONDIDOS DAS PEDREIRAS

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Este trabalho do OBSERVADOR, da jornalista Vera Novais, é genuíno serviço público. Vale a pena ler, não só para se espantar, mas sobretudo para ficar a conhecer.
Se, depois da tragédia da estrada de Borba, o fundamental continuar na mesma, é porque não temos mesmo remédio.

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OBSERVADOR.PT
As empresas receberam ordens diferentes, e incompatíveis, de dois organismos do Estado. As indicações são incongruentes e a fiscalização foi fei…

Vale a pena ver ainda esta reportagem de Vera Novais e atentar, em especial, no caso mais surpreendente: uma pedreira ao lado da A1, na zona de Fátima. Sim, não pergunte. É tão possível, que é a realidade.

Fui ao Google localizar a pedreira destacada no importante trabalho do OBSERVADOR. Não é muito difícil dar com ela, desde que se saiba que está lá. Aqui está apresentada em duas escalas.

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DONA VIOLANTE DO CANTO E A DEFESA DE PORTUGAL

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Da nossa História…

Da nossa História…

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Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

#ANGRA_SABIA_QUE | Conheça a história de #AngraDoHeroismo

Há 436 anos, Dona Violante do Canto embarcou, com honras principescas, na armada de Castela.

Dona Violante do Canto, a neta do provedor das armadas açorianas, Pedro Anes do Canto, sobrinha de Francisco do Canto, um dos fundadores da cidade da Baía, foi aquela dama, figura varonil, de ânimo generoso e franco, coração ardendo na chama do amor sagrado da Pátria e da Independência, que pôs toda a sua enorme fortuna à disposição da causa do Prior do Crato. Vencida a ilha Terceira pelas tropas do Marquês de Santa Cruz, foi este visitar, solenemente, a dama terceirense e convida-la a seguir na armada vencedora, para Espanha. Era necessário afastá-la da sua terra onde era querida e respeitada.

Saiu a fidalga com sete mulheres graves, como nota o historiador Cordeiro, duas donas e cinco aias, vinte e um criados, entre escudeiros, pagens e homens de esporas, além doutros fidalgos seus parentes. Ia vestida de baeta negra e suas damas e aias de roxo. Chagando a Cádiz foi cumprimentada com salva real e a bordo foram todos os grandes de Espanha em sinal de homenagem. Entrando no porto de Santa Maria, foi recebida com as mesmas honras, cantando-se um «Te-Deum»; visitada de generais, bispos e cardeais e todos os fidalgos espanhóis, fixaram seus aposentos na cidade de Jaen, no mosteiro de Santa Clara onde o bispo a entregou à abadessa e a receberam as religiosas com repiques e festas. O rei Filipe lhe escolheu, para marido, o fidalgo Simão de Sousa e Távora, com quem casou.

Deste casamento não ficou descendência. D. Violante jaz sepultada em terras de Espanha.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 257, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.

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Câmara Municipal de Angra do Heroísmo

3 hrs

#ANGRA_SABIA_QUE | Conheça a história de #AngraDoHeroismo

Há 436 anos, Dona Violante do Canto embarcou, com honras principescas, na armada de Castela.

Dona Violante do Canto, a neta do provedor das armadas açorianas, Pedro Anes do Canto, sobrinha de Francisco do Canto, um dos fundadores da cidade da Baía, foi aquela dama, figura varonil, de ânimo generoso e franco, coração ardendo na chama do amor sagrado da Pátria e da Independência, que pôs toda a sua enorme fortuna à disposição da causa do Prior do Crato. Vencida a ilha Terceira pelas tropas do Marquês de Santa Cruz, foi este visitar, solenemente, a dama terceirense e convida-la a seguir na armada vencedora, para Espanha. Era necessário afastá-la da sua terra onde era querida e respeitada.

Saiu a fidalga com sete mulheres graves, como nota o historiador Cordeiro, duas donas e cinco aias, vinte e um criados, entre escudeiros, pagens e homens de esporas, além doutros fidalgos seus parentes. Ia vestida de baeta negra e suas damas e aias de roxo. Chagando a Cádiz foi cumprimentada com salva real e a bordo foram todos os grandes de Espanha em sinal de homenagem. Entrando no porto de Santa Maria, foi recebida com as mesmas honras, cantando-se um «Te-Deum»; visitada de generais, bispos e cardeais e todos os fidalgos espanhóis, fixaram seus aposentos na cidade de Jaen, no mosteiro de Santa Clara onde o bispo a entregou à abadessa e a receberam as religiosas com repiques e festas. O rei Filipe lhe escolheu, para marido, o fidalgo Simão de Sousa e Távora, com quem casou.

Deste casamento não ficou descendência. D. Violante jaz sepultada em terras de Espanha.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 257, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.

herança celta nos açores

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Usos e costumes e imagens trazidas pelos povoadores.
Estes povoadores vieram de todos os Continentes incluindo da Península Ibérica onde viveram o Povo Celta. Curiosidades: Na pedra é do Convento de Belém o deus Sol Celta hoje século XXI conhecida pelos historiadores por “Suástica” Temos um Óculo de escada na Rua Joaquim Nunes da Silva desta cidade casa antiga que merecia ser recuperada antigas instalações de Mercearia Nicolau Sousa Lima ou a casa desta família? e a outra peç

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Mario Jorge Costa is with Flora Malave Gomez.

História dos Açores: A simbologia que durante séculos, foi passada para a pedra, de cantaria na construção de casas, nos carros de bois, que (chamam de guincho) nas suas decorações de papel de cores, têm desenhos Celtas, e Gauleses, que de geração para geração, se vão fazendo porque o avô e o pai faziam. Têm através dos tempos se mantido. Nos frontões das casas mais antigas, vês-se muito a simbologia do sol em alto relevo, que chamam de suásticas. São de origem Celta, todos os desenhos fotografados também aparecem nos trabalhos de forja, tecelagem, nos bordados.. Tudo do tempo dos nossos avós.

o ensino antigamente

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Sobre a formação de novos professores, na Horta
“(…) Em suma: chegaram as coisas ao ponto que aparece uma reclamante, que se julga prejudicada por só ter obtido 19 valores! (…) Se for possível submeter todos aqueles classificados com distinção a um novo júri, não digo severo, mas minimamente justo, nem um terço obteria simples aprovação (…)”, GCH, agosto de 1918 😂
https://itaunadecadas.org/escola-normal-nossos-livros/

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