NATÁLIA CORREIA E A CENSURA

Views: 1

José Mário Costa
1 hr

AddToAny

«Natália Correia foi a escritora portuguesa com mais obras censuradas pela PIDE: “Comunicação”, 1959; “O Homúnculo”, 1965; “A Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica”, 1965; “O vinho e a lira”, 1966; “A Pécora”, 1967; “O Encoberto”, 1969.

A censura desempenhou um papel de relevo na vida da autora, nunca lhe tendo, contudo, enformado a acção ou até a produção literária (no sentido em que a autora nunca tentou amenizar os seus escritos de forma a ludibriar os serviços censórios). Apesar de ser proximamente vigiada, a autora continuou, de ambas as formas, a desafiar os valores que o regime defendia e até o próprio poder.

Numa nota informativa da PIDE, datada de 14 de Dezembro de 1962 (e que pertence ao seu processo nesta polícia política, armazenado na Torre do Tombo), podemos dar conta deste seguimento da PIDE e do seu conhecimento da actividade literária e política insubmissas. (…)»

[Ana Bárbara Pedrosa, no portal Esquerdanet, 16/08]

Portugal não tem limites para a poluição luminosa

Views: 0

Ana Monteiro

1 hr

“Sim, tal como falamos nos plásticos que bóiam nos oceanos também podíamos (e devíamos) falar na luz que enche o céu. Os dois são poluição, ainda que a luz surja como um parente desprezado nas prioridades ambientais.“

Problema para a saúde humana e ambiental chegou, pela primeira vez, à Assembleia da República, mas, para já, tudo que o que temos é uma recomendação ao Governo e muitos maus indicadores.
About This Website

PUBLICO.PT
Problema para a saúde humana e ambiental chegou, pela primeira vez, à Assembleia da República, mas, para já, tudo que o que temos é uma recomendação ao Governo e muitos maus indicadores.

“Sim, tal como falamos nos plásticos que bóiam nos oceanos também podíamos (e devíamos) falar na luz que enche o céu. Os dois são poluição, ainda que a luz surja como um parente desprezado nas prioridades ambientais.“

GOA Percival Noronha (1923-2019): morreu um grande português

Views: 1

Joao Paulo Esperanca and José Bárbara Branco shared a post.
Image may contain: 1 person, glasses and close-up
Miguel Castelo Branco

Percival Noronha (1923-2019): morreu um grande português, herança que se manteve de pé

Perseguido, ameaçado, censurado, Percival Noronha nunca se calou e resistiu até ao dia da sua morte com a máxima coragem à ocupação da sua terra indiana portuguesa.

“Nós fomos integrados à força nesta grande desordem [da Índia]. Em apenas vinte e quatro horas mudou-se a língua. A língua era de uma potência colonial e passou-se para a língua de outra potência colonial, a língua inglesa. Imagine o trauma que tudo isto provocou. O que é Goa hoje? Um pequenino estado dentro de um país enorme como é a Índia. Nós não tínhamos corrupção. Hoje a corrupção está generalizada. Antigamente, todos os cargos na administração pública eram ocupados por goeses. Hoje, nem com o auxílio de uma lanterna, e em pleno dia, você encontra um goês numa secretaria. Cada dia nos sentimos mais estrangeiros dentro de nossa própria terra”, Percival Noronha, 2005.

NOVA CAPITAL PARA A INDONÉSIA

Views: 0

-0:52

64,342 Views
South China Morning Post

9 hrs

President Joko Widodo has officially proposed to relocate Indonesia’s capital from Jakarta to the island of Borneo. The move could cost more than US$32 billion.

MITOS ECOLÓGICOS metano e o mito das vacas

Views: 0

Eunice Brito

Yesterday at 16:52

Seguro que alguna vez has escuchado que la mayor parte del efecto invernadero es debido a las flatulencias de las vacas. ¿Esta afirmación es real o es un mito?

Las vacas solo son responsables del 5 % de las emisiones; el resto es cosa nuestra.

VERNE.ELPAIS.COM
Las vacas solo son responsables del 5 % de las emisiones; el resto es cosa nuestra.

I’m sure you’ve ever heard that most of the greenhouse effect is due to the flatulence of cows. Is this affirmation real or is it a myth?

Lenda da Caldeira de Santo Cristo, ilha de S.Jorge.

Views: 0

Lenda da Caldeira de Santo Cristo, ilha de S.Jorge.
Há muito tempo atrás, junto à Lagoa da Fajã de Santo Cristo, um homem desceu à Fajã da Caldeira de Santo Cristo,para trazer o gado a pastar. Era uma alternância anual entre as altas pastagens das serras e o clima ameno das fajãs.
Para muitas famílias, era nas fajãs que se encontrava o sustento diário: lapas, amêijoas, polvos, moreias, agriões, inhame e outros alimentos que a natureza dava e dá sem que o homem tenha de os cultivar. Para chegar às fajãs era preciso descer longos caminhos estreitos ao longo das altas falésias.
Tendo então o pastor deixado o gado a pastar, para ocupar o tempo livre, foi para a margem da lagoa, onde começou a apanhar lapas para o almoço. Junto da lagoa de águas salgadas, mornas e tranquilas encontrou também muitas amêijoas que aproveitou para apanhar.
Sentou-se um pouco a descansar junto da lagoa antes de ir pescar, sentindo as pernas a tremer com o esforço da descida da falésia. Ao passar o olhar pelas águas da lagoa, reparou num objecto a flutuar junto da margem mais afastada junto ao mar, que lhe pareceu ser de madeira trabalhada, esculpida.
Encontrou então uma imagem do Senhor Santo Cristo. Surpreendido com o achado, pegou na imagem, molhada e inchada de estar na água, e levou-a para terra seca. Ao fim do dia, quando voltou para casa fora da fajã, levou a imagem e colocou-a imagem em local de destaque numa das melhores salas da sua casa.
Na manhã seguinte, quando a família se levantou o Santo Cristo desaparecera. Depois de procurarem por toda a casa e de já terem dado as buscas por terminadas, ele foi de novo encontrado, dias depois, na mesma fajã e local onde tinha sido encontrado da primeira vez. Foi levado várias vezes para o povoado fora da rocha, e durante a noite a imagem voltava sempre a desaparecer, até que alguém disse: “O Santo Cristo quer estar lá em baixo na fajã à beira da caldeira, pois que assim seja”.
O povo decidiu então juntar-se para construir uma igreja. Começaram os preparativos para as obras, com o objectivo de levantar a igreja do outro lado da lagoa. No entanto, quando foram para pegar nas pedras estas não se mexiam, era como estivessem coladas ao chão. “O senhor Santo Cristo quer ficar onde foi encontrado”, disse alguém. Alguns meses depois e com muito sacrifício, a igreja estava terminada e a imagem colocada no seu altar. Aquela fajã passou a chamar-se Caldeira do Santo Cristo.
Conta ainda a lenda que o padre da aldeia que vivia fora da fajã e não se desejava deslocar a ela para rezar a missa, resolveu um dia que havia de levar a imagem novamente para fora da fajã. Tentou pegar na imagem para a tirar do altar e a levar, mas ficou com o pés colados ao chão e sem se conseguir mexer. O padre terá então dito ao sacristão:”Ajuda-me aqui que eu não posso andar”. O sacristão bem tentou, mas por fim confessou: “Ó senhor padre, eu também não consigo dar passada!” “Então deixa-se o santinho aqui” disse o padre.
Instantes depois do padre desistir de levar a imagem, os seus pés e pernas ficaram ágeis. Perante isto, o padre e todas as pessoas convenceram-se que era ali que santo Cristo tinha de ficar para todo o sempre.

Image may contain: ocean, sky, mountain, cloud, outdoor, nature and water

Continuar a lerLenda da Caldeira de Santo Cristo, ilha de S.Jorge.