A Graciosa que se come e que se bebe | Reportagem | PÚBLICO

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Tem paisagens que são um espanto, vacas a pintalgar os prados verdes, mar azul a toda a volta, pois então!, mas a segunda ilha mais pequena dos Açores quer andar nas bocas do mundo. Literalmente. Das queijadas às meloas, passando pelo vinho e pelos

Source: A Graciosa que se come e que se bebe | Reportagem | PÚBLICO

A Graciosa que nos lava os olhos | PÚBLICO

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Um vulcão a ressonar, florestas de criptomérias, miradouros a perder de vista, praias de rocha negra a contrastar com o mar azul-cobalto. A segunda ilha mais pequena dos Açores tem uma colecção imensa de postais ilustrados.

Source: e é lá de 2 a 6 out 2019 que temos o 32º colóquioA Graciosa que nos lava os olhos | Reportagem | PÚBLICO

À memória de Garcia Lorca, um poema de Armando Côrtes-Rodrigues

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À memória de Garcia Lorca, um poema de Armando Côrtes-Rodrigues

Eu estava à beira-mar,
– Inda não te conhecia –
eu estava à beira-mar
cismando, naquele dia.

Cismava em terra de Espanha
– inda não te conhecia –
em prantos, gritos, em ais
da guerra que lá havia.

Bem quisera não pensar…
– Inda não te conhecia –
mudar rumo ao pensamento
bem quisera… e não podia.

Era uma tarde serena,
– Inda não te conhecia –
Falava comigo o mar;
Meu coração não ouvia.

Era uma tarde tão calma,
– Inda não te conhecia –
Que tudo quanto se olhava
Tinha um ar de poesia.

Em vão olhavam meus olhos…
– Inda não te conhecia –
Minh’alma não atentava
Na beleza do que via.

Falava uma voz chorosa,
– Inda não te conhecia –
voz que vinha lá do longe,
tal a de alguém, que morria.

Voz cansada, angustiada,
– Inda não te conhecia –
Suspensa na vaga sílaba
Dum verso, que não dizia.

E uma angústia me tomava…
– Inda não te conhecia –
Lentamente, tristemente,
Meu coração oprimia.

(Tudo era paz dentro em mim…
– Inda não te conhecia –
Corria-me a vida branda,
Brandamente me corria.)

Que dor então era esta,
– Inda não te conhecia –
Cruel e funda e profunda,
Que dentro de mim crescia?

Tinha os olhos rasos d’água
_Inda não te conhecia –
E, sem saber bem porquê,
Só da minha dor sabia.

Tão estranha e singular…
Inda não te conhecia –
Nunca senti dor igual
À da tarde desse dia.

Passaram anos, passaram…
– Inda não te conhecia –
A causa daquela dor
Nem eu sei quem ma daria!

Mandaram-me livros de longe,
– Inda não te conhecia –
Eram livros do Brasil
Que a amizade me escolhia.

Abri-os! Li-os, reli-os…
– Inda não te conhecia –
E só depois entendi
Que tudo, o que então sofria,

Nessa hora tão distante,
– Inda não te conhecia –
Fora a dor da tua morte,
Meu irmão na Poesia.

Armando Côrtes-Rodrigues

ou este mundo enlouqueceu de vez ou então estou a mais cá…Bonecas sexuais deverão ter ‘direitos humanos’,

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https://extra.globo.com/noticias/page-not-found/bonecas-sexuais-deverao-ter-direitos-humanos-diz-jurista-22569617.html?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar&fbclid=IwAR1MWuKzSnVs3oHyykw1fN5ix554_2q3wpbykQuxn8us37UaojLldQzdblg

estrutura fúnebre, curral para guardar gado, fornos para secar figos ou tudo isto?

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Estrutura, aparentemente fúnebre na ilha Terceira. Há quem diga que são abrigos para pastores, outros como sendo fornos para secar figos, e ainda outros, que são currais de porcos ou chiqueiros.

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Comments
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  • Tadeu Sarmento Mas os técnicos portugueses que vieram há ilha Terceira, dizem que são coisas insignificantes e que não têm qualquer evidência histórica, ou seja, são coisas fúteis. Enfim portuguesices …
    • Félix Rodrigues Eles não viram isto, como tal, nem se pronunciaram sobre essas estruturas. Também não lhes foi indicado porque não se conhecia na altura, como muitas outras coisas que apareceram depois.
    • Tadeu Sarmento Ok Prof. pois escrevi sobre o assunto mas na generalidade, não especifiquei o passado recente nem o presente, sobre as suas descobertas, incluíndo as da Dra ???, apenas referi-me às situações que aconteceram num passado recente, com a asneira de precisar-mos dos técnicos portugueses, quando se podia chamar técnicos de outros países da U.E., mas nunca portugas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    • Cristina Cosmelli Silva Tadeu Sarmento técnicos? E dos incompetentes… “Cientistas” que não aplicam o metodo científico e que ainda por cima não aceitam que outros o façam… E ainda conseguem negar ou ignorar evidências cientificamente comprovadas.
    • Tadeu Sarmento Pois é, minha amiga. Aqui está mais uma prova da maneira de se observar a questão. Afinal não sou só eu, e ainda bem, que reparou nas barbaridades que este assunto tem trazido à opinião pública, pela forma negativa. Também estou de acordo com o seu pensamento.
    Write a reply…
  • Paulo Miranda Uau…! Essa estrutura até poderá ter sido utilizada como um curral para guardar gado e porcos. Mas penso que podemos estar perante uma estrutura funerária do mesmo tipo dos dólmens e antas.😮

Amante de um homem casado. Série sobre liberdade sexual feminina choca o Senegal

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Estreou em janeiro e, desde então, tem gerado uma onda de críticas e indignação. A história, comparada a ″Sexo e a cidade″, está a abalar os pilares de uma cultura ainda repleta de valores machistas.

Source: ″Amante de um homem casado.″ Série sobre liberdade sexual feminina choca o Senegal

NÃO FORAM OS PORTUGUESES QUEM CRIOU O ESCLAVAGISMO ÁRABE

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«JOÃO PEDRO MARQUES
no jornal Público

Falsificando a história: da Al Jazira para os ingénuos deste mundo

E qual a posição da extrema-esquerda politicamente correcta que tem estado tão empenhada nesta questão da escravatura? Até agora nenhuma daquelas pessoas que gostam de culpabilizar os portugueses pelo seu passado escravista se insurgiu contra este acto de pura censura, cujo objectivo é o de tirar os muçulmanos desse filme e colocar todo o odioso dele nos ombros dos ocidentais
21 de Agosto de 2018, 6:34

Há uns tempos o canal francês Arte passou uma série televisiva intitulada Les routes de l’esclavage. A série retrata, em quatro episódios de cerca de uma hora cada, o tráfico de escravos africanos e as condições da sua escravidão. Les routes de l’esclavage é uma série um pouco tendenciosa e transmite algumas informações erradas, mas, tendo isso em mente, vale a pena vê-la por vários motivos, nomeadamente porque nela se dá a palavra a alguns historiadores competentes como sejam David Eltis, Vincent Brown ou Paul E. Lovejoy, por exemplo. Além disso, a série começa pelo princípio, isto é, pelo tráfico de africanos feito a larga distância e destinado ao mundo muçulmano.

O que foi esse tráfico? Desde o século VII que o mundo muçulmano começou a importar negros e negras para desempenharem funções de soldados, concubinas, guardas de harém, pescadores de pérolas, mineiros, trabalhadores rurais, etc. Fê-lo através do deserto do Sara ou por via marítima, pelo Índico e mar Vermelho. Tanto o tráfico marítimo como o terrestre se realizavam em condições muito duras. No caso do tráfico transariano, os escravos faziam a longa viagem a pé, enfrentando o cansaço e as inevitáveis carências de água, e pensa-se que tenham morrido mais pessoas escravizadas nas areias do deserto do que na travessia do Atlântico. As condições de transporte em pangaios e outras pequenas embarcações no Índico podiam ser semelhantes, ou piores, do que as verificadas nos navios negreiros ocidentais.

O primeiro dos quatro episódios da série Les routes de l’esclavage tem esse tráfico muçulmano como objecto. Mostra quais as rotas por onde era feito, refere o desprezo de que os negros eram alvo devido à cor da pele, revela que a palavra zanj (preto, em persa) começou a ser usada para designar os escravos em geral, e traz até ao espectador muitas outras informações importantes. É claro que, para que as coisas fossem equilibradas, a série não devia ter apenas um episódio dedicado ao tráfico muçulmano porque ele levou tanta gente de África como o tráfico feito pelos povos ocidentais através do Atlântico, para as Américas, e durou mais tempo, dos séculos VII a XX. Esse tráfico mereceria dois episódios da série. De todo o modo, contá-lo num episódio é melhor do que não o contar de todo e do que fingir que ele não existiu.

Ora, foi justamente isso que a Al Jazira, a mais importante rede de televisão do mundo árabe, fez. Passou a série, suprimindo o primeiro episódio, aquele que incide sobre o mundo muçulmano. E renumerou os episódios da série. O episódio 1 passou a ser aquele que é dedicado aos portugueses (e que, na série original, era o episódio 2). Para os espectadores da emissora de televisão jornalística do Catar a série começa, após uma breve introdução, com o tráfico de escravos português e com o historiador G. Ugo Nwokeji a declarar o seguinte: “no começo, (a escravatura) foi um projecto português. Os portugueses acabavam de sair das Cruzadas, durante as quais tinham levado a cabo uma guerra terrível contra os muçulmanos. Uma parte da aventura (portuguesa) em África visava, aliás, protegê-los dos muçulmanos e manter uma vantagem sobre estes.” Ou seja, quando se põe em frente do ecrã, o espectador da Al Jazira vê descrições e análises ao tráfico de escravos feito por portugueses, ingleses, franceses, etc., mas não ao que foi feito pelos mercadores muçulmanos. Para esse espectador é como se o tráfico e a escravidão de negros e negras nos territórios dos reinos islâmicos em África, na Ásia e na Europa nunca tivesse existido. Assim, a série já pode passar. Tout est bien qui commence bien.

A falsificação da informação por parte da estação de televisão do Catar é chocante e inquietante. O que toca o nome de Portugal, sobretudo quando esse nome é envolvido numa história mal contada, devia preocupar-nos a todos. Por isso eu louvo Pedro Sousa Tavares, o jornalista do DN que trouxe este assunto à baila, e deixo aqui duas perguntas:

1- A série em causa é uma coprodução na qual a RTP participou. Qual é a posição da nossa televisão estatal perante uma tão flagrante amputação feita de uma forma que é, evidentemente, um atentado à verdade histórica, e que lesa, ainda que de maneira indirecta, a imagem do nosso país?

2- E qual a posição da extrema-esquerda politicamente correcta que tem estado tão empenhada nesta questão da escravatura? Até agora nenhuma daquelas pessoas que gostam de culpabilizar os portugueses pelo seu passado escravista se insurgiu contra este acto de pura censura, cujo objectivo é o de tirar os muçulmanos desse filme e colocar todo o odioso dele nos ombros dos ocidentais. Há muito que isto é cozinhado, há muito que o papel dos muçulmanos na história da escravatura é escandalosamente silenciado ou disfarçado, e, por isso, eu louvei e volto a louvar quem não se acanha de o trazer à tona. Mas gostaria que aqueles que, em Abril de 2017, foram lestos a atacar Marcelo Rebelo de Sousa por ter, alegadamente, feito declarações menos rigorosas sobre escravatura, sentissem agora a necessidade de comentar a deturpação grosseira e malévola praticada pela cadeia de televisão do Catar. Será de mais esperar que pelo menos quatro ou cinco desses nossos jornalistas e académicos engagés se pronunciem sobre a acção falsificadora da Al Jazira e em prol da verdade histórica? Sou todo ouvidos.

Historiador e romancista»

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Comments
  • Rui Nelson Dinis Sem saber parte dos pormenores, já partilhei aqui as minhas preocupações com a série em causa. Fiquei chocado com a manipulação. O episódio em causa basicamente sustenta a tese de que os portugueses criaram o esclavagismo como modelo capitalista!
  • Shusan Liurai Parte mais interessante do artigo, no meu ponto de vista: «Até agora nenhuma daquelas pessoas que gostam de culpabilizar os portugueses pelo seu passado escravista se insurgiu contra este acto de pura censura, cujo objectivo é o de tirar os muçulmanos desse filme e colocar todo o odioso dele nos ombros dos ocidentais. »
  • Ricardo Antunes Até em Timor os portugueses vieram encontrar já um estabelecido comércio de escravos. No “Livro do Que Viu e Ouviu no Oriente”, Duarte Barbosa refere isso mesmo:
  • Ricardo Antunes Deixo mais dois excertos: um, a Prefação, que mostra que o livro terá sido concluído em 1516;
  • Ricardo Antunes O outro excerto é da “Advertência” a esta edição, pela Divisão de Publicações, da Agência Geral das Colónias, em que se manifestam algumas curiosidades sobre a ortografia.
  • The Virulent Pull of Tribalism
    NEWIDEAL.AYNRAND.ORG
    The Virulent Pull of Tribalism

    The Virulent Pull of Tribalism

  • Luis Prazeres Que tem a extrema esquerda agora a ver com a Al-Jaizeera?
  • Joao Paulo Esperanca Muita da extrema-esquerda tem medo de criticar árabes (é “politicamente incorreto”) e tem um fetiche com a autoflagelação verbal do género confissão ao estilo de um puto obcecado com o pecado que quer confessar os pecados dele, os dos avós, os dos colegas, os dos catraios dos vizinhos, como se achar-se o pecador mais pecador de todos o fizesse sentir-se finalmente importante e com um lugar no mundo.