Hoje este post é sobre trogloditismo nos Açores, com ênfase no que existe na ilha de São Miguel.
Começaria pelo conceito e não pela cronologia, pois essa é incerta.
O trogloditismo tem a ver com a prática de habitar cavidades ou grutas. No caso Açoriano não se encontram registos sobre o assunto, que se conheça (se alguém conhece agradece-se que comunique as referências), logo é preciso saber quem, quando, como e porquê.
A arquitetura troglodita num complexo subterrâneo extenso, que durante várias horas explorei em São Miguel com o senhor Mario Jorge Costa, é especializada, pelo que necessita de estudos aprofundados, pois não há especialistas em nada disso. Não são cavidades vulcânicas, pois são claramente construídas.
Há gente interessada num estudo holístico do fenómeno, incluindo arqueólogos como o Doutor Nuno Ribeiro. Os que não estão interessados, poderão ir dando as suas opiniões contrárias, como sempre o fizeram. A ciência avançará com factos e não com opiniões.
O trogloditismo é conhecido em vários locais do mundo, como na Turquia, Líbia, Irão, Hungria, França, Itália, Malta ou até mesmo em locais próximos com em Espanha (Setenil de las Bodegas) e ilhas como Baleares e Canárias. Provavelmente também existe no território continental português, mas está claramente presente na Madeira e ilha Terceira, para além de São Miguel cujas extensas estruturas se estão aqui a referir e se apresentam com apenas duas simples imagens, pois é impossível ilustrar o todo.
O caso que observámos em São Miguel é deveras importante em termos patrimoniais, pelo que deve ser preservado até que se valide cientificamente a sua importância.
Creio que futuramente, o Pedro Damião Ponte publicará um vídeo ilustrativo do que aqui se fala, no Olhar Povoacense.