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ANTIGO EGITO – 2
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ANTIGO EGITO – 2
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“”””””””””EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS””””””””””
Há muitas na Língua Portuguesa. De onde vêm? O que lhes deu origem? O que significam?
É isso que vou tentar deslindar e partilhar aqui.
**********DOUTOR DA MULA RUÇA***********
Quando se quer depreciar os conhecimentos de alguém, costumamos empregar a expressão: ele não passa de um doutor da mula ruça.
Esta expressão hoje depreciativa refere-se a um facto histórico. Segundo lemos, tratava-se de António Lopes que tirou curso de medicina na Universidade de Alcalá de Henares. Como este curso não era reconhecido em Portugal e porque os doentes gostavam do modo como eram tratados por este médico, isto levou-o a pedir ao rei D. João III, em 1534, uma equivalência de diploma.
O rei pediu ao médico da corte que avaliasse os conhecimentos de António Lopes. Depois de lhe ter sido comunicado que o médico em questão era pessoa competente para exercer a sua profissão, D. João III fez carta régia em que dizia: “António Lopes, físico da mula ruça, morador nesta cidade me disse por sua petição que ele estudou nove ou dez anos no estudo de Alcalá”. A designação de MULA RUÇA, que está na carta régia, deve-se talvez ao facto de este médico se deslocar a casa dos pacientes numa mula ruça. O que a expressão não tinha era a conotação negativa com que hoje a empregamos:
DOUTOR DA MULA RUÇA – pessoa com poucos conhecimentos.
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Os alentejanos são completamente inassimiláveis. Dormem a sesta todos os dias e não são aceites pelos portugueses nem pelos outros europeus em geral. Nestes, são particularmente odiados pelos alemães e pelos nórdicos que os desprezam profundamente e acusam de preguiçosos. Para dormir a sesta têm por isso que se esconder e viver na clandestinidade algumas horas por dia. Os alentejanos arranjam frequentemente desordens nos supermercados pela lentidão com que se despacham e pagam as coisas. Os algarvios odeiam-nos. Mas são sobretudos os de etnia lisboeta que mais detestam os alentejanos, arranjando frequentemente anedotas para deles melhor escarnecer. Os alentejanos não pertencem à Cristandade: um terço ainda é muçulmana (mas jamais o revelará em público), outro terço é comunista e os restantes do Bloco. Os de Beja constituem – dentro da etnia alentejana – a minoria mais exótica. Os portugueses dificilmente os compreendem: em vez de olá dizem atão e em vez de bom dia atão que tali. Nas zonas mais remotas do Alentejo praticam touradas com touros de morte e são odiados pelo PAN que a todo o momento planeia atacá-los.Nunca pedem nada ao governo, detestam ser visitados pelos portugueses e jamais pedirão uma quota para entrarem no Parlamento ou noutro local qualquer. O seu habitat preferido é um estranho local a que chamam “monte”. É, por tudo isto, uma das piores raças que existe em Portugal.
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RÁDIO NOSTALGIA – CALIFORNIA DREAMIN
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Começam-me a intrigar as quotas para representação política.
Concordo que tem que haver uma quota para mulheres, uma quota para africanos, uma quota para asiáticos, uma quota para índios, uma quota para indianos, uma quota para chineses, uma quota para australianos, uma quota para árabes, uma quota para brasileiros, uma quota para todos aqueles que tenham nascido num país diferente de Portugal ou mesmo tendo nascido em Portugal, precisam de estar representados. É o caso dos Ciganos, dos Transmontanos, dos Alentejanos, dos Corvinos, dos Florentinos, dos Graciosenses, dos Jorgenses, dos Picoenses, dos Faialenses, dos Terceirenses, dos Micaelenses, dos Marienses, dos Porto Santenses, dos Madeirenses e de todas as regiões do País.
Ainda necessitam estar representados os gays, os padres católicos, os pastores protestantes, os rabinos, os monges tibateanos, as testemunhas de Jeová e todas as outras crenças, como a cientologia entre outras. Temos que ter uma quota para forcados e uma quota para aqueles que adoram animais, nas seguintes áreas: Suínos, Caprinos, Ovinos, Bovinos, Equinos e Aves.
Claro que teremos que ter uma quota para camionistas, pois se eles fizerem greve teremos gravíssimos problemas.
Temos que ter uma quota para juízes, porque sem julgamentos isso seria um país corrupto.
Tem que haver uma quota para professores porque também quando fazem greve produzem graves problemas. Também é preciso uma quota para enfermeiros e médicos que têm chateado muito.
A quota mais importante para mim tem de ser a dos padeiros. Eles andam muito caladinhos, mas se decidirem um dia fazer greve, aí é que vamos ver quanto o carapau puxa.
Há outra gente muito caladinha que também nunca fez greve, como os banqueiros, que se um dia a decidirem fazer, vai ser lindo: Já imaginaram bloquearem todo o dinheiro do país?
Depois de fazer as contas às várias quotas, não pode haver lugar para políticos. Políticos não devem ter quota.
Se essa gente que menciono anteriormente for eleita, passam a ser políticos, então devem ser postos imediatamente no olho da rua.
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REEDIÇÃO DA “ANTOLOGIA DE POESIA ERÓTICA DE NATÁLIA CORREIA”
Foi recentemente reeditada, pela Ponto de Fuga, a “Antologia de Poesia Erótica e Satírica” de Natália Correia, açoriana que é um dos maiores nomes da literatura portuguesa do séc. XX. Ao contrário das últimas edições, esta contém as ilustrações originais feitas por Cruzeiro Seixas incluindo também novos textos introdutórios e reproduções de documentos que o contextualizam. Recorde-se que depois das sucessivas apreensões dos sues livros pela censura do Estado Novo, Natália aceitou, em 1965, fazer este livro que suscitou à época alguns escândalos e foi apreendido pela PIDE.