militar norte-americano confirma contaminação na ilha Terceira

Views: 0

Partilha-se notícia do jornal Diário Insular com o título: “CONTAMINAÇÃO DA ILHA TERCEIRA A PARTIR DA BASE DAS LAJES.

Metais pesados existente na Praia vão matando devagarinho e sempre.

 

“Nunca viste um daqueles filmes em que uma mulher envenena o marido com pequenas doses, que vai colocando todos os dias na bebida? O homem de início sente-se bem, depois a sua saúde vai-se degradando, mas aos poucos, de forma muito gradual, até que morre supostamente por doença natural. E ninguém percebe que o homem foi envenenado, nem ele próprio, porque nunca foi sujeito a uma dose mortal, da qual ficassem evidências. O homem morreu envenenado por bioacumulação”.
A alusão a filmes de Hollywood é de um militar norte-americano especializado em ambiente com quem DI trocou impressões nas últimas semanas sobre a contaminação de solos, aquíferos e ar na ilha Terceira a partir da Base das Lajes. O militar aceitou conversar sobre a situação ambiental na Terceira, mas sob anonimato. “Percebes porquê?”, perguntou. É óbvio que percebemos.
A história hollywoodesca do envenenamento do marido pela mulher serviu de introito para o militar explicar que o modelo de contaminação na ilha Terceira não está associado a picos constantes de metais pesados, por exemplo na água, nos solos e no ar, mas sim à permanência de metais pesados nesses ambientes. “Isso significa que quem é exposto a esses elementos de forma persistente vai sendo envenenado aos poucos, até que o organismo cede. Nesse momento declara-se uma ou outra doença e ninguém estabelece uma relação causa-efeito. Aconteceu, apenas. Talvez por vontade de Deus…”, disse o especialista em ambiente.
Segundo este militar, um ou outro pico de metais pesados, espaçados no tempo, não é uma situação demasiado preocupante, uma vez que o organismo humano tem uma boa capacidade de excreção da maior parte desses contaminantes. “O grande problema com o modelo de contaminação que há nesta ilha é a permanência de metais pesados abaixo dos níveis legais e por períodos muito longos. Ocorre bioacumulação porque o organismo não consegue manter uma atividade de excreção ótima por períodos longos e ao longo da exposição vai baixando essa capacidade, até que entra em colapso”, explicou.
De acordo com este especialista, a bioacumulação também ocorre em outros animais, além dos humanos, em particular nos mamíferos, e nas plantas. Esta situação acaba por ter um efeito multiplicador nos humanos, uma vez que estes consomem animais e plantas. “Estás a perceber? Os humanos estão sujeitos aos metais pesados por via direta e, digamos assim, por via indireta, na cadeia alimentar. A tal mulher do filme passa, então, a chamar-se aquífero, solo, ar, vaca, porco, galinha, nabo, alface, tomate… Entendido?” Sim, está entendido.

ARMADILHA LEGAL
Segundo o especialista que estamos a seguir, as leis em vigor para suposta proteção humana “servem para pouco ou quase nada”, porque não integram a bioacumulação nas normas que definem. “Por exemplo, se eu estiver exposto durante um determinado período a um contaminante que nas análises que são feitas à água está sistematicamente abaixo dos níveis legais, está tudo bem. A água é declarada boa para consumo. Mas se aparecer um pico de um determinado contaminante, então toda a gente fica excitada. A verdade é que esse pico provavelmente nunca terá efeito na minha saúde, enquanto o tal contaminante que está sempre abaixo dos níveis legais muito provavelmente irá degradar o meu organismo, criando condições para que uma doença qualquer acabe comigo”, explicou.
As leis em vigor, adiantou, por exemplo para proteção humana face ao consumo de água, não só não são adequadas, como não contemplam o leque de análises necessário numa zona de contaminação como é a Praia da Vitória. “Nestas zonas de contaminação cruzada, uma análise de largo espectro irá detectar centenas e centenas de contaminantes e quase todos abaixo dos atuais níveis legais. Essa sopa de metais pesados é, a prazo, por exposição, letal para a vida humana e, entretanto, vai degradando aos poucos a qualidade de vida e vai enchendo os hospitais. Os prejuízos para a saúde são enormes e também para a economia, porque as pessoas vão adoecendo, custam dinheiro público e não trabalham e por isso não produzem. Todo esse ciclo pode ser associado à bioacumulação”, referiu o militar.

INCOMPREENSÍVEL
A nossa fonte não consegue encontrar uma coerência na abordagem ao problema da contaminação na ilha Terceira. Refere que da parte dos políticos “tudo bem, eles são assim por todo mundo, querem ganhar eleições e fazem o que for preciso para manter o povo ignorante e sossegado”, mas já da parte das populações não entende a forma como reagem. “Interesso-me por este fenómeno, procuro na internet, na comunicação social de vocês, e não encontro movimentos sociais de reação a este problema”, lamenta. Acrescenta mesmo que uma outra reação popular “obrigaria os vossos políticos a agir”. E, acrescenta, “o nosso governo (EUA) também teria outro comportamento, porque não quer problemas numa zona tão sensível como é esta”.
Quando analisa o que está a ser feito à volta da contaminação, o militar começa por estranhar que da parte portuguesa o assunto esteja entregue a um organismo “que trata de coisas de engenharia civil”. “What the hell! (que diabo!), o que faz esta gente num cenário de ‘cross contamination’ (contaminação cruzada”?, questiona. Diz que depois de investigar concluiu que “essa gente” recolhe amostras e manda analisá-las. “Mas para quê, se a contaminação é conhecida, ninguém está a descontaminar e os resultados das análises variam num padrão que é conhecido e que tem a ver com metodologias, alterações dentro dos meios contaminados e nos meios envolventes?”, questiona. “Nunca percebi isto. Isto não tem lógica”, refere.
Questionado pelo DI sobre análises recentes realizadas na zona do Juncal, o especialista em ambiente confirmou a existência dessas análises e garantiu que, pelo que lhe foi dito, elas seguiram para as autoridades portuguesas. E são graves?, questionámos. “São e não são. Confirmam a contaminação, com alguns níveis elevados, mas isso não adianta…. Todos sabemos que a contaminação está lá e que os resultados das análises vão variar muito. Não interessa continuar com análises. Interessa é decidir o que fazer. E, que eu saiba, ninguém tomou ainda qualquer decisão compreensível”. Foi esta a resposta.
A nossa fonte facultou ao DI vasta bibliografia sobre bioacumulação de metais pesados em animais e vegetais e adiantou conhecer trabalhos sobre bioacumulação realizados nos Açores e que não estão divulgados junto do grande público, mas que podem ser úteis para começar a perceber a gravidade do problema.

O povo está a ser confundido
Pouco e mau jornalismo

A comunicação social não tem sido eficaz no tratamento da contaminação da ilha Terceira a partir da Base das Lajes, sendo essa uma das causas que explicam a inexistência de descontaminação ou a opção por outras soluções.
Segundo a fonte norte-americana que ouvimos para este trabalho, a comunicação social portuguesa liga pouco a “um dos piores ou até mesmo o pior caso de contaminação alguma vez ocorrido no país”, sendo esse um fator que “deixa os políticos descansados”.
Os casos o Expresso e da TVI, que realizaram reportagens sobre a contaminação, é considerado pela nossa fonte “manifestamente insuficiente”, sobretudo porque esses órgãos “nunca mais voltarem ao tema”.
Nos Açores, a nossa fonte estranha o facto de o assunto ser tratado apenas no nosso jornal. “Este tema deveria interessar a todos aqui no vosso arquipélago. Não percebo por que não interessa…”, disse.
Sobre o tratamento dado ao assunto pelo nosso jornal, refere que damos demasiada voz a “gente que mente”, o que “confunde as pessoas”.
“Casos como este só podem ser tratados com investigação crua. E depois não se pode deixar que um político venha dizer que não há isto ou aquilo, quando há e há documentos que o provam. Se essa gente tiver voz e não for logo desmascarada, as pessoas não percebem bem o que se passa. É assim que as coisas funcionam”, disse a nossa fonte.

Image may contain: sky and outdoor

Continuar a lermilitar norte-americano confirma contaminação na ilha Terceira

Several Reasons why West Papua should get its Freedom: Immediately! | Dissident Voice

Views: 0

More than ten years ago, in Nadi, Fiji, during a UN conference, I was approached by the Minister of Education of Papua New Guinea (PNG). He was deeply shaken,

Source: Several Reasons why West Papua should get its Freedom: Immediately! | Dissident Voice

ESTRUTURAS TROGLODITAS nos açores

Views: 0

Estruturas Trogloditas?
Os Açores com 9 Ilhas com várias idades a Ilha de Santa Maria é amais velha com 8 milhões de anos a ilha São Miguel com 4 milhões de anos e a mais nova a ilha do Pico com 300. mil anos. Os Açores não nasceram para os portugueses descobrirem. O Doutor Gaspar Frutuoso no livro IV Saudades da Terra na página nº 5 escreveu que foram os Cartagineses que as descobriram todas as ilhas dos Açores.
A ilha do Corvo esteve já os portugueses estavam a povoar todas as ilhas Dom Manuel I segundo o cronista Damão de Góis que mandou cortar a escope e martelo para levar para o reino a estátua de cavaleiro Fenício apontando para o Norte?
Magno Jardim, Marcos Álvarez Basarts Jose M. José M. Espinel Cejas,Agustín Demetrio Pallarés Lasso e Chrys Chrystello

Continuar a lerESTRUTURAS TROGLODITAS nos açores

património abandonado dos açores2

Views: 0

S.O.S. Açores shared a memory.
4 hrs

Mirante de Laranjal.

Alguns Mirantes tinham um vigia permanente.
Se alguém se magoava ia para para vigia no Mirante.
Na pate debaixo do Mirante havia alguns apr

See more

Image may contain: sky, plant, outdoor and nature
Image may contain: outdoor
Image may contain: cloud, sky and outdoor

Exportação de Laranja.

Mirante de Laranjal.

Alguns Mirantes tinham um vigia permanente.
Se alguém se magoava ia para para vigia no Mirante.
Na pate debaixo do Mirante havia alguns aproveitamento para embalar as laranjas nas caixas no fundo de cada caixa levava as folhas secas das maçarocas eram desfiadas entre vários pregos para ficar ás tiras (como fossem a fibra de madeira) e eram transportadas em carroças até ás barcaças para ir até ao navio que ficava ao largo ( ainda não existia o Porto de Cidade de Ponta Delgada mais tarde Molhe de António Oliveira Salazar.

O livro de doutor Carreiro da Costa na página 130 segundo uma estatística de foram importadas 1841 duzias de tabuado e 12.999 de Boana ou seja tábuas delgadas para fazer as ditas caixas no ano de 1813 para poderem exportar para Inglaterra e América e outros destinos desta ilha de São Miguel Açores. Assim foi em tempos antigos

Image may contain: sky, plant, outdoor and nature
Image may contain: outdoor
Image may contain: cloud, sky and outdoor

MARGARIDA VICTÓRIA BORGES DE SOUSA JÁCOME CORREIA

Views: 14

  • MARGARIDA VICTÓRIA BORGES DE SOUSA JÁCOME CORREIA

    – Marquesa de Jácome Correia –

    ▬▬▬▼

    Relato duma exposição ocorrida este ano na Biblioteca Nacional (Lisboa) sobre a intervenção literária desta ilustre açoriana :► [ A presente mostra reúne edições de Amores da Cadela «Pura», o autógrafo do prefácio de Margarida Jácome Correia, o texto da badana da primeira edição preparado por Vitorino Nemésio, além de cartas deste sobre o assunto. Expõem-se ainda manuscritos, originais, a 1.ª edição de Cadernos de Caligrafia, de Vitorino Nemésio, e outros poemas em que Margarida Jácome Correia é a musa, complementados com fotografias de ambos. São também evocadas as origens de Margarida Vitória, com fotografias e bilhetes-postais ilustrados de casas de família, fotografias da própria em várias fases da vida.]

    ►[Detentora de grande beleza, de forte personalidade, e de considerável fortuna familiar, Margarida Vitória Borges de Sousa Jácome Correia, Marquesa de Jácome Correia ou, para o povo da Ilha de S. Miguel, A Marquesinha, era filha de Aires Jácome Correia, marquês de Jácome Correia, e de Dona Joana Chaves Cymbron Borges de Sousa. Cultivou relações com personalidades importantes do meio cultural português, designadamente os escritores Armando Côrtes-Rodrigues, com quem foi casada, Domingos Monteiro, Hernâni Cidade, Natália Correia e Vitorino Nemésio.

    ►A sua vida afetiva, recheada de acidentes por vezes dramáticos, por vezes pitorescos, atingiu contornos escandalosos para os padrões portugueses e sobretudo insulares da época. Foi através de Côrtes-Rodrigues que Margarida Vitória conheceu Vitorino Nemésio, que por ela se apaixonou, vivendo os dois uma relação amorosa de enorme intensidade que durou até à morte de Nemésio e que este registou nos poemas que viria a reunir no livro Caderno de Caligraphia. Encontram-se ecos desta relação nas memórias de Margarida Vitória, o polémico Amores de Cadela «Pura»: confissões, cujo primeiro volume (1976) foi escrito com o apoio de Vitorino Nemésio – e sobretudo no segundo volume, concluído pouco antes da morte da autora e que só viria a ser publicado em 2004.]

    @ Ryc

Timor-Leste/20 anos: Viúva de jornalista australiano morto em 1975 entrega petição a MNE

Views: 0

Díli, 30 ago 2019 (Lusa) — Sherley Shackelton, viúva de um dos cinco jornalistas australianos mortos em Timor-Leste em 1975 entregou hoje à ministra dos Negócios Estrangeiros australiana uma petição para que Camberra abandone o julgamento de dois homens que denunciaram espionagem australiana em Díli.

Source: Timor-Leste/20 anos: Viúva de jornalista australiano morto em 1975 entrega petição a MNE