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RELHEIRAS EM BASALTO
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Relheiras da Ribeira da Areia. Ilha de São Jorge.
Fotografia de Regina Tristão da Cunha.Relheiras da Ribeira da Areia. Ilha de São Jorge.
Fotografia de Regina Tristão da Cunha.
Vê-se mesmo que esse fenómeno se explica pela passagem sucessiva de carros de bois….
No Pico resultou do transporte de vinho no século XVII-XVIII.
Na Terceira do transporte de lenha para a cidade, desde o povoamento, mas essa só foi Vila no século XV e cidade em meados do século XVI.
Em São Miguel, resultaram do transporte de bens agrícolas.
No Corvo, para ir trabalhar a terra.
E em São Jorge? Para apanhar inhames?————————-
Carlos Mendes Estas são na Serra do Açor, bem no centro de Portugal…memórias dos tempos e dos nossos antepassados.o Pico por João Gago da Câmara
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Mais um artigo do João Gago da Câmara … ilustrado por mais uma foto minha. Uma honra
About This Websitehttps://visao.sapo.pt/opiniao/2019-03-26-Montanha-do-Pico-o-desafiador-vulcao-adormecido/?fbclid=IwAR27zGs-it0LQHD8-mor0dtwPMWdrriyvlTFlPweYB5UsgYC2GQ6nBLM514
VISAO.SAPO.PTEmbora haja perigos, vale a pena subir o Pico, mas de preferência em grupo e com um guia. Afinal, trata-se do terceiro maior vulcão do Atlântico e do ponto mais alto de PortugalComo encontrar o smartphone, mesmo que esteja em silêncio
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Como encontrar o smartphone, mesmo que esteja em silêncio
Não sabe onde é que deixou o telemóvel? Pior, está em silêncio por isso não o consegue ouvir? Tanto os Android como os iPhone têm truques para os poder encontrar.
Esta ferramenta funciona com todos os sistemas Android, mesmo que tenham funcionalidades próprias do fabricante
Duas coisas são comuns para qualquer pessoa que tem um telemóvel: muitas vezes partem-se, como canta Conan Osiris, e mais vezes ainda perdem-se. Chamada para o encontrar. “Quem sabe, pode estar debaixo da almofada do sofá”, pensamos. Problema: está em silêncio. Nada tema, há formas que podem ajudar a encontrar os smartphones, e funcionam tanto com dispositivos com sistema operativo Android, os mais comuns, como também com o iOS, o dos iPhone.
ADVERTISINGComo funciona com cada sistema operativo?
Telemóvel é Android? Por exemplo, um Samsung Galaxy, um Huawei, um Sony Xperia ou um Xiaomi
1º Abrir o browser num computador ou smartphone.
2º Abrir o site https://www.google.com/android/find?u=0.
3º Iniciar a sessão com a conta Google registada no telemóvel (por norma é a principal do Gmail).
4º Depois, é aberta uma página que diz “Find My Device” (encontrar o meu dispositivo) com um mapa. Aqui pode ver onde está o smartphone e tem várias opções: pôr o telemóvel a tocar (mesmo que esteja em silêncio, vai funcionar); bloquear o aparelho e terminar a sessão na conta Google; ou, para casos mais extremos, apagar remotamente todo o conteúdo que está no dispositivo.
Atenção: Para poder utilizar esta ferramenta do Android, o smartphone tem de ter uma conta Google ativada no dispositivo (a tal com que vai aceder no “Find My Device”); nas “definições” em “segurança e localização” ter ativado o acesso à localização pelo Google.
O telemóvel é um iPhone? 4, 5, 5s, SE e etc., convém é ter o iOS atualizado
1º Abrir o browser num computador ou noutro iPhone.
2º Abrir o site iCloud.com/#find.
3º Iniciar a sessão com a sua conta do iCloud.
4º No topo, escolha que dispositivo quer encontrar.
5º Depois de carregar, tem três opções: “reproduzir som” (mesmo que esteja em silêncio, funciona); “Modo Perdido”, que bloqueia o smartphone e pode emitir no ecrã uma mensagem personalizada; e apagar todo o conteúdo do iPhone.
Caso o smartphone tenha sido roubado e quem o fez já tenha conseguido repor todas as definições, estas medidas não vão funcionar. Nestes casos, o melhor a fazer é avisar a polícia
de ultracrepidários a sofomaníacos
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Carlota Joaquina shared a link to the group: Liberta a expressão.
CONTIOUTRA.COM|BY PROF. MARCEL CAMARGOhumor da operadora NOS
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AS MELHORES FRASES DOS CLIENTES DO CENTRO DE ATENDIMENTO NOS:
– ” A minha mulher não saiu de casa à espera que a viessem montar!”
____________
– “O senhor tem computador?”
– “Tenho sim… tá ao fundo da escada! É o da água ou o da luz?”
_____________________“Boa tarde! Era para activar o meu desqualificador.”
_____________________“Bom dia! Eu quero ter o canal sexual em minha casa…”
_____________________“Era para saber se já tinham motivado a minha tvbox!”
_____________________Uma cliente: “Atão vieram cá montar a minha vizinha de cima e não me montaram a mim porquê?!”
_____________________“Era só para dar o número do pib para descontar no banco.”
_____________________Uma cliente: “Era só para dizer que já me montaram… Aliás, acabaram mesmo agora de me montar, e por acaso fiquei muito satisfeita… fiquei mesmo, o que é foram-se logo embora sem me sintonizar os canais…”
____________________“Era só para activar a TVSporting…”
_____________________Uma cliente: “Pois … realmente montaram-me lá em cima e depois montaram-me em baixo e quanto a isso tudo bem. Só não gostei foi que me riscassem o chão todo!!!”
____________________“Tenho a Superbox ligada”
_____________________“Queria desistir da playbox”
_____________________Despiste técnico:
Assistente: “Desligue e ligue a powerbox e já deve ficar a funcionar ”
Cliente: “Já fiz e não dá nada !”
Assistente : “Depois de ligar a powerbox, que luzes é que tem acesas?”
Cliente: A da sala e a da cozinha, porquê, faz interferência?”
________________Assistência Técnica rede móvel:
– O Sr. quer que eu tire o chispe?
____________________Olhe, queria saber se já tenho o room service activado.
_____________________Olhe, só liguei para dizer que se alguém me ligar pode deixar mensagem, porque agora vou desligar o telemóvel.
_____________________Não tenho fax, eu quero é que me envie um fax por carta.
_____________________
Menina, queria que o meu número não aparecesse nos retrovisores dos outros telemóveis.
_____________________Cliente: Olhe, queria alterar o meu tarifário para Hamburger Life.
_____________________Cliente: Fiz uma chamada para outra pessoa e tiraram-me dinheiro do telemóvel. Mas então sou eu que pago?
_____________________Assistente: A senhora deverá ligar o número do serviço para ouvir as suas mensagens .
Cliente: Ligo para esse número e peço para falar com quem?
_____________________[dificuldade em captar rede]
Assistente: Experimente retirar a antena e voltar a colocá-la.
Cliente: Nem pensar! A antena vem agarrada e depois parto isto tudo… Dava cabo da minha vida.
_____________________Cliente brasileira: Ponham um sambinha na música de espera! Estes fados são horriveis!
_____________________Cliente: Queria saber se o meu número está conferencial ou não…
_____________________[indicação de teclado bloqueado e de rede disponível]
Cliente: O meu telemóvel tem um garfo e uma colher no visor…
Assistente: Qual é a marca e o modelo do seu equipamento?
Cliente: É um Inox 510.
_____________________Cliente: Que quer dizer isto… chamadas de emergência?
Assistente: Significa que o telemóvel da senhora não tem rede neste momento e só pode fazer chamadas de emergência.
Cliente: Ai, que alívio! Pensei que era para ligar para o Hospital. Estava aflita a pensar quem é que estaria nas emergências.
____________________Cliente: Estou aqui com um problema no meu telemóvel…
Assistente: Qual é exactamente a situação?
Cliente: É que não me lembro do ping e o que é pior é que perdi o pum…TOMÁS QUENTAL O INCANSÁVEL D QUIXOTE CONTRA OS MOINHOS DE VENTO DA CALHETA DE TEIVE
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PARABÉNS AO COLEGA JORNALISTA
TOMÁS QUENTAL O INCANSÁVEL D QUIXOTE CONTRA OS MOINHOS DE VENTO DA CALHETA DE TEIVE
Tomás Quental
Mensagem privada que merece leitura pública…
Recebi hoje esta mensagem privada, que muito me honra e emociona e que só divulgo porque penso que tem interesse público. Omito, por motivos óbvios, o nome do autor, pessoa que muito considero e que é um grande açoriano.
“Caro Tomás! A luta que travas há muito em defesa da Calheta de Pêro de Teive é louvável e justa, pelo que merece todo o apoio. Não precisas de “movimentos” para defender a Calheta das investidas dos poderes públicos e de detentores de grandes capitais. Mesmo “parado” no Continente não esqueces a terra natal e os seus problemas. Muito obrigado por isso! O problema da Calheta é muito mais profundo do que parece. Já não é só uma questão urbanística, arquitectónica e imobiliária. É também, e talvez acima de tudo, o resultado da acção de políticos mal preparados e ambiciosos, que pensam que são “donos disto tudo” nos Açores. E a população, em vez de reagir, está transformada em “dona do deixar andar que amanhã é outro dia”. Uma Autonomia regional que funciona nessa base não vai longe, porque não se respeita e não é respeitada. O que tens escrito sobre a Calheta tem ultrapassado a tua página no FB e tem chegado a vários sítios, gabinetes, instituições e personalidades, nomeadamente através das cópias publicadas no site na Internet dos “Colóquios da Lusofonia”. Muita gente concorda, mas está “amarrada” a interesses e aos poderes. Mas não desistas de escrever sobre a Calheta, é preciso que alguém não deixe cair esta causa, que é uma causa tua como é uma causa de todos nós. Um grande abraço.”
Salazar e o poema da merda
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João Simas shared a post.
Já ouviram falar do “poema da Merda”???
Uma delícia…
Da autoria do poeta
João Vasconcelos e Sá, foi lido durante um jantar, no Carnaval de 1934, na presença de um Ministro da Agricultura – Leovigildo Queimado Franco de Sousa.
Ao Excelentíssimo Senhor Ministro da AgriculturaExposição
Porque julgamos digna de registo,
a nossa exposição, Sr. Ministro,
erguemos até vós humildemente,
uma toada uníssona e plangente,
em que evitámos o menor deslize,
e em que damos razão da nossa crise.
Senhor, em vão esta província inteira,
desmoita, lavra, atalha a sementeira,
suando até à fralda da camisa.
Mas falta-nos a matéria orgânica precisa,
na terra que é delgada e sempre fraca.
A matéria em questão, chama-se caca.
Precisamos de merda, senhor Soisa,
e nunca precisamos de outra coisa…
Se os membros desse ilustre Ministério
querem tomar o nosso caso bem a sério;
se é nobre o sentimento que os anima,
mandem cagar-nos toda a gente em cima
dos maninhos torrões de cada herdade,
e mijem-nos também, por caridade…
O Senhor Oliveira Salazar,
quando tiver vontade de cagar,
venha até nós, solicito, calado,
busque um terreno que estiver lavrado,
deite as calças abaixo, com sossego,
ajeite o cu bem apontado ao rego,
e como Presidente do Conselho,
queira espremer-se até ficar vermelho.
A nação confiou-lhe os seus destinos…
Então comprima, aperte os intestinos.
e ai..se lhe escapar um traque não se importe…
quem sabe se o cheirá-lo não dará sorte…
Quantos porão as suas esperanças
num traque do Ministro das Finanças…
e também, quem vive aflito e sem recursos,
ja nao distingue os traques, dos discursos…
Não pecisa falar, tenha a certeza,
que a nossa maior fonte de riqueza,
desde as grandes herdades às courelas,
provem da merda que juntarmos nelas .
Precisamos de merda, senhor Soisa,
e nunca precisamos de outra coisa,
adubos de potassa, cal, azote;
tragam-nos merda pura do bispote,
e de todos os penicos portugueses,
durante pelo menos uns seis meses.
Sobre o montado, sobre a terra campa,
continuamente eles nos despejem trampa.
Ah terras alentejanas, terras nuas,
desesperos de arados e charruas
quem as compra ou arrenda ou quem as herda
sempre a paixão nostálgica da merda…
Precisamos de merda senhor Soisa,
e nunca precisamos de outra coisa…
Ah, merda grossa e fina , merda boa,
das inúteis retretes de Lisboa.
Como é triste saber que todos vós
andais cagando, sem pensar em nós…
Se querem fomentar a agricultura,
mandem vir muita gente com soltura…
Nós daremos o trigo em larga escala,
pois até nos faz conta a merda rala…
Ah, venham todas as merdas à vontade,
não faremos questão da qualidade,
formas normais ou formas esquisitas.
E desde o cagalhão às caganitas,
desde a pequena poia, à grande bosta,
tudo o que vier a gente gosta ,
Precisamos de merda, Senhor Soisa ,
e nunca precisamos de outra coisa…cisamos de outra coisa…
Empresa aérea especializada em conversões embarca 30 ateus e desembarca 30 fiéis crentes
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-0:36138,635 ViewsEmpresa aérea especializada em conversões embarca 30 ateus e desembarca 30 fiéis crentes em Deus.
DINOSSÁURIOS E A BATALHA DE CARENQUE.
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João Filipe Gonçalves Tolentino and Pedro Manuel Gonçalves Tolentino shared a post.
33 ANOS A LUTAR
DINOSSÁURIOS E A BATALHA DE CARENQUE.
é o título de um livro que dei a público na Editorial Notícias, em 1994, hoje esgotado.Leia aqui. num texto condensado, o que convém saber sobre este problema
Leia porque precisamos da sua ajuda e pedimos-lhe que partilhe e se junte a nós nas acções que iremos promover na próxima semana, a anunciar nesta página.
Este é um texto longo e todos sabemos que, via de regra, o número de leitores é inversamente proporcional à extensão das prosas. Mas é um grito de alerta e de revolta por algo de muito importante, em vias de se perder para sempre.
MAS NADA SE FAZ SEM ESFORÇO.
GANHÁMOS UMA LUTA MAS FALTA GANHAR A GUERRA.E a verdade é que precisamos da todos
Para VERGONHA do “Instituto de Conservação da Natureza”, a jazida com pegadas de dinossáurios de Pego Longo (Carenque) que, há 22 anos, por solicitação minha, em nome do Museu Nacional de História Natural, classificou como MONUMENTO NATURAL (Dec. Nº 19/97, de 5 de Maio), encontra-se no mais confrangedor abandono, convertida, de novo, em vazadouro clandestino e densamente invadido pela vegetação autóctone, mais parecendo uma selva conspurcada por lixo.
Diz o citado diploma legal que cabe a este Instituto (agora também, ilogicamente, dito “das Florestas”), zelar pela proteção e conservação dos Monumentos Naturais que oficialmente classifica.
Uma vergonha!Esquecida também dos poderes local (a autarquia sintrense) e central, esta importante jazida, em fase acelerada de destruição, está bem viva na mente de todos os que, como eu, sabem do que estão a falar, ou seja, os geólogos, docentes e investigadores nacionais nesta área científica e todos os especialistas internacionais que aqui acorreram, das Américas à China e à Mongólia, sem esquecer, claro, os nossos vizinhos da Europa. Está, ainda, no coração de todos os que respeitam os valores da Natureza.
A luta pela defesa desta jazida paleontológica, que ficou conhecida por “Batalha de Carenque”, remonta a 1986, (há 33 anos, portanto) quando dois finalistas da Licenciatura em Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa, Carlos Coke e Paulo Branquinho, meus ex-alunos, descobriram um vasto conjunto de pegadas de dinossáurios no fundo de uma pedreira abandonada, na altura a ser usada como vazadouro de entulhos e lixeira clandestina, em Pego Longo, concelho de Sintra, na vizinhança imediata de Carenque.
Esta importante jazida paleontológica corresponde a uma superfície rochosa com cerca de duas centenas de pegadas, de onde sobressai, pela sua excepcional importância, um trilho com 132 metros de comprimento, no troço visível, formado por marcas subcirculares, com 50 a 60cm de diâmetro, atribuídas a um dinossáurio bípede.
Além deste, considerado na altura o mais longo trilho contínuo da Europa, identificaram-se, na mesma superfície, pegadas tridáctilas atribuíveis a carnívoros (terópodes), parte delas igualmente organizadas em trilhos.
O chão que suporta estas pegadas corresponde ao topo de uma delgada camada de calcário do Cretácico (com cerca de 92 milhões de anos), com 10 a 15cm de espessura, levemente basculada para Sul. Muito fracturada (à escala centimétrica), esta camada assenta sobre uma outra, bem mais espessa, de natureza argilosa, condições que dão grande fragilidade à dita camada de calcário e, portanto, a esta jazida.
Para além das consequências inevitáveis de degradação decorrentes do uso deste enorme buraco como vazadouro, fui alertado, em Maio de 1992, para o facto de o traçado da então projectada Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL) vir a destruir a maior parte do trilho principal, precisamente no seu troço mais interessante. Louvavelmente, a Brisa, empresa interessada neste processo, apercebeu-se do valor patrimonial em causa, mantendo-se em consonância com o Museu Nacional de História Natural na procura de soluções que corrigissem uma tal situação, não desejável.
Após uma longa batalha, de que a comunicação social de então deu ampla divulgação, a abertura dos túneis de Carenque foi, finalmente, a solução aceite pelo governo, representando para as finanças públicas um esforço acrescido, na ordem de um milhão e seiscentos mil contos (8 milhões de euros), merecedor de aplauso. Dois anos e meio depois, a 9 de Setembro de 1995, o então Primeiro-Ministro Cavaco Silva inaugurava a CREL, tendo tido a atenção de me incluir na comitiva que com ele percorreu os túneis de Carenque sob as pegadas de dinossáurios que tanta tinta têm feito correr. Terminava, assim, uma primeira batalha entre os cifrões e a cultura científica, de que esta, em boa hora, saiu vitoriosa.
Mas a guerra não ficou ganha. Há, ainda, como todos sabemos, uma última batalha que é imperioso e urgente ganhar. Ganhá-la passa pela conveniente musealização do sítio, cujo projecto de arquitectura, “Museu e Centro de Interpretação de Pego Longo (Carenque)”, da autoria do Arqº. Mário Moutinho, aprovado pela Câmara de Sintra em 2001 (sob a presidência de Edite Estrela), aguarda há 17 (dezassete) anos o necessário cabimento de verba.
Desde então, com a queda da presidência do PS para o PSD, nada mais foi feito. Simpático, acolhedor e, até amistoso no modo como sempre me recebeu, Fernando Seara nada fez pela salvaguarda deste importante geomonumento. Idêntico tratamento recebi, mais recentemente, de Basílio Horta, mas, infelizmente, tudo continua nos esquecimento. O desinteresse destes senhores pela cultura científica é evidente e lamentável.
A concretização deste projecto não necessita ser encarada em bloco. Pode ser faseada no tempo, começando pelas peças mais urgentes e atractivas. Não é compreensível ter-se dispendido tanto dinheiro na abertura dos túneis, para salvaguarda da jazida, e não viabilizar, agora, o financiamento necessário à conclusão da obra prevista e tirar dela os dividendos culturais e pedagógicos que é lícito esperar como potencial pólo de atracção turística.
Passados 33 anos sobre a sua descoberta, o trânsito automóvel flui normalmente sob um raro e valioso património, lamentavelmente deixado ao abandono. Entretanto, a jazida degrada-se sob a vigência de uma administração cega, surda e muda, indiferente aos milhões já ali investidos, não obstante a obra em falta representar muito pouco face à cifra já gasta com a abertura dos túneis.
E quando, em nome dos euros, se argumenta contra este empreendimento, podemos responder com o enorme potencial turístico desta jazida. A topografia do terreno permite uma boa adaptação do local aos fins em vista, dispondo do lado SW de um pequeno relevo (residual da exploração da pedreira) adaptável, por excelência, a miradouro, de onde se pode observar, de um só golpe de vista e no conjunto, toda a camada – uma imensa laje pejada de pegadas – levemente basculada no sentido do local do observador, numa panorâmica de justificada e invulgar grandiosidade.
Em acréscimo deste significativo potencial está o facto de a jazida se situar na vizinhança de uma grande metrópole e numa região de intensa procura turística (Sintra, Queluz, Belas) e, ainda, o de ser servida por duas importantes rodovias, a via rápida Lisboa-Sintra (IC-19), por Queluz, e a Circular Regional Externa de Lisboa (CREL-A9) que a torna acessível pelo nó de Belas e, no futuro, mais comodamente, pelo nó de Colaride.
O reconhecimento desta jazida como valioso e excepcional relíquia geológica e paleontológica, à escala internacional, é hoje um dado adquirido. Assim e tendo em conta a condição privilegiada da região sintrense e a sua classificação, pela UNESCO, como Património Mundial, justifica-se todo o envolvimento que possa surgir, por parte das administrações local e central, nesta realização, que transcende não só as fronteiras da autarquia, como também as do País.
Todos sabemos que os dinossáurios constituem um tema de enorme atracção entre o público e que qualquer iniciativa neste domínio da paleontologia está votada ao sucesso. Nesta realidade, a Jazida de Pego Longo, convenientemente adaptada a uma oferta de turismo da natureza, de grande qualidade e suficientemente bem equipada e promovida, garante total rentabilidade a todo o investimento que ali se queira fazer.
Pela minha parte, continuo a oferecer, graciosamente (como sempre fiz), o meu trabalho na concretização deste projecto.
Como cidadão profundamente envolvido nesta causa, sinto-me no dever e no direito de nela voltar a insistir.
Esquecidas dos poderes local e central, as pegadas de dinossáurios de Carenque estão bem vivas na mente de todos os que, como eu, sabem do que estão a falar, ou seja, os geólogos, docentes e investigadores nacionais nesta área científica e todos os especialistas internacionais que aqui acorreram, das Américas à China e à Mongólia, sem esquecer, claro, os nossos vizinhos da Europa. Estão, ainda, no coração de todos os que respeitam os valores da Natureza.Lembrando a sessão de dia 11 de Fevereiro de 1993, no Parlamento, sob a presidência do, para mim, saudoso Prof. Barbosa de Melo, na qual foi votada, por unanimidade (coisa rara), a recomendação ao executivo, no sentido da salvaguarda desta jazida paleontológica, apelo, uma vez mais, ao governo e à autarquia sintrense que reúnam vontades e interesses a fim de que se não perca este valioso património tão antigo quanto cento e doze mil vezes a História de Portugal.
A M Galopim de Carvalho