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Continuar a lerEntrevista a Urbano Bettencourt no Diário dos Açores,
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Mário Rocha shared a post to the group: GRUPO DE APOIO AO JUIZ CARLOS ALEXANDRE.
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No final da tarde fria, recebo a visita inesperada dos meus dois filhos. Um médico, outro engenheiro. Ambos bem sucedidos em suas profissões. Faz menos de uma semana da morte da minha mulher. Ainda me sinto abatido pela perda que mudou os rumos e o sentido da vida para mim.
Sentados à mesa da sala da casa simples, onde moro agora sozinho, começamos a conversar. O assunto é sobre o meu futuro.
Um frio me percorre a espinha. Logo tentando me convencer de que o melhor para mim é passar a viver num lar geriátrico. Reajo. Argumento que a sombra da solidão não me assusta. A velhice, muito menos. Mas, meus filhos insistem. Dizem que gostariam que eu fosse morar com um ou outro. Lamentam, entretanto, que as dependências de seus amplos apartamentos à beira-mar estejam ocupadas. Além disso, eles e minhas noras trabalham os dois expedientes. Portanto, não teriam como me assistir. Isso sem contar com os meus netos, sempre impossíveis.
Em meu favor, argumento já sem muita convicção que, nesse caso, eles bem que poderiam me ajudar a pagar uma cuidadora. À minha frente, o médico e o engenheiro dizem que seriam necessárias, na verdade, três cuidadoras em três turnos e todas com carteira assinada. O que gostaria, em tempos de crise, uma pequena fortuna ao fim de cada mês. Sucumbo à proposta de ir viver num abrigo. Aí vem outra sugestão: preciso vender a casa. O dinheiro servirá para pagar as despesas do lar geriátrico por um bom tempo, sem que ninguém se preocupe. Nem eles, nem eu.
Rendo-me aos argumentos por não ter mais forças de enfrentar tanta ingratidão. Não falo sobre o sacrifício que fiz durante toda a vida para custear os estudos de ambos. Não digo que deixei de viajar com a família a passeio, de frequentar bons restaurantes, de ir a um teatro ou trocar de carro para que nada faltasse a eles. Não valeria a pena alegar tais fatos a essa altura da conversa. Daí, sem dizer uma só palavra, decido juntar meus pertences. Em pouco tempo, vejo uma vida inteira resumida a duas malas. Com elas, embarcou rumo a outra realidade, bem mais dura. Um abrigo de idosos, longe dos filhos e dos netos.
*Hoje, nos braços da solidão, reconheço que consegui ensinar valores morais aos meus filhos. Mas não consegui transmitir a nenhum dos dois uma virtude chamada gratidão.* Jacques Cerqueira.
💔😫😭

No final da tarde fria, recebo a visita inesperada dos meus dois filhos. Um médico, outro engenheiro. Ambos bem sucedidos em suas profissões. Faz menos de uma semana da morte da minha mulher. Ainda me sinto abatido pela perda que mudou os rumos e o sentido da vida para mim.
Sentados à mesa da sala da casa simples, onde moro agora sozinho, começamos a conversar. O assunto é sobre o meu futuro.
Um frio me percorre a espinha. Logo tentando me convencer de que o melhor para mim é passar a viver num lar geriátrico. Reajo. Argumento que a sombra da solidão não me assusta. A velhice, muito menos. Mas, meus filhos insistem. Dizem que gostariam que eu fosse morar com um ou outro. Lamentam, entretanto, que as dependências de seus amplos apartamentos à beira-mar estejam ocupadas. Além disso, eles e minhas noras trabalham os dois expedientes. Portanto, não teriam como me assistir. Isso sem contar com os meus netos, sempre impossíveis.
Em meu favor, argumento já sem muita convicção que, nesse caso, eles bem que poderiam me ajudar a pagar uma cuidadora. À minha frente, o médico e o engenheiro dizem que seriam necessárias, na verdade, três cuidadoras em três turnos e todas com carteira assinada. O que gostaria, em tempos de crise, uma pequena fortuna ao fim de cada mês. Sucumbo à proposta de ir viver num abrigo. Aí vem outra sugestão: preciso vender a casa. O dinheiro servirá para pagar as despesas do lar geriátrico por um bom tempo, sem que ninguém se preocupe. Nem eles, nem eu.
Rendo-me aos argumentos por não ter mais forças de enfrentar tanta ingratidão. Não falo sobre o sacrifício que fiz durante toda a vida para custear os estudos de ambos. Não digo que deixei de viajar com a família a passeio, de frequentar bons restaurantes, de ir a um teatro ou trocar de carro para que nada faltasse a eles. Não valeria a pena alegar tais fatos a essa altura da conversa. Daí, sem dizer uma só palavra, decido juntar meus pertences. Em pouco tempo, vejo uma vida inteira resumida a duas malas. Com elas, embarcou rumo a outra realidade, bem mais dura. Um abrigo de idosos, longe dos filhos e dos netos.
*Hoje, nos braços da solidão, reconheço que consegui ensinar valores morais aos meus filhos. Mas não consegui transmitir a nenhum dos dois uma virtude chamada gratidão.* Jacques Cerqueira.
💔😫😭
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Wtf… Não pago net para gramar isto sozinha… Moda Homem 2020/2021…gosto do sapatinho com plataforma 😅


Wtf… Não pago net para gramar isto sozinha… Moda Homem 2020/2021…gosto do sapatinho com plataforma 😅

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Mário Moura foi para o doutoramento para se estimular numa fase complicada da vida. No final, apresentou uma obra com mais de 500 páginas sobre a história do chá nos Açores (e não só). Já tem um segundo volume a caminho e vai propor a criação de um
Source: Mário Moura: a história do chá dos Açores não cabe em 500 páginas | Protagonista | PÚBLICO
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Parabéns Professor!

Parabéns ao Onésimo. Mais um.

Lélia Nunes is with Francisco Resendes.
Grande Onésimo!!! Parabéns!
Mais um Prêmio ao premiadíssimo “O Século dos Prodígios”( Quetzal,2018).
“Prêmio John dos Passos” do Governo Regional da Madeira que este ano celebra 600 anos da descoberta da Madeira.
Obrigada Francisco pela notícia.
O Onésimo merece todos os louros.
Viva, viva e viva!
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NOTA DE IMPRENSA/Press Release
12 setembro 2019
TEOLINDA GERSÃO, CONVIDADA DE HONRA NO 32º COLÓQUIO DA LUSOFONIA
MESAS REDONDAS DIAS 3 E 4 OUT 2019
leia aqui sobre a autora https://coloquios.lusofonias.net/XXXII/teolinda.htm
EDUÍNO DE JESUS, decano dos escritores açorianos, cuja poesia ímpar merecia maior relevo e reconhecimento por parte de Portugal é o autor homenageado na 32ª edição dos Colóquios da Lusofonia que regressam a Santa Cruz da Graciosa (Açores) de 2 a 6 de outubro 2019.
Teremos sessões que vão comemorar a rica literatura portuguesa (Teolinda Gersão, José Luís Peixoto) e a literatura de matriz açoriana (Joel Neto, Pedro Almeida Maia e mais 20 autores insulares) além de muita música, mesas redondas, apresentações literárias, um documentário de Joel Neto.
O cientista Félix Rodrigues é outro dos convidados especiais desta edição que reúne participantes de 12 países e regiões, incluindo Cabo Verde, Angola, Canadá, EUA.
O vasto programa que integra sessões científicas, recitais, poesia, conta com 50 participantes. Este ano celebraremos os 20 anos após o referendo que deu a independência a Timor com a presença do Prémio Nobel da Paz 1996, o lusofalante José Ramos Horta e ouviremos em vários recitais a cantora timorense Piki Pereira (uma das poucas vozes femininas durante os 24 anos de ocupação indonésia) acompanhada de Mintó Deus.
A AÇORIANIDADE, como sempre, terá lugar de relevo com a maestrina e pianista, Ana Paula Andrade, Carolina Constância e Carina Andrade que interpretarão poetas açorianos musicados e temas do Cancioneiro e de Belmonte chega a jovem voz de Joana Carvalho .
A presença de vintena e meia de autores açorianos fica a dever-se aos generosos apoios da Câmara Municipal, Direção Regional do Turismo, da Cultura e das Comunidades.
As sessões (palestras e sessões culturais) são gratuitas e abertas ao público, decorrendo no Centro Cultural dia 3 e as restantes na Sala de Conferências do Hotel Graciosa Resort.
Os almoços, jantares e passeios são reservados aos inscritos oficiais. O programa completo pode ser consultado na página http://coloquios.lusofonias.net/XXXII/ ou portal www.lusofonias.net. Este Colóquio ostenta pelo quinto ano consecutivo a prestigiada logomarca de qualidade Uma organização AICL – Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia, com patrocínio da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa).
A Lusofonia é uma capela sistina inacabada; é comer vatapá e goiabada, um pastel de bacalhau ou cachupa, regados
com a timorense tuaka ao ritmo do samba ou marrabenta; voltar a Goa com Paulo Varela Gomes, andar descalço no B
ilene com as Vozes anoitecidas de Mia Couto, rever os musseques da Luuanda com Luandino Vieira, curtir a morabeza
cabo-verdiana ao som De boca a barlavento de Corsino Fontes, ouvir patuá no Teatro D. Pedro IV na obra de Henrique
de Senna-Fernandes, e na poesia de Camilo Pessanha; saborear a bebinca timorense em plena Areia Branca ao som
das palavras de Francisco Borja da Costa e Fernando Sylvan, atravessar a açoriana Atlântida com mil e um autores
telúricos, reencontrar em Salvador da Bahia a ginga africana, os sabores do mufete de especiarias da Amazónia,
aprender candomblé e venerar Iemanjá, visitar as igrejas e casas coloridas de Ouro Preto, Olinda, Mariana, Paraty,
Diamantina, e sentir algo que não se explica em Malaca, nos burghers do Sri Lanka, em Korlai ou no bairro dos Tugus
em Jacarta. É esta a nossa lusofonia (Chrys Chrystello abril 2019)