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retrato da velhice na sociedade atual
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Isabel Pinheiro Magalhaes shared a post.
No final da tarde fria, recebo a visita inesperada dos meus dois filhos. Um médico, outro engenheiro. Ambos bem sucedidos em suas profissões. Faz menos de uma semana da morte da minha mulher. Ainda me sinto abatido pela perda que mudou os rumos e o sentido da vida para mim.
Sentados à mesa da sala da casa simples, onde moro agora sozinho, começamos a conversar. O assunto é sobre o meu futuro.
Um frio me percorre a espinha. Logo tentando me convencer de que o melhor para mim é passar a viver num lar geriátrico. Reajo. Argumento que a sombra da solidão não me assusta. A velhice, muito menos. Mas, meus filhos insistem. Dizem que gostariam que eu fosse morar com um ou outro. Lamentam, entretanto, que as dependências de seus amplos apartamentos à beira-mar estejam ocupadas. Além disso, eles e minhas noras trabalham os dois expedientes. Portanto, não teriam como me assistir. Isso sem contar com os meus netos, sempre impossíveis.
Em meu favor, argumento já sem muita convicção que, nesse caso, eles bem que poderiam me ajudar a pagar uma cuidadora. À minha frente, o médico e o engenheiro dizem que seriam necessárias, na verdade, três cuidadoras em três turnos e todas com carteira assinada. O que gastaria, em tempos de crise, uma pequena fortuna ao fim de cada mês. Sucumbo à proposta de ir viver num abrigo. Aí vem outra sugestão: preciso vender a casa. O dinheiro servirá para pagar as despesas do lar geriátrico por um bom tempo, sem que ninguém se preocupe. Nem eles, nem eu.
Rendo-me aos argumentos por não ter mais forças de enfrentar tanta ingratidão. Não falo sobre o sacrifício que fiz durante toda a vida para custear os estudos de ambos. Não digo que deixei de viajar com a família a passeio, de frequentar bons restaurantes, de ir a um teatro ou trocar de carro para que nada faltasse a eles. Não valeria a pena alegar tais fatos a essa altura da conversa. Daí, sem dizer uma só palavra, decido juntar meus pertences. Em pouco tempo, vejo uma vida inteira resumida a duas malas. Com elas, embarco rumo à outra realidade, bem mais dura. Um abrigo de idosos, longe dos filhos e dos netos.
*Hoje, nos braços da solidão, reconheço que consegui ensinar valores morais aos meus filhos. Mas não consegui transmitir a nenhum dos dois uma virtude chamada gratidão.*Jacques Cerqueira.
Compartilhando da amiga Ceres Marylise Rebouças
Imagem > Pinterest
No final da tarde fria, recebo a visita inesperada dos meus dois filhos. Um médico, outro engenheiro. Ambos bem sucedidos em suas profissões. Faz menos de uma semana da morte da minha mulher. Ainda me sinto abatido pela perda que mudou os rumos e o sentido da vida para mim.
Sentados à mesa da sala da casa simples, onde moro agora sozinho, começamos a conversar. O assunto é sobre o meu futuro.
Um frio me percorre a espinha. Logo tentando me convencer de que o melhor para mim é passar a viver num lar geriátrico. Reajo. Argumento que a sombra da solidão não me assusta. A velhice, muito menos. Mas, meus filhos insistem. Dizem que gostariam que eu fosse morar com um ou outro. Lamentam, entretanto, que as dependências de seus amplos apartamentos à beira-mar estejam ocupadas. Além disso, eles e minhas noras trabalham os dois expedientes. Portanto, não teriam como me assistir. Isso sem contar com os meus netos, sempre impossíveis.
Em meu favor, argumento já sem muita convicção que, nesse caso, eles bem que poderiam me ajudar a pagar uma cuidadora. À minha frente, o médico e o engenheiro dizem que seriam necessárias, na verdade, três cuidadoras em três turnos e todas com carteira assinada. O que gastaria, em tempos de crise, uma pequena fortuna ao fim de cada mês. Sucumbo à proposta de ir viver num abrigo. Aí vem outra sugestão: preciso vender a casa. O dinheiro servirá para pagar as despesas do lar geriátrico por um bom tempo, sem que ninguém se preocupe. Nem eles, nem eu.
Rendo-me aos argumentos por não ter mais forças de enfrentar tanta ingratidão. Não falo sobre o sacrifício que fiz durante toda a vida para custear os estudos de ambos. Não digo que deixei de viajar com a família a passeio, de frequentar bons restaurantes, de ir a um teatro ou trocar de carro para que nada faltasse a eles. Não valeria a pena alegar tais fatos a essa altura da conversa. Daí, sem dizer uma só palavra, decido juntar meus pertences. Em pouco tempo, vejo uma vida inteira resumida a duas malas. Com elas, embarco rumo à outra realidade, bem mais dura. Um abrigo de idosos, longe dos filhos e dos netos.
*Hoje, nos braços da solidão, reconheço que consegui ensinar valores morais aos meus filhos. Mas não consegui transmitir a nenhum dos dois uma virtude chamada gratidão.*Jacques Cerqueira.
Compartilhando da amiga Ceres Marylise Rebouças
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1999 memórias do Canadá
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Orador XII Congress CATS (Association Canadienne de Traductologie, “The importance of translators and subtitlers in a Multicultural society” Univ. Sherbrooke, Québec, Canadá. https://www.lusofonias.net/chryscv/the%20importance%20of%20subtitlers.pdf Orador 12th Congress Canadian Association for Translation Studies (CATS)/ Congress of the Social Sciences & Humanities et Congrès des Sciences Sociales et Humaines, “Translating in a multicultural society,” Univ Sherbrooke, Québec, Canadá. https://www.lusofonias.net/chryscv/the%20importance%20of%20subtitlers.pdf o roubo não-discreto do televisor
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Mãe da rainha portuguesa D. Carlota Joaquina de BourbonEntrevista com Teolinda Gersão convidada do 32º colóquio na Graciosa outº
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Com um abraço à entrevistadora, Inês Thomas Almeida
Entrevista com Teolinda Gersão – Berlinda.org
https://www.
berlinda.org/magazine-teolinda-gersao-entrevista…BERLINDA.ORGTeolinda Gersão foi considerada pelo Jornal de Letras como “uma das vozes mais luminosas da literatura portuguesa contemporânea”. Em entrevista à Berlinda, explica a sua relação com a cidade onde viveu e trabalhou um ano.RECORDANDO… MEMORY LANE NIAGARA 1999
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o filme está aqui https://youtu.be/3pOX0ixdhCw?list=PLwjUyRyOUwOJgFRUO_IGpBc4rMfNjQBpD
O ilhéu de Rosto de CãoNo povoamento pertenceu ao João de Prestes
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O ilhéu de Rosto de Cão
No povoamento pertenceu ao João de Prestes.
Toda a Fajã Baixo era dele e só foi freguesia em 1911.
No livro IV Saudades da Terra Capitulo XLII página 170 escreveu o Doutor Gaspar Frutuoso “Na outra parte deste ilhéu, da banda do norte, estão algumas quatro ou cinco covas, algumas já desfeitas e quebradas, estreitas nas bocas e tão grandes dentro como jarras ou tinagens sevilhanas, cavadas no tufo,que no tempo antigo fez ali um João de Preste cavouqueiro, para encovar e guardar, como a granel, seu trigo.” Eu estou ao pé de uma antiga cova de guardar trigo e no tempo da II Guerra Mundial 1935 a 1945 serviu de ninho de metralhadoras. Nas escadas do ilhéu tem uma cova que serve de escada. E no tempo de guerra algumas covas foram aproveitadas para defesa da entrada do Porto de Doutor António Oliveira Salazar. Este ilhéu devia ter o nome de João de Prestes porque está na História dos Açores. E nos Prestes de Cima deve ser feita justiça que já devia estar como Rua de João de Prestes.Curiosidades: As tinagens sevilhanas são muito parecidas ao nosso talhão de barro as covas tinham por dentro esta configuração e levavam cerca de 4 alqueires de trigo. Aqui neste ilhéu de João de Prestes tem duas histórias a das covas de guardar trigo e a outra militar.
o estado necessita de mais guito..
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João Silveira shared a post.
OS REMÉDIOS SANTOS
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Carlos Morgado Martins shared a post to the group: Rastos Quimicos Portugal//Chemtrail Activism.
Segundo a Indústria Farmacêutica e as instituições estatais de saúde pública na época a Heroína era segura, depois o tabaco também…inúmeros exemplos…Hoje temos as torres de radiação 5G, os Rastos químicos, etc etc no céu…e é tudo seguro segundo as entidades oficiais…daqui a uns anos veremos!
AUSTRALIAN RULES????
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Jacqueline Jacinto shared a post.
Meanwhile in Australia 😎
A mob of kangaroos join a game of AFL at Woolgoolga, Visit NSW (Video: Northern Beaches Blues)
-0:04322,259 ViewsMeanwhile in Australia 😎
A mob of kangaroos join a game of AFL at Woolgoolga, Visit NSW (Video: Northern Beaches Blues)