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  • SAY CHEESE…foto de amigas em reunião de curso

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    Fatima Cabral shared a post.

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    😛😂

  • o fim da enfiteuse

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    o fim da enfiteuse O FIM DA ENFITEUSEPages from 2019-06-13

  • A INVENÇÃO DO PARAÍSO

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    Goulart de Medeiros shared a post to the group: Liberta a expressão.

    3 hrs

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    Acratas

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    RELIGIÃO, um problema por resolver!

  • JÁ O PADRE ANTÓNIO VIEIRA ALERTAVA

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  • Fui ao gourmet e tramei-me! –

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    “(…) não podia deixar de entrar num restaurante gourmet da moda. Vesti um Armani que comprei num saldo dos chineses, calcei umas sapatilhas com uma virgula estampada que regateei ao ciganito da feira e esvaziei, pelo pescoço abaixo, meio(…)”
    • Imperdível o texto de Francisco Gouveia!

    DESCOBRIRPORTUGAL.PT

    Fui ao gourmet e tramei-me!

     

    Gourmet? Nunca mais lá volto. Sabem que mais? Porque se quero comer aperitivos, como bolinhos de bacalhau e tremoços, que são muito mais saudáveis e baratos.

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    Fui ao gourmet e tramei-me!

    Gourmet? Nunca mais lá volto. Sabem que mais? Se quero comer aperitivos… como bolinhos de bacalhau e tremoços, que são muito mais saudáveis e baratos.

    Sou um tipo moderno. E chique. Muito chique. Por isso não podia deixar de entrar num restaurante gourmet da moda. Vesti um Armani que comprei num saldo dos chineses, calcei umas sapatilhas com uma vírgula estampada que regateei ao ciganito da feira e esvaziei, pelo pescoço abaixo, meio frasco de Chanel dos marroquinos.

    Fui ao gourmet e tramei-me!
    Fui ao gourmet e tramei-me!

    E foi assim, cheio de cagança, como mandam as regras do pelintra luso, que fui jantar ao tal restaurante, gerido por um “chef” reputado com categoria internacional e olímpica.

    Tramei-me! Antes tivesse ido ao tasco da esquina aviar uma bifana! Confesso que já levei muita tanga, mas como esta, nunca! Passei fome, fui gozado e fui roubado!

    Fui ao gourmet e tramei-me!
    Fui ao gourmet e tramei-me!

    Sempre achei que cozinhar era uma ato de descontração, de partilha, de alegria, de afeto. E eu devia desconfiar, porque aqueles concursos gastronómicos das TVs transformaram uma atividade social sadia, numa agressão stressante, provocadora de lágrimas e depressões.

    Já para não falar das parvoíces dos mestres cozinheiros da moda, cujos pratos estapafúrdios e minimalistas se apelidam agora de “criatividade culinária”.

    Fui ao gourmet e tramei-me!
    Fui ao gourmet e tramei-me!

    Colocaram-me um prato à frente que é mais difícil de decifrar que as palavras cruzadas do JN ao domingo.

    Um prato que exibe 5 cm2 de um pobre robalo que pereceu inutilmente só para lhe extraírem um pedacito do cachaço, meia batata engalanada com um pé de salsa, e 2 ervilhas a nadarem numa colher de chá de um azeitado molho de escabeche, bem disfarçado com um nome afrancesado que nem vem nos dicionários.

    Para remate, três riscos de uma substância pastosa, estilo Miró, para preencher os restantes 90% do prato vazio.

    Fui ao gourmet e tramei-me!
    Fui ao gourmet e tramei-me!

    E o bruto do português, habituado à sua travessa de cozido e ao panelão de feijoada, olha para aquilo com uma cara de parvo capaz de partir todos os espelhos lá de casa.

    Esboça-se um sorriso amarelo, engole-se em seco, diz-se que está tudo ótimo ao empregado de mesa que mais parece uma melga à nossa volta, e enfiam-se dois Xanaxs quando nos metem a conta à frente. E, a muito custo, cala-se o berro de duas peixeiradas à nortenha que nos vai na alma.

    Fui ao gourmet e tramei-me!
    Fui ao gourmet e tramei-me!

    Nunca mais lá volto. E sabem que mais?

    Porque se quero comer aperitivos, como bolinhos de bacalhau e tremoços, que são muito mais saudáveis e baratos.

    Porque para ver pintura abstrata, vou a uma exposição.

    Fui ao gourmet e tramei-me!
    Fui ao gourmet e tramei-me!

    Porque detesto jantar uma comida onde toda a gente meteu as mãos.

    Porque para ser roubado bastava ir à Autoridade Tributária, vulgo Finanças.

    E, acima de tudo, porque desconfio de um cozinheiro que vive e trabalha com a ambição obsessiva de ser medalhado por uma companhia de pneus.

    Autor: Francisco Gouveia

    (mais…)

  • já comeu o seu plástico hoje????

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    Joana Mota shared a post.

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    Miriam Keiko MorikawaFollow

    Nossa!!! Não compro nunca mais😱😱😱

  • ALGUÉM ME EXPLICA COMO METEM A DROGA LÁ DENTRO???

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    Chrys Chrystello shared a post.

    8 hrs

    https://www.facebook.com/joseaugusto.neves.3/videos/10213760112779425/?t=0

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    José Augusto Neves

    Aonde chega a ousadia…

  • Tanta gente a escrever Açores! VICTOR RUI DORES

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    Caras e caros amigos

    Vai para 30 anos que vou completando e actualizando a minha lista de​​​​​​ autores (a que já chamam de “Victor´s list”) que, em diversos registos, escreveram / escrevem sobre os Açores na perspectiva que explico no texto, em anexo.
    Por conseguinte, tomo a liberdade de vos enviar a referida lista, esperando da vossa parte sugestões e contributos.
    Agradecido, abraço-vos fraternalmente

    Victor Rui Dores

    P. S. Lembro-vos que a referida lista não serve propósitos estatísticos. É apenas a minha maneira de calar aqueles que (ainda) desconfiam da existência, nos Açores, de um corpo literário e de uma ensaística de primeiríssima qualidade. São muitos nomes? Claro que são e não estão cá todos… Mas é pela quantidade que se chega à qualidade… Com 20 anos para viver, eu já sou estou a trabalhar para memória futura… É impressionante o número de novos autores que despontaram nos últimos anos!

     

    Tanta gente a escrever Açores!

    (294 autores)

    Há um significativo número de escritores açorianos, cuja maturidade literária só veio a ser adquirida com o advento do 25 de Abril de 1974.

    Exceptuando (por questões de índole etária) Armando Cortes-Rodrigues, Vitorino Nemésio, Natália Correia, Dinis da Luz, Francisco Coelho Maduro Dias, Urbano Mendonça Dias, Eduíno Borges Garcia, Amílcar Goulart, Pe. Coelho de Sousa, Manuel Barbosa, Tomás da Rosa, Pedro da Silveira, Dias de Melo, José de Almeida Pavão, João Afonso, Otília Fraião, Luísa de Mesquita, Cunha de Oliveira (Silva Grelo) e Eduíno de Jesus, todos os restantes escritores e poetas açorianos (cujas escritas têm a sua génese à volta do suplementarismo cultural de jornais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta) só produziram (ou estão em vias de produzir) as suas obras maiores após a referida data. Exemplos disso mesmo são:

    I

    Na poesia e ficção narrativa

    (174 nomes)

    Adelaide Baptista, Álamo Oliveira, Alexandre Borges, Almeida Firmino, Almeida Naia, Ana Ferraz da Rosa, Ana Paula Martins Goulart, Ângela Almeida, António Bulcão, Artur Goulart, Artur Veríssimo, Avelina da Silveira, Borges Martins, Carlos Alberto Machado, Carlos Bessa, Carlos Faria, Carlos Manuel Arruda, Carlos Tomé, Carlos Tomé, Carlos Wallenstein, Carolina Matos, Cisaltina Martins, Conceição Maciel, Cristóvão de Aguiar, Daniel Gonçalves, Daniel de Sá, Diogo Ourique, Eduardo Bettencourt Pinto, Eduardo Ferraz da Rosa, Eduardo Jorge Brum, Emanuel Félix, Emanuel Jorge Botelho, Fernanda Mendes, Fernando Aires, Fernando Lima, Fernando Melo, Fraga da Silva, Gabriela Silva, Heitor Aghá Silva, Hélder Medeiros, Humberta Araújo, Humberta Brites Araújo, Humberto Moura, Isolda Brasil, Ivo Machado, Ivone Chinita, Jayme Velho (pseudónimo de Rui de Mendonça), Joana Félix, João Bendito, João Carlos Fraga, João-Luís de Medeiros, João de Melo, João Pedro Porto, João Teixeira de Medeiros, Joel Neto, José Manuel Gregório Ávila, José Berto, José Carlos Tavares de Melo, José Daniel Macide, Jorge Diniz, José do Carmo Francisco, José Francisco Costa, José Martins Garcia, José Sabino Luís, José Sebag, Judite Jorge, Leonor Sampaio da Silva, Luísa da Cunha Ribeiro, Luís António de Assis Brasil, Luís Fagundes Duarte, Luís Filipe Borges, Luís Mesquita de Melo, Luís Óscar, Luís Rego, Machado Ávila, Madalena Férin, Madalena San-Bento, Manuel Ferreira, Manuel Jorge Lobão, Manuel Machado, Manuel Tomás, Manuel Viana, Marcolino Candeias, Maria do Céu Brito, Maria Brandão, Maria da Conceição Maciel Amaral, Maria das Dores Beirão, Maria Eduarda Rosa, Maria de Fátima Borges, Maria de Jesus Maciel, Maria João Dodman, Maria João Ruivo, Maria Luísa Lobão, Maria Luísa Soares, Marinho Matos, Mário Cabral, Mário Frayão, Mário Machado Fraião, Marta Dutra, Natália Almeida, Norberto Ávila, Nuno Álvares Mendonça, Nuno Costa Santos, Nuno Dempster, Octávio Medeiros, Onésimo Teotónio Almeida, Orquídea Abreu, Palmira Jorge, Paula de Sousa Lima, Paulo Freitas, Pedro Almeida Maia, Ramiro Dutra, Renata Correia Botelho, Ruben Rodrigues, Rui Duarte, Rui-Guilherme Morais, Rodrigues, Rui Goulart, Rui Machado, Sandra Fernandes, Santos Barros, Sérgio Luís Paixão, Sidónio Bettencourt, Sónia Bettencourt, Sónia Sousa, Urbano Bettencourt, Tomás Borba Vieira, Vasco Pereira da Costa, Vasco Rosa, Victor Rui Dores, Virgílio Vieira, entre muitos outros.

    E que dizer daqueles escritores luso-descendentes que, sendo de nacionalidade americana e canadiana, escreveram e escrevem sobre as suas raízes açorianas: Alfred Lewis, Art Coelho, Charles Reis Félix, David Oliveira, Don Silva, Erika Vasconcelos, Francis M. Rogers, Frank Gaspar, Frank Sousa, Julian Silva, Katherine Vaz, Rose Peters Emery, Rose Silva King, Thomas Braga, entre outros?

    Desenganem-se os que julgam que uma literatura açoriana se faz apenas com os nomes de Antero de Quental, Teófilo Braga, Ernesto Rebelo, Alice Moderno, Florêncio Terra, Rodrigo Guerra, Nunes da Rosa, Manuel Garcia Monteiro, Armando Côrtes-Rodrigues, Roberto de Mesquita e dos já mencionados Vitorino Nemésio e Natália Correia…

    II

    Na investigação

    (120 nomes)

    Convirá também não perder de vista aqueles nomes que, a começar por Gaspar Fructuoso (1522-1591), marcaram e marcam presença na investigação histórica, literária, social, política, científica e religiosa dos Açores e que, de alguma forma, contribuem para dar um “corpo” à literatura açoriana: Alberto Vieira, Albino Terra Garcia, Álvaro Monjardino, Ana Isabel Serpa, António Félix Rodrigues, António Ferreira de Serpa, António Machado Pires, António Manuel Frias Martins, Armando Mendes, Pe. António Rego, António Valdemar, Artur Teodoro de Matos, Augusto Gomes, Avelino de Freitas Meneses, cón. Caetano Tomás, Caetano Valadão Serpa, Carla Silva Cook, Carlos Cordeiro, Carlos Enes, Carlos Lobão, Carlos Ramos Silveira, Carlos Reis, Carlos Riley, Creusa Raposo, Diniz Borges, Eduardo Dias, Eduardo Ferraz das Rosa, Eduardo Mayone Dias, Ermelindo Ávila, Fábio Mendes, Fátima Sequeira Dias, Fernando Faria Ribeiro, Ferreira Moreno, cón. Francisco Carmo, Francisco Carreiro da Costa, Francisco Cota Fagundes, Francisco Ernesto de Oliveira Martins, Francisco Gomes, ten. Francisco José Dias, Frederico Lopes (João Ilhéu), Frederico Machado, Gabriela Funk, Gil Montalverne de Sequeira, Helena Mateus Montenegro, João Afonso Dias, João Bosco Mota Amaral, J. Chrys Chrystello, J. M. Soares de Barcelos, George Monteiro, Gilberta Rocha, Gregory McNab, Heraldo Gregório da Silva, Irene Blayer, Jácome de Bruges Bettencourt, Jacinto Soares de Albergaria, João António Gomes Vieira, João Brum, João Saramago, Jorge Costa Pereira, Jorge Forjaz, tenente-coronel José Agostinho, José de Almeida Pavão, José Andrade, José Arlindo Armas Trigueiros, José Bruno Carreiro, José Carlos Costa, Pe. José Carlos Simplício, José Carlos Teixeira, José do Carmo Francisco, José Enes, Pe. José Idalmiro Ferreira, José Guilherme Reis Leite, J. M. Bettencourt da Câmara, José Luís Brandão da Luz, José Medeiros Ferreira, José de Oliveira San-Bento, José Orlando Bretão, José Quintela Soares, Pe. Júlio da Rosa, Leandro Ávila, Lélia Nunes, Liduíno Borba, Luís Arruda, Luís Conde Pimentel, Luís Mendonça, Luís Meneses, Luís da Silva Ribeiro, Magda Costa Carvalho, pe. Manuel Garcia Silveira, Manuel Tomás Gaspar da Costa, Manuel Vieira Gaspar, Maria Alice Borba Lopes Dias, Maria Clara Rolão Bernardo, Maria da Conceição Vilhena, Maria Margarida Maia Gouveia, Maria Norberta Amorim, Mary Theresa Silvia Vermette, Mário de Lemos, Nestor de Sousa, pe. Norberto da Cunha Pacheco, Paulo Henrique Silva, Paulo Meneses, Pedro de Merelim, Ricardo Madruga da Costa, Rosa Goulart, Ruy Galvão de Carvalho, Rui de Sousa Martins, Sérgio P. Ávila, Susana Goulart Costa, Teixeira Dias, Tomás Duarte, Tony Goulart, Valdemar Mota, Vamberto Freitas, Victor Hugo Forjaz, pe. Vital Cordeiro, Vítor Brasil, Yolanda Corsepius, Zilda França, entre outros.

    III

    Veios temáticos

    Falar de escritores açorianos é falar dos retroactivos da memória. A memória da ilha é, ainda e sempre, a temática primeira e privilegiada. A memória da infância insular, a emigração, o devir do tempo, o amor, o mar, a terra, a vida, o sonho e a morte são, por isso, os veios temáticos mais constantes na escrita de autores açorianos. Encontra-se, nos seus livros, uma permanente relação dialéctica entre a ilha e o mundo, funcionando a ilha como uma alegoria ou um símbolo do mundo.

    À boa maneira nemesiana, a ilha é materializada não apenas na sua vertente realista, mas, sobretudo, na sua vertente mítica. E isto porque a ilha é a mãe uterina, simbolizando a constante necessidade de um retorno. Daí que, em maior ou menor grau, todos os escritores açorianos dêem conta da ilha (real e/ou transfigurada) enquanto espaço do vivido, do sentido e do evocado.

    Por outro lado, há, nas obras de alguns autores açorianos, uma certa concepção anti-clerical (explícita nalguns autores, implícita noutros). A isso não será indiferente o facto de uma grande parte desses escritores terem passado pelos bancos do Seminário… Há uma geração estigmatizada pelos dogmas da religião e da instituição militar. E também pelos dogmas da política, já que o Verão (quente) de 1975 fez escorraçar das ilhas alguns desses autores.

    Por isso mesmo, escrever funcionará como uma forma de catarse e de exorcismo da memória. Por exemplo, a memória dolorosa da Guerra Colonial, de cuja experiência alguns escritores (Álamo Oliveira, Cristóvão de Aguiar, João de Melo, José Martins Garcia, Santos Barros e Urbano Bettencourt) souberam retirar o testemunho literário.

    Se evolução houve na ficção narrativa açoriana ao longo das últimas três décadas, tal não se verificou apenas a nível de temática, mas sobretudo em termos de processos de escrita. Assim, de um certo neo-realismo ilhado (tardiamente herdado nos anos 50 e 60 por um Dias de Melo), evoluiu-se para um realismo insulado (sobretudo com a geração da “Glacial”), que mais tarde desembocaria nalgumas interessantes experiências do realismo fantástico.

    Actualmente verifica-se que, a pouco e pouco, os escritores açorianos vão-se deixando de nebulosidades narrativas e optam decisivamente por uma escrita que parte do eu para os outros. Não prescindindo da sua condição insulada, estes autores têm vindo a abrir-se ao enigma do mundo, numa escrita que busca espaços do universal. Este é seguramente um caminho a ser trilhado. Para que a açorianidade literária não se deixe ficar ensimesmada nas ilhas.

    Victor Rui Dores